NOVA LIDERANÇA PARA JOVENS ANGOLANOS. O Futuro brilhante depende de Nós



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Transcrição:

NOVA LIDERANÇA PARA JOVENS ANGOLANOS O Futuro brilhante depende de Nós 1

Agradecimentos A realização deste manual foi possível com o amável suporte da BP Angola Que este documento seja a expressão da nossa gratidão pelo apoio providenciado. 2

A SFCG agradece a participação das seguintes escolas neste projecto e é infinitamente grata ao Governo Provincial. Particularmente, SFCG agradece aos directores das seguintes escolas. Escola N Gola Zinga das Ingombotas Escola 1º de Maio da Maianga Instituto Médio de Industria de Luanda (IMIL) do Rangel Instituto Médio de Economía de Luanda (IMEL) da Maianga Pré-Universitário (PUNIV) do Cazenga Escola 4011 do Sambizanga Pré-Universitário (PUNIV) do Cacuaco Complexo Escolar Eliada da Viana Instituto Médio do Kilamba-Kiaxi Pré-Universitário (PUNIV) da Samba Escola 9026 da Viana Escola N Gola M Bandi do Sambizanga Escola Juventude em Luta da Maianga 3

Introdução do papel do Líder O Líder é o alvo directo deste manual. Eles estão na faixa etária dos 15 aos 20 anos de idade e foram identificados nas escolas de ensino médio de Luanda que já receberam formações sobre Gestão de Conflitos. Através das suas capacidades inatas e adquiridas de liderança, cada Líder irá criar um grupo de jovens na faixa etária entre 12 aos 17 anos com quem irá trabalhar na comunidade e para a comunidade usando o Manual de Liderança. Introdução dos Grupos de Observação Os Grupos de Observação são jovens que têm alguma experiência e idoneidade reconhecida. Foram identificados através da parceria Institucional com Órgãos do Governo, Organizações Não Governamentais e Igrejas. Elas, também beneficiaram e participaram directamente nas várias formações sobre Liderança, Gestão de Conflitos e sobre o Manual de Liderança. O (A) Mentor (a) irá usar a sua experiência e sabedoria para aconselhar e orientar o Líder durante as suas actividades com o seu grupo na comunidade, através de visitas regulares e encontros de campo. Cada Mentor(a) poderá ter mais de um Líder para apoiar. Passo Para o Líder Formar o Seu Grupo 1. Como identificar quem deve fazer parte do grupo? O Líder deverá conversar e convidar outros jovens ou adolescestes com idade entre os 12 e os 20 anos e falar sobre a ideia de fazer parte de um grupo de jovens com objectivo de melhorar as suas capacidades de liderança no dia-a-dia e também para serem reconhecidos (as) como Meninos (as) que participam para o bem da comunidade. Isso quer dizer que devem fazer parte meninos (as) com idade acima espelhada e sem descriminação de religião, cor, raça, língua ou etnia. 2. Onde encontrar os (as) outros (as) rapazes ou raparigas para formar o grupo? O líder deverá começar pelas pessoas que já conhece e fácil de contactar e de preferência de menor idade da sua, por exemplo se o Líder tem 19 anos ela pode começar a falar com jovens menores de 18 anos. Então, o local fácil para o Líder encontrar essas pessoas deverá ser no seu bairro, por exemplo, os (as) seus (as) vizinhos (as) ou amigos (as), os (as) colegas da mesma Escola, da mesma Igrejas, amigos ou conhecidos, e outras pessoas que vierem pedir para fazer parte do grupo ou estiverem interessadas. 3. Quantas pessoas devem fazer parte do grupo? Cada Líder vai organizar um grupo que deverá ter no mínimo 8 e no máximo 15 pessoas 4. Quando tempo deve levar para formar o grupo? Os grupos devem estar formados logo depois do Líder terminar a formação sobre Como Usar o Manual de Liderança e ter o Manual consigo. Que fazer depois de formar um grupo? O Líder deve fazer uma lista com os nomes completos, idade, nível escolar, local de residência e contacto telefónico. Essa lista o Líder deverá entregar ao seu mentor e ao Oficial da SFCG. 4

O Líder deverá decidir em grupo um nome para o seu grupo. Por exemplo, o grupo Os Jovens da Rua 11.`` O Líder deverá decidir em grupo um local e datas para se reunirem. O local pode ser no quintal de casa de um dos jovens desde que os pais não tenham nada contra, numa Sala da Escola que o director aceitou, na Igreja. E quando o onjango estiver disponível, as discussões far-se-ão ali. Mas o grupo deve também decidir qual o dia e a hora da semana, em que pelo menos a maioria dos jovens estão livres dos afazeres pessoais e da escola e podem se encontrar uma vez por semana. O Líder com ajuda do Mentor deverá escrever uma carta, aonde irá colocar o nome do grupo, os objectivos do grupo, o local e os dias da semana aonde o grupo irá realizar os seus encontros, ex : (na escola Mandume, todas as sexta-feira, das 14:00H ás 16:00H) Enviar esta Carta para Coordenador do Bairro, ou ao Soba do Bairro, ou ao Director da Escola, ou o padre ou pastor da Igreja, dependo do lugar onde formou-se o grupo, por exemplo, se o Grupo da Rua 18 são da Rua Combatentes ou do Bairro do Tombo, a carta será dirigida ao Coordenador do Bairro e com o conhecimento da Secção da Família e Promoção da Mulher da Administração Municipal da Viana. Comunicar ao Mentor e ao Oficial da SFCG que todos os passos foram dados e iniciar os encontros com o seu grupo usando o Manual de Gestão e Prevenção de Conflitos e o Manual de Liderança. Neste caso, o Grupo pode decidir convidar uma representante, o Coordenador do Bairro ou o Director da Escola, ou padre o pastor da Igreja para assistir ao primeiro encontro do grupo. Como Usar o Manual? A ideia original por trás deste manual foi a de criar um manual simples e de fácil utilização para jovens líderes com o fim de multiplicar o efeito do trabalho de formação realizado pelo Search for Common Ground (SFCG) em Angola. Como nunca é fácil reduzir conceitos complexos a simples diagramas e ilustrações, o produto final é mais longo e o texto mais específico do que inicialmente concebido. Entretanto, tentamos ser fiéis à nossa ideia original, fornecendo agendas, descrições detalhadas das actividades e listas de materiais que devem ser preparadas antecipadamente para cada sessão. O uso do manual será conduzido pelos líderes e a supervisão geral estará a cargo da SFCG. Os participantes são os mesmos de uma fase a outra, o que permite que o trabalho seja aprofundado e expandido a partir das lições aprendidas na fase anterior. O desenvolvimento de cada uma das sessões será de quatro (4) actividades por mês. Seguem algumas observações para a utilização bem sucedida deste manual: Quem deve utilizar este manual: Este manual é melhor empregue por pessoas que já tenham participado em formações anteriores. É muito mais fácil entender o conteúdo e acompanhar as ideias após a participação em uma das actividades. A Equipa de Jovens: Cada um dos jovens do grupo vai contar com o apoio do seu mentor da escola antes da implementação de cada actividade para aconselhamento, orientações diversas e procedimentos como por exemplo: controlar o tempo previsto para cada actividade e apoiar o grupo no decurso dos diálogos. 5

Os participantes: Jovens dos 12 a 20 anos de idade. Esteja Preparado: desenvolva o seu próprio esboço e escreva suas anotações. Antes do início de cada sessão organize o material necessário com antecedência. Adaptação ao Contexto: Vários exercícios e actividades podem funcionar em Angola ou em uma área especifica, mas não são relevantes ao contexto do seu país ou de todos os bairros de Angola. Crie, com antecedência, actividades alternativas com as quais seus participantes possam se identificar. Não tenha medo de errar: Todos nós aprendemos fazendo erros. Nenhuma actividade jamais será perfeita e você poderá encontrar dificuldades em uma ou mais sessões. Reúna-se com alguns participantes depois da cada sessão para discutir as dificuldades e trocar ideias sobre maneiras de melhorar a actividade da próxima vez. Use os seus erros como uma oportunidade para aprender. Organização. Organize suas reuniões para expandir além de o que é escrito no manual: como líder do grupo, você deve estruturar as suas reuniões que inculcarão um sentido da unidade e de divertimento. Muitos líderes decidem começar cada reunião com uma sessão de conversa de grupo, em que cada pessoa tem 2 minutos à parte para falar com o grupo sobre todas as ideias, pensamentos, eventos especiais que tiveram a semana passada. Ou você pode decidir terminar cada reunião com uma canção especial ou encaixe ritual ao seu grupo, fazer da reunião expressão de seus próprios pensamentos e ideias. Divirta-se: Quanto mais você divertir-se como líder mais os participantes se divertirão; assim você se tornará um bom líder e facilitador de uma aprendizagem ainda mais eficaz. Sessões: Cada sessão é descrita em um formato semelhante a permitir a facilidade na facilitação. Cada sessão inclui os seguintes tópicos: 1. Tópico Refere se ao Tema do Manual 2. Sub Tópico O que é que vamos falar hoje 3. Material Necessário O que vamos precisar e usar hoje no nosso encontro 4. Objectivo: O que queremos alcançar ou atingir hoje 5. Introdução: A introdução da conversa através de alguns conceitos e teorias sobre o tema 6. Actividades: Um exercício sobre o que acabamos de falar ou o tema 7. Conclusão: A consolidação ou resumo entre o que acabamos de falar e o exercício que fizemos 8. Discussão & Passos seguintes: O que vamos então fazer agora 9. Notas: Para escrever antes ou depois coisas importantes para não esquecer de falar durante o encontro. 6

TÓPICO : LIDERANÇA & GESTÃO DE CONFLITOS 7

I. Tópico: Liderança e Gestão de Conflitos 1.1 O que é Liderança TÓPICO SUB TÓPICO MATERIAL NECESSÁRIO OBJECTIVO INTRODUÇÃO Liderança Liderança Marcadores, Papel Flip Chart, Cavalete etc. Incentivar os jovens a desenvolverem as suas próprias visões para a sua liderança, com poder e habilidade de identificar o contexto e criar oportunidades de participar como líder na comunidade Porquê aprender a ser um líder? Para se envolver com o que realmente importa. Para poder fazer algo inspirador e importante para você. Para ter companheiros no seu grupo. Em qualquer área, na qual queira obter mais influência, você deve se tornar um líder. A liderança esta dentro de si ela é um presente que só pode ser dado pelos outros. Ela chega quando eles reconhecem você, porque ser um líder não tem qualquer sentido sem outros que estão consigo no mesmo trabalho. Um líder completamente solitário é como uma só mão batendo palmas. Você precisa ser forte e ter recursos para poderes crescer e ter sucessos na vida. Você precisa influenciar e inspirar os outros para se juntarem a você, se não, você se arrisca a ser um viajante solitário e não um líder. E você precisa de um mapa, pois mesmo sendo forte você pode se perder em muitas coisas que gostarias de atingir. Então: Ser um Líder significa desenvolver-se a si mesmo. A medida que se torna um líder, você encontra recursos e potencial em si mesmo que não sabia que tinha. Você se torna mais você, porque a maior influência de um líder vem de quem ele é, do que ele faz e do exemplo que ele dá. Um Líder inspira outros para juntar-se a ele no grupo, então liderança envolve habilidades de comunicar e influenciar. Em resumo: Liderança é uma combinação de quem você é, habilidades e talentos que você tem e a sua compreensão da situação ou do contexto em que você está. Embora esses elementos sejam universais, você juntará as peças de uma maneira única. 8

ACTIVIDADES Os participantes serão divididos em 4 grupos pelo Líder e distribuídos marcadores e papel de flip chart. O grupo 1 e 3 trabalharão para responder as seguintes questão: O que é a Liderança? Quais são as qualidades de um bom líder? Exemplos ou uma historia de uma pessoas que conheces e tem uma das qualidades de um bom líder. Porque achas que essa pessoa é um bom líder? O grupo 2 e 4 trabalharão para responder as seguintes questão: O que é que os jovens mais fazem aqui na sua comunidade? Exemplos ou uma historia de um jovem Líder na sua comunidade, o que é que ela faz como uma jovem líder? Depois os grupos apresentarão os seus trabalhos em plenária e o Líder irá fazer o resumo no quadro anotando as respostas semelhantes dos grupos 1 e 3, 2 e 4. Finalmente, irá facilitar os comentários em plenário sobre as respostas e porquê é importante aprender ser uma boa líder. CONCLUSÃO Em plenário, a Líder irá facilitar através de chuvas ideias a conclusão do encontro e alistar no quadro com ajuda de uma co facilitadora. Pergunta para concluir: Sobre Liderança o que é que mais gostaste de aprender hoje? Como vais usar na sua vida o que acabaste de aprender? DISCUSSÃO E PASSOS SEGUINTES Em plenário, a Líder irá facilitar através de chuva de ideias a discussão dos passos seguintes e alistar no quadro com ajuda de uma co facilitadora. Pergunta para discussão: 1. O que é que podemos fazer para que os jovens tenham mais liderança na nossa comunidade? 9

1.2 Como construir uma visão? TÓPICO SUB TÓPICO MATERIAL NECESSÁRIO OBJECTIVO INTRODUÇÃO Liderança Mapa de Apoio da Visão Marcadores, papel flip-chart, cavalete, fita-cola, boustique, rádio cassette, CD de música e papel. Habilitar os jovens a desenvolverem as suas próprias visões para as suas próprias lideranças, O que é uma Visão? Um líder precisa olhar para frente, bem como prestar atenção onde ele esteve e onde ele está agora. Isso é ter Visão. O líder vê além da situação imediata. Ele vê o contexto da jornada inteira, o que pode acontecer no futuro. Isso significa que ela precisa compreender o contexto do qual faz parte, ver além, sentir como os eventos se ligam uns com os outros, enquanto outros apenas vêem acontecimentos isolados. Então: Liderança se baseia em propósito, visão e valores. Não é uma qualidade que possa ser racionada ou controlada. O propósito estabelece o destino. ACTIVIDADES Em resumo: A visão é para ver aonde você está indo e os valores para guiá-lo em direcção a um futuro de sucesso sustentável a longo prazo. Os líderes são necessários para guiar a organização e desenvolver outros líderes. O Líder vai pedir e explicar aos participantes para pensarem naquilo que cada uma gostaria de ser daqui a há mais 10, 20, ou 30 anos. Pode ser um sonho, um profundo desejo, um objectivo ou meta, mas deve ser aquilo como cada uma gostaria de, se ver, ou, ser vista, e podem ser em casa, ou no bairro, ou no País, ou ate no mundo. Cada participante deverá escrever a sua visão num pedaço de papel de cartolina, essa frase, não poderá conter mais de 30 palavras e nem menos de 15 palavras. Também, é permitido escrever o seu nome, colar desenhos ou flores, pintar, fazer decotes, caso o participante queira fazer a sua cartolina mais bonita. Depois de todos escreverem, o Líder deve orientar os participantes a colarem as suas visões na parede ou árvore, o que estiver ao redor, com fita-cola ou bustique. 10

Finalmente, a Líder deve orientar os participantes a circularem pela sala, ou no espaço aonde estão reunidos, para visitarem e lerem as Visões de cada um. Neste momento, os participantes poderão falar uns com os outros sobre as Visões de cada um ou para fazer algum esclarecimento. CONCLUSÃO O Líder deve preparar o rádio cassete e uma música suave para ser tocada. Pedir aos participantes para reunirem em círculo e de mãos dadas e cada um dizer uma boa qualidade de Líder que falaram no último encontro. Neste caso, o Líder também poderá relembrar algumas das qualidades. Então, o Líder deve pedir silencio e olhos fechados de todos, fazer tocar a música já preparada, e de forma calma ao ritmo da musica, o Líder deve repetidamente orientar o seguintes: Que cada uma pensa calmamente na Visão que acabou de escrever Que cada uma tente sonhar, que é o que quer ser na sua Visão Que cada um tem uma boa qualidade de Líder Que cada uma repita dizendo uma qualidade: Eu sou Eu sou... Esta actividade deve terminar quando a musica também terminar. E depois cada jovem deve retirar a sua cartolina. DISCUSSÃO E PASSOS SEGUINTES Em plenário, o Líder irá orientar aos participantes a construírem um Mapa de Apoio a Minha Visão, como trabalho para fazerem durante a semana. Perguntas para o Mapa de Apoio da Minha Visão: O que Eu já tenho e o que Eu necessito da minha Família (pai, mãe, irmãos, tios, tias, primos, avos) para conseguir conquistar a Minha Visão; O que Eu já tenho e o que Eu necessito dos meus Amigos (vizinhos, colegas, conhecidos) para conseguir conquistar a Minha Visão; O que Eu já tenho e o que Eu necessito mais Saber (escola, formação, curso, tecnologia, etc) para conseguir conquistar a Minha Visão; O que Eu já tenho e o que Eu necessito de Recurso (financeiros, materiais, humanos) para conseguir conquistar a Minha Visão; 11

1.3 A Nossa Identidade TÓPICO SUB TÓPICO MATERIAL NECESSÁRIO OBJECTIVO INTRODUÇÃO Liderança Identidade Marcadores, Papel flip chart, cavalete, autocolantes de varias cores Capacitar os jovens em conhecimentos sobre identidade pessoal e do grupo e ajudar a desenvolvem suas próprias ideias sobre as estratégias para melhor cultivarem a suas liderança entre os amigos e colegas, O Que é a Identidade? E um conjunto de caracteres próprios e exclusivos de uma pessoa (nome, idade, sexo, estado civil, filiação, etc.) A ideia de identidade é carregado de símbolos e está relacionada a factores culturais, religiosos, políticos, familiares, económicos e ate de saúde (ex. como são identificados as pessoas com: HIV SIDA, Tuberculoses, Lepra, etc.). Então: A identidade na fala, sobre a cultura, a época, as relações entre as pessoas, ou seja, ela é também uma intersecção de diferentes componentes. Acreditamos que é através dos significados produzidos por estas relações que encontramos sentido naquilo que somos ou, ainda, para aquilo que podemos nos tornar. Logo: Para falarmos em identidade precisamos falar também de diferença. A nossa identidade, muitas vezes, é descrita pelos outros a partir do que ela não é. Isso, é utilizada para promover agrupamentos e possibilitam divisões do tipo: nós/eles. Dessa forma, a identidade e a diferença estão interligados, e resultam do mesmo momento. Concluindo: A identidade e a diferença, não são elementos naturais que estão a espera de se revelar ou serem descobertos. Ambos, para existir, precisam ser criados ou produzidos. Somos nós que criamos identidades e diferenças nas nossas relações de amizade, familiar, colegas, trabalho, na comunidade e em outros lugares. ACTIVIDADES Assim, com essas influências e diferenças, as posições que assumimos e com as quais nos identificamos ou identificamos os outros, constituem as nossas identidades. O Líder vai formar os participantes em círculo e com olhos fechados. Em seguida o Líder irá colocar os autocolantes na testa em cada um. Ao colocar os autocolantes deve ter a certeza que as cores dos autocolantes estão agrupadas, isso é, 5 vermelhos, 4 verdes, 5 azuis e 1 12

branco, que no total faz um grupo de 15 participantes. (ou um número correcto para o seu grupo mas sempre com mais de um de cada cor e só um da cor branca). Em seguida, o Líder pede para abrirem os olhos, ninguém fala um com o outro e só com gestos juntarem-se para formarem pequenos grupos. O Líder deve controlar a formação dos grupos sem interferir e deixar que os membros dos grupos aceitem ou rejeitem aqueles que não tiverem a mesma cor do seu pequeno grupo. E no final terão de haver formado 3 grupos, sendo 1 com autocolantes vermelhos na testa, 1 com autocolantes verdes e 1 com autocolantes azuis. Finalmente, haverá uma pessoa com autocolante branco na testa que será rejeitado pelos 3 grupos e não saberá porque nenhum dos grupos o aceitou. Então o Líder pede para voltarem a fazer a roda e faz as seguintes perguntas para a chuva de ideais: CONCLUSÃO DISCUSSÃO E PASSOS SEGUINTES O que aconteceu durante o exercício? Porque vocês formaram os grupos desta maneira? Porque vocês rejeitaram aos outros como vocês? Como é que você se sentiu ser parte do grupo? Como é que você se sentiu ser rejeitado do grupo? Em plenários o Líder deve facilitar um debate sobre o exercício e o tema falado sobre identidade. Perguntas para a chuva de ideais: Porque vocês formaram os grupos desta maneira? Porque vocês rejeitaram aos outros como vocês? Como é que você se sentiu quando encontraste o seu grupo? Como é que você se sentiu quando foste expulso do grupo, o que pensaste fazer (especificamente para a pessoa de autocolante branco)? Quem pode dar um exemplo de como é que identificamos e separamos dos outros, em casa, na escola, no bairro e noutros lugares? Como gostarias de agir e comportar em casa, na escola, ou no bairro, fruto do que hoje falamos e fizemos durante o exercício? Continuando em plenário, o Líder de fazer a uma única pergunta e anotar as respostas no quadro. Perguntas: O que podemos fazer para ajudar aos outros no bairro a mudarem de comportamentos de não rejeitar ou excluir outras pessoas que eles identificam que são diferentes? 13

1.4 Diferença entre Conflito e Violência TÓPICO SUB TÓPICO MATERIAL NECESSÁRIO OBJECTIVO INTRODUÇÃO Liderança O Conflito Flip chart, papel, marcadores Dar conhecimentos aos jovens sobre técnicas básicas e teorias de resolução de conflito que influenciam na liderança, O que é o conflito Por conflito se pode entender: Um Estado de tensão entre duas ou mais partes resultantes de insatisfação e incompatibilidade das necessidades ou interesses dos envolvidos Estado de tensão porque é uma preocupação, nervosismo, ansiedade, stress, e isso, sempre ocorre na nossa mente psíquica. Essa preocupação deverá ser entre duas pessoas diferentes, ou até, dois grupos diferentes, então por isso dissemos entre duas ou mais partes. Assim, a causa do conflito vai ser as diferenças ou a insatisfação das necessidades ou interesses de cada uma das partes que não são iguais ou que são incompatíveis. Então: O conflito pode ser positivo ou negativo, dependentemente do modo como o mesmo será resolvido pelas pessoas nela envolvidas. O conflito será positivo quando: ajudar a encontra solução sem violência ou mágoas; quando promover harmonia e respeito entre as pessoas; quando ajudar a criar diálogo entre todos; quando dela resulta a paz; quando busca sempre o consenso. O conflito será negativo quando: não promove disputa invés de consenso; quando dela resulta espancamentos ou mortes; quando provocar separação das pessoas; quando há violência. Concluindo: Todos os seres vivos encontram-se, potencialmente em permanente estado de conflito. O conflito não é anormal; e embora não pareça útil. Conflitos causam mudanças. Os conflitos fazem com que observemos, escutemos, pensemos e aprendemos. Existem técnicas próprias para resolver o conflito, o que permite melhorar as nossas vidas sob muitos aspectos. 14

Um conflito ocorre quando as pessoas se sentem incapazes de suprir as suas necessidades de alimentação, habitação, educação e instrução, respeito, amor, dignidade, liberdade, integridade, lazer etc. Podemos aproveitar o conflito para melhorar uma situação, fortalecer uma relação, criar um ambiente favorável no escritório e na comunidade. Para que um conflito seja proveitoso necessitamos de dotar-nos de instrumentos e conhecimentos para que não repitamos erros. ACTIVIDADES Não devemos deixar de ter em conta que a chave da resolução de conflitos está na satisfação das necessidades de todos, porque a não ser atendido este pressuposto os conflitos podem ser contínuos ou cíclicos. E por outro lado a violência é a manifestação activa do conflito na sua fase de resolução menos correcta, em que o poder e a posição se destacam ao longo da solução das diferenças e disputas. Violência O facilitador divide os participantes em dois grupos, um interno e outro externo, que ficam todos de mãos dadas. O grupo de dentro, mantém os seus integrantes juntinhos uns aos outros. O grupo de fora forçará a sua passagem para o centro do grupo interno. Estes, por sua vez, não deverão deixar que os do grupo externo penetrem. CONCLUSÃO DISCUSSÃO E PASSOS SEGUINTES É uma situação que se deve desenvolver durante um ou dois minutos, ou até mesmo em alguns segundos. Feito isso, o Líder manda parar para cada sentar no seu lugar e provocar um debate em torno do exercício realizado para concluir. Depois do exercício, em plenário, a Líder deve facilitar, através de chuva de ideias, em volta do exercício realizado. Perguntas: De que maneira a grupo externo tentou penetrar para o meio do grupo interno? O Lider vai usar as respostas dos participantes, do tipo, usar a força ou violência, e aproveitar o momento para dar uma boa explicação e pedir comentários sobre o que falaram relativamente ao tema e o exercício acabado de ser feito. Como a violência tem afectado a nossa vida? Como vamos usar o que acabamos de aprender no nosso dia a dia? O que podemos fazer para ajudar a diminuir a violência em casa, no bairro ou na escola que afecta a vida de outras jovens? 15

1.5 Estilos de Comunicação TÓPICO SUB TÓPICO MATERIAL NECESSÁRIO OBJECTIVO INTRODUÇÃO Liderança Communicação Flip chart, marcadores, manual resolução de conflitos, blocos, esferográficas, album seriado Motivar nas jovens a autoconfiança e estima de comunicar seus interesses em grupo amigas, familiar usando técnicas básicas de diálogo. O que é Comunicação É o veículo de transmissão do pensamento daquilo que observamos, percebemos de uma realidade e permite a troca de impressões e transferência de ideias e a inteiração entre os homens em cada qual exprime, compreender e perceber algo do que o rodeia. Então: Comunicar bem não é só transmitir ou só ouvir bem. Comunicar é troca de entendimento, e ninguém entende ninguém sem considerar além das palavras, as emoções e a situação em que fazemos a tentativa de tornar comuns os conhecimentos, ideias, instruções ou qualquer outra mensagem, seja ela verbal, escrita ou corporal. Queremos dizer que na comunicação há que termos um comportamento de Escuta Activa ou de boa escuta que se caracteriza no seguinte: Mostra atenção para pessoa Colaboração durante a conversa Olhar atento pessoa Acenar c/ a cabeça de vez enquanto Fazer sempre resposta de eco Deste modo, a outra pessoa com que estamos a conversar mostrara interesse e respeitos mútuo, porque ela terá um sentimento de satisfação, alegria e bem-estar. Também, a vez a comunicação é caracterizada por uma Ma Escuta, pelo comportamento das pessoas, da seguinte maneira: Não estar atenta Não dar importância a outra pessoa Estar distraída com a conversa Mostrar ignorância com o sentimento das outras Deste modo, a outra pessoa com que estamos a conversar reage demonstrando sentimentos desprezo, ignorância, nervosismo, faz conclusões erradas, não fala a verdade, desconfia da sua palavra e não mostra honestidade. 16

ACTIVIDADES CONCLUSÃO Concluindo: Como líderes devemos, usar a Boa Escuta durante a comunicação. Porque gera respeito, consideração e desta forma o Líder mostra segurança no que diz e é valorizado e respeitado pelas outras. Assim, o Líder mostra respeito mútuo, mostra-se preparado para soluções de problemas e não magoa as outras pessoas. O facilitador coloca uma cadeiras no centro do grupo e convida dois voluntários um dos quais sentar-se-á sob à cadeira enquanto o outro conte-lhe uma cena qualquer. Neste instante o ouvinte (que está sentado e que deveria estar a escutar a cena) simula estar distraído, põe-se a cantar, a tocar a lapiseira na cadeira, olha para o outro lado, assobia eficiente mostrar-se desatento. No segundo momento, depois de passado o primeiro cenário, o mesmo diálogo prossegue entre os dois, mas desta vez o ouvinte presta mais atenção, acompanha toda a informação que lhe está sendo prestada, e por vezes acena a cabeça em jeito de concordância, deves em quando parafrasear o seu interlocutor. Passado estes dois momentos, o debate é levado a plenária para os participantes fazerem um comentário sobre o que acabaram de observar. Depois do exercício, em Plenário, o Líder deve facilitar, através de chuva de ideias, em volta do exercício realizado. Perguntas: Em que momentos da comunicação houve boa escuta e em que momento houve má escuta, porque? O Líder vai usar as respostas das jovenss, do tipo, não esteve assobiar, e aproveitar o momento para perguntar e explorar o sentimento da outra pessoa, do tipo, o que é que sinetes quando falas sério e a outra pessoa diz que escuta mas esta assobiar ou a cantar. DISCUSSÃO E PASSOS SEGUINTES Finalmente, o Líder pedir comentários sobre o que falaram relativamente ao tema e o exercício acabado de ser feito e deve anotar no quadro com ajuda de uma co-facilitadora Como vamos usar o que acabamos de aprender no nosso dia a dia? Continuando em plenário, a Líder de fazer a uma única pergunta e anotar a/s resposta/s no quadro. O que podemos fazer para ajudar a promover uma boa comunicação entre os jovens e em casa, no bairro ou na escola que afecta a vida de outras jovens? 17

1.6 Estilos de Gestão de Conflitos TÓPICO SUB TÓPICO MATERIAL NECESSÁRIO OBJECTIVO INTRODUÇÃO Liderança Estilo de Gestão de Conflitos. Flip chart, marcadores, manual resolução de conflitos, álbum seriado Levar os participantes a reflectirem como lidam com o conflito no seu dia-a-dia. O que é gerir conflitos A resolução de conflitos sem violência, só é possível através dum trabalho persistente com domínio e habilidade firme na comunicação e cooperação. Portanto, gestão pacífica de diferenças é a definição mas correcta de resolução de conflitos, pode ser melhor compreendida, através dos diversos estilos de resolução de conflito que usamos no diaa-dia, e que tem uma relação com o que já foi dito anteriormente. Então: No nosso dia-a-dia, diante quando estamos diante de um problema, neste caso o conflito, reagimos de formas diferentes, e essa forma de reagir de forma inicial, consideramos ser a forma de administrares ou gerires o seu conflito. Podemos identificar os seguintes estilos de gestão. Competir é o estilo em que se sustenta a defesa das minhas necessidades em prejuízo das dos outros. Baseia-se num estilo agressivo de comunicação, desrespeitando quaisquer outras consequências de relacionamento que poderão advir no futuro. Acomodar è o oposto de competição. Pessoas que usam este estilo, cedem as suas necessidades em benefício das dos outros que se encontram nas mesmas condições, tentando ser bonzinho e preservar o relacionamento è vista como sendo muito mais importante, mesmo que isso me cause dissabores. Evitar é a resposta comum para a negativa percepção dum conflito. Talvez se não falarmos não vai haver problema dizemos a nós mesmos, talvez sim. Mas geralmente tudo o que acontece é que os sentimentos ficam inibidos, as opiniões e os pontos de vista não são expressos e o conflito cresce até que se torna tão grande para poder-se ignorar. Compromisso é a solução satisfatória dum conflito em que cada um de nós ganha e dá alguma coisa numa série de toma-lá-dá-cá. Apesar de satisfatório o compromisso geralmente è visto como não trazendo 18

satisfação cada um de nós continua moldado nas suas percepções individuais sobre as nossas necessidades e desejamos se tivéssemos trabalhado cooperativamente para alcançar a solução. Colaboração è a junção das necessidades e objectivos individuais para objectivos comuns. Chamando geralmente solução ganhar-ganhar a colaboração requer muita comunicação e cooperação de forma a obter uma solução melhor do que a que podia ser obtida por um único individuo. ACTIVIDADES O facilitador indica um integrante do grupo, para ficar de pé no meio dum espaço aberto na sala e indica que ele/ela representa o conflito. Uma vez naquela posição, o facilitador pede aos outros integrantes do grupo que para se levantarem e se posicionarem em relação a forma como habitualmente lidam com conflitos. Depois de se posicionarem o facilitador pergunta o seguinte: Porquê é que tu (falando para uma pessoa) te posicionaste desta forma em relação ao conflito? CONCLUSÃO DISCUSSÃO E PASSOS SEGUINTES O facilitador irá fazer as perguntas até encontrar os 5 e cincos estilos de gestão de conflitos, com ajuda dos participantes. Depois de se posicionarem o facilitador pergunta o seguinte: Porquê é que tu (falando para uma pessoa) te posicionaste desta forma em relação ao conflito? O facilitador irá fazer as perguntas até encontrar os 5 e cincos estilos de gestão de conflitos, com ajuda dos participantes Em plenário, através de chuvas de ideias, o Líder deve fazer a uma única pergunta e anotar as respostas no quadro. O que podemos fazer para ajudar a promover a colaboração entre os jovens em casa, no bairro ou na escola que afecta a vida de outras pessoas. 19

TOPICO: SAÚDE 20

2.1 Droga & Alcoolismo TÓPICO SUB TÓPICO MATERIAL NECESSÁRIO OBJECTIVO INTRODUÇÃO Saúde Drogas e Alcoolismo Flip chart, marcadores, illustração de tipo de drogas, álbum seriado Os participantes obterão conhecimentos sobre os efeitos negativos da droga e álcool sobre o organismo humano e terão habilidade de identificar as drogas mais comuns e fazer sensibilização aos jovens no combate contra o uso de drogas. O que é uma droga? Droga é qualquer ingrediente ou substância seja ela química, natural ou sintética que provoca alterações físicas e psíquicas numa pessoa. As drogas naturais são obtidas em plantas e em minerais, as drogas químicas são obtidas em farmácias (lembrando que todo medicamento é droga e faz mal se usado incorrectamente) e drogas sintéticas que são fabricadas em laboratórios. As drogas circulam pelo corpo e entram na corrente sanguínea causando dependência, problemas circulatórios, cerebrais e respiratórios, compulsão e outros vários factores que iguais a estes citados podem levar à morte. Hoje, os principais usuários de drogas são adolescentes de 16 a 18 anos começam a usa-las por curiosidade, influências, pelo prazer que elas proporcionam, pelo fácil acesso e pelo desejo de que elas resolvam seus problemas. Pode-se dizer que há quatro tipos de utilizadores de drogas: o que experimenta, o que ocasionalmente consome uma droga, o que consome habitualmente e o toxicodependente. Felizmente que nem todos os que experimentam ou consomem uma droga com alguma frequência se tornam toxicodependentes, mas a verdade é que todos os que são toxicodependentes começaram por experimentar uma droga. O maior problema é que nunca temos maneira de saber se vamos ficar dependentes ou não antes de isso acontecer e quando sabemos já é tarde demais. Afinal quem é que se droga? Dizem-se muitas coisas sobre isso: as pessoas que têm problemas, as que querem curtir ou divertir-se, as que têm fácil acesso a drogas. O 21

certo é que a maior parte das pessoas não se droga mesmo quando tem problemas, quando se quer divertir ou quando é fácil experimentar ou adquirir drogas. Pode-se dizer que há pessoas mais susceptíveis do que outras e que em certos momentos da vida essa vulnerabilidade é maior, pode dizer-se que há condições de vida e familiares que são difíceis mas há sempre formas de ultrapassar ou lidar com os obstáculos ou as dificuldades. A decisão de usar ou não drogas é sempre uma questão individual, mesmo com influências ou pressões de outros. O que leva um jovem adolescente a consumir drogas? São variados os factores que levam ao consumo e geralmente estão combinados. Por exemplo: curiosidade, desejo de viver outras experiências, procura do prazer/diversão, desejo de testar limites e transgredir regras, pressão dos Pais, desafio à autoridade, desejo de afirmação, informação incorrecta ou ausência de informação. As drogas podem ser consumidas de diferentes formas, que vão do consumo experimental, ao frequente, do consumo recreativo ao abuso ou à dependência. Um consumo experimental não conduz necessariamente a uma dependência. É importante saber a diferença entre o uso de substâncias e o seu abuso. Do mesmo modo é fundamental responsabilizar o jovem pela consequência das suas decisões. Não são só os adolescentes que consomem drogas. Os consumos podem existir em qualquer idade e as razões para tal variam consoante as pessoas. Como ajudar alguém a deixar de consumir droga ou álcool. No entanto, só o poderás fazer se ele assumir a que tem um problema e estiver disponível para receber ajuda. Assim, podes sempre procurar acompanhá-lo e aconselhá-lo e estar atento, sabendo que o único responsável pelo sucesso ou fracasso desse processo será sempre o próprio. Deixar de consumir uma substância, neste caso drogas ou álcool, depende da força de vontade própria. Cada pessoa terá o seu ritmo e poderá sozinho, ou em conjunto num centro de tratamento para toxicodependentes encontrar o seu plano de tratamento. É fundamental ajudar o outro a reflectir sobre o que significam os consumos e que peso têm na sua vida, assim como o que ela própria está disposto a fazer para se tratar. Ajudar uma amiga não significa que tenhamos de concordar e aceitar em tudo. Ser amiga pode por vezes significar saber dizer não, conversar, partilhar, criticar. Só assim poderá haver crescimento e mudança de comportamentos. 22

Consequências do uso de drogas e álcool na juventude. O consumo de drogas psicoativas na adolescência tem consequências diversas. Há prejuízo da cognição, capacidade de julgamento, do humor e das relações interpessoais, além do risco de dependência, super dosagem, acidentes, danos físicos e psicológicos e morte prematura. A alteração de percepção e reacções psicomotoras induzidas pela droga podem levar a acidentes fatais e ao suicídio. A dependência de droga aumenta o risco do jovem se envolver em crime e prostituição para financiar seu hábito. As consequências decorrentes do uso de drogas entre os adolescentes são semelhantes para ambos os géneros. Meninas e meninos apresentam queda no rendimento escolar, abandono escolar, expulsão da escola e envolvimento em actividades ilegais (roubo e tráfico), sem diferença entre os géneros. Apesar disso, as meninas têm menos problemas com a polícia.. ACTIVIDADES CONCLUSÃO DISCUSSÃO E PASSOS SEGUINTES Dramatização O Líder forma 2 grupos através dos participantes e pede a eles que para fazerem uma peça de teatro cada para mostrar como acontece nos seus bairros ou escola o que acabaram de falar sobre as drogas e álcool. Cada grupo será livre de criar a sua peça e apresentará em 5 minutos. Depois de apresentada as peças de teatro, o Líder irá em plenário discutir com os participantes sobre o tema de hoje falado e de mostrado no teatro, através das seguintes questões que devem estar visualizado em papel de flip chart aonde também o facilitador vai resumir as respostas dos participantes de um participante. O que aconteceu durante apresentação das peças de teatro Como as cenas de teatro mostraram o que falamos de positivas e de coisas negativa sobre nosso tema de hoje Perguntas: O que é que mais gostastes hoje. Porque? O que gostarias de saber mais sobre as drogas? Sobre tudo o que falamos e aprendemos, como vamos usar nas nossas vidas e no nosso bairro ou escola? O Líder em plenário vai escrever no papel de flip chart as seguintes perguntas para discussão: O que podemos fazer para ajudar a reduzir as drogas e do álcool nos jovens aqui no nosso bairro ou escola? O líder vai ouvir todas as contribuições e anotara e no fim vai volta a ler para os participantes? 23

2.2 A Cólera TÓPICO SUB TÓPICO MATERIAL NECESSÁRIO OBJECTIVO INTRODUÇÃO Saúde Cólera Materiais Necessários: Quadro móvel, giz ou marcadores, papel, cadernos, lápis e esferográficas, manual de Big Sisters, água fervida, sal, açúcar jarra de um litro uma colher de chá e copos, lixívia, o produto certeza. Despertar nos jovens sobre a importância do saneamento A cólera é uma infecção intestinal aguda causada pelo Vibrio cholera, que é uma bactéria capaz de produzir uma toxina que causa diarreia. Transmissão - A Cólera transmite-se principalmente através da ingestão de água ou de alimentos contaminados. Na maioria das vezes, a infecção é assintomática ou produz diarreia de pequena intensidade. Em algumas pessoas pode ocorrer diarreia aquosa, súbita e potencialmente fatal, com uma evolução rápida para desidratação grave e diminuição acentuada da pressão sanguínea. Riscos - A cólera é uma doença de transmissão fecal-oral. São factores essenciais para a disseminação da doença condições deficientes de saneamento, particularmente a falta de água tratada. A cólera é endémica em vários países mas normalmente ocorrem surtos onde a infra-estrutura de saneamento básico é inadequada ou inexistente. O risco de transmissão da cólera é variável entre países e, dentro de um país pode haver diferenças de risco entre regiões e, até mesmo, entre diferentes bairros de uma cidade. A cólera pode ocorrer em uma cidade que tenha água tratada e esgotos, porém em geral afecta principalmente os habitantes de comunidades carentes, onde o saneamento básico é inadequado. O risco de aquisição da cólera para quem fica em bairros com saneamento básico adequado é relativamente menor e, basicamente, está mais relacionado aos alimentos, uma vez que podem estar contaminados na origem e o seu preparo exige higiene adequada. Quando a localidade inteira não possui infra-estrutura adequada, além dos alimentos, existe a possibilidade de contaminação da água para consumo, que deve ser tratada pelo próprio consumidor. Medidas de protecção individual O consumo de água tratada e o preparo adequado dos alimentos são medidas altamente eficazes. 24

A água deve estar sempre tratada. Existe algumas maneiras diferentes para tratar água incluindo: ferver (tem que ferver numa fervida rápida para mínimo de 3 minutos); tratar com lixívia (3 gotas por x 1 litro de agua); tratar com outro produto da confiança como certeza. Os alimentos devem ser bem cozidos e servidos logo após a preparação, para evitar nova contaminação com a bactéria. Os alimentos preparados com antecedência devem ser novamente aquecidos, imediatamente antes do consumo e servidos ainda quentes. Água mineral gaseificada e outras bebidas engarrafadas industrialmente, como refrigerantes, cervejas e vinhos são geralmente seguras. Café e chá bebidos ainda quentes não constituem risco. Não deve ser utilizado gelo em bebidas, a não ser que tenha sido preparado com água tratada (desinfectada com lixívia1) ou fervida). Manifestações Após um período de incubação de algumas horas a 5 dias, a maioria dos casos de cólera, apresenta-se como uma diarreia leve ou moderada, indistinguível das diarreias comuns. Podem ocorrer vómitos. Em algumas pessoas, a cólera pode evoluir de forma mais grave, com início súbito de uma diarreia aquosa profusa, geralmente sem muco, pus ou sangue e, com frequência, acompanhada de vómitos. Pode ocorrer perda rápida de líquidos (até 1 a 2 litros por hora), levando a desidratação acentuada. Em função disso, há sede intensa, perda de peso, e os olhos ficam encovados. Encerramento: encenação sobre cólera, cuja as causas são o consumo de água e alimentos contaminados. Socorros foram providenciados em casa. ACTIVIDADES Próximos passos elaboração de um projecto que visa a sensibilização da população em temática de cólera. O líder/ facilitador deverá organizar uma sessão de chuva de ideias durante 15 minutos questionando. O que é a Cólera? Como se transmite a cólera? Como podemos evitar a cólera? Alguem aqui tinha usado lixívia o certeza para tratar a sua água? Dê uma apresentação do uso do produto. Após chuvas de ideias, a líder terá 10 minutos para dar uma explicação sucinta sobre a matéria que deverá ser acompanhada com ilustrações. 25

Como para fazer o soro de hidratação oral: Olíder deverá orientar o grupo a fazer o soro de hidratação oral caseiro no local de encontro. Divida o grupo em grupos pequenos e cada grupo faz o soro de hidratação. Si ainda existe tempo no encontro, pede os grupos fazer uma dramatização de dar uma doente o soro. CONCLUSÃO DISCUSSÃO E PASSOS SEGUINTES Receita para o soro Um colher de chá de sal Oito colheres de chá de açúcar Um litro de água potável ou fervida e posteriormente arrefecida. Após as actividades do grupo facilitador/ Líder deve perguntar e anotar as respostas no quadro: O que é que aprendemos hoje? Que atitude devemos ter? Vamos usas nas nossas vidas e no nosso bairro ou escola? Alguém do grupo tinha uma experiencia com a cólera o outra doença da diarreia? Pode nos contar a tua historia? O que que foi feito? 26

2.3 A Saúde Reprodutiva TÓPICO SUB TÓPICO MATERIAL NECESSÁRIO OBJECTIVO INTRODUÇÃO Saúde Saúde Reprodutiva Materiais Necessários: Giz ou marcadores, papel, cadernos, lápis e esferográficas, posters de homem e mulher sexy Com tema objectiva-se informar os jovens em matéria sobre saúde reprodutiva e planeamento familiar. Introdução: Toda rapariga jovem a partir do primeiro ciclo menstrual, deve recorrer ao planeamento familiar para obter informações sobre sexualidade, métodos contraceptivos, planeamento de uma gravidez. A jovem rapariga que recorre ao planeamento familiar pode adquirir conhecimentos úteis para tomar decisões importantes de forma livre e responsável. Começaremos por introduzir a Definição de Saúde Reprodutiva reconhecida internacionalmente: Um estado de completo bem-estar físico, mental e social em todas as questões relacionadas com o sistema reprodutivo, e não apenas a ausência de doença ou enfermidade. A saúde reprodutiva implica, assim, que as pessoas são capazes de ter uma vida sexual segura e satisfatória e que possuem a capacidade de se reproduzir e a liberdade para decidir se, quando e com que frequência devem fazê-lo. Isso quer dizer: 1º - O direito de homens e mulheres a serem informados e de terem acesso aos métodos de contracepção e planeamento familiar2 eficazes, seguros e financeiramente compatíveis com a sua condição, assim como a outros métodos de regulação da fertilidade que estejam dentro do quadro legal. 2º - O direito a aceder a serviços e cuidados de saúde adequados e que garantam à mulher condições de segurança durante a gravidez e o parto, proporcionando aos pais maiores possibilidades de terem filho saudáveis." Podemos concluir: A saúde sexual, quer dizer também "que se fale e ensine de forma positiva à sexualidade do homem e da mulher ", e não só apenas à prevenção das infecções sexualmente transmissíveis. Então, vamos falar 27

da Gravidez entre adolescentes. Adolescentes sexualmente activas citavam a necessidade de amor e intimidade como explicação - para justificar o relacionamento sexual com maior frequência do que as adolescentes - virgens. Outro facto apontado pelo trabalho foi a raridade de uso de contracepção entre as adolescentes, apesar de o conhecimento sobre métodos contraceptivos ser fato comum entre elas. Em contraposição a essa atitude de romantismo por parte das jovens, outros estudos têm sugerido que adolescentes do sexo masculino têm uma postura menos compromissória em seus relacionamentos e, geralmente, não se preocupam com gravidezes que venham a resultar de - seus relacionamentos. ACTIVIDADES CONCLUSÃO DISCUSSÃO E PASSOS SEGUINTES A final, e a decisão de cada um/uma sobre quando para começar relacionamentos sexuais. E importante notar que existem muitas opções para um relacionamento romântico sem sexo. Os posters da homem e mulher verdadeira mostram adolescentes quem decidiram esperar. Também se decide não esperar existem técnicas para protegerse, que vamos discutir no próximo sessão. Diálogo de Rádio Baza Madie : Planeamento Familiar O que para fazer, jovem líder vai conduzir um discussão em grupo sobre o programa radio. O importante e não proclamar que uma posição é correcta uma incorrecta, mas que cada posição tem o seu valor e cada participante tem o poder e o direito a decidir como e quando vai tratar a sua própria saúde reprodutiva. Encerramento: O líder dever solicitar ao grupo algumas lições aprendidas. Se alguém aqui presente é adolescente e o seu corpo está a mudar, se pretende ter filhos e precisa de informações, se não sabe que método de contracepção usar ou se não consegue responder às perguntas dos seus filhos, ao quem o a onde podemos ir para conselhos e informação? 28

TÓPICO: EDUCAÇÃO 29

3.1 A Cidadania e o Civismo TÓPICO SUB TÓPICO MATERIAL NECESSÁRIO OBJECTIVO INTRODUÇÃO Educação Cidadania e Civismo Manual Big Sister, Lei constitucional Angolana, Carta dos Direitos Humanos, ilustrações sobre cidadania, cd o cassete com episódio de O Jogo, maquina para tocar cassete. Proporcionar aos jovens conhecimentos sobre leis e procedimentos dos deveres e direitos dos cidadãos perante a Comunidade e motivar comportamentos e valores do bom cidadão perante o Estado A cidadania se refere a um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade de participar activamente da vida, do bairro, do município, e do governo de seu País. Quem não tem cidadania pode ser marginalizado ou excluído da vida do seu da comunidade e da tomada de decisões do País, ficando numa posição de inferioridade dentro do seu bairro ou escola. O civismo é especificamente às atitudes e comportamentos que no diaa-dia o cidadão toma na escola, no bairro, na rua, com as outras pessoas e instituições na administração, posto de polícia, associações, igrejas, partidos, e outras em defesa dos seus direitos e cumprimento dos seus deveres assumidas como fundamentais para uma vida colectiva, visando preservar a sua harmonia e melhorar o bem-estar de todos na escola, no bairro, no município ou no País. O cidadão cívico defende e respeita os valores de cidadania que são: O respeito às leis, ninguém esta acima da lei e todos deve obedecer as leis, todo que se faz na escola, no bairro ou no município pelos oficias do governo deve estar conforme a Lei diz. O respeito ao bem público, tudo que é feito pelo governo ou administração no bairro ou município como escolas, hospitais, estradas são bens da própria comunidade, então todos devem participar e proteger para o bem de todos O sentido de responsabilidade no exercício do poder, o Líder, o director da escola, o administrador, o Governador, o Presidente da Republicas e todos outros líderes de partidos, associações e igrejas devem mostrar responsabilidade em todas as suas acções, isto é, os que exercem o poderem nome de outrem; o segundo significa a sujeição ao rigor das sanções legalmente previstas caso abuse da sua responsabilidades como líder conforme previsto na Lei. 30

A virtude do amor à igualdade, devemos amar sempre o próximo e respeita-lo como ser humano; O respeito integral aos direitos humanos, cuja essência consiste na vocação de todos - independentemente de diferenças de raça e etnia, sexo, instrução, credo religioso, julgamento moral, opção política ou posição social - a viver com dignidade, o que traz implícito o valor da solidariedade; O acatamento da vontade da maioria, legitimamente formada, porém com constante respeito pelos direitos das minorias, o que pressupõe a aceitação da diversidade e a prática da tolerância. A virtude da tolerância, significa não rejeitar ou excluir os outros com argumento egoísta e rejeitar os outros por causa da religião, cor, partido, sexo ou etnia. ACTIVIDADES Temos aqui hoje exemplos dos documentos que formam a base legal da nossa vida incluindo a lei constitucional Angolana, e a Carta dos Direitos Humanos. Depois da nossa sessão, podemos analisar. Ouve o episódio de rádio novela O Jogo e forma um grupo de discussão sobre a participação cívica. O líder vai formar as suas próprias perguntas mas pode incluir: Quem no novela mostro um grande capacidade para engajar no participação cívica? Quais foram os resultados da sua participação? Quem não mostro a vontade de participar na vida cívica? Por que achas ele ou ela não queria participar? O Líder formará os participantes em três grupos e trabalharem em grupo e identificarem algumas 3 coisas que fazem na escola, no bairro ou município e para eles significa participação cívica para o bem comum de todos de acordo com o que aprenderam hoje. CONCLUSÃO DISCUSSÃO E PASSOS SEGUINTES Depois cada grupo apresentará em plenário e a líder facilitará a participação de todos sobre o que é participação cívica e quais os valores cívicos contra o que os jovens dizem que fazem para o bem comum. O Líder em plenário vai escrever no papel de flip chart a seguinte pergunta para discussão Quais são os obstáculos ao participação cívica? Como podemos ultrapassar estes obstáculos? A líder vai ouvir todas as contribuições e anotara e no fim vai volta a ler para os participantes Que actividades específicos nos podemos fazer na nossa comunidade para promover a maior participação cívica dos jovens? 31