SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA GABINETE DA REITORIA Campus Universitário Reitor João David Ferreira Lima - Trindade CEP: 88040-900 - Florianópolis - SC Telefone: (48) 3721-9320 Fax: (48) 3721-8422 E-mail: gr@contato.ufsc.br PORTARIA NORMATIVA Nº xxx/2017/gr, DE xx DE xxx DE 2017 Dispõe sobre as normas e os procedimentos relativos ao registro eletrônico de ponto, controle e aferição do cumprimento da jornada de trabalho dos servidores técnico-administrativos em educação em exercício na UFSC e dá outras providências. O REITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA, no uso de suas atribuições estatutárias e regimentais, considerando a Lei nº 8.112, de 11/12/1990, o Decreto nº 1.590, de 10/08/1995, o Decreto nº 1.867, de 17/04/1996 e tendo em vista a necessidade de regulamentar os procedimentos relativos ao registro eletrônico de ponto, controle e aferição do cumprimento da jornada de trabalho dos servidores técnico-administrativos em educação da Universidade, RESOLVE: Art. 1º Instituir o sistema eletrônico de controle de frequência dos servidores técnicoadministrativos (TAE) no âmbito da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), incluindo os servidores cedidos, anistiados e com lotação provisória, bem como aqueles que prestam colaboração técnica e os empregados temporários. Art. 2º O controle eletrônico será realizado por meio de identificação biométrica em equipamento de Registro Eletrônico de Ponto (REP). 1 A identificação biométrica consiste na leitura da imagem das impressões digitais dos servidores, em confronto com os elementos biométricos previamente armazenados no banco de dados, sendo vedado seu uso para outros fins. 2 Quando possível, serão armazenadas as impressões digitais de pelo menos dois dedos distintos, sendo um da mão esquerda e um da mão direita. 3 Na eventualidade de o servidor TAE não possuir condições anatômicas que permitam a leitura da impressão digital, o controle de frequência será realizado de forma alternativa em consonância com as determinações desta Universidade. 4 Excepcionalmente, o registro manual de frequência poderá ser utilizado quando o equipamento REP estiver temporariamente indisponível, mediante justificativa do servidor e posterior autorização da chefia imediata. 5 Os elementos biométricos capturados serão utilizados exclusivamente para o controle de frequência dos servidores, vedado o seu uso para fins não previstos em lei. Art. 3 O sistema de registro eletrônico de ponto com a identificação biométrica tem por finalidades:
I racionalizar a rotina de controle de assiduidade e pontualidade, proporcionando transparência no processo de registro; II armazenar dados de forma sistematizada; III permitir acesso rápido às informações pelo servidor, pela chefia imediata, pela área de gestão de pessoas e pelos órgãos de controle. Art. 4 Os equipamentos de registro eletrônico de ponto serão instalados nos principais locais de acesso às Unidades Acadêmicas e Administrativas ou estruturas equivalentes desta Universidade. CAPÍTULO I DA JORNADA DE TRABALHO Art. 5 A jornada de trabalho terá início e término, assim como o início e o fim do intervalo para alimentação ou descanso, conforme acordado previamente entre os servidores e as respectivas chefias imediatas, prevalecendo o interesse institucional e as peculiaridades de cada unidade de lotação, respeitada a jornada de trabalho de 08 (oito) horas diárias e de 40 (quarenta) horas semanais, com exceção dos cargos com jornada de trabalho reduzida e flexibilizada, de acordo com o Anexo III da Portaria n 2.561/MARE/1995 e o Art. 3 do Decreto n 1.590/1995. Art. 6 Os servidores deverão registrar as ocorrências de entrada e saída das dependências da UFSC nas seguintes circunstâncias: I início da jornada diária de trabalho; II início e fim do intervalo para alimentação ou descanso; III fim da jornada diária de trabalho. Parágrafo único. Os servidores que cumprem jornada ininterrupta prevista em lei específica deverão realizar o registro eletrônico de ponto somente nos horários de início e final do expediente, pois não fazem jus ao intervalo para refeições. Art. 7 O intervalo previsto para alimentação ou descanso é de, no mínimo, 01 (uma) hora e, no máximo, 03 (três) horas diárias, devendo ser obrigatoriamente usufruído, conforme previsto no 2 do Art. 5 do Decreto n 1.590/1995. 1 Na hipótese de o servidor não efetuar os registros referentes aos intervalos para alimentação ou descanso, presumir-se-á que ele tenha usufruído 02 (duas) horas, as quais serão descontadas da jornada diária de trabalho. 2 A utilização de período superior ao intervalo previsto no caput deste artigo deverá ser compensada pelo servidor. 3 Não poderão ser utilizados como crédito, para fim de compensação, os minutos não usufruídos no intervalo para alimentação e descanso. Art. 8 As horas excedentes não serão remuneradas como Adicional de Serviço Extraordinário, uma vez que o Decreto n 948/1993 determina que a execução de serviços extraordinários está condicionada à autorização prévia pelo diretor do Departamento de Administração de Pessoal (DAP) da Pró-Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas 2
(PRODEGESP), assim como a comprovação de atendimento de situações excepcionais e transitórias, cujo adiamento ou interrupção importe em prejuízo para o serviço. Art. 9 Eventuais faltas, atrasos ou saídas antecipadas justificadas poderão ser compensadas pelo servidor, a critério da chefia imediata e a necessidade do setor, no mês da ocorrência ou, impreterivelmente, até o último dia do mês subsequente ao da ocorrência. 1 A compensação de que trata o caput não poderá ser realizada durante o período de férias, afastamentos, licenças ou no intervalo mínimo para alimentação ou descanso. 2 As faltas, as ausências, os atrasos e as saídas antecipadas injustificadas não serão objeto de compensação, acarretando a perda proporcional da remuneração. Art. 10 Na hipótese de saldo de crédito de horas ao final do mês, o servidor poderá usar esse crédito até o último dia do respectivo mês ao do cômputo do crédito total de horas, mediante prévia anuência da chefia imediata e necessidade do setor. Parágrafo único. Nas Unidades Acadêmicas e Administrativas ou estruturas equivalentes desta Universidade, quando autorizada a jornada de trabalho flexibilizada, as horas de trabalho que excederem as 30 horas semanais e inferiores as 40 horas semanais, não serão consideradas como horas excedentes. CAPÍTULO II DOS REGISTROS Art. 11 As chefias imediatas deverão registrar e abonar, no sistema eletrônico de registro de ponto, os atrasos ou saídas antecipadas ocorridas no interesse do serviço, inclusive quando se tratar de treinamento ou capacitação realizada em dias não úteis, mediante prévia autorização. Art. 12 Em caso de esquecimento por parte do servidor de registrar o seu ponto, deverá comunicar imediatamente a sua chefia imediata, que procederá o registro manualmente no sistema, abonando as horas não registradas, desde que justificadas e não se configure como ato recorrente, sendo limitado a 05 (cinco) inserções por mês. Parágrafo único. Caso as inserções manuais excedam o limite estipulado, caberá à chefia imediata justificar o motivo do excedente. Art. 13 O sistema eletrônico de ponto emitirá os registros diários de entrada e saída e os créditos e débitos de horas, possibilitando a consulta pelo próprio servidor e pela chefia imediata. Art. 14 Cabe ao servidor registrar no sistema de registro eletrônico de ponto as informações relativas a afastamentos do seu local de trabalho, incluído férias, licenças, liberações para realização de atividades acadêmico-cientificas e sindicais e demais afastamentos e concessões previstas na legislação vigente, evitando-se o registro indevido do débito de horas. Parágrafo único. Nos casos em que o servidor estiver impossibilitado de efetuar esse registro, a chefia imediata ficará responsável por alimentar o sistema com as devidas informações. 3
Art. 15 No caso de falha em algum equipamento de REP, o servidor deverá utilizar outro equipamento, que estiver mais próximo de seu ambiente de trabalho. Art. 16 O servidor que realizar atividades fora da sede, razão pela qual seja inviabilizado o registro de sua freqüência no ponto eletrônico, deverá preencher formulário de freqüência diária ou semanal, conforme 4 do Art. 6 do Decreto N 1580/1995. Art. 17 O servidor não poderá ausentar-se de seu local de trabalho sem autorização prévia de sua chefia imediata. Art. 18 Excepcionalmente, fica autorizado o uso concomitante do sistema de registro eletrônico de ponto com o registro manual de frequência, por meio de assinatura de folha de ponto, nas ocasiões em que o sistema eletrônico estiver temporariamente indisponível, devendo, para tal finalidade, ser usado o modelo de folha de ponto disponibilizado pela PRODEGESP. Art. 19 O sistema de registro eletrônico de ponto deverá emitir relatório mensal com todos os registros de frequência, para fins de homologação pela chefia imediata e posterior envio mensal à PRODEGEP. CAPÍTULO III DAS RESPONSABILIDADES E ATRIBUIÇÕES Art. 20 Para o pleno funcionamento do sistema de registro eletrônico de ponto, o servidor deverá: I realizar o cadastramento das digitais, conforme orientações da unidade responsável pela gestão de pessoas nesta Universidade; II registrar diariamente, no equipamento de ponto eletrônico, os movimentos indicados no Art. 6 desta Portaria, por meio da leitura de sua impressão digital; III apresentar documentação comprobatória das ausências autorizadas por lei; IV acompanhar o registro diário de sua frequência mediante emissão de comprovante pelo equipamento de registro eletrônico de ponto; V comunicar imediatamente a inoperância ou irregularidade no funcionamento do equipamento de leitura biométrica. Art. 21 O servidor que causar danos ao sistema de registro eletrônico de ponto responderá civil, penal e administrativamente por tais ações. Art. 22 São responsabilidades da chefia imediata: I controlar a jornada de trabalho dos servidores subordinados, bem como os registros efetuados no sistema; II orientar os servidores subordinados para o fiel cumprimento das disposições nesta Portaria; III estabelecer os dias e horários para compensação dos débitos e créditos de horas, em conformidade com o disposto no Art. 9 e 10 desta normativa; 4
IV tornar sem efeito os registros de períodos trabalhados em desacordo com as disposições desta Portaria; V validar períodos trabalhados em caráter excepcional, fora do horário de funcionamento da unidade; VI encaminhar à PRODEGESP, até o quinto dia útil do mês subsequente, os relatórios mensais de frequência homologados, contendo as informações das ocorrências verificadas. Art. 23 São atribuições da PRODEGESP: I gerir o sistema de registro eletrônico de ponto, esclarecendo às chefias imediatas e aos servidores, dentro de sua competência regimental, sobre a legislação e atos normativos que regem a matéria; II supervisionar a implantação do sistema nesta Universidade; III promover o cadastramento dos elementos biométricos indispensáveis ao registro eletrônico de ponto; IV orientar os novos servidores TAE que ingressarem na UFSC em relação ao cadastramento dos elementos biométricos necessários; V manter sob sua guarda os registros eletrônicos e atender às solicitações dos órgãos de controle interno e externo; VI registrar no sistema de registro eletrônico de ponto, as ocorrências de sua alçada; VII promover o acompanhamento do funcionamento regular do sistema de registro eletrônico de ponto, contribuindo para o seu aperfeiçoamento e efetuando as atualizações exigidas; VIII capacitar os servidores para a sua correta utilização; IX fornecer aos usuários as informações constantes do banco de dados do sistema eletrônico; X zelar pelo uso adequado dos equipamentos e componentes; XI realizar os descontos referentes às ocorrências que acarretarem na perda da remuneração. Art. 24 Compete à SETIC: I gerir o sistema de registro eletrônico de ponto, com relação às questões técnicas e operacionais; II supervisionar a implantação do sistema nesta Universidade; III viabilizar a integração das informações dos sistemas existentes na UFSC com o sistema registro eletrônico de ponto; IV supervisionar o suporte corretivo ou preventivo e os pedidos de insumo para estes equipamentos pela empresa fornecedora dos equipamentos; V acompanhar o atendimento técnico prestado pela empresa contratada. Art. 25 Nas dependências da UFSC em que há equipamentos de registro eletrônico de ponto instalados, deverão ser indicados servidores específicos para executar pequenas atividades operacionais, tais como: I verificar diariamente o correto funcionamento dos equipamentos de REP; II trocar a bobina de papel; III desobstruir a impressora do REP; IV reiniciar o REP caso seja necessário. 5
Parágrafo único. Os servidores responsáveis a que se refere o caput serão designados mediante portaria. Art. 26 Compete à empresa contratada para tal fim, o suporte, a manutenção corretiva, preventiva e evolutiva, o backup, a garantia de segurança, integridade, armazenamento e preservação dos dados, bem como a disponibilização das informações arquivadas. CAPÍTULO IV DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Art. 27 A presente resolução não se aplica aos servidores públicos formalmente em exercício no Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU/UFSC). Art. 28 São dispensados do controle de frequência os servidores TAE ocupantes de Cargo de Direção (CD), hierarquicamente iguais ou superiores a CD3. Parágrafo único. A jornada dos servidores TAE ocupantes de Cargo de Direção (CD) ou Função Gratificada (FG) será em regime de dedicação integral, podendo ser convocados sempre que houver interesse da Administração. Art. 29 Embora dispensados do controle de frequência, os servidores ocupantes do cargo Professor da Carreira de Magistério Superior deverão observar expressamente a assiduidade e o cumprimento do horário das aulas, comparecer pontualmente às reuniões dos colegiados de curso e reuniões de Unidades Acadêmicas e Administrativas ou estruturas equivalentes para os quais tenham sido formalmente convocados. 1 Também deverá ser observado pelos servidores ocupantes do cargo previsto no caput deste artigo o fiel cumprimento das atividades de ensino, pesquisa, extensão e de gestão acadêmica, devidamente registrados no Planejamento e Acompanhamento de Atividades Docentes (PAAD). 2 Caberá à chefia imediata do servidor docente o acompanhamento do cumprimento da jornada de trabalho. Art. 30 Os servidores contemplados com horário especial para servidor estudante deverão planejar o cumprimento de sua carga horária integral de trabalho, sem prejuízo de sua jornada semanal, devidamente aprovada por sua chefia imediata, mediante processo administrativo específico. Art. 31 Ao servidor portador de necessidades especiais será concedido horário especial, independentemente de compensação de horário, desde que comprovada a necessidade por Junta Médica Oficial, mediante processo administrativo. Parágrafo único. As disposições do caput deste artigo são extensivas ao servidor que tenha cônjuge, filho ou dependente portador de necessidades especiais. Art. 32 Aos serviços que se enquadrem no Art. 3º do Decreto n 1.590/1995, é facultado ao dirigente máximo da universidade, autorizar os servidores a cumprir jornada de 6
trabalho de seis horas diárias e carga horária de trinta horas semanais, devendo-se, neste caso, dispensar o intervalo para refeições. Parágrafo único. Para a adoção da jornada especial disposta pelo caput acima serão necessários a designação de comissão setorial na Unidade Acadêmica e Administrativa ou estruturas equivalentes, relatório técnico da comissão setorial com a proposta para flexibilização da jornada de trabalho dos servidores TAE envolvidos e emissão de portaria de adoção da jornada de 06 (seis) horas diárias e carga horária de 30 (trinta) horas semanais, caso haja efetivamente o cumprimento dos requisitos de que trata o Art. 3º do Decreto n 1.590/1995. Art. 33 O não cumprimento das regulamentações estabelecidas nesta Portaria submeterá o servidor e a sua chefia imediata às responsabilizações estabelecidas em Lei. Art. 34 Os casos omissos serão resolvidos pela PRODEGESP, em conjunto com as respectivas diretorias de Unidades Acadêmicas e Administrativas ou estruturas equivalentes. Art. 35 Esta Orientação Normativa entra em vigor na data de sua publicação no Boletim Interno. LUIZ CARLOS CANCELLIER DE OLIVO 7