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Transcrição:

LIÇÃO 07 A GRAÇA DE SER ABENÇOADO Texto Bíblico: 2Coríntios 8.1-15 Objetivos da lição: Perceber que as bênçãos de Deus chegam até nós pela Sua graça; Compreender que somos mais felizes e abençoados quando damos do que quando recebemos; Desenvolver uma vida de fé e generosidade. Material: Papel e caneta para a atividade em número igual ao de alunos; Quadro e caneta piloto. Técnicas: Debate; atividade; reflexão; exposição verbal Dízimos e ofertas são temas bíblicos e devem ser ministrados com graça e unção na comunidade cristã. (Autor da lição) Recepcionar os alunos. Apresentar o tema da lição de hoje. Fazer oração. Desenvolvimento da lição: 1. Uma vida generosa (vv. 1-2) Perguntar aos alunos: Você ganhou uma passagem direta para visitar um dos mares na Palestina. Qual você escolheria, mar da Galileia ou mar Morto? Dar oportunidade para todos falarem sobre sua escolha.

Reflexão do texto: Dar e receber a prática da generosidade. 1 Uma antiga lenda sobre a geografia da Palestina compara seus dois mares, o mar da Galileia, abundante em peixes e vida, e o mar Morto, um caldo de matéria sem vestígio algum de vida, e se pergunta o porquê da diferença. A resposta, explica-se, encontra-se no fato de que o mar da Galileia recebe através dos rios o descongelamento das neves do maciço de Golan, mas também deixa fluir de si as águas do rio Jordão que terminam no mar Morto. Este, porém, por sua vez, retém as águas e não as deixa seguir. Não sabe receber. Pois receber é estabelecer uma relação com a natureza ou universo. Se experimentamos o recebimento como um fenômeno unilateral, que se limita a algo nos ser dado, separamo-nos gradativamente da troca, que representa, em última instância, VIDA 2. Esta lenda apresenta dois polos, de dar e receber e de receber e dar, isto é a prática da generosidade. Ao mesmo tempo, explica a possibilidade de recebermos algo e não sabermos receber. Ou seja, somos maus recebedores se apenas recebemos e não damos nada, ou se não passamos algo que não necessitamos para os outros, ou se, ainda, não retribuímos de alguma forma Na lenda, fica claro que o mar Morto é o exemplo do mau recebedor, por querer apenas receber acaba morto; ao reter tudo o que recebe, ele paralisa e, consequentemente, morre. E, por outro lado, o mar da Galileia é o exemplo daquele que sabe receber, que recebe e mantém o fluxo para os demais, dando peixes, fluindo águas para o rio Jordão etc. Jack Kornfield, em seu livro A psicologia do amor diz sobre o dar e o receber que: A vida está dando para a vida em cada momento do dia. Durante vários dias, preste atenção nesse movimento incessante de generosidade. Ao cuidar de sua rotina diária, perceba, de início, as dádivas do mundo natural. Note a maneira como a dádiva da luz do sol se derrama sobre todas as coisas. Ela alimenta as plantas que comemos e nos fornece o petróleo, das antigas florestas, que abastece os nossos carros e ilumina nossas lâmpadas à noite. Perceba também as chuvas e os rios, a água que dá a si mesma ao sangue em nossas veias, aos insetos e árvores das redondezas, à colaboração interdependente na qual nadamos. Agora perceba com quanta generosidade você é mantido e sustentado pela terra sob sua casa e seus pés, pelo ar que você respira, pelo calor do dia e o frescor da noite. Agora você pode escolher, de forma intencional, aumentar essa corrente de generosidade, não como uma obrigação, mas como uma maneira de ser com aquilo que faz... Aja... Às vezes nos preocupamos pensando que iremos lamentar nossos atos generosos, prevendo o que pode acontecer, e surge uma certa dúvida. Não creia nas dúvidas. Em vez disso, procure quaisquer pensamentos de generosidade espontâneos e siga-os. Você vai descobrir que eles, inevitavelmente, o farão feliz. Experimente! 1 Extraído e adaptado de http://www.psicologiamsn.com/2012/07/dar-e-receber-a-pratica-dagenerosidade.html 2 Livro A dieta do rabino: a cabala da comida, de Nilton Bonder.

Falar: Observe quanta dádiva Deus nos dá! Perguntar: Quanta generosidade de Deus para conosco. E o que temos dado a ele? Que mar tem representado a nossa vida, mar da Galileia ou mar Morto? Qual grupo pertencemos, do mau recebedor ou de quem sabe receber? O quão somos generosos para com o Senhor? 2. A alegria de ofertar (v. 3) Aula expositiva. 3. A atitude de fé (vv. 10-11) Escrever no quadro a seguinte pergunta: Como posso contribuir com uma atitude de fé? Promover debate. Concluir comentando que existe uma lei bíblica que é eterna: Iremos colher o que plantarmos (Gn 8.22; Gl 6.7). É preciso compreender o direito especial e o compromisso de dar. Com este procedimento, estamos oferecendo muito mais do que ofertas tempo, dinheiro e talentos. Constantemente Deus nos auxilia para que possamos ser o retorno das nossas próprias petições, proporcionando a que outros descubram, por nosso meio, a direção que conduz a Cristo. Continua sendo uma grande afirmação que a alma bondosa florescerá, e aquele que dá de beber será satisfeito (Pv 11.25). Existem os que não conseguem compreender o plano de Deus em relação ao ministério da contribuição; O mais trágico é que deixam de receber e usufruir das bênçãos mais especiais que um cristão pode ter, porque jamais colocaram em execução os princípios divinos sobre a prática de dar. Jesus não obriga ninguém a contribuir para a Sua obra e nem vigia a quantia que contribuímos. Seu interesse é ver que o fazemos com um espírito dadivoso (2Co 8.12). Ofertar é uma atitude de fé mediante nosso compromisso com Deus. Encerrar com oração.

Informação complementar: Princípios de contribuição (2Coríntios 8 e 9). Neste texto Paulo escreve aos Coríntios sobre o testemunho dos irmãos macedônios que, em meio a muitas tribulações e pobreza material, se mostravam alegres, generosos e voluntários para servir e contribuir até acima de suas posses. Aprendemos desde cedo que graça é favor imerecido. Não merecemos, mas Deus nos dá. Como a salvação, por exemplo. A graça de Deus está presente em todo esse texto. Mas o mais interessante é que descobrimos através dele que contribuir também é graça. É um favor de Deus. Contribuir é um privilégio. Paulo diz que os irmãos macedônios sabiam que contribuir era um favor imerecido, que eles suplicaram com muitos rogos a graça de participarem da assistência aos santos (2 Co 8.4). Ofertar para a obra do Senhor é um favor que nenhum de nós merece. É graça. Se você entender isso, sua atitude com relação às contribuições sejam dízimos ou ofertas, nunca mais será a mesma. Separei alguns princípios de contribuição para compartilharmos. Não espere ter uma boa situação financeira para começar a contribuir (2Co 8.2). As igrejas da Macedônia, mesmo em meio à pobreza e necessidades, insistiram em participar da oferta aos santos. Eles foram abundantes em suas ofertas. Ofertaram na medida de suas posses e mesmo acima delas. Quem é do Senhor, pela fé em Jesus, quem conhece a misericórdia e a graça de Deus, este também responde ao amor de Deus, ofertando na medida das posses e mesmo acima delas. Ofertar é um gesto de culto, de adoração a Deus. Na oferta, a fé fala mais alto do que a razão. Existem vários irmãos esperando alcançar uma boa situação financeira, para então começarem a contribuir. Faça-o a partir de hoje, ainda que as circunstâncias não sejam favoráveis. Olhe o que diz Habacuque 3. 17-18. Ser rico não é requisito para alguém contribuir. Se havia uma igreja necessitando pedir oferta era a da Macedônia. Eles eram quase tão pobres, ou mais, quanto àqueles aos quais resolveram ajudar. Na realidade, proporcionalmente os pobres ofertam muito mais que os ricos. Os pobres ofertam do seu sustento enquanto que os ricos das sobras (Ex.: A oferta da viúva pobre em Mc 12.41-44). É bem provável que quem não contribui no pouco também não contribuirá no muito. Se você não dá nada para a obra do Senhor por se julgar pobre, se vier a ter muito é bem provável que continue sem contribuir. Quem deseja contribuir precisa manifestar alegria, generosidade, e boa vontade (2Co 8.2, 12). Mesmo diante de toda perseguição os crentes macedônios manifestavam abundância de alegria. A palavra grega que foi traduzida aqui para alegria é perisseo, que significa mais do que suficiente, excesso, transbordamento. Quer dizer que aqueles crentes, apesar de tudo o que sofriam estavam cheios de júbilo e transbordavam de alegria por participarem da graça de contribuir na obra de Deus. Hoje, muitos cristãos, que não sofrem nem dez por cento do que aqueles macedônios sofriam, vivem murmurando, tristes, que nem parece serem de Jesus. Ora, o verdadeiro cristão, em qualquer situação deve dizer: SOU DE CRISTO, SOU FELIZ! Os crentes macedônios sentiram grande júbilo, porque a alegria sem dinheiro depende de sermos generosos e liberais com aquilo que possuímos. Eles contribuíram com grande generosidade, movidos por grande júbilo pelo privilégio de dar e, mesmo em meio à grande pobreza, contribuíram com abundância, e chegaram a ponto do sacrifício em suas ofertas espontâneas, porque sabiam que Deus ama a quem dá com alegria (2Co 9.7). Outra coisa, quantas pessoas na igreja de hoje estão mostrando

boa vontade? Poucas. É preciso se libertar do egoísmo e ser capaz de se oferecer em prol da obra de Deus. Deus conta com a nossa boa vontade para servi-lo com serviços, bens e finanças. Alegria, generosidade e boa vontade são motivações indispensáveis a quem quer contribuir. Só se alegra em contribuir quem entende tal possibilidade como graça, ou seja, como favor imerecido. A minha contribuição demonstra o meu nível de comprometimento com o Reino de Deus (2Co 8.5-8). Preciso contribuir do mesmo jeito que eu oro e leio a Bíblia. Posso e devo contribuir com a mesma alegria com a qual confesso minha fé e estudo a Palavra. A contribuição deve ser vista como parte da adoração a Deus, com o compromisso na expansão do Reino aqui na terra. Cultuar a Deus racionalmente implica em adorá-lo também com os nossos bens. Implica em investirmos nossa vida e nossas posses na esperança de que o Seu nome venha a ser conhecido em toda a terra. Os cristãos não ofertam forçados pela Lei, mas sempre movidos pela graça de Deus. Esta é a razão porque Paulo escreve: Não vos falo na forma de mandamento...pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo... (2Co 8.8-9). O cristão comprometido com o Reino não mede esforços para vê-lo avançar, não mede esforços no sacrifício de se dar por inteiro ao Senhor para que Sua obra seja feita e alcance vidas e mais vidas. Qual o seu nível de comprometimento com o Reino de Deus? A sua oferta demonstra. A sua oferta fala. A contribuição é um ato de disciplina e zelo (2Co 9.1-2). Paulo elogia os coríntios aos macedônios pela presteza e o zelo com relação às contribuições, por elas terem sido planejadas e preparadas bem antes. Devemos planejar a nossa contribuição e, também, contribuir com regularidade, sendo disciplinados em nossas atitudes. Quando damos prioridade às nossas contribuições, mostramos uma atitude de zelo. E isso redunda em estímulo a outros irmãos. Zelo é levar até as últimas consequências um compromisso, um princípio, uma convicção. Especialmente uma convicção de fé e que implica em obediência ao Senhor. Muitas igrejas têm passado por sérias dificuldades financeiras por falta de disciplina e zelo dos irmãos. Seja disciplinado e zeloso em suas contribuições e tenha o privilégio de participar da grande obra do Senhor. A contribuição deve ser feita ainda que implique em empobrecimento momentâneo (2Co 8.9). A graça significou não apenas um favor imerecido, mas um auto empobrecimento por parte do Senhor. Afinal foi ele quem teve o prejuízo inicial, pois sendo rico, ficou pobre. A riqueza que nos foi dada pela graça, não foi material, mas espiritual. Jesus se fez pobre para que nos tornássemos ricos, mas ricos da Sua graça (Tg 2.5-7). Algumas pessoas podem contribuir com mais, mas não o fazem por alegarem que se empobrecerem não vão poder contribuir depois. Uma grande desculpa. Ser rico não significa ser abençoado, mas a riqueza pode vir a ser uma bênção ou maldição. Quando a riqueza é bênção: 1) Quando não temos o coração nela (Lc 18.22). O jovem rico tinha o coração na riqueza. Para ele era maldição. 2) Quando a riqueza se converte junto (Lc 19.8-9). Jesus somente afirmou a salvação de Zaqueu quando Ele demonstrou despojamento e mudança de atitude com relação a seus bens materiais. Seu coração já não estava mais na riqueza (1Tm 6.17-19). Também é bênção quando não somos orgulhosos e soberbos por causa dos nossos bens; quando não depositamos esperança na riqueza, mas em Deus; quando praticamos o bem, sendo ricos em boas obras e generosos em dar e prontos a repartir; e que não acumulemos tesouros na terra e sim no céu. Paulo usa dois termos gregos bem fortes para denotar o tipo de pobreza a qual aqueles irmãos estavam submetidos. São eles: ptocheía: Pobreza.

A palavra descreve a pobreza de quem não tem nada e está a ponto de morrer de fome. bathous: Até a profundidade; profunda, enorme (literalmente). Ali havia irmãos que realmente amavam ao Senhor. O que os capacitou a irem tão longe foi a compreensão da extensão da graça de Deus. Que o Senhor nos dê o entendimento, a revelação da graça de contribuir e retire de nós todo egoísmo e a mediocridade, nos levando a uma atitude de generosidade como a dos irmãos das igrejas da Macedônia. Que possamos experimentar de uma atitude de generosidade como nunca experimentamos antes, e entender realmente que dar é melhor que receber. Fonte: http://igrejahebrom.com/hebrom/mensagem/text/122511-contribuicao.html