Impacto da crise subprime nos municípios da região AMOP

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Transcrição:

Impacto da crise subprime nos municípios da região AMOP Denize Cavichioli 1 Keila Priscila dos Santos 2 Denis Dall Asta ³ RESUMO: A crise financeira internacional denominada subprime teve alguns reflexos para as economias em desenvolvimento e emergentes, como o Brasil. Consequentemente, algumas políticas precisaram ser implementadas pelo governo brasileiro. O presente estudo tem por objetivo identificar o impacto do comportamento das transferências recebidas pela União nos municípios da região da Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (AMOP) em períodos anteriores e posteriores à crise subprime, ocorrida nos anos de 2007 e 2008. A pesquisa desenvolveu-se a partir de uma abordagem quantitativa, caracterizada através dos procedimentos como documental e dos objetivos como descritiva. Foram analisados os dados financeiros dos municípios da AMOP, a população foi composta por 52 municípios localizados na região. Como resultado a pesquisa verificou dependência desses em relação à União para que possam manter suas atividades e economias, e, portanto, se mostraram submissos às transferências intergovernamentais recebidas desta, adicionalmente, foi constatado no estudo que o período de 2008 não apresentou o maior déficit do período analisado, porém, verificou-se que as despesas com pessoal e os investimentos apresentaram índices inferiores nesse ano, se comparado aos demais, desencadeando a suposição de que os municípios realizaram alguns cortes em suas finanças, de forma que não tivessem déficit. O estudo finaliza com sugestões para futuras pesquisas. Palavras-chave: Escolhas públicas; Subprime; Transferências intergovernamentais. ABSTRACT: The International financial crisis called subprime had some consequences in the developing economies and emerging markets, like Brazil. Consequently, some adjustments had to be made by the Brazilian Government. This study aims to identify the impact on the behavior of intergovernmental transfers in the Association of Municipalities of Western Paraná (AMOP) area before and after the subprime crisis, which occurred in 2007 and 2008. The research is developed from a quantitative approach, as the procedures it was a documentary and objectives were descriptive. This study analyzed the financial data of AMOP area, the sample consisted of 52 towns nearby. The results show that these towns are dependent of central government allocations in order to maintain their activities and economy, 1 Discente do Mestrado em Contabilidade da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) 2 Discente do Mestrado em Contabilidade da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) ³ Doutor em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

it was also found that from all the period analyzed in this study the highest defict hasn t in 2008, however, it was found that expenditures with employees had some adjustments and investments had lower rates when compared with other years, considering the fact that some local governments had some expenditure reductions in order to avoid déficits.the study concludes with suggestions for future research. Keywords: Public choice; Subprime; Intergovernmental transfers. 1 INTRODUÇÃO A crise financeira internacional denominada subprime ocorrida principalmente nos países desenvolvidos em 2008 também teve alguns reflexos para as economias em desenvolvimento e emergentes, como o Brasil. Cano (2009) afirma que tanto a crise de 1929 como a crise de 2007/2008 afetaram a América Latina, apresentando algumas características semelhantes e outras distintas. A crise originou-se inicialmente nos Estados Unidos em um relativamente pequeno segmento do mercado de crédito, ou seja, o subprime mercado de hipotecas, mas rapidamente se espalhou em praticamente todas as economias, tanto avançadas como emergentes, bem como em todos os setores econômicos, afetando também os mercados de ações em todo o mundo (BERGMANN et al., 2015). Para fomentar a economia afetada pela crise internacional, algumas políticas precisaram ser implementadas pelo governo brasileiro. Alvarenga et al. (2010) destaca em seu estudo que a crise financeira que eclodiu no final de 2008 motivou a adoção, em diversos países, de políticas públicas anticíclicas de caráter setorial e no Brasil, particularmente, adotou-se, no setor automotivo, a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) como instrumento para promover a recuperação do setor diante de uma queda acentuada de demanda observada ao longo dos últimos meses de 2008. Com a redução de arrecadação tributária sofrida pela União devido a renúncias fiscais, consequentemente os municípios brasileiros também foram afetados no que tange às transferências constitucionais legais. Nesse sentido, diversos estudos foram desenvolvidos com o intuito de compreender os efeitos da crise de 2008 nos municípios brasileiros.

Vale destacar o estudo de Macedo; Vesco e Toledo Filho (2012) que buscou verificar se a crise de 2007 implicou em alteração estatisticamente significativa na arrecadação, na liquidez e no endividamento dos municípios localizados na Região Sul do Brasil e teve como resultados a não implicação em alteração estatisticamente significativa no endividamento e na liquidez dos municípios analisados e produziu efeitos nos indicadores de estrutura das receitas e na arrecadação, o que pode ter ocorrido, devido ao fato de que os municípios podem ter ajustado suas despesas ou reduzido investimentos de modo que o fluxo de caixa tenha ficado constante. O estudo de Silveira (2011) também buscou compreender os impactos e os ajustes ocorridos nas finanças dos municípios do Estado do Piauí em decorrência da crise financeira mundial de 2008, utilizando-se de indicadores fiscal-financeiros, do período pré e pós crise, através dos resultados obtidos, houve a identificação de possíveis estratégias de ajustes por parte destes municípios. Partindo do pressuposto de que a crise subprime afetou de forma indireta as finanças públicas dos municípios brasileiros, pretende-se responder a seguinte questão: Qual foi o impacto das transferências recebidas pela União nos municípios da região da Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (AMOP) em períodos anteriores e posteriores à crise subprime? Diante desse contexto, essa pesquisa tem como objetivo geral identificar o impacto do comportamento das transferências recebidas pela União nos municípios da região da Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (AMOP) em períodos anteriores e posteriores à crise subprime, ocorrida nos anos de 2007 e 2008. Entre as justificativas desse estudo, destaca-se que não foram encontrados estudos que tratam do comportamento do orçamento e das transferências constitucionais legais recebidas da União especificamente nos municípios da região da Associação dos Municípios do Oeste do Paraná, anterior e posterior à crise subprime, havendo a necessidade de investigação do impacto que a crise financeira internacional de 2007 e 2008 teve na receita orçamentária e crescimento econômico desses municípios paranaenses.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Visando aprofundar a reflexão sobre o tema, nesta seção são discutidos os seguintes assuntos: crise subprime, composição das transferências constitucionais repassadas aos municípios, teoria das escolhas públicas, contabilidade pública, caracterização dos municípios da região da AMOP e indicadores das finanças públicas. 2.1 Crise Subprime O termo inglês subprime em seu sentido estrito descreve a prática de emprestar dinheiro para comprar uma casa, para as pessoas que podem não ter capacidade de pagamento. Essas pessoas representam um grupo que não consegue comprovar uma renda fixa e não possui garantias para oferecer em troca de um empréstimo, não demonstrando expectativa de recebimento para as instituições financeiras que lhes concederiam um empréstimo. A crise ocorrida em 2008 que iniciou nos Estados Unidos ficou conhecida por subprime por ter decorrido inicialmente de empréstimos concedidos a uma população com essas características. Para Gabriel, Kahn e Vaughn (2015), a crise financeira global dos anos 2000 foi a falha generalizada de hipotecas subprime, os empréstimos concedidos facilitaram substancialmente a qualificação de crédito e a oportunidade de casa própria para compradores de baixa renda. Os autores ainda citam que em 2008, com a queda dos preços das casas, 45 % dos tomadores desses empréstimos estavam incapacitados de pagamento, dois anos depois, uma porcentagem semelhante das hipotecas subprime estavam devedoras. De acordo com Carvalho (2008), a crise foi composta por três fases. Segundo o autor, a primeira fase foi representada pela subestimação do risco de perda do empréstimo para as pessoas que não tinham renda fixa, por parte dos bancos e instituições financeiras, ocorrendo o convencimento dessas pessoas a tomar empréstimos por meio de alguns artifícios, destacando-se o de cobrar taxas de juros menores nos primeiros anos e depois aumentá-las, e quando os juros foram reajustados, algumas pessoas ficaram sem renda suficiente e o calote foi inevitável, ressaltando que os bancos e financeiras usaram as hipotecas em um processo

chamado de securitização. A segunda fase é marcada pela inadimplência dos tomadores de empréstimos e a percepção dos investidores envolvidos no processo de securitização de que não iriam receber o retorno esperado, fazendo com que tentassem vender os títulos de hipoteca, porém, nesse momento perceberam que não haviam muitos compradores, pois todos já tinham esse mesmo temor. A terceira fase é marcada pela crise patrimonial, ocasionada pela queda vertiginosa de valor dos papéis lastreados em hipotecas, já que seus detentores tentaram se livrar de qualquer forma deles. 2.2 Composição das transferências constitucionais repassadas aos municípios A União repassa aos municípios brasileiros o Fundo de Participação Municipal (FPM), que representa hoje, de acordo com a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 159, 24,5% da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos industrializados (IR e IPI). Segundo dados publicados na Cartilha do FPM e FPE publicada no site da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), o FPM é dividido entre as capitais, Municípios do Interior e Municípios da Reserva, conforme percentuais que podemos observar no Quadro 1, onde os Municípios da Reserva são aqueles com população superior a 142.633 habitantes. Quadro 1 Classificação dos municípios brasileiros para efeito do FPM Municípios Percentual Capitais 10% Interior 86,4% Reserva 3,6% Fonte: STN (2012) Ainda segundo a STN, o estado do Paraná tem uma participação de 7,2857% no total do FPM a distribuir para as cidades do interior e este é calculado com base na faixa de habitantes de cada cidade, conforme podemos observar na Tabela 1. Tabela 1 Coeficiente por faixa de habitantes FPM Interior Faixa de Habitantes Coeficiente Faixa de Habitantes Coeficiente Até 10.188 0,6 De 61.129 a 71.316 2,4 De 10.189 a 13.584 0,8 De 71.317 a 81.504 2,6 De 13.585 a 16.980 1,0 De 81.505 a 91.692 2,8

De 16.981 a 23.772 1,2 De 91.693 a 101.880 3,0 De 23.773 a 30.564 1,4 De 101.881 a 115.464 3,2 De 30.565 a 37.356 1,6 De 115.465 a 129.048 3,4 De 37.357 a 44.148 1,8 De 129.049 a 142.632 3,6 De 44.149 a 50.940 2,0 De 142.633 a 156.216 3,8 De 50.941 a 61.128 2,2 Acima de 156.216 4,0 Fonte: STN (2012) Os tributos que compõem a arrecadação própria de cada município são o Imposto sobre a Prestação de Serviços (ISS), Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana (IPTU) e Imposto sobre a Transferência de Bens Imóveis (ITBI). Dessa forma, alguns municípios podem ter receitas tributárias próprias suficientes para custear suas despesas, enquanto que alguns dependem dos recursos recebidos do governo federal, sendo esses os mais afetados pela queda na arrecadação da União. 2.3 Teoria das Escolhas Públicas A política ou processo governamental é visto como um ambiente institucional onde pessoas e grupos interagem para perseguir objetivos, os políticos são demandados a maximizar resultados esperados, que dependem das eleições, ou seja, as suas ações são para maximizar a possibilidade de serem eleitos (BRENNAN; BUCHANAN, 1980). A análise das escolhas públicas prevê os resultados referentes a participação da coletividade no processo da tomada de decisões e dos resultados realizados, que geralmente se diferenciam dos resultados esperados ela também presume a maneira que o homo economicus se comporta quando estão envolvidos coletivamente no processo de tomada de decisão (CULLIS; JONES, 2009). A distribuição do poder fiscal segundo Abbot e Jones (2011) depende da mudança da arrecadação nacional, quando ela aumenta, os políticos locais pressionam o governo central por transferências, eles geralmente são respondidos, pois a expectativa é o aumento da arrecadação de impostos. Quando o cenário é o oposto, os políticos locais podem até pedir por maiores transferências, mas o governo central temendo a queda de arrecadação e pensando em suas despesas atuais, provavelmente negará os pedidos. Os autores concluem que a distribuição fiscal é sensível a maneira que a arrecadação nacional se comporta, transferências

intergovernamentais superaram as expectativas quando a arrecadação aumenta, mas é inferior ao esperado quando ela tem uma queda. 2.4 Contabilidade Pública A Contabilidade Pública é a disciplina que aplica as técnicas de registros e apurações contábeis na administração pública, mantendo coerência com as normas gerais de direito financeiro (ANGÉLICO, 1994). As normas de direito financeiro são estabelecidas pela Lei Federal nº 4320, que estatui normas para a elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. A Lei Federal nº 4320 em seu art. 83 estabelece que a contabilidade deve evidenciar perante a Fazenda Pública a situação de todos quantos, de alguma forma, arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem bens a ela pertencentes ou confiados. 2.5 Caracterização dos Municípios da Região AMOP A região da Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (AMOP) é composta por 52 municípios, os quais podem ser observados na Figura 1, possuindo uma área total de 22.840 km², que equivale a 11,74% da área total do estado, que é de 199.281,70 km² e uma população de 1.164.272 habitantes, sendo uma das maiores densidades demográficas do Paraná, com 47,22 habitantes por quilômetro quadrado (AMOP, 2015). Constituída por uma expressiva rede urbana e tendo o agronegócio cooperativo como base para a progressiva expressão da região no âmbito do setor primário estadual, a região oeste tem demonstrado uma constante capacidade de crescimento econômico e equilibrado as tendências econômicas e populacionais do Paraná em torno na capital do estado, Curitiba (INVENTÁRIO CULTURAL, 2015).

Figura 1 Municípios da Região AMOP Fonte: AMOP (2015) 2.6 Indicadores das Finanças Públicas Pretende-se mensurar, através da construção e análise de indicadores, o impacto que a crise subprime teve sobre as finanças dos municípios da AMOP. Os indicadores que serão construídos e analisados estão expostos no quadro abaixo: Quadro 2 Indicadores de Desempenho das Finanças Públicas Indicadores Fórmulas Conclusões Equilíbrio Orçamentário (1) Receitas-Despesas Demonstra a capacidade de financiamento dos gastos públicos. Autonomia Financeira (2) Receita Tributária/Despesa Corrente Dependência Transferências de (3) Transferências Correntes Intergovernamentais/Receita Total Demonstra a capacidade de um município em financiar suas despesas com receitas próprias. Um resultado menor que 1 nos diz que as receitas próprias de um município não são suficientes para o financiamento de suas despesas correntes. Representa o quanto um município depende de ajuda de outros entes federativos. Quanto mais próximo de 1, mais dependência de transferências intergovernamentais município apresenta. o

Grau de Investimento (4) Investimentos/Receita Total Demonstra quanto da receita municipal é utilizado em investimentos. Despesas com Pessoal (5) Despesa Total com Pessoal/Receita Total Fonte: Adaptado de Silveira (2011) Demonstra quanto da receita municipal é utilizada com despesas de pessoal. Algumas definições são necessárias para a melhor compreensão das fórmulas apresentadas. Sendo assim, a seguir são apresentados alguns conceitos de acordo com a Lei Federal nº 4.320: Receitas Tributárias: instituídas pelas entidades de direito publico, compreendem os impostos, as taxas e contribuições nos termos da constituição e das leis vigentes em matéria financeira, destinando-se o seu produto ao custeio de atividades gerais ou especificas exercidas por essas entidades. Despesas Correntes: constituem-se em despesas de custeio e transferências correntes; Investimentos: dotações para o planejamento e a execução de obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, bem como para os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e material permanente e constituição ou aumento do capital de empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro. Dada a definição dos indicadores, vale destacar o detalhamento da metodologia da pesquisa para auxiliar na obtenção das conclusões sobre o tema da referida pesquisa. 3 METODOLOGIA A metodologia utilizada quanto ao objetivo é descritiva, em relação aos procedimentos, é caracterizada como pesquisa documental e quanto à abordagem do problema, é definida como quantitativa. No que se refere à dimensão temporal, o estudo é classificado como transversal e longitudinal, já que os dados são observados num dado período do tempo e em períodos diferentes. Para Hair Jr. et al. (2005), os dados transversais são coletados em um único ponto no tempo e os estudos longitudinais requerem a coleta de dados nas mesmas unidades de amostra em diversos pontos do tempo.

A pesquisa foi realizada nos meses de setembro e outubro de 2015, através de análise dos dados financeiros dos municípios da AMOP do período compreendido entre os anos de 2006 a 2011. A população da pesquisa foram os 52 municípios localizados na região, eliminando-se da análise o município de Formosa do Oeste, que não apresentou quantidade suficiente de dados no período explorado, totalizando 51 municípios analisados. As seguintes hipóteses foram elaboradas para a pesquisa: H1: A redução das transferências recebidas pela União causou insuficiência financeira para custeios das despesas dos municípios dependentes dessas transferências. H2: As despesas com pessoal e investimentos apresentaram valores menores no ano de 2008 em relação a períodos anteriores e posteriores. 4 ANÁLISE DOS DADOS Nessa seção são apresentados e discutidos os dados financeiros e orçamentários dos municípios da AMOP coletados junto à Secretaria do Tesouro Nacional, através da divulgação das Finanças Públicas do Brasil (FINBRA). A análise foi orientada pelo objetivo geral. Para isso, foram utilizados os indicadores das finanças públicas abordados na fundamentação teórica: equilíbrio orçamentário, autonomia financeira, dependência de transferências, grau de investimento e despesas com pessoal, aplicados sobre os dados do período compreendido entre os anos de 2006 a 2011, de forma a verifica-los em épocas anteriores e posteriores a crise. Os indicadores de autonomia financeira e dependência das transferências evidenciam a necessidade de financiamento dos municípios da região por meio das transferências intergovernamentais. Quadro 3 Autonomia Financeira e Dependência de Transferências Intergovernamentais dos municípios da AMOP AUTONOMIA FINANCEIRA DEPENDÊNCIA DE TRANSFERÊNCIAS MUNICIPIO 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Anahy 0,02 0,02 0,03 0,03 0,03 0,04 0,91 0,88 0,93 0,92 0,79 0,87 Assis 0,10 0,11 0,13 0,11 0,11 0,13 0,77 0,72 0,77 0,76 0,81 0,80 Chateaubriand Boa Vista da Aparecida 0,04 0,05 0,05 0,04 0,04 0,05 0,93 0,88 0,88 0,84 0,83 0,84 Braganey 0,03 0,03 0,04 0,04 0,04 0,04 0,92 0,91 0,91 0,90 0,79 0,86 Brasilândia do Sul 0,03 0,02 0,02 0,04 0,08 0,04 0,91 0,92 0,88 0,92 0,91 0,90

Cafelândia 0,08 0,09 0,10 0,09 0,10 0,11 0,52 0,75 0,68 0,74 0,74 0,73 Campo Bonito 0,03 0,03 0,04 0,03 0,03 0,04 0,92 0,87 0,90 0,95 0,81 0,82 Capitão Leônidas Marques 0,06 0,05 0,05 0,05 0,05 0,06 0,85 0,92 0,85 0,85 0,89 0,86 Cascavel 0,25 0,28 0,28 0,29 0,30 0,30 0,52 0,56 0,56 0,55 0,52 0,53 Catanduvas 0,05 0,05 0,07 0,06 0,10 0,09 0,87 0,75 0,79 0,84 0,86 0,83 Céu Azul 0,09 0,09 0,10 0,11 0,11 0,12 0,84 0,82 0,82 0,86 0,86 0,82 Corbélia 0,12 0,12 0,13 0,12 0,12 0,09 0,81 0,76 0,83 0,78 0,81 0,74 Diamante do Sul 0,02 0,01 0,02 0,06 0,03 0,02 0,93 0,86 0,81 0,93 0,92 0,85 Diamante D'Oeste 0,02 0,01 0,01 0,01 0,02 0,02 0,78 0,83 0,86 0,76 0,80 0,84 Entre Rios do Oeste 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,45 0,51 0,56 0,54 0,59 0,62 Foz do Iguaçu 0,19 0,19 0,18 0,19 0,19 0,24 0,60 0,64 0,63 0,62 0,54 0,57 Guaíra 0,11 0,13 0,17 0,12 0,13 0,14 0,53 0,52 0,55 0,63 0,62 0,65 Guaraniaçu 0,10 0,10 0,09 0,10 0,11 0,11 0,84 0,80 0,85 0,83 0,76 0,85 Ibema 0,09 0,09 0,08 0,09 0,08 0,08 0,82 0,80 0,81 0,81 0,82 0,81 Iguatu 0,02 0,02 0,01 0,02 0,02 0,02 0,90 0,89 0,90 0,88 0,81 0,89 Iracema do Oeste 0,02 0,03 0,03 0,02 0,02 0,02 0,92 0,90 0,89 0,85 0,95 0,92 Itaipulândia 0,02 0,02 0,04 0,03 0,04 0,04 0,20 0,24 0,27 0,25 0,31 0,35 Jesuítas 0,07 0,07 0,08 0,07 0,07 0,08 0,79 0,78 0,79 0,86 0,84 0,79 Lindoeste 0,06 0,03 0,03 0,03 0,05 0,04 0,91 0,90 0,92 0,94 0,80 0,81 Marechal Cândido Rondon 0,13 0,15 0,15 0,14 0,13 0,17 0,71 0,67 0,70 0,70 0,59 0,61 Maripá 0,09 0,09 0,10 0,08 0,08 0,09 0,83 0,83 0,81 0,83 0,88 0,86 Matelândia 0,08 0,08 0,07 0,09 0,10 0,11 0,83 0,64 0,81 0,74 0,72 0,79 Medianeira 0,18 0,18 0,17 0,17 0,21 0,36 0,68 0,71 0,71 0,73 0,63 0,60 Mercedes 0,04 0,05 0,04 0,04 0,05 0,06 0,60 0,61 0,65 0,64 0,64 0,66 Missal 0,05 0,05 0,05 0,05 0,06 0,07 0,51 0,54 0,59 0,57 0,61 0,66 Nova Aurora 0,05 0,06 0,07 0,06 0,05 0,08 0,89 0,70 0,86 0,86 0,86 0,84 Nova Santa Rosa 0,07 0,08 0,08 0,08 0,09 0,10 0,86 0,82 0,76 0,82 0,84 0,82 Ouro Verde do Oeste 0,05 0,04 0,04 0,08 0,08 0,06 0,85 0,78 0,81 0,73 0,78 0,77 Palotina 0,14 0,14 0,15 0,14 0,16 0,17 0,67 0,68 0,73 0,74 0,73 0,71 Pato Bragado 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,04 0,40 0,47 0,43 0,45 0,50 0,54 Quatro Pontes 0,07 0,07 0,08 0,09 0,08 0,08 0,85 0,84 0,82 0,83 0,86 0,86 Ramilândia 0,03 0,03 0,03 0,02 0,02 0,03 0,81 0,85 0,85 0,92 0,84 0,92 Santa Helena 0,03 0,04 0,04 0,04 0,04 0,05 0,27 0,32 0,36 0,35 0,42 0,42 Santa Lúcia 0,05 0,02 0,02 0,03 0,03 0,03 0,90 0,91 0,92 0,87 0,88 0,88 Santa Tereza do Oeste 0,09 0,08 0,08 0,09 0,09 0,09 0,89 0,88 0,88 0,85 0,83 0,84 Santa Terezinha de Itaipu 0,07 0,08 0,08 0,08 0,09 0,11 0,56 0,59 0,61 0,64 0,66 0,66 São José das Palmeiras 0,02 0,03 0,02 0,02 0,02 0,03 0,87 0,80 0,85 0,84 0,77 0,87 São Miguel do Iguaçu 0,06 0,06 0,06 0,07 0,08 0,09 0,54 0,57 0,55 0,57 0,59 0,59 São Pedro do Iguaçu 0,05 0,06 0,07 0,05 0,05 0,05 0,87 0,85 0,89 0,88 0,82 0,84 Serranópolis do Iguaçu 0,04 0,04 0,04 0,05 0,05 0,06 0,93 0,84 0,92 0,86 0,81 0,84 Terra Roxa 0,09 0,09 0,09 0,12 0,11 0,12 0,83 0,77 0,80 0,82 0,81 0,81 Toledo 0,26 0,23 0,25 0,23 0,26 0,25 0,60 0,60 0,59 0,60 0,55 0,58 Três Barras do Paraná 0,03 0,04 0,04 0,06 0,04 0,04 0,86 0,82 0,83 0,85 0,87 0,86 Tupãssi 0,07 0,07 0,07 0,08 0,07 0,08 0,82 0,72 0,83 0,78 0,82 0,78 Ubiratã 0,08 0,10 0,10 0,12 0,20 0,14 0,71 0,78 0,70 0,68 0,74 0,71 Vera Cruz do Oeste 0,06 0,07 0,07 0,07 0,06 0,07 0,78 0,79 0,69 0,84 0,87 0,83 Fonte: Dados da Pesquisa Conforme o quadro 3, pode ser claramente observada a dependência de transferências intergovernamentais e a baixa arrecadação tributária própria que os municípios da região explorada possuem. Os municípios com mais autonomia financeira são Medianeira, Cascavel e Toledo, porém mesmo com essa maior autonomia, apenas aproximadamente 30% das suas despesas correntes são financiadas com receitas tributárias próprias, enquanto que outros municípios como Anahy, Diamante do Sul, Diamante do Oeste, Iguatu e São José das Palmeiras apresentam os menores índices de autonomia financeira da região, tendo capacidade de financiamento própria em torno de 2% somente. Como consequência disso, verifica-se acentuada dependência das transferências intergovernamentais, chegando a 93%

em alguns municípios como Serranópolis do Iguaçu, Anahy e Diamante do Sul e 94% em Lindoeste. Dessa forma, é evidente que com a diminuição de transferências intergovernamentais, esses municípios possuem poucos tipos de outras rendas para arcar com suas despesas. Quadro 4 Equilíbrio Orçamentário dos Municípios da AMOP EQUILÍBRIO ORÇAMENTÁRIO MUNICIPIO 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Anahy 102.632,55-11.626,67 74.725,93 755.261,45 179.732,32 694.821,06 Assis -402.477,45-248.082,91 632.908,68 305.835,58-455.104,43 2.306.503,06 Chateaubrian d Boa Vista da -100.240,72 978.513,56-39.885,24 989.905,72 13.959,06 792.316,38 Aparecida Braganey -90.482,80 267.006,96 321.882,52 43.464,90 114.393,09 813.432,37 Brasilândia -220.622,28 722.927,44 275.782,09 555.210,88 232.851,77 200.572,07 do Sul Cafelândia 9.060.414,08 2.405.852,47 4.545.163,72 3.850.391,41 2.901.094,08 5.138.789,49 Campo 216.081,55 560.990,71 336.136,92 209.620,52 628.503,25-1.035.182,19 Bonito Capitão 4.188.568,12 77.167,09 1.164.313,69-125.782,99 690.601,91 728.348,72 Leônidas Marques Cascavel 30.588.268,90 10.572.615,90 32.264.209,20 24.243.445,60 19.594.997,69 26.404.500,82 Catanduvas 532.318,46 694.003,19 390.753,65-1.648.121,52-666.328,25 2.084.520,99 Céu Azul 128.878,46-1.267.649,31 611.304,37 1.279.405,41 602.738,62-1.041.909,83 Corbélia 1.204.625,74 651.647,67 385.086,10 545.431,01 132.419,00 1.697.118,22 Diamante do 357.734,54-357.127,57-90.364,60 352.344,50 16.682,26 1.100.341,59 Sul Diamante 283.793,52 631.141,59 50.972,25-872.702,43 997.014,36 624.073,03 D'Oeste Entre Rios do Oeste 28.590,24-1.571.365,45-567.637,13 920.705,04-1.318.285,94 704.564,78 Foz do 9.820.432,60-6.048.407,20 28.681.398,20 2.377.864,50-39.309.710,92 2.559.196,38 Iguaçu Guaíra 1.187.378,76 3.942.978,89 442.206,22 1.187.242,11-5.679.022,59 1.577.724,54 Guaraniaçu 1.097.522,96 741.886,82 579.397,57-163.238,41 555.335,99 2.255.098,38 Ibema 381.889,41 282.729,25-136.364,53 99.729,25-1.970.349,78 893.842,50 Iguatu 114.272,54 377.469,89 372.252,91-834.313,33 418.501,23 519.720,88 Iracema do 868.723,06 149.997,35 123.040,22 266.116,75-434.997,48 326.365,50 Oeste Itaipulândia -220.862,95-4.803.000,04 5.175.468,26 3.178.083,68-1.034.750,96 549.814,32 Jesuítas 93.025,32 168.484,84 1.993.052,65-206.029,88-447.636,21 7.437,65 Lindoeste 252.914,76 760.196,52-274.437,73 67.031,53 472.040,46 903.935,66 Marechal 1.742.406,51 2.575.495,90 2.264.141,10 5.824.596,84 2.663.657,30-862.114,50 Cândido Rondon Maripá 34.646,65-672.222,41 312.559,18 881.220,21 292.447,62-798.176,56 Matelândia 1.290.394,24 5.345.926,77-1.238.310,96 1.651.018,79-2.228.381,78 2.876.111,12 Medianeira 1.189.335,23-344.940,80 2.362.120,57-2.733.326,01-576.365,98 2.575.533,51 Mercedes 276.685,39-755.991,96 309.816,93-497.237,77-12.431,14 526.462,23 Missal 1.415.866,20 660.510,99 462.277,72 1.139.381,00-918.165,20 541.552,39 Nova Aurora 1.543.027,13 1.028.133,28 2.201.744,16 275.645,05-1.433.909,43 2.159.594,69 Nova Santa 242.526,61-115.383,35 995.279,13-1.439.681,98-147.109,75 1.400.505,10 Rosa Ouro Verde 701.874,25 777.872,71 784.204,03 392.143,37-173.909,55 851.682,58 do Oeste Palotina 2.922.405,91 5.349.789,18 1.542.761,51 1.287.414,13 1.274.218,84 6.413.942,83 Pato Bragado 49.259,99-965.613,48 239.381,90 882.145,59-1.172.442,82 102.732,48 Quatro -104.643,91-1.098.461,36-26.040,33-142.079,26 295.062,91-244.203,35 Pontes Ramilândia 1.355.272,79-1.111.090,93-423.003,47-63.709,73-97.729,75 490.867,74 Santa Helena 6.561.971,75 1.370.231,17-2.895.083,09 16.117.263,59-1.717.544,76-9.344.800,07

Santa Lúcia 2.188.878,86 286.642,30 752.521,72 324.385,11 396.673,26 489.853,19 Santa Tereza 0,00-332.324,61 1.582.018,05 407.278,44 536.690,05 527.457,53 do Oeste Santa 1.210.245,45 957.442,35-1.512.332,84 925.870,37 114.254,61 1.586.812,83 Terezinha de Itaipu São José das Palmeiras 131.677,51 368.400,43 795.584,97-1.098.885,00 587.054,09 530.767,97 São Miguel 1.354.812,73-378.509,72 1.548.746,98 1.500.443,91-1.890.744,84 4.566.371,03 do Iguaçu São Pedro do 7.073,65 639.415,65 424.464,99-166.117,41 1.143.562,56 653.150,04 Iguaçu Serranópolis 18.293,01 264.823,15 381.901,69 176.006,57-35.288,62 1.439.311,06 do Iguaçu Terra Roxa 1.085.966,80 686.110,00 433.953,07 1.966.044,54 1.178.105,16 1.567.301,09 Toledo 5.332.111,00-738.202,50 17.528.457,20 5.315.577,94 15.399.094,41 18.117.293,04 Três Barras -479.010,51 455.547,83 401.834,58 783.688,33 1.125.494,07 301.893,31 do Paraná Tupãssi -316.178,17 345.446,56-847.697,34 1.262.623,51-400.713,79 949.583,12 Ubiratã 2.900.453,38 971.854,40 2.104.327,57 277.620,56-132.038,08 1.738.301,05 Vera Cruz do Oeste 44.650,27 317.303,57 1.382.756,90-473.598,05 420.893,19-158.428,50 Fonte: Dados da Pesquisa No quadro 4, pode-se observar os déficits ou superávits anuais dos municípios, bem como o comportamento destes durante o período analisado. Através dele, pode ser observada uma queda de superávits, principalmente nos anos de 2007, 2009 e 2010, podendo haver um subentendimento de que alguns municípios não conseguiram reorganizar suas despesas para evitar déficits. Quadro 5 Investimentos e Despesas com Pessoal dos Municípios da AMOP INVESTIMENTOS DESPESAS TOTAIS COM PESSOAL/RECEITA TOTAL MUNICIPIO 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Anahy 0,06 0,12 0,05 0,05 0,18 0,09 0,41 0,38 0,38 0,36 0,33 0,35 Assis Chateaubriand 0,08 0,10 0,08 0,10 0,08 0,04 0,37 0,34 0,33 0,32 0,41 0,44 Boa Vista da Aparecida 0,08 0,02 0,13 0,11 0,14 0,08 0,50 0,41 0,39 0,33 0,33 0,33 Braganey 0,08 0,05 0,10 0,07 0,18 0,08 0,34 0,32 0,28 0,28 0,24 0,24 Brasilândia do Sul 0,09 0,06 0,04 0,05 0,43 0,09 0,40 0,41 0,42 0,40 0,52 0,39 Cafelândia 0,08 0,08 0,10 0,07 0,13 0,09 0,25 0,34 0,28 0,33 0,31 0,32 Campo Bonito 0,06 0,10 0,06 0,05 0,17 0,29 0,39 0,37 0,40 0,42 0,34 0,32 Capitão Leônidas Marques 0,09 0,04 0,15 0,13 0,07 0,09 0,39 0,42 0,31 0,36 0,38 0,36 Cascavel 0,07 0,10 0,15 0,12 0,16 0,13 0,37 0,43 0,36 0,39 0,40 0,40 Catanduvas 0,07 0,10 0,10 0,13 0,09 0,04 0,34 0,29 0,35 0,43 0,39 0,32 Céu Azul 0,06 0,13 0,10 0,04 0,03 0,15 0,34 0,34 0,33 0,38 0,40 0,42 Corbélia 0,05 0,07 0,04 0,04 0,04 0,07 0,39 0,37 0,36 0,38 0,45 0,38 Diamante do Sul 0,04 0,12 0,08 0,03 0,08 0,08 0,31 0,37 0,36 0,36 0,36 0,32 Diamante D'Oeste 0,10 0,03 0,07 0,10 0,06 0,01 0,29 0,33 0,34 0,31 0,40 0,40 Entre Rios do Oeste 0,15 0,08 0,15 0,04 0,11 0,04 0,23 0,32 0,27 0,31 0,37 0,32 Foz do Iguaçu 0,10 0,06 0,06 0,06 0,06 0,12 0,45 0,48 0,41 0,41 0,42 0,40 Guaíra 0,13 0,13 0,22 0,13 0,22 0,06 0,40 0,36 0,35 0,39 0,37 0,38 Guaraniaçu 0,05 0,08 0,06 0,08 0,09 0,05 0,34 0,40 0,38 0,41 0,36 0,36 Ibema 0,10 0,21 0,17 0,14 0,27 0,06 0,26 0,24 0,25 0,28 0,31 0,34 Iguatu 0,13 0,11 0,10 0,09 0,15 0,11 0,27 0,27 0,29 0,39 0,35 0,31 Iracema do Oeste 0,07 0,07 0,09 0,12 0,07 0,05 0,34 0,30 0,32 0,31 0,39 0,37 Itaipulândia 0,19 0,22 0,13 0,22 0,19 0,15 0,12 0,14 0,14 0,15 0,17 0,18 Jesuítas 0,09 0,13 0,13 0,04 0,12 0,15 0,41 0,41 0,37 0,42 0,42 0,38 Lindoeste 0,05 0,02 0,14 0,04 0,14 0,10 0,41 0,40 0,37 0,43 0,39 0,43 Marechal Cândido Rondon 0,05 0,09 0,09 0,08 0,10 0,15 0,37 0,35 0,34 0,32 0,35 0,35 Maripá 0,10 0,13 0,16 0,05 0,08 0,19 0,36 0,41 0,37 0,41 0,39 0,35 Matelândia 0,10 0,12 0,20 0,15 0,25 0,11 0,26 0,26 0,31 0,28 0,36 0,36

Medianeira 0,09 0,06 0,05 0,04 0,14 0,10 0,42 0,44 0,37 0,40 0,32 0,33 Mercedes 0,11 0,22 0,12 0,15 0,16 0,16 0,30 0,31 0,30 0,34 0,31 0,31 Missal 0,06 0,08 0,10 0,10 0,09 0,07 0,37 0,40 0,39 0,35 0,42 0,43 Nova Aurora 0,07 0,14 0,19 0,12 0,12 0,10 0,35 0,37 0,33 0,36 0,39 0,35 Nova Santa Rosa 0,07 0,11 0,14 0,17 0,09 0,09 0,37 0,40 0,34 0,40 0,40 0,37 Ouro Verde do Oeste 0,05 0,12 0,11 0,21 0,13 0,12 0,40 0,37 0,34 0,33 0,37 0,35 Palotina 0,11 0,08 0,14 0,07 0,10 0,09 0,34 0,37 0,38 0,42 0,45 0,38 Pato Bragado 0,05 0,05 0,15 0,11 0,11 0,13 0,27 0,35 0,33 0,33 0,38 0,36 Quatro Pontes 0,14 0,17 0,22 0,11 0,08 0,16 0,28 0,34 0,28 0,34 0,36 0,33 Ramilândia 0,03 0,26 0,17 0,05 0,08 0,05 0,30 0,32 0,32 0,38 0,37 0,41 Santa Helena 0,04 0,08 0,15 0,09 0,14 0,21 0,27 0,26 0,26 0,23 0,27 0,27 Santa Lúcia 0,02 0,06 0,07 0,08 0,10 0,08 0,24 0,39 0,35 0,39 0,40 0,41 Santa Tereza do Oeste 0,22 0,25 0,12 0,02 0,08 0,09 0,29 0,30 0,36 0,36 0,35 0,31 Santa Terezinha de Itaipu 0,10 0,07 0,16 0,05 0,08 0,06 0,33 0,35 0,34 0,38 0,37 0,38 São José das Palmeiras 0,05 0,09 0,08 0,11 0,06 0,06 0,37 0,34 0,29 0,36 0,35 0,32 São Miguel do Iguaçu 0,06 0,05 0,06 0,06 0,13 0,07 0,34 0,34 0,33 0,35 0,37 0,33 São Pedro do Iguaçu 0,13 0,09 0,09 0,10 0,06 0,15 0,34 0,35 0,36 0,36 0,32 0,33 Serranópolis do Iguaçu 0,13 0,10 0,10 0,12 0,18 0,13 0,32 0,31 0,33 0,33 0,30 0,31 Terra Roxa 0,08 0,09 0,13 0,06 0,10 0,11 0,32 0,33 0,33 0,35 0,39 0,33 Toledo 0,18 0,14 0,16 0,19 0,21 0,15 0,36 0,42 0,39 0,43 0,38 0,40 Três Barras do Paraná 0,08 0,12 0,16 0,06 0,04 0,10 0,35 0,29 0,28 0,33 0,36 0,37 Tupãssi 0,15 0,19 0,21 0,12 0,18 0,17 0,39 0,34 0,37 0,37 0,40 0,36 Ubiratã 0,02 0,07 0,10 0,13 0,15 0,15 0,38 0,45 0,31 0,33 0,36 0,35 Vera Cruz do Oeste 0,15 0,09 0,17 0,09 0,04 0,14 0,34 0,35 0,29 0,41 0,42 0,38 Fonte: Dados da Pesquisa Através do Quadro 5, que demonstra os percentuais de despesas com pessoal e investimentos em relação a receita total dos municípios, é possível a consideração de que os menores índices de despesas com pessoal são visualizados no ano de 2008 e que os índices de investimento também sofreram uma queda considerável no ano de 2009, podendo haver a suposição que esses resultados são consequência de alguns cortes de gastos que precisaram ser feitos para reorganizar as finanças nos anos de recessão. 5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES A crise subprime teve reflexos no Brasil e consequentemente nos seus municípios, que em grande número, dependem de recursos federais para custear suas despesas. Os municípios que foram analisados neste estudo são pertencentes a região da AMOP e através dos indicadores de autonomia financeira e dependência financeira construídos, é possível a verificação de que estes são dependentes da União para que possam manter suas atividades e economias, e portanto, ficam submissos as transferências intergovernamentais recebidas desta. Foram construídos índices de equilíbrio orçamentário, investimentos e despesa total com pessoal com base nos dados do período compreendido entre 2006 e 2011, abrangendo os

anos anteriores e posteriores a crise subprime para verificar se as finanças foram impactadas por esse fenômeno ocorrido. Dessa forma, analisando esses indicadores no período estabelecido, é possível responder o problema da pesquisa. A seguinte questão problema orientou a pesquisa: Qual foi o impacto das transferências recebidas pela União nos municípios da região da Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (AMOP) em períodos anteriores e posteriores à crise subprime? Foi constatado no estudo que o período de 2008 não apresentou o maior déficit do período analisado, porém, verificou-se que as despesas com pessoal e os investimentos apresentaram índices inferiores nesse ano, se comparado aos demais, desencadeando a suposição de que os municípios realizaram alguns cortes em suas finanças, de forma que não tivessem déficit. Pode-se dizer que as hipóteses da pesquisa foram parcialmente validadas. A primeira hipótese, de que a redução das transferências recebidas pela União causou insuficiência financeira para custeios das despesas dos municípios dependentes dessas transferências, não foi observada, já que o ano de 2008, o qual mais teve predominância de medidas anticíclicas, não apresentou de maneira geral, números altos de déficits nos municípios. A segunda hipótese, que as despesas com pessoal e investimentos apresentaram valores menores no ano de 2008 em relação a períodos anteriores e posteriores, foi parcialmente validada, já que este resultado negativo só foi identificado em relação as despesas com pessoal. Diante do que foi exposto, pode-se dizer sobre o tema pesquisado, que a crise subprime impactou de forma indireta as finanças dos municípios analisados devido ao fato de que estes não têm autonomia financeira em relação a União e estes tiveram que reorganizar suas finanças de modo que pudessem suprir suas despesas. Recomenda-se que sejam realizados estudos mais específicos sobre a forma que os municípios podem reorganizar suas finanças quando há diminuição de transferências intergovernamentais. REFERÊNCIAS ABBOT, Andrew; JONES, Philip. (2011). Procyclical government spending: a public choice analysis. Springer: Science+Business Media, LLC 2011.

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