Atribuição de desenvolver nas Universidades brasileiras estudos sobre a Estratégia Nacional de Defesa

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20/5/2015 Atribuição de desenvolver nas Universidades brasileiras estudos sobre a Estratégia Nacional de Defesa Laboratório de Estudos em Direito Aquaviário e Ciência da Navegação AQUASEG UFSC Florianópolis 2015 Prof. Dr. Eduardo Antonio Temponi Lebre Resumo Atividades relativas à Marinha Mercante e organizações correlatas, no que se refere à segurança da navegação e a prevenção da poluição hídrica Abstract Activities related to the Merchant Marine and related organizations, with regard to the safety of shipping and the prevention of water pollution Direito Aquaviário 1

Sumário Investigações de Segurança de Acidentes e Incidentes Marítimos - ISAIM Inquérito Administrativo Sobre Acidente e Fato da Navegação IAFN Acidentes e Fatos da Navegação Estudo de caso da embarcação Renascer IV ACIDENTE DA NAVEGAÇÃO A000 - SEM CÓDIGO DE NATUREZA DO ACIDENTE A001 - ABALROAÇÃO OU ABALROAMENTO A002 - ADERNAMENTO A003 - ÁGUA ABERTA A004 - ALAGAMENTO A005 - ARRIBADA A006 - AVARIA DE MÁQUINAS A007 - AVARIA DE GOVERNO A008 - RUPTURA DE CABOS A009 - AVARIA NA CARGA A010 - AVARIA OU DETERIORAÇÃO DAS MERCADORIAS DAS CÂMARAS A011 - AVARIAS NO CASCO A012 - COLISÃO A013 - EMBORCAMENTO FATO DA NAVEGAÇÃO F001 - ALTERAÇÃO OU DESVIO DA ROTA F002 - DEFICIÊNCIA NA AMARRAÇÃO OU FUNDEIO F003 - DEFICIÊNCIA DA EQUIPAGEM F004 - DEFICIÊNCIA DE ABASTECIMENTO F005 - DEFICIÊNCIA NA EMBARCAÇÃO F006 - EMPREGO DA EMBARCAÇÃO EM ILÍCITO PENAL OU FAZENDÁRIO F007 - EXCESSO DE PASSAGEIROS F008 - ACIDENTES COM PESSOAS EM GERAL A BORDO F009 - ACIDENTE COM ESTIVADOR F010 - ACIDENTE DE MERGULHO F011 - IMPROPRIEDADE DA EMBARCAÇÃO PARA O FIM QUE É UTILIZADA F012 - TRANSPORTE DE TÓXICOS / CONTRABANDO MERCADORIA ILEGAL F013 - MÁ ESTIVAÇÃO DA CARGA F014 - MAU APARELHAMENTO DA EMBARCAÇÃO F015 - RECUSA INJUSTIFICADA DE SOCORRO A EMBARCAÇÃO EM PERIGO F016 - EXPOR A RISCO F017 - QUEDA DE PESSOA A BORDO F018 - QUEDA DE VEÍCULO NA ÁGUA F019 - QUEDA DE PESSOA NA ÁGUA 2

FATO DA NAVEGAÇÃO ACIDENTE DA NAVEGAÇÃO A014 - ENCALHE A015 - EXPLOSÃO A016 - INCÊNDIO A017 - NAUFRÁGIO A018 - VARAÇÃO A019 - QUEDA DE CARGA E/OU EQUIPAMENTO N ÁGUA A020 - ALIJAMENTO A021 - ACIDENTE COM BALEEIRA A022 ACIDENTE COM ESCADAS DE PORTALÓ F020 - AVARIA EM REDES SUBMARINAS F021 - MORTE DE PESSOA F022 - DESAPARECIMENTO DE PESSOA F023 - ATO DE PIRATARIA / ASSALTO / FURTO / ROUBO F024 - DERIVA DA EMBARCAÇÃO F025 - FUNDEAR EM LOCAL PROIBIDO QUE POSSA PROVOCAR DANOS F026 - BARATARIA, REBELDIA OU MOTIM F027 - ABANDONO F028 - DESAPARECIMENTO DE EMBARCAÇÃO F029 - PRESENÇA DE CLANDESTINO A BORDO F030 ACIDENTE COM PESSOAS EM ESPAÇOS CONFINADOS Lessons Learned for Presentation to Seafarers (FSI 19/19/Add.1, FSI 20/5 a FSI 20/19); e Casualty Statistics and Investigation, Sub-committee on Flag State Implementation, 20th session, Agenda item 5 FSI 20/5 ; ambos da IMO 3

SEGURANÇA NO TRABALHO & SEGURANÇA NA NAVEGAÇÃO 1- Encalhe 2- Colisão 3- Clandestinos a bordo 4- Abalroamento 5- Acidente com pessoa em geral a bordo 6- Morte de pessoa 7- Queda de pessoa a bordo 4

20/5/2015 1 2 3 4 5 6 abalroamento naufrágio colisão - queda de pessoa na água queda de pessoa a bordo acidente com pessoa em geral a bordo EMBARCAÇÃO RENASCER IV 5

Local: coordenadas 4º18'10,04"S 063º51'01,86"W Comunidade de São José do Chapadá em Coari Estado do Amazonas Brasil 6

7

o céu estava claro, o rio em seu leito normal para a época do ano, temperatura moderada, sem chuva, e vento fraco 8

Tripulação: três (3) homens; que não eram aquaviários; que foram recrutados para aquela viagem por possuírem conhecimentos práticos de navegação naquela região explosão a bordo quando um tripulante da embarcação RENASCER IV tentava ligar o motor; fazendo uso de um artifício denominado chupeta que é a utilização de uma bateria móvel em auxilio da bateria do motor; gerando uma centelha elétrica na praça de máquinas da embarcação, os relatos de um dos sobreviventes, se lê: apresentava forte cheiro de gasolina e não havia nenhum tipo de ventilação, provocando acúmulo de vapores deste combustível. 9

por ocasião do desabarrancamento que significa: o processo utilizado pelos navegantes dos rios da região amazônica quando, após pernoitar amarrado nas árvores às margens do rio, inicia-se o processo de suspender com a embarcação -Danos Pessoais: três tripulantes ficaram feridos, com queimaduras sendo que um deles veio a falecer. -Danos ambientais: a mata nas proximidades da embarcação acidentada ficou queimada. Não houve poluição das águas. -Danos materiais: houve a perda total da embarcação. 10

exames periciais realizados nos destroços encontrados naquela posição e posteriormente, no mesmo dia, no local exato do acidente, onde foram encontrados: vestígios da mata queimada, algumas madeiras proveniente da embarcação e uma embarcação totalmente carbonizada A embarcação era empregada no transporte de combustível a granel, sendo considerado perigoso este transporte de produtos; não foi periciada para verificação da sua conformidade para o transporte de derivados de petróleo; 11

a) fator humano - não há indícios de que o fator humano, sob o ponto de vista biopsicológico, possa ter contribuído para o acidente; b) fator material contribuiu para o acidente o vazamento de gasolina do tanque de carga e a deficiência de carga da bateria de partida do motor da embarcação; c) fator operacional contribuiu para o acidente a falta de monitoramento do ar ambiente para verificar a existência de mistura explosiva na praça de máquinas a) Toda embarcação deve ser conduzida por profissionais habilitados e detentores de conhecimentos específicos de sua profissão; b) Os tanques de armazenamento devem ser testados a intervalos regulares para verificar a estanqueidade, principalmente em embarcações de madeira; c) O ar no interior de compartimentos confinados deve ser permanentemente renovado por ventiladores ou aberturas adequados, para não permitir a acumulação de gases formando uma mistura explosiva; 12

d) As embarcações que transportam petróleo e seus derivados devem sofrer perícia de conformidade para este transporte, para verificação de suas condições gerais; e) Os equipamentos elétricos e mecânicos existentes nas embarcações devem ser verificados e mantidos em perfeitas condições de uso. 13

TRIBUNAL MARÍTMO SGEPJ Processo por Embarcação Extrato Emitido em 18/05/2015 21:24 h Nome Embarcação: RENASCER IV Número do Processo: 27603/2012 Juiz Relator: MARCELO DAVID GONÇALVES Juiz Revisor: FERNANDO ALVES LADEIRAS Acidente/Fato:A015 EXPLOSÃO Nome da Embarcação: RENASCER IV Local do Acidente: PORTO DA COMUNIDADE SÃO JOSÉ DO CHAPADÁ-COARI-AM ATRACADO NO PORTO DA COMUNIDADE SÃO JOSÉ DO CHAPADÁ-COARI-AM Data do Acidente: 05/11/2011 Hora do Acidente: 06:00 Representado(s):EVANDY SATURNINO DE LIMA Fase:05 -JUIZ-REVISOR -CONCLUSO -PARA VISTO E POSTERIOR INCLUSÃO EM PAUTA PARA JULGAMENTO Data Inicio Fase: 06/05/2015 Data Prevista Termino: 11/05/2015 Inquérito na Capitania dos Portos; Concluído, os autos são encaminhados ao Tribunal Marítimo (órgão vinculado ao Ministério da Defesa), que tem como competência julgar acidentes e fatos da navegação em que se determina (Lei nº 2.180) i) natureza, causas, circunstancias e extensão; ii) responsabilidades; iii) Penas/sanções administrativas. 14

a) Repreensão; b) Suspensão de pessoal marítimo; c) Interdição para o exercício de determinada função; d) Cancelamento da matrícula profissional; e) Proibição ou suspensão do tráfego da embarcação; f) Cancelamento do registro de armador; g) Multa, cumulativamente, ou não, com qualquer das anteriores (RELESTA); h) Medidas preventivas de segurança Art. 3º Cabe à autoridade marítima promover a implementação e a execução desta Lei, com o propósito de assegurar a salvaguarda da vida humana e a segurança da navegação, no mar aberto e hidrovias interiores, e a prevenção da poluição ambiental por parte de embarcações, plataformas ou suas instalações de apoio. Art. 33. Os acidentes e fatos da navegação, definidos em lei específica, aí incluídos os ocorridos nas plataformas, serão apurados por meio de inquérito administrativo instaurado pela autoridade marítima, para posterior julgamento no Tribunal Marítimo. Parágrafo único. Nos casos de que trata este artigo, é vedada a aplicação das sanções previstas nesta Lei antes da decisão final do Tribunal Marítimo, sempre que uma infração for constatada no curso de inquérito administrativo para apurar fato ou acidente da navegação, com exceção da hipótese de poluição das águas. 15

Art. 4 São atribuições da autoridade marítima: VII - estabelecer os requisitos referentes às condições de segurança e habitabilidade e para a prevenção da poluição por parte de embarcações, plataformas ou suas instalações de apoio; Art. 36. As normas decorrentes desta Lei obedecerão, no que couber, aos atos e resoluções internacionais ratificados pelo Brasil, especificamente aos relativos à salvaguarda da vida humana nas águas, à segurança da navegação e ao controle da poluição ambiental causada por embarcações. 16

Art. 2...: VII - Inspeção Naval - atividade de cunho administrativo, que consiste na fiscalização do cumprimento desta Lei, das normas e regulamentos dela decorrentes, e dos atos e resoluções internacionais ratificados pelo Brasil, no que se refere exclusivamente à salvaguarda da vida humana e à segurança da navegação, no mar aberto e em hidrovias interiores, e à prevenção da poluição ambiental por parte de embarcações, plataformas fixas ou suas instalações de apoio; XXI - Vistoria - ação técnico-administrativa, eventual ou periódica, pela qual é verificado o cumprimento de requisitos estabelecidos em normas nacionais e internacionais, referentes à prevenção da poluição ambiental e às condições de segurança e habitabilidade de embarcações e plataformas. Art. 5º A autoridade marítima poderá delegar competência para entidades especializadas, públicas ou privadas, para aprovar processos, emitir documentos, realizar vistorias e atuar em nome do Governo brasileiro em assuntos relativos à segurança da navegação, salvaguarda da vida humana e prevenção da poluição ambiental. 17

TM não excede os limites de suas atribuições (Lei nº 2.180/54) e suas decisões, inobstante gozem de valor probante praticamente inquestionável, podem ser revistas na Justiça Comum. DecisãodoTMnãofazcoisajulgada. Lei nº 9.966/2000 e no Decreto 4.136/2002 Multas por causar poluição hídrica Fiscalização Marinha do Brasil Cumulativa com outras sanções de natureza civil, penal e administrativa relativa à proteção da água 18

PROPRIETÁRIO ou ARMADOR ARMADOR-PROPRIETÁRIO ( head owner, shipwoner ou shipowner ) ARMADOR-GERENTE ( managing owner ou ship s husband) ARMADOR-LOCATÁRIO ( owner pro tempore ) ARMADOR-ARRENDATÁRIO ARMADOR-FRETADOR (owner) ARMADOR- AFRETADOR (chartered owner) ou armador-disponente (disponent owner) TRIPULANTES E TERCEIROS COMANDANTE E TRIPULAÇÃO AUXILIARES DA NAVEGAÇAO PRATICOS E REBOCADORES OUTROS COMPETÊNCIA CIVIL E ADMINISTRATIVA Acidentes ocorridos em território brasileiro: competência civil (tribunal civil) e administrativa (Tribunal Marítimo) do Brasil, independentemente da bandeira do navio (V. Lei 2.180/54, LESTA e CPC, arts. 88 a 100). Navio brasileiro em território estrangeiro: competência do tribunal do local do fato. Navio brasileiro em alto-mar: competência jurisdicional brasileira, se envolver navios de bandeiras diferentes, competência é concorrente. V. CNUDM III. 19

BRASIL. Marinha do Brasil. RELATÓRIO DE INVESTIGAÇÃO DE SEGURANÇA: Embarcação RENASCER IV. Código de Investigação de Acidentes, da Organização Marítima Internacional: MSCMEPC; 3/Circ.2, 13 Junho 2008. Resolução MSC.255(84).. Lei nº 2.180/1954.. Lei nº 9.537/1997.. Lei nº 9.605/1998.. Lei nº 9.966/2000.. Decreto nº 2.596/1998.. Decreto nº 4.136/2002.. Decreto nº 6.703/2008.. NORMAM 09. PORTARIA Nº 107/DPC, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2003. LEBRE. Eduardo Antonio Temponi. A Atuação da OIT e da OMI para Proteção da Vida e da Saúde do Empregado Marítimo. In, DIREITO INTERNACIONAL DO TRABALHO E A ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO: UM DEBATE ATUAL. Coordenadores. Jouberto de Quadros Pessoa, Marco Antonio Cesar Villatore. São Paulo: Atlas, 2015, p. 219.. O Direito Marítimo e os órgãos da autoridade marítima. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XII, n. 71, dez 2009. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=6992>. Acesso em maio 2015. OMI. Lessons Learned for Presentation to Seafarers (FSI 19/19/Add.1, FSI 20/5 a FSI 20/19).. Casualty Statistics and Investigation, Sub-committee on Flag State Implementation, 20th session, Agenda item 5 FSI 20/5. 20