PREFEITURA MUNICIPAL DE LAURO DE FREITAS SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO CONSELHO PLENO RESOLUÇÃO CME N 001, 23 DE MARÇO DE 2016 Estabelece normas para a Classificação, Reclassificação e Regularização da vida escolar nos estabelecimentos de Ensino do Sistema Municipal de Educação, com fundamentos nos artigos 23 e 24 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). O Presidente do Conselho Municipal de Educação de Lauro de Freitas Bahia, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelas Leis Municipais N 1287, de 10 de dezembro de 2007, 1288, de 10 de dezembro de 2008, Decreto N 3284, de 04 de agosto de 2010 e com fundamento no parágrafo 1 do Art. 23 e no Art. 24, inciso II, alíneas a, b e c da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Parecer CME/CEF Nº 001 de 23 de março de 2016, em sessão plenária realizada em 23 de março de 2016, RESOLVE: CAPÍTULO I DA FINALIDADE E DA COMPOSIÇÃO Art. 1º Classificação e Reclassificação são dispositivos que permitem colocar o aluno na série mais apropriada ao seu desenvolvimento e experiência. A reclassificação é, ainda, uma nova classificação que tem como objetivo posicionar o aluno na série/ano de escolaridade e/ou fase compatível com sua idade, experiência, nível de desempenho ou de conhecimento.
Parágrafo único: Reclassificar é rever e alterar a classificação de um aluno em determinada série/ano ou etapa escolar de forma a promover a aceleração dos estudos. Art. 2º. Classificação é o procedimento que o Estabelecimento adota, segundo critérios próprios, previstos no Regimento Escolar e Proposta Pedagógica, para posicionar o aluno na etapa de estudos compatível com a idade, experiência e desempenho, adquiridos por meios formais ou informais. A classificação em qualquer série/ano ou etapa, exceto a primeira do ensino fundamental, pode ser feita: a) por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou fase anterior, na própria escola; b) por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas; c) independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação feita pela escola, que defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua inscrição na série ou etapa adequada, conforme regulamentação do respectivo sistema de ensino. Parágrafo único: A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige as seguintes medidas administrativas para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos profissionais: pedagógica; I - proceder a avaliação diagnóstica documentada pelo professor ou equipe II - comunicar ao aluno ou responsável a respeito do processo a ser iniciado para obter deste o respectivo consentimento; III - organizar comissão formada por docentes, técnicos e direção da escola para efetivar o processo; IV - arquivar atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados; V- registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.
Art. 3º A reclassificação destina-se ao aluno com matrícula e frequência no estabelecimento de ensino, que avaliará o seu grau de desenvolvimento e experiência, levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhálo à etapa de estudos compatível com sua experiência e desempenho, independente do que registre o seu histórico escolar. Parágrafo único: A escola poderá reclassificar os alunos, inclusive quando se tratar de transferências entre estabelecimentos situados no País e no exterior, tendo como base as normas curriculares gerais, conforme Parágrafo Primeiro do art. 23 da LDBEN 9394/96. Art. 4º Para que se realize a reclassificação e a classificação é necessário a constituição de uma comissão, composta preferencialmente pelo Conselho Escolar e constituído por: I gestor Escolar ou seu representante; II coordenador Pedagógico ou seu representante; III representante do Colegiado escolar; IV - professores da turma. 1º. É vetado aos alunos do 1º ano de escolarização a classificar ou reclassificar, só sendo facultado a reclassificação a partir do 2º ano de escolarização, se o aluno apresentar as competências necessárias para cursar o ano de escolarização seguinte e exclusivamente se estiver em distorção ano/idade. 2º. A idade do aluno deverá ser compatível com o ano ou fase para o qual for declarado apto a cursar. 3º. A reclassificação dos alunos deve ser realizada até a data limite de 31 de março. E a classificação nos quinze primeiros dias após a matrícula, a qual pode ocorrer em qualquer época do ano. 4º. É vetado a classificação ou reclassificação para ano/série inferior à anteriormente cursada. 5º. A classificação aplicar-se-á em qualquer série ou etapa exceto o 1º ano do ensino Fundamental: I. por promoção;
II. por transferência; III. independente de escolarização anterior IV. nos casos em que o aluno não tenha ou não possa comprovar sua vida escolar anterior. CAPÍTULO II DA COMPETÊNCIA Art. 5º Compete ao professor, com base nos resultados obtidos pelo aluno (na avaliação contínua); ou ao próprio aluno, ou seu responsável, mediante requerimento dirigido à Direção da Escola, solicitar a reclassificação. Art. 6º Os casos de classificação/reclassificação que envolvam alunos da EJA deverão ser, primeiramente, analisados pela Divisão de Educação de Jovens e Adultos. SEMED. Art. 7º As avaliações que serão aplicadas serão padrão disponibilizada pela Parágrafo único: O preenchimento da documentação é de responsabilidade do Secretário escolar, onde existe a necessidade do mesmo estar sempre em constante atualização. CAPÍTULO III DOS PROCEDIMENTOS Art. 8º Nas pastas dos alunos deverão permanecer arquivados: cópia da Ata de Classificação/Reclassificação; processo de Avaliação. Art. 9º Uma vez reclassificado, o aluno não retorna para séries anteriores, em nenhuma hipótese. Art. 10º A Escola não deverá realizar o processo de reclassificação se não possuir a série para oferecer a vaga para a qual o aluno se destina. Nesses casos,
para atender ao interesse do desenvolvimento do aluno, pode ser adotado um dos seguintes procedimentos: I. A escola de destino recebe o aluno e realiza procedimentos para sua classificação. II. A escola de destino participa do processo de Reclassificação do aluno juntamente com a escola de origem e, em seguida, o recebe por transferência. III. Mesmo quando não houver situações de Classificação ou de Reclassificação, a escola deverá fazer constar no Livro de Registros, para facilitar o acompanhamento desses processos, por parte da própria U.E. e do Departamento Pedagógico do Município. Parágrafo único: É vetado as escolas municipais a reclassificação, que conduzam direto ao Ensino Médio. É ilegal a reclassificação que implica na conclusão de estudos e não na adequação do aluno à série ou etapa que não seja da própria instituição. Art. 11 O estudante oriundo de país estrangeiro que não apresentar documentação escolar e condições imediatas para classificação deverá ser matriculado no ano compatível com sua idade, ficando a escola obrigada a elaborar plano para o desenvolvimento de conhecimentos e habilidades necessárias para o prosseguimento de seus estudos. Art. 12 Comprovado em qualquer tempo o caso de meios fraudulentos para obtenção dos benefícios concedidos nesta Resolução, ou existência de infringência às determinações da presente, todos os atos escolares praticados pelo favorecido serão nulos para qualquer fim de direito, cabendo recurso ao CME. Art. 13 No caso de Reclassificação solicitada pelos pais, ou pelo aluno, se este for maior, deverá ser preenchido requerimento próprio, ou se a escola tomar a iniciativa de reclassificar o aluno deverá ter a ciência dos pais nos casos em que o aluno seja menor de idade. Art. 14 A necessidade da Regularização de Vida Escolar, na matrícula por transferência, pode-se dar por:
I. Aceitação de Declaração em substituição ao Histórico Escolar; II. Não cumprimento do prazo para recebimento de documentação de transferência; III. Expedição de documentos escolares com irregularidades, já trazidas de outras escolas, sem que a primeira ou segunda escola tenha regularizado a vida escolar do aluno; IV. Expedição de Histórico Escolar com ausência de disciplina(s) obrigatória(s) e de justificativa para tal; V. Expedição de Histórico escolar que não atenda o padrão de informação necessário para expedição de nova documentação. Parágrafo único: Observando estas questões, deve-se regularizar a vida do aluno, evitando prejuízo e impedimento nos seus estudos posteriores. CAPÍTULO IV DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Art. 15 A regularização de vida escolar de alunos é uma exceção, devendo ser aplicada com critérios e baseada na legislação educacional vigente. Art. 16 Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Marcio Araponga Paiva Prefeito Marcelo Gonçalves de Abreu Secretário Municipal de Educação Jaguaracy Conceição Presidente do Conselho Municipal de Educação
ANEXO MODELO PARA REGISTRO DA CLASSIFICAÇÃO/RECLASSIFICAÇÃO NO REQUERIMENTO DE MATRÍCULA, HISTÓRICO ESCOLAR, FICHA INDIVIDUAL E EM ATA E NO HISTÓRICO ESCOLAR. No ano de o aluno foi submetido a processo de, de acordo com a Lei Federal nº 9.394/96 e Resolução do CME nº 001/2016, sendo avaliado em todos os componentes curriculares da Base Nacional Comum. O aluno foi considerado apto a cursar o ano de escolaridade do Ensino Fundamental.