BMB 110 INTEGRADO SISTEMA RESPIRATÓRIO - Turma Noturna

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Transcrição:

BMB 110 INTEGRADO 2 2016 SISTEMA RESPIRATÓRIO - Turma Noturna 10/8 Introdução /Ventilação Pulmonar 12/8 Trocas gasosas e Transporte de Gases 17/8 - Controle da Respiração / Seminários (videos) 24/8 PROVA 1 Renal e Respiratório (BMB e BMC) Bibliografia sugerida: 1- Fisiologia Básica, Rui Curi e Joaquim Procopio, Guanabara Koogan 2- Fisiologia Humana, Vander, Sherman e Luciano, 9a edição, Guanabara Koogan 3- Fisiologia, Berne e Levy, 6ª edição, Elsevier 4- Fisiologia, Margarida de Mello Aires, Guanabara Koogan 5- Fisiologia Médica, W F Ganong, MacGraw Hill

Fisiologia respiratória Organização do sistema respiratório Ventilação e mecânica pulmonar Trocas gasosas nos alvéolos e nos tecidos Transporte de O 2 e de CO 2 pelo sangue Controle da Respiração

Fonação emissão sons fala, canto Defesa contra agentes agressores (partículas de sílica, cigarro, poluição, bactérias) Produção e metabolização de substâncias vasoativas Equilíbrio térmico perda calor e água Filtra eventuais êmbolos vindos da circulação venosa Manutenção do ph plasmático FUNÇÕES DO SISTEMA RESPIRATÓRIO Promove a troca gasosa (O2 e CO2)

Promove a troca gasosa (O2 e CO2) AR ATMOSFÉRICO N 2 78% O 2 21% Outros gases H 2 O CO 2 1% 0,5% 0,04% mmhg 760 PO 2 159 PCO 2 0,3 PH 2 O 3,7 PN 2 597 TECIDOS Sg (%) arterial venoso tecido N 2 75 75 80 O 2 13 5 6 Outros H 2 O CO 2 12 6 5 20 6 6 14 mmhg 760 760 706 PO 2 100 40 40 PCO 2 40 46 46 PH 2 O 47 47 47 PN 2 573 573 573 7 6

Sistema respiratório altamente eficiente! 2 características importantes: 1. Sistema convectivo eficiente: sistemas vias aéreas e circulatório 2. Difusão: transporte/trocas locais

VAS SNC e P Convecção externa Difusão pulmonar Convecção interna Difusão tecidual

FLUXO ATRAVÉS DE UM CIRCUITO TUBULAR Φ = ΔP.π.r 4 Figura - 08 Lei de Poiseuille. Φ - fluxo. ΔP - variação da pressão entre as extremidades. π - 3,14. r - raio do tubo η - viscosidade do gás. L - comprimento do tubo. η.l.8

Fisiologia Respiratória DESTAQUE PARA PLEURAS

Musculatura respiratória Músculos inspiratórios Músculos expiratórios Principais Acessórios Principais Acessórios intercostais externos Intercartilagilaginosos paraesternais Diafragma esternocleidomastoi deo escalenos: anterior médio posterior passiva intercostais internos abdominais: reto oblíquos transverso

Circulação Pulmonar Ramo da artéria Pulmonar Ramo da artéria Brônquica Ramo da veia pulmonar

Fonte: Gyton & Hall Tratado de Fisiologia Médica

VASCULARIZAÇÃO Pulmonar Brônquica Rede capilares 70-100m 2 Volume 140 ml complacência e resistência INERVAÇÃO SNC e P SNA N. Vago e Simpático Torácico Hilo pulmonar

Pausa pedagógica! Descreva o circuito correspondente à circulação pulmonar

Ramificação das vias aéreas Respiratória ÁCINO PULMONAR Condutora

Como você representaria graficamente a superfície transversal da arvore respiratória, ou descreveria?

Zona Condutora Células mucosas ou caliciformes Células ciliadas Remoção partículas inaladas

Zona Condutora músculo liso e cartilagem BRONQUÍOLOS músculo liso FLUXO DE AR

FLUXO DE AR Resistencia ou condutância Φ = ΔP.π.r 4 η.l.8 r = diâmetro/2 1. Adrenérgica - beta 2 DILATAÇÃO/RELAXAMENTO alfa 1 INIBE SECREÇAO 2. Colinérgica - M CONTRAÇÃO 3. NANC 1. i-nanc (NO, VIP) RELAXAMENTO 2. e-nanc (neurocinina A, substancia P, peptídeo relacionado a calcitonina (CGRP) CONTRAÇÃO

FUNÇÕES DA ZONA CONDUTORA Fornece condutância ao fluxo de ar, com baixa resistência que é regulada por alterações na contração de mm lisa e por forças físicas atuando sobre essas vias. Defesa através do epitélio ciliar, muco e macrófagos contra microrganismos e substancias químicas toxicas. Fonação. Aquece e umedece o ar.

Zona Respiratória 100-300 um 300 milhões Poros de Kohn Septo 70-100 m² ÁCINO PULMONAR! Células alveolares ou pneumócitos Escamosa (tipo I) Granular (tipo II) Macrófagos

Qual é mesmo a circulação alveolar, da artéria brônquica ou pulmonar?

Penumócitos tipo II Surfactante Tensão superficial Surfactante: Fosfolipídeos 40% dipalmitoilfosfatidilcolina 25% fosfatidilcolina 10% fosfatidilglicerol

Então, a partir dessa base de conhecimentos, o que deve acontecer quando os músculos inspiratórios são estimulados a se contraírem? 1 Quais são os músculos inspiratórios? 2 O que poderia acontecer se eu não produzir adequadamente surfactante?

Intercostais externos Paraesternais Diafragma Acessórios esternocleidomastoi deo escalenos: anterior médio posterior

Ciclo respiratório = VENTILAÇÃO

- - - - Palv < Patm + Palv > Patm

CO2 CO2

Como é o preenchimento das vias respiratórias? Região condutora E região respiratória... ESPAÇO MORTO

Antes do 1 o evento ventilatório Final da inspiração Final da expiração VOLUME RESIDUAL

VOLUMES VC volume corrente VRI volume de reserva inspiratória VRE volume de reserva expiratória VR volume residual CAPACIDADES CV capacidade vital CI capacidade inspiratória CRF capacidade residual funcional CPT capacidade pulmonar total

Efeito de doenças respiratórias nos volume e capacidades pulmonares RESTRITIVO VOLUMES NORMAL C P T VC volume corrente C I C R F V R I VC V R E VR C V VR VRI volume de reserva inspiratoria VRE volume de reserva expiratória VR volume residual OBSTRUTIVO CAPACIDADES CV capacidade vital CI capacidade inspiratória CRF capacidade residual funcional CPT capacidade pulmonar total

VEF volume expiratório forçado em 1 s CVF capacidade vital forçada a b FEF(25-75%) = 3,5 L.s -1 Fluxo expiratório forçado = a.b -1 L.s -1 FEF(25-75%) = 1,4 L.s -1 FEF(25-75%) = 3,7 L.s -1

E aí, será que a ventilação pulmonar corresponde à ventilação alveolar? Ventilação pulmonar = Volume corrente x FR Ventilação alveolar = (Volume corrente Volume do espaço morto) x FR O aumento da FR pode interferir com a ventilação alveolar?

Referências: 1- Reis, EE; Menezes, LD; Justo, CCL. 2012.. Braz. J Cardiovascular Surgery (Revisão sobre microembolia gasosa) http://dx.doi.org/10.5935/1678-9741.20120073 2- Fisiologia Básica, Rui Curi e Joaquim Procopio, 2009 3- Medical Physiology, W F Boron e E L Boulpaep, 2005 PROCUREM A DEFINIÇÃO DE COMPLACENCIA PULMONAR!