O versátil mundo dos animais selvagens:

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Transcrição:

3 DE JANEIRO DE 2018 INTERMEDIÁRIO O versátil mundo dos animais selvagens: Teste de campo para lente AF-S NIKKOR 80-400mm f/4.5-5.6g ED VR Apresentando RON MAGILL Filhote de leão ao nascer do sol. Ron quase sempre fotografa com prioridade de abertura, começando com a lente totalmente aberta. "Se eu tiver tempo de verificar a tela LCD e avaliar a cena, abro ou fecho dependendo do que preciso ou quero. Aqui, tive tempo de ajustar para obter mais profundidade de campo." D4S, AF-S NIKKOR 80-400mm f/4.5-5.6g ED VR a 400mm, 1/2000 segundos, f/6,3, ISO 1000, prioridade de abertura, fotometria por matriz. Nós ligamos para o Ron Magill para descobrir como um dos seus mais recentes safáris fotográficos tinha sido, e ouvir seus comentários sobre o desempenho de uma das lentes NIKKOR que ele carregava, a AF-S NIKKOR 80-400mm f/4.5-

5.6G ED VR. A lente era nova para Ron, e suas duas semanas de viagens e fotografia pela Tanzânia e Quênia foram um teste de campo para este equipamento. E é claro que nós sabíamos que nossa conversa não se limitaria à lente. Ron não é apenas um fotógrafo premiado, ele também é consultor sobre vida selvagem para diversos meios de comunicação, produtor de documentários, diretor de comunicações do Zoológico de Miami e um embaixador da Nikon. E, o mais importante, para os fins do nosso artigo Learn & Explore, ele tem a experiência e o entusiasmo para relacionar as capacidades técnicas do equipamento fotográfico àquilo que queremos que faça: fotografar melhor e com mais satisfação. E Ron logo disse: "Essa lente foi versátil não apenas em termos de distâncias focais, mas em como funcionou para uma vasta gama de assuntos e suas atividades". Uma imagem não é o corte da outra, é um zoom de 135mm para 400mm. "Tirei as fotos praticamente de forma consecutiva", disse Ron, "sem qualquer necessidade de trocar a lente. Fotografar, ampliar o zoom, fotografar novamente... assim é perfeito." D4S, AF-S NIKKOR 80-400mm f/4.5-5.6g ED VR a 135mm, 1/4000 segundos, f/5, ISO 640, prioridade de abertura, fotometria por matriz. Uma imagem não é o corte da outra, é um zoom de 135mm para 400mm. "Tirei as fotos praticamente de forma consecutiva", disse Ron, "sem qualquer necessidade de mudar as lentes. Fotografar, ampliar o zoom, fotografar novamente... assim é perfeito." D4S, AF-S NIKKOR 80-400mm f/4.5-5.6g ED VR a 400mm, 1/2500 segundos, f/5,6, ISO 640, prioridade de abertura, fotometria por matriz. Fotografar a vida selvagem é capturar os animais correndo na sua direção, correndo de você e correndo na paisagem. "A 80-400mm abrangeu todas essas possibilidades", disse Ron, "quer eu desejasse isolar algo ou me aprofundar no ambiente. Eu podia ver um leão caçando e focar na face daquele leão, e poderia ampliar o foco e capturar o leão e sua caça na mesma fotografia. Isso faz uma enorme diferença, poder ampliar ou reduzir o zoom rapidamente para diferentes pontos de vista, pois os eventos acontecem rapidamente; tudo muda em apenas um instante".

Ele também mencionou a vantagem geral de ter um zoom versátil naquela região durante essa época do ano. "Você não quer ficar trocando a lente no meio da poeira no leste da África na época de seca." Segundo ele, a 80-400mm foi "incrivelmente fácil de segurar com as mãos e fotografar. Quando a ação acontece, você pode achar seu assunto e fotografar, e consegue a imagem que precisa sem ficar ajustando um tripé, ou mesmo um monopé". E embora Ron utilize, ocasionalmente, um monopé, e muitas vezes um pufe quando está em um veículo de safári, todas as imagens foram fotografadas com apoio único das mãos, tiradas com a AF-S NIKKOR 80-400mm f/4.5-5.6g ED VR e recurso VR ligado. Um rebanho de gnus na cratera de Ngorongoro, Tanzânia. "Este lugar é o sonho de qualquer fotógrafo", disse Ron. "Eu estava sentado na base da cratera, uns 600 metros, abaixo da borda circular. Ao fundo um lago que secou, e a parte branca é o sal do lago. Normalmente este lago está cheio de flamingos. Adiante do sal você vê a borda da cratera." D4S, AF-S NIKKOR 80-400mm f/4.5-5.6g ED VR a 390mm, 1/5000 segundos, f/5,6, ISO 640, prioridade de abertura, fotometria por matriz. No seu 50º safári fotográfico pela África, Ron viajou pelo Quênia e pela Tanzânia, e nos disse que ao longo dos anos percebeu mudanças no clima e no comportamento da vida selvagem. "Devido à mudança climática, alguns padrões migratórios estão mudando", ele disse. "As migrações giram em torno das chuvas, os animais seguem as chuvas e a grama nova. Alguns anos atrás era garantido que a migração ocorresse em agosto; agora pode acontecer em setembro ou já em julho. E já vi mudanças ao longo dos últimos cinco anos nos padrões migratórios também." Os animais estão chegando em grande número, mas os rebanhos estão mais espalhados, não tão densos, então os tipos de fotografias feitas serão diferentes.

Quase todo safári fotográfico se dá a partir de veículos de safári com os quais os animais já estão bem familiarizados. "Mas, se você sair do veículo, eles vão reparar", ele diz, "então esta é uma das regras: fique dentro do veículo. Você pode ficar em pé em alguns deles, mas não em um veículo do tipo Jeep, aberto. O contorno do veículo precisa se manter familiar aos animais; quando o visual ou padrão normal do veículo se altera, eles fogem rápido." Na Reserva Nacional de Masai Mara, no Quênia, a atividade dos animais selvagens geralmente se concentra ao redor do Rio Mara. "Animais às centenas, se não aos milhares, se jogam no rio para fazer a travessia. Existem crocodilos dentro do rio e leões do outro lado, mas seu desejo de atravessar é forte demais por saberem que o pasto verde está do outro lado." A maioria das pessoas que faz um safári quer animais de grande porte como seus assuntos leões, elefantes, hienas, antílopes e na estação de seca esses animais serão mais fáceis de avistar e fotografar pelo simples fato de não haver vegetação densa para escondê-los. "Se quiser fotografar insetos e pássaros, você não deve viajar durante o período de migração", disse Ron. "Você os verá na estação chuvosa." Não apenas a época do ano, mas o horário do dia também é crucial para um safári fotográfico. "A movimentação tende a acontecer no nascer e pôr do sol", disse Ron. "Os animais são muito mais ativos. Quem faz safári sabe disso, então é quando os veículos do safári partem." O que antigamente era um problema para os fotógrafos: a luz era ideal ao nascer e pôr do sol, mas era pouca luz, o que era um desafio. Hoje em dia nem se pensa mais nisso. "Com os incríveis sensores que temos em nossas câmeras, é possível aumentar o ISO para, digamos, 3200, e manter uma lente longa firme com velocidade do obturador rápida o suficiente para tirar fotografias nítidas mesmo com pouca luz. Eu quase nunca fotografo abaixo de ISO 800 e fotografo muitas acima de 1000. Há momentos em que configuro a câmera em ISO 6400 e tiro uma fotografia, e quando verifico a tela LCD, vejo coisas que nem vi na cena quando fotografei nem com lentes longas e telefotos. Eu chamo isso de fotografia mágica."

Na cratera de Ngorongoro. "Muitas vezes gosto de usar o efeito de compressão de uma lente telefoto uma ilusão ótica que parece comprimir os elementos de uma fotografia. Aqui, a cratera vulcânica está provavelmente a uns dois km das árvores, do ninho dos pássaros e das zebras. A compressão, como diz o próprio nome, faz com que todos os elementos pareçam mais próximos uns dos outros e faz com que o quadro pareça mais próximo, e às vezes, mais parecido com uma pintura." D4S, AF-S NIKKOR 80-400mm f/4.5-5.6g ED VR a 160mm, 1/640 segundos, f/13, ISO 640, exposição programada, fotometria por matriz.

As principais dicas de Ron para imagens da vida selvagem Não persiga os animais; espere que eles se aproximem de você, eles se aproximarão. "O território é deles, tire vantagem disso", diz Ron. "As pessoas perseguem por achar que vão perder algo. Vão perder sim, mas é algo que acontecerá bem na sua frente. Quando você encontrar animais, fotografe, espere e observe. O comportamento dos animais muda o tempo todo. Quando algo acontecer, registre o momento. "Fotografe com a taxa máxima de velocidade de captura de quadros. Os animais farão coisas que seus olhos não verão. Caso você se ache bom o suficiente para dizer 'sei quando pressionar o botão do obturador para fotografar', você estará perdendo a grande vantagem deste equipamento. No meu caso, eu usei a D4S nesse safári, porque meus olhos não conseguem ver nove quadros por segundo. Deixe o equipamento trabalhar por você. Não existem imagens em excesso, você sempre poderá apagá-las, mas não existe um botão para adicionar imagens." Em um safári fotográfico, e para a vida selvagem em geral, acordar cedo demais e dormir tarde demais são duas coisas que não existem. "A ação é de manhã e à noite; durma o quanto quiser entre esses horários." Respeite a vida selvagem e se mantenha protegido. "Nunca estresse um animal por causa de uma imagem seguindo-o, chegando perto demais do animal ou se movimentando rápido demais. Já vi pessoas tentando fotografar um leopardo caçando, mas chegam perto demais e a caça ou vê ou escuta o carro chegando e a caça acaba. Não dificulte ainda mais a vida dos animais. Misture-se ao ambiente e aceite o que acontece; não tente criar o que vai acontecer." Entenda que o que você verá em um safári não é algo saído de um filme infantil. "Isso é a vida real e se você não tiver sangue frio, pode olhar para longe e não fotografar. Muitas vezes o mundo é duro e brutal lá fora, mas essa vida continua caso você esteja lá ou não. Você não é a causa, você simplesmente quer absorver a experiência e registrá-la."

Apresentando RON MAGILL Ron Magill trabalha com vida selvagem há mais de 30 anos. Ele é uma autoridade em animais com reconhecimento internacional, e já participou de diversos programas locais, nacionais e internacionais. Ron é fotógrafo e produtor de documentários premiados, cujas imagens já apareceram em publicações e galerias. Ele espera que suas imagens ajudem a inspirar uma valorização da vida dos animais, assim como esforços para protegê-los por muitos anos. MAIS ARTIGOS DESTE CONTRIBUINTE