MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA CIVIL VIAS DE COMUNICAÇÃO Luís de Picado Santos (picsan@civil.ist.utl.pt) AVALIAÇÃO DE IMPACTE AMBIENTAL EM ESTRADAS 1/18 1
Objectivos Principais Auxiliar na tomada de decisão Introduzir a componente ambiental no âmbito da concepção e implementação da obra nas suas diversas fases (planeamento, projecto, construção, exploração e desactivação) Avaliar as consequências ambientais associadas à obra Formular argumentos ambientais a analisar conjuntamente com outros de ordem: técnica, económica, estratégica, política, etc. 2/18 2
Algumas Considerações Relevantes A avaliação de impacte ambiental permite obter projectos melhor concebidos maximizando os seus benefícios (pela introdução de variáveis anteriormente não consideradas) É muito importante envolver a população em geral e as instituições Integração das equipas que conduzem os estudos ambientais e os de projecto rodoviário 3/18 3
O processo de AIA Objectivo principal: identificação e avaliação dos potenciais impactes ambientais associados ao empreendimento Analisar acções ou actividades do empreendimento, potencialmente geradoras de alterações ambientais Essência da avaliação: elaboração e comparação de cenários ambientais. Quadro ambiental sem o empreendimento (situação de referência) a comparar com cenário que considera as tendências ambientais com o empreendimento 4/18 4
Principais impactes na fase de construção Estabilidade/instabilidade aterros e escavações Alteração da hidrogeologia e alteração da drenagem natural Ocupação/alteração do uso do solo Perda de habitat (corte/arranque árvores, matos, etc.) Ar (degradação por poeiras e poluentes de veículos) Água e solo (erosão; aumento de poeiras; óleos e combustíveis; resíduos) Ruído (degradação dos níveis devido a acções de obra) Degradação da paisagem (desorganização espacial e funcional; poeiras; diminuição visibilidade) Habitação, equipamentos e infraestruturas (destruição, danos, vibrações, etc.) Efeito barreira (aumento/alteração percursos normais escola, trabalho, culto, recreio e lazer) Património (destruição/afectação - construído/arqueológico) + Dinamização emprego/economia 5/18 5
Principais medidas de mitigação na fase de construção Protecção/inclinação taludes de escavação e aterro Revestimento vegetal imediato Inventariação / adequado restabelecimento de infraestruturas Vedação / PS; PI; PA e caminhos paralelos Definição de condicionantes à implantação de estaleiros; acesso de obra; áreas de depósito/empréstimo Operação de estaleiros Cuidados em obra (áreas da via, estaleiros, etc.) 6/18 6
Preservação do património (aldeia Fenícia no IP3, junto a Montemor) 7/18 7
Principais impactes na fase de exploração de estradas Erosão/queda de taludes Afectação de captações Divisão do habitat / efeito barreira Acidentes Rodoviários Degradação dos factores ambiente Água - metais pesados, hidrocarbonetos, partículas (acumulam no pavimento; primeiras chuvas; acidentes) Solo - metais pesados, hidrocarbonetos, partículas (crónicas; acidentais) Ar - monóxido de carbono (CO), hidrocarbonetos (HC), dióxido de enxofre (SO 2 ), óxidos de azoto (NOx), partículas, chumbo Ruído - roda/pavimento; motor; transmissão; escape Degradação permanente das condições habitabilidade (ruído dia/noite) Expropriações e perda de rentabilidade Alterações sociais e económicas (ex.: estradas dedicadas) + Crescimento urbano e alteração uso solo + Acesso a bens de equipamento e consumo + Revitalização de algumas actividades económicas / - Perda de outras 8/18 8
Principais medidas de mitigação na fase de exploração Passagens para a fauna Passagens hidráulicas Integração paisagística Tratamento do ruído (atenuação dos níveis sonoros) Controlo do crescimento urbano e alteração uso solo (planeamento) Compensação ecológica (dificuldade de aplicação/sem enquadramento legal) Monitorização 9/18 9
Principais medidas de atenuação dos níveis sonoros (1) Alterações na directriz (3 db (A) para cada dobro de distância) Alterações na rasante: redução de inclinação longitudinal - até 5 db (A); rebaixar rasante (escavação) - 10 a 15 db (A); trincheira com cobertura - de até 25 a 30 db (A); túnel (atenuação quase total) Zona tampão "non aedificandi" Pavimento poroso (reduções de até 3 a 6 db (A) - contudo requer manutenção periódica) Pavimento regular (por exemplo sem juntas no caso de rígidos) 10/18 10
Principais medidas de atenuação dos níveis sonoros (2) Isolamento sonoro de fachadas - só eficaz com janelas fechadas; pode ser necessário isolar também portas e paredes; pode requerer entradas de ar especiais (regulação térmica) com atenuadores sonoros; pode implicar ar condicionado. Cobertura vegetal da envolvente (atenua até 5dB(A) face a superfícies lisas) Barreiras arbórea-arbustivas: atenuação por dispersão e absorção; redução de 1 a 1,5 db(a) para cada 10 m de largura e com folhagem perene e densa; também dissimulam o ruído (vento, aves) e tem efeito psicológico de esconder a via Barreiras acústicas (podem atenuar até 15 db(a)) 11/18 11
Ilustração de algumas medidas de atenuação http://www.fhwa.dot.gov/environment/keepdown.htm 12/18 12
Ilustração de algumas medidas de atenuação 13/18 13
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