Escola Politécnica da Universidade de São Paulo PHD-2537 Águas em Ambientes Urbanos LEI DAS PISCININHAS

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Transcrição:

Escola Politécnica da Universidade de São Paulo PHD-2537 Águas em Ambientes Urbanos LEI DAS PISCININHAS Bruno Paschkes Fábio F. Ferraretto Flávio Suchek Gabriel P. Rizzi Marcelo Faria Rodrígues Pablo Frisanco Oliveira Rogério Fabiano Tormena Rubens Coutinho Filho 12 de Outubro de 2003

Índice 1. INTRODUÇÃO 2 2. INSTALAÇÃO DE RESERVATÓRIO PARA DETENÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM EDIFICAÇÕES 3 2.1. TIPOS DE RESERVATÓRIOS 4 2.2. ESTUDO DE CASO DE RESERVATÓRIO DE DETENÇÃO UTILIZAÇÃO DE RIB-LOC 4 2.3. DEFICIÊNCIAS NA LEI DAS PISCININHAS 5 2.4. SOLUÇÕES INTEGRADAS COM OS RESERVATÓRIOS DE DETENÇÃO 5 3. CONCLUSÕES 7 1

1. INTRODUÇÃO Em São Paulo, convivemos com inúmeros problemas relacionados aos recursos hídricos. Nos períodos de seca, temos graves problemas de falta de água, como está acontecendo recentemente na RMSP, devido ao aumento da demanda por água. Já nos períodos chuvosos, enquanto enchem os reservatórios, temos problemas na cidade, devido às enchentes causadas pelas chuvas. Existem soluções para o escoamento das águas pluviais, que são estudadas e aplicadas com macro-drenagem e micro-drenagem. Soluções de macro-drenagem são, entre outras, a canalização de córregos, criação de reservatórios de retenção de águas pluviais e reservatórios de detenção de águas pluviais. Soluções de micro-drenagem são, entre outras, guias e sarjetas com bocas de lobo, e canalizações até o córrego, devidamente cuidadas e dimensionadas. Com tantas melhorias em São Paulo, ainda temos problemas com enchentes, devendo ser feitas mais medidas, não como as salvadoras da pátria, mas como medidas que minimizem os problemas das enchentes e das secas. 2

2. INSTALAÇÃO DE RESERVATÓRIO PARA DETENÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM EDIFICAÇÕES Em 04/01/02 foi promulgada a Lei Municipal 13.276/01, que torna obrigatória a construção de reservatórios de retenção de águas pluviais também apelidados de piscininhas em obras que causem a impermeabilização de áreas maiores que 500 m² no município de São Paulo. Com essa lei, novas edificações que forem construídas no município de São Paulo, devem prover de um reservatório para detenção de águas pluviais durante o pico das chuvas, para posteriormente lançar para o sistema de micro-drenagem suas águas e esvaziar o reservatório. A fórmula matemática para o cálculo do volume armazenado no reservatório é a seguinte: Vu = (At + Ai. k). 0,009 Onde: Vu = Volume útil do reservatório de retenção, igual à diferença de volume acumulado entre os níveis mínimo e máximo (m³); At = Área total do terreno cuja drenagem contribui para o reservatório (m²); Ai = Área impermeabilizada do terreno, cuja drenagem contribui para o reservatório de retenção (m²); k = Coeficiente que define a situação de aplicação da legislação, e que deve ser igual a: (At Ai)/At, quando Ai/At > 0,85 0, quando 0,85 Ai/At O sistema de esvaziamento pode ser feito por meio de bombas, o que não é muito seguro, visto que pode haver queda de energia, ou mesmo falhar as bombas, o que implica no não esvaziamento do reservatório, ou por gravidade, se essa solução for possível. O sistema de esvaziamento do reservatório de detenção deve ser tal que a vazão efluente para o sistema de micro-drenagem seja equivalente a 25% da vazão de projeto de enchimento do reservatório, calculado pela chuva de projeto, que normalmente é de 25 anos. 3

2.1. Tipos de reservatórios Para a construção de reservatórios em edifícios novos, podemos utilizar reservatórios de concreto armado, que demandam uma área muito grande, nem sempre sendo viável na obra, devido ao espaço, ou podem ser feitos como um grande minhocão. Esse minhocão pode ser composto por tubos de concreto justapostos, pode ser feito a partir de uma vala no chão, revestida por alvenaria e tampada com lajes pré-moldadas de concreto, abaixo do nível do subsolo ou até mesmo com a utilização de tubos de pvc moldados no próprio canteiro de obra, que são os Rib-Loc. Deve ser feito um estudo para cada caso de solução em cada edifício, vendo a viabilidade técnica e econômica, vendo as vantagens e desvantagens de cada tipo de solução. Nesse trabalho estará sendo visto um estudo de caso de um reservatório de detenção com a utilização de Rib-Loc. 2.2. Estudo de caso de reservatório de detenção Utilização de Rib-Loc Foi estudado um caso da utilização de Rib-Loc como reservatório de detenção de águas pluviais em um grande empreendimento, em que o volume armazenado para detenção seria de 80m³ de água. A construção de um reservatório de concreto armado não era viável, visto a geometria do terreno, das fundações e a possível utilização de bombas para a retirada da água para uma galeria de águas pluviais que passava atrás do empreendimento. A utilização de rib-loc se mostrou viável, podendo ser feitas curvas com angulações prédefinidas contornando os blocos de fundações, e permitindo a construção de duas caixas de alvenaria, para captação das águas pluviais além de uma terceira caixa que possuía um vertedor para verter a água para a galeria, por gravidade. O rib-loc é um tubo de pvc, formado pela extrusão de um perfil de pvc por uma máquina, em diâmetros pré-definidos, e pode ser feito na própria obra. Para a colocação do rib-loc no chão, é cavada uma vala, com o qual é preenchido material após a fixação dos tubos às caixas, formando o reservatório. O tubo pode receber carga vertical, desde que o material de enchimento da vala seja bem compacto ou de pedrisco, e 4

haja uma altura significativa entre o topo do tubo e o ponto de aplicação da carga, para a mesma se distribuir no terreno. Com o reservatório, o empreendimento capta todas as águas pluviais recebidas, vertendo apenas 25% da água, quando a mesma alcança o vertedor. No vertedor foi instalado um tubo na parte inferior para o esvaziamento total do reservatório após o término da chuva. 2.3. Deficiências na lei das piscininhas Após a análise e discussão das prescrições da legislação, concluiu-se que, apesar de baseada na intenção de reduzir os efeitos da impermeabilização das áreas urbanas, que tem contribuído para o agravamento do problema das enchentes e alagamentos na RMSP, a solução prescrita: Tem aspectos que são de difícil aplicação na prática; Nem sempre será eficaz com a finalidade de reduzir o problema dos alagamentos, podendo em alguns casos até agravar o problema localizado em alguns pontos; Não constitui uma única solução possível, tendo que vir acompanhada de outras soluções, como o reuso da água armazenado no reservatório de detenção, e não simplesmente ser jogado fora; O funcionamento do sistema pode depender de intervenção, e não foi estabelecida forma de fiscalizar a sua operação; Podem resultar em aumento de custo, em alguns casos injustificado, para a construção e operação de empreendimentos. 2.4. Soluções integradas com os reservatórios de detenção Problemas com os recursos hídricos na RMSP não são apenas no que diz respeito às enchentes, em períodos chuvosos, mas também com a falta de água nos períodos secos. A criação de reservatórios de detenção em edifícios novos também pode ser ampliada para edifícios antigos, já construídos, com a construção de pequenos reservatórios sub dimensionados - que possam se adequar em espaços não utilizados. 5

Os reservatórios terão não apenas a funcionalidade de deter águas pluviais nos períodos de picos chuvosos, mas de reservar parte da água, para ser aproveitada para a irrigação de jardins, para a lavagem de ambientes comuns, e em casos mais avançados, ser utilizada até em ramais diferenciados de água para bacias sanitárias. Os reservatórios devem ser dimensionados de tal forma que atenda uma demanda de chuva em um período de retorno, funcionando mesmo como um reservatório de detenção de águas pluviais, bem como armazenar uma quantidade de água suficiente para utilização do condomínio da edificação. Com isso, dois problemas são atacados de uma só vez, o auxílio no combate às enchentes, nos períodos chuvosos, e o reuso da água proveniente de chuvas, como forma de economizar a água que vem de reservatórios e tratada pela Sabesp, reduzindo o problema de oferta de água e reduzindo a demanda de água, minimizando o problema de falta de água generalizada que temos na RMSP nos períodos secos. 6

3. CONCLUSÕES A lei das piscininhas é uma lei que entrou de uma forma brusca na RMSP, e as empresas de projeto e as construtoras tiveram de se adaptar com esse novo requisito para construir edifícios em São Paulo. A essência da lei é boa, mas não é completa. A detenção de águas pluviais, se acoplada com o reuso da água, é uma solução superiormente melhor que a solução singela apresentada pela lei das piscininhas. Assim como a construção de reservatórios é mais viável se a utilização de suas águas for para finalidades múltiplas, os pequenos reservatórios, as piscininhas, também é mais viável se a utilização de sua água for para essa múltipla finalidade. Com isso, mais uma solução pode ser integrada ao meio urbano na RMSP, com o intuito de acabar com as enchentes e com a falta de água. 7