COMPORTAMENTO DO REGIME PLUVIOMÉTRICO MENSAL PARA CAPITAL ALAGOANA MACEIÓ

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Transcrição:

COMPORTAMENTO DO REGIME PLUVIOMÉTRICO MENSAL PARA CAPITAL ALAGOANA MACEIÓ MICEJANE S. COSTA 1, PAULO J. SANTOS 2, NATÁLIA T. CAMPOS³ HORÁCIO M. B. NETO³. 1 Mestranda em Meteorologia ICAT/ UFAL, Maceió AL, Brasil. micejane@yahoo.com.br; 2 Mestrando em Meteorologia ICAT/ UFAL, Maceió AL ³Graduando(a) em Meteorologia ICAT/ UFAL, Maceió AL, Brasil XVI Congresso Brasileiro de Agrometeorologia 22 a 25 de Setembro de 9 Belo Horizonte MG RESUMO: Este artigo tem como objetivo de estimar a precipitação mensal provável para o município de Maceió possuindo as seguintes coordenadas geográficas (9º 62 S, 35º 69 W). Através de uma série pluviométrica de 4 anos, foram determinados os desvios de precipitação pluviométrica mensal, em percentagem, no período de 1967 a 7, e assim classificados segundo os critérios propostos por Tubelis (1988). Os critérios de classificação utilizados para o regime pluviométrico apresentam-se mais adequados para uma análise mensal para cada ano. PALAVRASCHAVE: desvios, freqüência relativa, série pluviométrica. BEHAVIOR OF THE CAPITAL FOR MONTHLY PLUVIOMETRIA OF ALAGOAS - "MACEIÓ" ABSTRACT: This article is aimed to estimate the likely monthly rainfall for the city of Maceió has the following geographical coordinates 9 49'6S, 35 53'6W. Through a series of pluviometric 4 years, were certain deviations of precipitation monthly percentage changes in the period 1967 to 7, and thus classified according to criteria proposed by Tubelis (1988). The classification criteria used for the present rainfall regime is more appropriate for an analysis monthly for each year. KEYWORDS: deviations, relative frequency, rainfall series. INTRODUÇÃO: Os riscos climáticos presentes em um investimento agrícola, nas regiões tropicais e subtropicais, geradas pela falta ou excesso de precipitação pluviométrica, ocasionando déficits e excessos, conseqüentemente, alta instabilidade na produção. Normalmente diz-se que um ano foi bom de chuva, muito chuvoso ou muito seco ; mas, no entanto, esta afirmação leva-se em consideração o regime pluviométrico local sem um critério adequado. O conhecimento prévio do comportamento do regime pluviométrico de um determinado local favorece o planejamento das práticas agrícolas, ou seja, um desenvolvimento adequado na cultura ao longo do seu ciclo. A precipitação provável é a precipitação pluviométrica que apresenta probabilidade específica de ocorrência, baseada em

uma longa série de dados (Frizzone, 1979). Por outro lado, de acordo com Nimer (1979), as condições térmicas da Região Nordeste, de forma geral, não possuem importantes variações no decorrer do ano e sua variabilidade através dos anos é de pouca significância, não chegando a influir sobre as atividades humanas. O município de Maceió localiza-se na região Litorânea de Alagoas, onde se tratando de uma região de clima tropical sub-úmido (LIMA, 1965), a variabilidade climática recai apenas sobre o regime pluviométrico. Segundo Botelho e Morais (1999), o conhecimento do comportamento das precipitações pode fornecer subsídio para determinar períodos críticos predominantes na região, tendo-se condições de fornecer informações que visem a reduzir as conseqüências causadas pelas flutuações de chuva e secas. O objetivo deste trabalho foi o estudo do comportamento dos desvios do regime pluviométrico mensal de Maceió AL. METODOLOGIA: Foi utilizada uma série histórica de dados pluviométricos com total de 4 anos, obtidos através de um pluviômetro pertencente à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos - SEMARH/ Diretoria de Meteorologia DMET localizada na cidade de Maceió nas seguintes coordenadas geográficas: (9º 62 S, 35º 69 W). O desvio de precipitação foi calculado através da expressão (Tubelis, 1988): D P = (P a P r / P r ) Eq.1 Onde: D P = desvio da precipitação pluviométrica (%); P a = precipitação pluviométrica a ser analisada (mm); P r = precipitação pluviométrica de referência ou média (mm). Os valores dos desvios de precipitação pluviométrica foram expressos em percentagem e representados graficamente em forma de histograma. A classificação do regime pluviométrico dos meses do ano foi feita através dos critérios encontrados na Tabela 1 (Tubelis, 1988). Esses critérios mostram que quanto mais próximo de zero o valor do desvio de precipitação pluviométrica de um mês, mais próximo este mês estará da precipitação pluviométrica média do período estudado, seja acima ou abaixo do valor médio. Tabela 1 - Critérios para a classificação do regime pluviométrico dos meses do ano (Tubelis, 1988). RESULTADOS E DISCUSSÃO: Inicialmente, obtiveram-se os totais pluviométricos médios, máximos e mínimos mensais (mm) para a cidade de Maceió, no período de 1967 a 7, mostrados na Tabela 2 e Figura 1.

Tabelas 2 - Totais pluviométricos médios máximos e mínimos mensais (mm) para Maceió - AL, no período de 1967 a 7 Var/Mês jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez média 59,5 69, 122,4 26,3 26,7 238,8 198,3 122,5 81,9 52,5 32,8 37,1 máxima 68, 94, 134,1 243,5 299,3 272,2 248, 145,4 89,7 58, 39,9 43,7 minima 53,1 52, 13,4 141,8 224,4 25, 157,2 16, 68, 49,4 27, 29,8 Figura 1 - Precipitação pluviométrica mensal em mm, para cidade de Maceió - AL, no período de 1967 a 7. Os valores de desvios mensais de precipitação pluviométrica para Maceió encontram-se na nas Figuras 2 e 3. Como pode ser observado nas Figuras 2 e 3, os meses com os maiores desvios no regime pluviométrico são os de setembro a fevereiro, período caracterizado como o mais seco do ano, demonstrando grande variabilidade deste elemento climatológico. O mês de novembro de 1987 e janeiro de 4 apresentaram o maior desvio positivo com 591,6% e 417,2%, e o menor desvio positivo da série estudada ficou com,1% ocorrido no mês de agosto de 1967. O maior e o menor desvio negativo ocorrido nessa série foram nos meses de julho (1967) e março (1978) com -,2%, e o maior desvio negativo ocorreram em cinco anos distintos, 3 na década de 8 (198, 1981, 1984) e 2 na década de 9 (1995, 1996), todos com desvio de -%, sendo que o ano que mais se destacou foi o de 1981 com ocorrência em 5 meses (abril, junho, agosto, setembro e novembro) com o máximo desvio negativo. O único ano que não foi possível incluir nessa serie foi o de 1993, por falta de dados. Na Tabela 3 encontram-se os valores de distribuição de freqüência relativa dos meses de cada ano segundo os critérios adotados (Tabela 1). Janeiro ( 1967-7) Fevereiro ( 1967-7) 6 5-6 5 - Março ( 1967-7) Abril ( 1967-7) 6 5-6 5 - Maio ( 1967-7) Junho( 1967-7) 6 5 6 5 - - Figura 2 - Desvios mensais da precipitação pluviométrica em relação à média para a capital Alagoana, Maceió - AL, no período de janeiro a junho de 1967 a 7.

O mês de janeiro, ao longo da série estudada, período compreendido entre 1967 a 7, foi classificado de acordo com a Tabela 3, como ligeiramente menos chuvoso, apresentando desvios de -93,8 a 415,2%. O mês de fevereiro foi classificado como excessivamente menos chuvoso, apresentando desvios de a 189,8%. Março foi classificado como ligeiramente menos chuvoso, com desvios de 9,9 a 162,1%. Abril foi classificado como ligeiramente menos chuvoso, com desvios de a 125,5%. O mês de maio foi ligeiramente menos chuvoso, com desvios de 81,6 a 131,3%. O mês de junho foi ligeiramente menos chuvoso, com desvios de a 64,9%. Os desvios para o mês de julho foram de -8,8% a 119,6%, tendo assim uma classificação que varia entre ligeiramente menos chuvoso e ligeiramente mais chuvoso. Para o mês de agosto, os desvios foram de, a 11,9%, classificado como ligeiramente mais chuvoso. Julho( 1967-7) Agosto( 1967-7) 6 5-6 5 - Setembro( 1967-7) Outubro( 1967-7) 6 5-6 5 - Novembro( 1967-7) Dezembro( 1967-7) 6 5 6 5 - Figura 3 - Desvios mensais da precipitação pluviométrica em relação à média para a capital Alagoana, Maceió - AL, no período de julho a dezembro de 1967 a 7. Para setembro, os desvios foram de a 22,8%, classificado como ligeiramente mais chuvoso. O mês de outubro apresentou desvios de 95,1 a 243,6%, sendo classificado como moderadamente menos chuvoso. Para novembro, os desvios foram de a 591,6%, sendo classificado como excessivamente menos chuvoso. Dezembro apresentou desvios de a 228,2%, sendo classificado como fortemente menos chuvoso. - Tabela 3 - Distribuição de freqüência relativa dos meses do ano para a série estudada. CRITÉRIO Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez < -75% 6 9 3 2 1 1 1 1 4 8 14 1-5 a 75% 6 5 3 4 5 3 5 5 6 5 5 8-25 a 5% 8 5 7 6 7 6 7 6 7 9 7 4 a -25% 1 4 8 9 1 11 9 1 6 3 3 5 a +25% 2 2 6 6 3 1 9 11 9 5 4 3 +25 a +5% 3 5 5 7 5 7 4 5 2 2 +5 a +75% 1 2 3 5 5 2 2 4 1 2 2 > +75% 4 8 5 1 4 3 2 4 7 5 6 Total 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4

Os critérios de classificação do regime pluviométrico propostos por Tubelis (1988) apresentam-se mais adequados para uma análise mensal para cada ano. CONCLUSÕES: Os critérios adotados para a distribuição pluviométrica apresentam-se mais adequados para uma análise mensal anual da série estudada. Para a série pluviométrica estudada, os meses de janeiro, março a julho apresentaram uma classificação como ligeiramente menos chuvoso; o mês de novembro foi classificado como excessivamente menos chuvoso e o ligeiramente mais chuvoso ocorreu nos meses de agosto e setembro. REFERÊNCIAS: GALVANI, E; PEREIRA, A. R.; KLOSOWSKI, E. S. Relações entre o Índice de Oscilação Sul (IOS) e o total mensal de chuva em Maringá - PR. (1998, no prel o). TUBELIS, A.A chuva na produção agrícola. São Paulo, Editora Nobel, 1988. 8 p. FRIZZONE, J.A. Análise de cinco modelos para o cálculo da distribuição de freqüência de precipitações na região de Viçosa, MG. Viçosa - MG. p. Dissertação (Mestrado em Irrigação e Drenagem) - Curso de Pós-graduação em Irrigação e Drenagem, Universidade Federal de Viçosa, 1979. Nimer, E, 1979. Climatologia do Brasil. SUPREN/IBGE. Volume 4. BOTELHO, V. A. V. A.; MORAIS, A. R. Estimativ a dos parâmetros da distribuição gama de dados pluvio métricos do município de Lavras, Estado de Minas Gerais. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 23, n.3, p. 697-75,1999.