Universidade Federal de Alagoas Campus do Sertão Eixo de Tecnologia TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL 1 Aula 10 Instalações Hidrossanitárias Prof. Alexandre Nascimento de Lima Delmiro Gouveia, outubro de 2017.
Introdução Todos os serviços referentes a qualquer instalação hidro-sanitária, deverão ser executados por profissionais habilitados e com ferramentas apropriadas aos serviços. Não se pode concretar tubulações dentro de colunas, pilares, vigas ou outros elementos estruturais. As buchas, bainhas e caixas necessárias à passagem prevista do tubulação, através de elementos estruturais, deverão ser executadas e colocadas antes da concretagem. As passagens para embutir tubulações de diâmetro maior que 2", inclusive, deverão ser deixadas nas alvenarias quando de sua execução.
Introdução As tubulações embutidas até o Ø de 50 mm, serão fixadas pelo enchimento total do vazio restante dos rasgos, com argamassa (1:4). Às tubulações de diâmetro superior além do referido enchimento, deverão ser fixados pregos ou grapas de ferro redondo, espaçados de 50 a 50 cm aproximadamente, para manter inalterada a posição do tubo. A tubulação não deve ser aprofundada em demasia dentro do rasgo ou cavidade, para que, na colocação de registro, não venha o eixo do mesmo ficar com o comprimento insuficiente para colocação da canopla e o volante.
Padrão de entrada Uma instalação predial de água fria pode ser alimentada de duas formas: pela rede pública de abastecimento ou por um sistema privado, quando a primeira não estiver disponível. Quando a instalação for alimentada pela rede pública, a entrada de água no prédio será feita por meio do ramal predial, executado pela concessionária pública responsável pelo abastecimento, que interliga a rede pública de distribuição de água à instalação predial.
Padrão de entrada Sistemas de abastecimento Existem três sistemas de abastecimento da rede predial de distribuição: direto, indireto e misto. Cada um desses sistemas apresenta vantagens e desvantagens, que devem ser analisadas pelo projetista, conforme a realidade local e as características do edifício em que esteja trabalhando.
Padrão de entrada Sistema de distribuição direto A alimentação da rede predial de distribuição é feita diretamente da rede pública de abastecimento. Nesse caso, não existe reservatório domiciliar, e a distribuição é feita de forma ascendente, ou seja, as peças de utilização de água são abastecidas diretamente da rede pública. Esse sistema tem baixo custo de instalação, porém, se houver qualquer problema que ocasione a interrupção no fornecimento de água no sistema público, certamente faltará água na edificação.
Introdução Entrada e fornecimento de água fria
Padrão de entrada Sistema de distribuição indireto Adotam-se reservatórios para minimizar problemas no abastecimento de água e a variações de pressões da rede pública. a) Sistema indireto sem bombeamento Quando a pressão na rede pública é suficiente para alimentar o reservatório superior, que deve estar sempre a uma altura superior a qualquer ponto de consumo. A grande vantagem desse sistema é que a água do reservatório garante o abastecimento, mesmo que o fornecimento da rede pública seja provisoriamente interrompido.
Introdução Entrada e fornecimento de água fria
Padrão de entrada b) Sistema indireto com bombeamento Normalmente é utilizado quando a pressão da rede pública não é suficiente para alimentar diretamente o reservatório superior. Nesse caso, adota-se um reservatório inferior, de onde a água é bombeada até o reservatório elevado, por meio de um sistema de recalque. A alimentação da rede de distribuição predial é feita por gravidade, a partir do reservatório superior.
Introdução Entrada e fornecimento de água fria
Padrão de entrada c) Sistema indireto hidropneumático Esse sistema de abastecimento requer um equipamento para pressurização da água a partir de um reservatório inferior. É adotado sempre que há necessidade de pressão em determinado ponto da rede, que não pode ser obtida pelo sistema indireto por gravidade, ou quando, se deixa de construir um reservatório elevado. É um sistema que exige manutenção periódica. Além disso, caso falte energia elétrica na edificação, ele fica inoperante, necessitando de gerador alternativo para funcionar.
Padrão de entrada d) Sistema de distribuição mista Parte da alimentação da rede de distribuição predial é feita diretamente pela rede pública de abastecimento e parte pelo reservatório superior. É o mais usual e mais vantajoso que os demais, pois algumas peças podem ser alimentadas diretamente pela rede pública, como torneiras externas, tanques em áreas de serviço ou edícula, situados no pavimento térreo. Nesse caso, como a pressão na rede pública quase sempre é maior do que a obtida a partir do reservatório superior, os pontos de utilização de água terão maior pressão.
Materiais Uma escolha adequada dos materiais, dispositivos e peças de utilização é condição básica para o bom funcionamento das instalações. Para a escolha dos materiais, também é importante a observância da NBR 5626, que fixa as condições exigíveis, a maneira e os critérios pelos quais devem ser projetadas as instalações prediais de água fria, para atender às exigências técnicas de higiene, segurança, economia e conforto dos usuários.
Materiais Há vários componentes usados nos sistemas prediais de água fria: tubos, conexões, válvulas, registros, hidrômetros, bombas, reservatórios, etc. Os materiais mais comumente utilizados nos tubos são: PVC, aço galvanizado e cobre. Normalmente, as tubulações destinadas ao transporte de água potável são executadas com PVC, imunes à corrosão. Para uso em instalações prediais de água fria, utilizam-se dois tipos: soldável marrom (SQN), com diâmetros externos que variam de 20 mm a 110 mm, e o roscável branco, com diâmetros que vão de ½ a 4.
Materiais
Conexões especiais Materiais
Instalações de aço Materiais
PEX Materiais
Materiais Água quente A alimentação do aquecedor não poderá ser feita por ligação direta do suprimento (rede pública); dar-se-á preferência à alimentação por reservatório superior de distribuição de água fria. Nas instalações de água quente, somente poderão ser utilizadas tubulações e conexões de cobre e registro do tipo pressão, de bronze, com vedação de metal contra metal.
Materiais Água quente - Tubulações
Materiais Esgoto (sanitárias) Todas as instalações prediais de esgoto sanitário devem ser projetadas e construídas de modo a: 1) permitir rápido escoamento dos despejos e fáceis desobstruções; 2) vedar a passagem de gases e animais das canalizações para o interior dos edifícios; 3) não permitir vazamentos, escapamentos de gases ou formação de depósitos no interior das canalizações. 4) impedir a contaminação da água de consumo e gêneros alimentícios;
Materiais Esgoto (sanitárias) 5) não empregar conexões em cruzetas ou tês retos, a não ser na ventilação; 6) todo aparelho sanitário, na sua ligação ao ramal de descarga ou rama de esgoto, deverá ser protegido por sifão sanitário ou caixa sifonada com grelha; 7) a instalação de caixas sifonadas e de sifões sanitários far-se-ão de maneira a observar: a) nivelamento e prumo perfeito; b) estanqueidade perfeita nas ligações aparelho-sifão e sifão-ramal de descarga ou de esgoto.
Esgoto (sanitárias) Materiais
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