União Geral de Trabalhadores. Compilação de Dados Estatísticos sobre Sinistralidade Laboral e Doenças Profissionais em Portugal.

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Transcrição:

União Geral de Trabalhadores Compilação de Dados Estatísticos sobre Sinistralidade Laboral e Doenças Profissionais em Portugal Com o apoio

Nota Prévia A produção nacional de estatísticas de acidentes de trabalho é responsabilidade de diversos organismos, sendo o Gabinete de Estratégia e Planeamento o organismo nacional responsável pela recolha, validação e tratamento da informação constante das participações às Companhias de Seguros. Esclarece-se que a informação cuja fonte é o GEP inclui os acidentes registados com trabalhadores deslocados no estrangeiro, não incluindo os acidentes ocorridos com trabalhadores da Caixa Geral de Aposentações e os acidentes de trabalho em trajeto. Mais se acrescenta que nestes dados constam elementos referentes ao momento da ocorrência do acidente e, também, da informação proveniente do mapa de encerramento do processo que diz respeito às consequências do acidente, só possíveis de medir dois anos após a ocorrência. Refere-se, ainda, que a contagem do número de acidentes mortais e do número de acidentes com ausência ao trabalho e respetivos dias, se faz até ao limite de um ano após a ocorrência do acidente. As estatísticas sobre acidentes de trabalho, apresentadas neste documento, cuja fonte é a ACT, referem-se apenas aos acidentes de trabalho mortais objeto de ação inspetiva no âmbito da atuação da Autoridade para as Condições do Trabalho. A presente compilação estatística não pretende, pois, ser um relato exaustivo de informação sobre os acidentes de trabalho. A informação é retirada das fontes oficiais, pelo que para acesso a informação detalhada importará a consulta dos devidos suportes informativos, designadamente do relatório estatístico sobre acidentes de trabalho 2009 do GEP e respetiva síntese estatística. No que toca à informação relativa às doenças profissionais, a fonte de recolha de dados tem sido o Centro Nacional de Proteção contra Riscos Profissionais CNPRP atual Departamento de Proteção contra Riscos Profissionais - designadamente o Relatório de Dados Estatísticos de 2008 que integra os últimos profissionais em Portugal Página 2

dados estatísticos publicados em matéria de certificação/reconhecimento de doenças profissionais. Mais se esclarece que o referido relatório fornece os dados sobre as doenças profissionais certificadas em 2008 por distrito, no entanto, nesta compilação a informação encontra-se apresentada sobre a forma de valores totais, pelo que para acesso a informação mais detalhada se aconselha a sua consulta. profissionais em Portugal Página 3

Dados relativos ao ano de 2010 ACIDENTES DE TRABALHO - GEP O Quadro n.º 1 descreve o acidente mais frequente, tendo em conta as características da entidade empregadora do/a trabalhador/a sinistrado/a, do/a sinistrado/a, da localização geográfica, das circunstâncias em que ocorre e das consequências que gera. Quadro n.º1 - Retrato Estatístico Acidentes registados em 2010 Entidade empregadora Sinistrado 28,3 % dos acidentes ocorreram com trabalhadores de micro empresas ou trabalhadores independentes (1 a 9 trabalhadores) A indústria transformadora foi a atividade económica que registou mais acidentes (26,6 %) 74,5 % dos acidentes ocorreram com sinistrados homens. Cerca de três quartos dos acidentes ocorreram com trabalhadores entre os 25 e os 54 anos (77,6 %). O subgrupo de profissionais 'operadores, artífices e trabalhadores similares das indústrias extrativas e da construção civil' s of reu 19,1 % do total de acidentes. 88,0 % dos sinistrados eram trabalhadores por conta de outrem. 95,4 % dos sinistrados tinham nacionalidade Portuguesa. Localização temporal e geográfica Causas e circunstâncias O período horário em que ocorreram mais acidentes foi o das 10 horas (10:00 às 10:59) (13,4 %). Foi no distrito do Porto onde ocorreram mais acidentes (22,2 %) e em Lisboa onde ocorreram mais acidentes mortais (13,9 %). 36,7 % dos acidentes ocorreram em zona industrial (inclui fábrica, oficina, armazém,...). Em cerca de metade dos acidentes o sinistrado trabalhava com ferramentas de mão (26,4 %) ou estava em movimento (24,2 %). Em 29,9 % dos acidentes o que correu mal f oi o movimento do corpo sujeito a constrangimento físico. Consequências Por sua vez, o contacto que provocou mais lesões f oi o constrangimento físico do corpo (28,7 %). Os acidentes originaram, para mais de metade dos sinistrados, feridas e lesões superficiais (53,9 %). As extremidades foram as partes do corpo mais atingidas: 37,5 % de extremidades superiores e 25,3 % de extremidades inferior 69,7 % dos acidentes não mortais originaram ausências ao trabalho de pelo menos 1 dia. profissionais em Portugal Página 4

Fonte: Relatório Estatístico Acidentes de Trabalho em 2010 do GEP Destacam-se os indicadores de maior relevância e a sua evolução ao longo dos últimos dois anos: Quadro 2 Indicadores de maior relevância de 2010 com referência a 2009 Indicadores de maior relevância 2009 2010 Taxa de incidência global dos acidentes de trabalho 5 148,5 5 202,0 Total de acidentes de trabalho 217 393 215 632 - Homens 162 315 160 616 - Mulheres 55 078 55 016 Acidentes de trabalho mortais 217 208 - Homens 210 199 - Mulheres 7 9 Acidentes de trabalho não mortais 217 176 215 424 - Homens 162 105 160 417 - Mulheres 55 071 55 007 Número de dias de trabalho perdidos 6 643 227 6 088 165 Acidentes de trabalho, segundo o mais frequente - Tipo de local: Zona industrial 79 576 69 153 - Atividade física específica: Trabalho com ferramentas de mão 53 759 53 792 - Desvio (A) :Movimento do corpo sujeito a constrangimento físico 57 822 60 555 - Desvio (B): Perda de controlo de máquina, equipamento manuseado, ferramenta manual, objeto ou animal 51 780 59 548 Agente material desvio: - Materiais, objetos, produtos, 50 219 55 236 componentes de máquinas estilhaços ou poeiras Contato: Constrangimento físico do corpo, constrangimento psíquico 58 424 58 597 Agente material contato: - Materiais, objetos, produtos, 47 386 64 336 componentes de máquinas estilhaços ou poeiras Fonte: Relatório Estatístico Acidentes de Trabalho em 2010 do GEP profissionais em Portugal Página 5

Quadro 2 Acidentes de trabalho e taxas de incidência, anos 2009 e 2010 ACIDENTES DE TRABALHO 2009 2010 Total de acidentes de trabalho 217 393 215 632 Acidentes de trabalho 217 208 Taxa de incidência dos acidentes de trabalho mortais Total de acidentes de trabalho 5 148,5 5 202,0 Acidentes de trabalho mortais 5,1 5,0 Fonte: Relatório Estatístico Acidentes de Trabalho em 2010 do GEP Em 2010 registou-se o número mais baixo de acidentes de trabalho desta série, tanto para o total de acidentes como para os mortais, respetivamente, 215 632 e 208. No entanto, relativizando os acidentes à população exposta ao risco, a taxa mais baixa desta série registou-se em 2009 para o total dos acidentes e em 2010 a mais baixa para os acidentes mortais. Quadro 3 Acidentes de trabalho por atividade económica, anos 2009 e 2010 Total de Acidentes de Trabalho Acidentes de Trabalho Mortais V.a. % Taxa V.a. % Taxa Incidência Incidência Total 215 632-5 202,o 208-5.0 Subtotal 215 299 100-208 100 - Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca 7 005 3,3 1 291,9 28 13,5 5,2 Indústrias extrativas 1 674 0,8 8 301,9 5 2,4 24,8 Indústrias transformadoras 57 327 26,6 6 935,2 27 13,0 3,3 Eletricidade, gás, vapor, água quente e f ria e ar frio Capt., trat. e distrib. água; saneam., gestão de resíduos 210 0,1 1 335,1 0 0,0 0,0 2 862 1,3 8 794,5 3 1,4 9,2 profissionais em Portugal Página 6

Construção 44 304 20,6 9 183,6 67 32,2 13,9 Comér. por grosso e a retalho; 33 942 15,8 4 607,0 22 10,6 3,0 repar. de veíc. autom. e motoc. Transportes e armazenagem 10 323 4,8 5 833,0 33 15,9 18,6 Alojamento, restauração e similares Atividades de informação e de comunicação Atividades financeiras e de seguros 12 172 5,7 4 176,2 4 1,9 1,4 638 0,3 605,0 1 0,5 0,9 790 0,4 897,6 1 0,5 1,1 Atividades imobiliárias 977 0,5 3 543,9 0 0,0 0,0 Atividades de consultoria científicas, técnicas e similares 2 244 1,0 1 434,8 3 1,4 1,9 Atividades administrativas e 13 321 6,2 8 557,6 8 3,8 5,1 dos serviços de apoio Administração Pública e 7 610 3,5 n.d. 2 1,0 n.d. Defesa; Segurança Social obrigatória Educação 1 686 0,8 n.d. 0 0,0 n.d. Atividades de saúde humana e 11 493 5,3 n.d. 2 1,0 n.d. apoio social Atividades artísticas, de 1 807 0,8 4 901,1 0 0,0 0,0 espetáculos, desportivas e recreativas Outras Atividades de serviços 3 714 1,7 3 572,5 1 0,5 1,0 Atividades familiares 1 180 0,5 819,5 1 0,5 0,7 Ativ. dos organ. internaionais. 20 0,0 472,6 0 0,0 0,0 e outras instit. extraterritoriais CAE Ignorada 333 - - 0 - - Fonte: Relatório Estatístico Acidentes de Trabalho em 2010 do GEP Mais de 60 % dos acidentes de trabalho registados em 2010 ocorreram nos setores de atividade da indústria transformadora com 26,6%, na construção 20,6% e no comércio por grosso e a retalho e reparação automóvel e motociclos com 15,8%. O setor das indústrias transformadoras destaca-se por registar o maior número de ocorrências (57 327), no entanto, o setor da construção lidera a taxa de incidência total (9 183,6 acidentes por cada 100 000 trabalhadores) quase duas vezes superior à taxa de incidência global, e o número de vítimas mortais (67). profissionais em Portugal Página 7

Com 15,9% dos acidentes mortais, encontra-se na segunda posição o setor dos transportes e armazenagem. A taxa de incidência mais elevada nos acidentes mortais registou-se no setor das indústrias extrativas. O setor de atividade onde a sinistralidade foi menos grave face à população exposta ao risco foi no setor das atividades dos organismos e outras instituições extraterritoriais. profissionais em Portugal Página 8

Dados relativos ao ano de 2009 O Quadro n.º 1 descreve o acidente mais frequente, tendo em conta as características da entidade empregadora do/a trabalhador/a sinistrado/a, do/a sinistrado/a, da localização geográfica, das circunstâncias em que ocorre e das consequências que gera. Quadro n.º1 - Retrato Estatístico Acidentes registados em 2009 Entidade empregadora Sinistrado 28,1 % dos acidentes ocorreram com trabalhadores de pequenas empresas (10 a 49 pessoas); A indústria transformadora é a atividade económica com mais acidentes (26,9 %). 74,7 % dos acidentes ocorreram com sinistrados homens; Cerca de metade dos acidentes ocorreu com trabalhadores entre os 25 e os 44 anos (54,4 %); O subgrupo de profissionais 'operadores, artífices e trabalhadores similares das indústrias extrativas e da construção civil' sofreu 18,1 % do total de acidentes; A situação na profissão de 88,6 % dos sinistrados era trabalhador por conta de outrem; Localização temporal Causas e circunstâncias Consequências 95,2 % dos sinistrados tinha nacionalidade Portuguesa. O período horário em que ocorreu mais acidentes foi o das 10 horas (10:00 às 10:59) (13,7 %); 9,6 % dos acidentes registaram-se no mês de Julho. 39,7 % dos acidentes ocorreram em zona industrial; Em cerca de metade dos acidentes o sinistrado trabalhava com ferramentas de mão (27,0 %) ou exercia transporte manual (25,1 %); O contacto que provocou mais lesões foi o constrangimento físico do corpo (28,9 %). Os acidentes originaram, para mais de metade dos sinistrados, feridas e lesões superficiais (58,0 %); As extremidades foram as partes do corpo mais atingidas: 38,2 % de extremidades superiores e 25,2 % de extremidades inferiores. 74,0 % dos acidentes não mortais originaram 1 ou mais dias de ausência ao trabalho. Fonte: Relatório Estatístico Acidentes de Trabalho em 2009 do GEP Quadro n.º 2 profissionais em Portugal Página 9

Acidentes de trabalho, taxa de incidência e dias perdidos Acidentes de trabalho Taxa de incidência dos acidentes de trabalho Dias de trabalho perdidos Total de acidentes de trabalho Acidentes de trabalho mortais Total de acidentes de trabalho Acidentes de trabalho mortais Total de acidentes de trabalho com dias perdidos Total de dias perdidos 2000 a 2009 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 234.192 244.936 248.097 237.222 234.109 228.884 237.392 237.409 240.018 217.393 368 365 357 312 306 300 253 276 231 217 5.547 5.600 5.633 5.432 5.393 5.312 5.475 5.422 5.478 5.149 8,7 8,3 8,1 7,1 7,0 7,0 5,8 6,3 5,3 5,1 179.867 187.051 176.884 171.661 171.037 166.642 173.274 173.587 174.916 160.673 6.480.435 7.738.981 7.624.893 6.304.316 6.730.952 6.811.505 7.082.066 7.068.416 7.156.003 6.643.227 Fonte: Estatísticas em Síntese Acidentes de Trabalho (2009) - GEP De acordo com dados do GEP, apuraram-se 217 393 acidentes de trabalho dos quais resultaram 217 acidentes mortais. Os acidentes de trabalho não mortais geraram 6 643 227 dias perdidos. A tendência dos acidentes mortais foi decrescente, tendo-se registado em 2009 o valor mais baixo tanto em número como em taxa de incidência. Em 2009, comparativamente com 2000, morreram menos 151 trabalhadores. Em 2009, a taxa de incidência dos acidentes de trabalho foi de 5.148,5 acidentes por cada 100 000 trabalhadores. É o ano em que se regista, desde 2000, a taxa de incidência mais baixa. O ano em que se registaram os valores mais elevados, tanto ao nível de valores absolutos como de taxas de incidência, foi em 2002. No que respeita aos acidentes de trabalho mortais, a tendência tem vindo a ser decrescente, desde o ano 2000, com exceção para 2007. Entre 2000 e 2009 os acidentes mortais caíram 41 %. Os gráficos seguintes são elucidativos destas conclusões. profissionais em Portugal Página 10

Gráfico n.º 1 Gráfico n.º 2 400 350 368 Acidentes de trabalho mortais 300 250 200 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 217 profissionais em Portugal Página 11

Gráfico n.º 3 5.800,0 5.600,0 Taxa de Incidência do total de acidentes de trabalho 5.633,1 5.400,0 5.200,0 5.000,0 5.148,5 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Gráfico n.º 4 Taxa de incidência dos acidentes de trabalho mortais 9,0 8,0 8,7 7,0 6,0 5,0 5,1 4,0 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 profissionais em Portugal Página 12

Quadro n.º 3 Acidentes de trabalho por atividade económica Setor de Atividade VA % Taxa de Incidência A - Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca 7 670 3,5 1 358,1 B - Indústria extrativa 1 407 0,7 7 886,8 C - Indústrias transformadoras 58 235 26,9 6 837,9 D - Eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio 204 0,1 947,2 E - Captação, tratamento e distribuição água, saneamento, gestão de resíduos e despoluição 2 693 1,2 9 263,9 F - Construção 45 118 20,9 8 923,5 G - Comércio por grosso e a retalho; reparação automóvel e motociclos 34 867 16,1 4 570,6 H - Transportes e armazenagem 10 163 4,7 5 712,8 I - Alojamento, restauração e similares 11 902 5,5 4 033,4 J - Atividades de informação e de comunicação 663 0,3 719,4 K - Atividades financeiras e de seguros 944 0,4 1070,4 L - Atividades imobiliárias 891 0,4 2 620,6 M - Atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares 2 331 1,1 1 392,3 N - Atividades administrativas e dos serviços de apoio 13 674 6,3 9 933,6 O - Administração pública e defesa; segurança social obrigatória 6 596 3,1 n.d. P - Educação 1 854 0,9 n.d Q - Atividades de saúde humana e apoio social 10 543 4,9 n.d. Atividades artísticas, de espetáculos, desportivas e recreativas 1 795 0,8 3 871,5 R - Outras atividades de serviços 3 204 1,5 3 360,1 S - At. famíl. empr. pess. domést. e ativ. prod. famíl. p/ uso próp. 1 385 0,6 924,7 T - Ativ. dos organ. internac. e outras instit. extra-territoriais 25 0 1015,6 U - CAE Ignorada 1 229 - - Total 217 393-5 148,5 Percentagem de Acidentes de Trabalho Mortais por Actividade Económica C - Indústrias transformadoras F - Construção G - Comércio por grosso e a retalho; reparação automóvel e N - Atividades administrativas e dos serviços de apoio I - Alojamento, restauração e similares Q - Atividades de saúde humana e apoio social H - Transportes e armazenagem A - Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca O - Administração pública e defesa; segurança social obrigatória R - Outras atividades de serviços E - Captação, tratamento e distribuição água, saneamento, M - Atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares P - Educação Atividades artísticas, de espetáculos, desportivas e recreativas B - Indústria extrativa S - At. famíl. empr. pess. domést. e ativ. prod. famíl. p/ uso próp. L - Atividades imobiliárias K - Atividades financeiras e de seguros J - Atividades de informação e de comunicação D - Eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio T - Ativ. dos organ. internac. e outras instit. extra-territoriais 6,3 5,5 4,9 4,7 3,5 3,1 1,5 1,2 1,1 0,9 0,8 0,7 0,6 0,4 0,4 0,3 0,1 0 16,1 20,9 26,9 0 5 10 15 20 25 30 profissionais em Portugal Página 13

Fonte: Relatório Estatístico Acidentes de Trabalho em 2009 do GEP A sinistralidade é maior nos setores da indústria transformadora e na construção, que no conjunto que no conjunto registaram quase metade das ocorrências do total de acidentes. Cerca de 48 % do total de acidentes de trabalho ocorreu com trabalhadores dos setores de atividade económica C ( Indústrias transformadoras ) e F ( Construção ). O primeiro destaca-se por ser o setor onde se registaram mais ocorrências (26,9%) e o segundo destaca-se por ser aquele onde se registou o maior número de ocorrências com consequência mortal (35,2 %) como pudemos observar no quadro n.º 4, respeitante à sinistralidade mortal. No entanto, a sinistralidade, em termos gerais, teve maior impacto no setor N ( Atividades administrativas e dos serviços de apoio ) onde ocorreram 9 933,6 acidentes por 100 000 trabalhadores, seguido do setor E ( Captação, tratamento e distribuição de água; saneamento, gestão de resíduos e despoluição ) com 9 263,9 acidentes por 100 000 trabalhadores. Quadro n.º 4 Acidentes de trabalho mortais por atividade económica Setor de Atividade VA % Taxa Incidência A - Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca 19 8,8 3,4 B - Indústria extrativa 8 3,7 44,8 C - Indústrias transformadoras 29 13,4 3,4 D - Eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio 0 0 0 E - Captação, tratamento e distribuição água, saneamento, gestão de resíduos e despoluição 7 3,2 24,1 F - Construção 76 35.2 15 G - Comércio por grosso e a retalho; reparação automóvel e motociclos 20 9,3 2,6 H - Transportes e armazenagem 23 10,6 12,9 I - Alojamento, restauração e similares 1 0,5 0,3 J - Atividades de informação e de comunicação 2 0,9 2,2 K - Atividades financeiras e de seguros 0 0 0 L - Atividades imobiliárias 3 1,4 8,8 M - Atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares 4 1,9 2,4 N - Atividades administrativas e dos serviços de apoio 20 9,3 14,5 O - Administração pública e defesa; segurança social obrigatória 3 1,4 n.d. P - Educação 1 0,5 n.d. Q - Atividades de saúde humana e apoio social 0 0 n.d. R - Atividades artísticas, de espetáculos, desportivas e recreativas 0 0 0 S - Outras atividades de serviços 0 0 0 T - At. famíl. empr. pess. domést. e ativ. prod. famíl. p/ uso próp. 0 0 0 U - Ativ. dos organ. internac. e outras instit. extra-territoriais 0 0 0 CAE Ignorada 1 - - Total 217 5,1 profissionais em Portugal Página 14

Fonte: Relatório Estatístico Acidentes de Trabalho em 2009 do GEP O setor B ( Indústrias extrativas ) lidera a incidência da sinistralidade mortal. Neste setor, em 2009, a incidência mortal é de 44,8 acidentes por cada 100 000 trabalhadores, quase 9 vezes superior à taxa de incidência mortal global. O setor F ("Construção") é o responsável pelo maior número de ocorrências, designadamente 76 acidentes de trabalho mortais (35,0 %). Quadro n.º 5 Acidentes de trabalho por escalão etário, segundo o sexo do sinistrado Faixa etária Total de acidentes de trabalho Acidentes de trabalho mortais Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Menos de 24 anos 22 754 17 360 5 394 10 10 0 25 a 34 anos 54 370 40 467 13 903 41 39 2 35 a 44 anos 56 377 42 216 14 161 74 73 1 45 a 54 anos 46 187 33 827 12 360 57 53 4 55 a 64 anos 21 636 16 312 5 324 28 28 0 65 e mais anos 2 4 39 1 909 530 7 7 0 Idade desconhecida 2 439 10 224 3 406 0 0 0 Total 217 393 162 315 55 078 217 210 7 Fonte: Relatório Estatístico Acidentes de Trabalho em 2009 do GEP Na distribuição dos acidentes de trabalho, por sexo, observa-se que 162 315 (74,7%) dos acidentes de trabalho ocorridos, em 2009, envolveram vítimas do sexo masculino. Relativamente à sinistralidade mortal, verifica-se que a maioria das vítimas (96,8%) dos 217 acidentes de trabalho mortais é do sexo masculino. Mais se acrescenta que 79,3 % dos acidentes mortais ocorridos envolveram trabalhadores na faixa etária entre os 25 e os 54 anos. Sendo que 10 das vítimas de acidentes de trabalho mortais eram do sexo masculino e tinham até 24 anos. profissionais em Portugal Página 15

Quadro n.º 5 Acidentes de trabalho por grande grupo profissional, segundo o sexo do sinistrado Grupo Total de acidentes de trabalho Acidentes de trabalho mortais profissional V.A. % Homens Mulheres V.A. % Homens Mulheres Total 217 393-162 315 55 078 217-210 7 1 9 582 4,9 7 953 1 629 17 7,9 17 0 2 3 980 2 1 583 2 397 5 2,3 5 0 3 8 385 4,3 6 327 2 058 5 2,3 5 0 4 8 034 4,1 4 668 3 366 6 2,8 5 1 5 28 291 14,4 9 489 18 802 4 1,9 4 0 6 7 780 4 6 311 1 469 15 6,9 15 0 7 76 307 38,8 71 092 5 215 81 37,5 81 0 8 23 690 12 20 449 3 241 55 25,5 52 3 8 30 809 15,7 19 130 11 679 28 13 25 3 CNP desconhecida 20 535 15 313 5 222 1-1 0 Fonte: Relatório Estatístico Acidentes de Trabalho em 2009 do GEP Legenda: 1- Quadros superiores da Administração pública 2 Especialistas / profissionais, intelectuais e científicas 3 Técnicos profissionais de nível intermédio 4 Pessoal administrativo e similares 5 Pessoal dos serviços e vendedores 6 Agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura e pescas 7 Operários, artífices e trabalhadores similares 8 Operadores de instalação e máquinas e trabalhadores e montagem 9 - Trabalhadores não qualificados Os trabalhadores sinistrados que sofreram mais acidentes pertenciam ao grupo dos Operários, artífices e trabalhadores similares, enquanto os trabalhadores que sofreram maior número de acidentes de trabalho pertenciam ao grupo do Pessoal dos serviços e vendedores. Neste último, o número de ocorrências com mulheres é duas vezes superior ao número de ocorrências com homens. Assim, da análise à distribuição dos acidentes de trabalho por profissões destacase, de todos os restantes, o grupo profissional dos "Operários, artífices e profissionais em Portugal Página 16

trabalhadores similares" com maior sinistralidade, quer para o total de acidentes (38,8 %), quer para os acidentes com consequência mortal (37,5 %). Mais de dois terços dos trabalhadores sinistrados, 68,8 %, eram dos grupos de profissionais "Operários, artífices e trabalhadores similares" (38,8 %), "Trabalhadores não qualificados" (15,7 %) e do "Pessoal dos serviços e vendedores" (14,4 %). Já no que toca aos acidentes mortais, 75,9 % dos indivíduos eram dos grupos "Operários, artífices e trabalhadores similares" (37,5 %, dos "Operadores de instalações e máquinas e trabalhadores da montagem" (25,5 %) e dos "Trabalhadores não qualificados" (13,0 %). No grupo dos "Operadores de instalações e máquinas e trabalhadores da montagem" a percentagem de acidentes mortais é superior ao dobro da percentagem do total de acidentes. Os quadros seguintes apresentam informação relativa às causas e circunstâncias em que ocorreram os acidentes de trabalho. Quadro n.º 6 Causas e circunstâncias para o total de acidentes de trabalho Total de acidentes Tipo de local v.a. % Zona industrial 79 576 36,6 Estaleiro, construção, pedreira, mina a céu aberto 46 091 21,2 Local de atividade terciária, escritório, entretenimento, diversos 36 761 16,9 Atividade física especifica Trabalho com ferramentas de mão 53 759 24,7 Transporte manual 50 015 23 Movimento 48 652 22,4 Manipulação de objetos 25 934 11,9 Desvio Movimento do corpo sujeito a constrangimento físico 57 822 26,6 Perda total / parcial controlo de máquina, meio de transporte 51 780 23,8 Escorregamento ou hesitação com queda, queda de pessoa 40 219 18,5 Agente material do desvio Materiais, objetos, produtos, componentes de máquina - estilhaços, poeiras 50 219 23,1 Nenhum agente material ou nenhuma informação 43 022 19,8 Edifícios, construções, superfícies ao nível do solo 34 219 15,7 Contato Constrangimento físico do corpo, constrangimento psíquico 58 424 26,9 Esmagamento em movimento vertical ou horizontal sobre / contra objeto imóvel 53 459 24,6 Pancada por objeto em movimento 39 731 18,3 Contacto com agente material cortante, afiado, áspero 31 690 14,6 Agente material do contato Nenhum agente material ou nenhuma informação 72 950 33,6 Materiais, objetos, produtos, componentes de máquina - estilhaços, poeiras 47 386 21,8 Edifícios, construções, superfícies ao nível do solo 37 542 17,3 profissionais em Portugal Página 17

Fonte: Relatório Estatístico Acidentes de Trabalho em 2009 do GEP Cerca de 75 % dos acidentes de trabalho ocorreram em "Zona industrial", "Estaleiro, construção, pedreira, mina a céu aberto" e "Local de atividade terciária, escritório, entretenimento, diversos". Com percentagem próxima, para 70,1 % dos acidentes, o trabalhador sinistrado no momento do acidente efetuava "Trabalhos com ferramentas de mão", "Transporte manual" ou estava em "Movimento". Por outro lado, no que respeita ao acontecimento desviante do normal, 26,6 % dos acidentes ocorreram por um "Movimento do corpo sujeito a constrangimento físico", na grande maioria dos acidentes sem intervenção de qualquer agente, e 23,8 % por "Perda total/parcial de controlo de máquina, meio de transporte equipamento manuseado, ferramenta manual, objeto, animal", enquanto que os agentes materiais do desvio mais frequentes foram os "Materiais, objetos, produtos, componente de máquina estilhaços e poeiras". profissionais em Portugal Página 18

Quadro n.º 7 Causas e circunstâncias para os acidentes de trabalho mortais Total de acidentes Tipo de local v.a. % Estaleiro, construção, pedreira, mina a céu aberto 79 36,4 Local público 69 31,8 Zona industrial 27 12,4 Atividade física especifica Trabalho com ferramentas de mão 36 16,6 Condução/presença a bordo de um meio de transporte 67 30,9 Movimento 27 12,4 Desvio Perda total / parcial controlo de máquina, meio de transporte 93 42,9 Escorregamento ou hesitação com queda, queda de pessoa 51 23,5 Rutura, arrombamento, queda, desmoronamento de agente material 44 20,3 Agente material do desvio Materiais, objetos, produtos, componentes de máquina - estilhaços, poeiras 33 15,2 Veículos terrestres 67 30,9 Edifícios, construções, superfícies ao nível do solo 40 18,4 Contato Constrangimento físico do corpo, constrangimento psíquico Esmagamento em movimento vertical ou horizontal sobre / contra objeto imóvel 85 39,2 Pancada por objeto em movimento 53 24,4 Entalão, esmagamento, etc. 39 18 Agente material do contato Veículos terrestres 65 30 Materiais, objetos, produtos, componentes de máquina - estilhaços, poeiras 36 16,6 Edifícios, construções, superfícies ao nível do solo 49 22,6 Fonte: Relatório Estatístico Acidentes de Trabalho em 2009 do GEP Das ocorrências com consequência mortal, sabe-se que cerca de 80 % ocorreram em "Estaleiro, construção, pedreira, mina a céu aberto", "Local público" e "Zona industrial" e que a atividade de 30,9 % dos sinistrados, 67 indivíduos, no momento do acidente era "Condução/presença a bordo de meio de transporte". Relativamente ao acontecimento desviante do normal, 42,9 % dos acidentes deram-se por "Perda total/parcial de controlo de máquina, meio de transporte equipamento manuseado, ferramenta manual, objeto, animal", estando grande parte destes associados a 30,9 % do grupo de agentes materiais "Veículos terrestres". Dos três tipos de contato apresentados no quadro n.º7, dos 10 possíveis, foi do "Esmagamento em movimento vertical/horizontal sobre/contra objeto imóvel" que resultaram mais acidentes mortais, 39,2 %. profissionais em Portugal Página 19

Os agentes mais frequentes no contacto, envolvidos na causa direta das lesões e responsáveis pela morte do sinistrado, foram os "Veículos terrestres", 30,0 %, e os "Edifícios, construções, superfícies - ao nível do solo" (22,6 %), estando nestes grupos evidenciados os acidentes de viação contra objetos imóveis e os acidentes por quedas em altura, respetivamente. Quadro n.º 8 Acidentes de trabalho não mortais e dias de trabalho perdidos, por atividade económica Setor de Atividade Total Acidentes sem ausência Acidentes de trabalho Acidentes com ausência Dias de trabalho perdidos N.º médio de dias por acid. c/ ausência A - Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca 7 651 1 543 6 108 297 714 48,7 B - Indústria extrativa 1 399 266 1 133 52 221 46,1 C - Indústrias transformadoras 58 206 15 474 42 732 1 573 147 36,8 D - Eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio 204 82 122 6 665 54,6 E-Captação, tratamento e dist. água, saneamento, gestão de resíduos e despoluição 2 686 714 1 972 75 247 38,2 F - Construção 45 042 10 050 34 992 1 570 376 44,9 G - Comércio por grosso e a retalho; reparação aut. e motociclos 34 847 8 925 25 922 1 016 910 39,2 H - Transportes e armazenagem 10 140 2 459 7 681 352 445 45,9 I-Alojamento, restauração e similares 11 901 3 001 8 900 348 190 39,1 J-Ativ. de informação e de comunicação 661 224 437 24 100 55,1 K - Atividades financeiras e de seguros 944 360 584 28 766 49,3 L - Atividades imobiliárias 888 229 659 37 678 57,2 M At. de consultoria, científicas, técnicas e similares 2 327 746 1 581 76 339 48,3 N - Atividades adm. e dos serviços de apoio 13 654 3 778 9 876 391 896 39,7 O - Administração pública e defesa; segurança social 6 593 1 677 4 916 193 875 39,4 P - Educação 1 853 662 1 191 47 538 39,9 Q - Atividades de saúde humana e apoio social 10 543 4 208 6 335 264 773 41,8 R - Atividades artísticas, de espetáculos, desp. e recreativas 1 795 620 1 175 69 841 59,4 S - Outras atividades de serviços 3 204 929 2 275 101 491 44,6 T - At. famíl. empr. pess. domést. e ativ. prod. famíl. p/ uso próp. 1 385 282 1 103 64 416 58,4 U - Ativ. dos organ. internac. e outras instit. extra-territoriais 25 8 17 1 334 78,5 CAE Ignorada 1 228 266 962 48 265 50,2 Total 217 176 56 503 160 673 6 643 227 41,3 Os 6 643 227 dias de trabalho perdidos traduziram-se numa média de 41,3 dias por acidente com ausência. Apesar do número total de dias perdidos ter diminuído, tanto o número médio de dias perdidos por acidente de trabalho não mortal como o número de acidentes de trabalho com ausências ao trabalho aumentaram, respetivamente de 40,9 para 41,3 dias, e de 72,9 % para 74,0 % acidentes. Todos os setores de atividade registaram ausências ao trabalho, embora com percentagens diferentes. O setor D (Eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e profissionais em Portugal Página 20

ar frio ) registou o valor mais baixo de acidentes com ausência, 59,8 %, e o setor B ( Indústrias extrativas ) o valor mais alto, 81,0 % face ao total de acidentes não mortais registados por setor. As Indústrias transformadoras, além de registarem o maior número de acidentes de trabalho, 58.206, acolhem também o maior número de dias perdidos, 1 573 147 no total. profissionais em Portugal Página 21

[ACIDENTES DE TRABALHO MORTAIS ACT] Dados relativos a 2012 e 2013 As estatísticas sobre acidentes de trabalho, aqui apresentadas, referem-se apenas aos acidentes de trabalho mortais objeto de ação inspetiva no âmbito da atuação da ACT. No decurso de 2012 a ACT a ACT realizou 149 inquéritos de acidentes de trabalho mortais. Em 2013 foram registados 134 acidentes de trabalho mortais. Quadro 1 Acidentes mortais objeto de inquérito pela ACT em 2012 e 2013 por tipo de acidente e por data de ocorrência Tipo de acidente 2012 2013 Nas instalações 116 89 In itinere 16 24 Em viagem, transporte ou circulação 17 21 Total 149 134 Fonte: ACT Quadro 2 Acidentes mortais objeto de inquérito pela ACT em 2012 e 2013 por nacionalidade Nacionalidade 2012 2013 Nacionalidade desconhecida 0 0 Cidadão nacional 139 128 Estrangeiro da UE 3 2 Estrangeiro, de um país terceiro 7 4 Em averiguação 0 0 Total 149 134 Fonte: ACT profissionais em Portugal Página 22

Quadro 3 Acidentes mortais objeto de inquérito pela ACT em 2012 e 2013 por setor de atividade Secção do CAE A Designação 2011 2012 2013 Agricultura, Produção Animal, Caça, Floresta e Pesca 16 23 11 B Indústrias Extrativas 5 5 2 C Indústrias Transformadoras 20 34 31 D E Eletricidade, Gás, Vapor, Água Quente e Fria e Ar Frio Captação, Tratamento e Distribuição de Água; Saneamento, Gestão de Resíduos e Despoluição 0 0 1 3 1 1 F Construção 48 43 33 G Comércio por grosso e a retalho; Reparação de veículos automóveis e motociclos 12 11 14 H Transportes e Armazenagem 11 13 14 I Alojamento, restauração e similares 3 1 0 J Atividades de Informação e de Comunicação 1 0 0 K Atividades Financeiras e de Seguros 0 1 0 L Atividades Imobiliárias 0 1 0 M N O Atividades de Consultoria, Científicas, Técnicas e Similares Atividades Administrativas e dos Serviços de Apoio Administração Pública e Defesa; Segurança Social Obrigatória 2 2 1 3 4 14 4 3 6 P Educação 0 0 0 Q Atividades de Saúde Humana e Apoio Social 0 2 2 R Atividades Artísticas, de Espetáculos, Desportivas e Recreativas 0 1 0 S Outras Atividades de Serviços 2 0 0 T U Atividades das Famílias Empregadoras de Pessoal Doméstico e atividades de Produção das Famílias para Uso Próprio Atividades dos Organismos Internacionais e Outras Instituições Extraterritoriais 1 2 0 0 0 0 Em averiguação 30 2 4 Total 161 149 134 Fonte: ACT profissionais em Portugal Página 23

Quadro 4 Acidentes mortais objeto de inquérito pela ACT em 2012 e 2013 por local de acidente Tipo de local 2012 2013 Nenhuma informação 1 1 Zona industrial 20 18 Estaleiro, construção, pedreira, mina a céu aberto Área de agricultura, produção animal, piscicultura, zona florestal Local de atividades terciária, escritório, entretenimento, diversos 41 16 22 12 4 1 Estabelecimento de saúde 1 0 Local público 18 16 Domicilio 0 1 Local de atividade desportiva 1 0 No ar, em altura com exclusão de estaleiros 3 3 Subterrâneo com exclusão de estaleiros 7 0 Sobre água com exclusão de estaleiros 0 2 Em meio hiperbárico com exclusão de estaleiros 0 0 Outro tipo de local de trabalho 18 12 Em averiguação 13 52 Total 149 134 Fonte: ACT profissionais em Portugal Página 24

Quadro 5 Acidentes mortais objeto de inquérito pela ACT em 2012 e 2013 por grupo profissional Grupo profissional 2012 2013 Quadros superiores da administração pública, dirigentes e quadros superiores de empresa Especialistas das profissões intelectuais e científicas Técnicos e profissionais de nível intermédio 5 2 1 1 3 1 Pessoal administrativo e similares 2 1 Pessoal dos serviços e vendedores 1 4 Agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura e pescas Operários, artífices e trabalhadores similares Operadores de instalações e máquinas e trabalhadores de montagem 18 9 78 37 18 12 Trabalhadores não qualificados 13 16 Forças armadas 0 0 Em averiguação 10 51 Total 149 134 Fonte: ACT profissionais em Portugal Página 25

Quadro 6 Acidentes mortais objeto de inquérito pela ACT em 2012 e 2013 por distrito Distrito 2012 2013 Aveiro 11 11 Beja 5 6 Braga 7 12 Bragança 6 3 Castelo Branco 6 5 Coimbra 4 6 Évora 3 4 Faro 6 2 Guarda 1 3 Leiria 12 11 Lisboa 16 13 Portalegre 2 3 Porto 25 16 Santarém 17 14 Setúbal 8 11 Viana do Castelo 4 5 Vila Real 12 1 Viseu 4 8 Total 149 134 Fonte: ACT profissionais em Portugal Página 26

Quadro 7 Acidentes mortais objeto de inquérito pela ACT em 2012 e 2013 por dimensão de empresa Tipo de empresa 2012 2013 1-9 trabalhadores 52 22 10-49 trabalhadores 35 19 50-249 trabalhadores 25 18 250-499 trabalhadores 3 2 500 trabalhadores ou mais 6 7 Dimensão desconhecida 7 6 Trabalhadores Independentes 3 6 Em averiguação 18 54 Total 149 134 Fonte: ACT profissionais em Portugal Página 27

Dados relativos a 2011 No decurso de 2011 a ACT a ACT realizou 161 inquéritos de acidentes de trabalho mortais, sendo que 149 desses inquéritos foram relativos a acidentes ocorridos em 2011, enquanto 12 inquéritos foram referentes a acidentes ocorridos em 2010 mas comunicados à ACT apenas em 2011. Salienta-se, ainda, que em 2011 a metodologia utilizada na realização dos inquéritos de acidente de trabalho foi alterada, tendo os inquéritos sido alargados aos acidentes de viagem, de transporte ou de circulação e aos acidentes in itinere. Nos anos anteriores apenas foram realizados inquéritos aos acidentes mortais ocorridos nas instalações do empregador. No quadro seguinte apresenta-se o número de inquéritos realizados no ano de 2011 a acidentes de trabalho mortais, por tipo de acidente. Quadro 1 Acidentes mortais objeto de inquérito pela ACT em 2011 por tipo de acidente e por data de ocorrência Ano de ocorrência Ano de ocorrência Tipo de acidente 2011 2010 2011 2010 Total Total % Setor da Setor da % construção construção Em viagem, transporte ou circulação 18 1 11,8 1 1 4,5 In Itinere 12 2 8,7 1 0 4,5 Nas instalações 119 9 79,5 40 1 91,0 Subtotal 149 12 42 2 Total 161 44 No quadro seguinte apresenta-se por atividade económica, a incidência dos inquéritos realizados em 2011 a acidentes de trabalho mortais. profissionais em Portugal Página 28

Quadro 2 Inquéritos de acidentes de trabalho mortais realizados em 2011 por atividades económica Atividades Económicas N.º % A Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca 15 9,4 B Indústrias extrativas 4 2,5 C Indústrias transformadoras 21 13 D eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio 0 0 E - Captação, trat. e dist. de água, saneamento, gestão resíduos e despoluição 2 1,2 F Construção 44 27,4 G Comércio por grosso e a retalho, reparação de veículos automóveis e motociclos 9 5,6 H Transportes e armazenagem 7 4,4 I Alojamento, restauração e similares 2 1,2 J Atividades de informação e comunicação 1 0,6 K Atividades financeiras e de seguros 0 0 L Atividades imobiliárias 0 0 M Atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares 2 1,2 N Atividades administrativas e dos serviços de apoio 2 1,2 O Administração pública e defesa e segurança social obrigatória 3 1,9 P Educação 0 0 Q Atividades de saúde humana e apoio social 0 0 R Atividades artísticas, de espetáculos, desportivas e recreativas 0 0 S Outras atividades de serviço 2 1,2 T Atividades das famílias empregadoras de pessoal doméstico e atividades de produção 0 0 das famílias para uso próprio U Atividades dos organismos internacionais o outras instituições extraterritoriais 0 0 CAE ignorada 47 29,2 Total 161* 100 * Número total de inquéritos de acidentes de trabalho mortais realizados em 2011: 149 inquéritos de acidentes de trabalho ocorridos em 2011 acrescidos de 12 inquéritos relativos a acidentes de trabalho verificados em 2010 mas comunicados em 2011. Os 12 acidentes ocorridos em 2010 verificaram-se nas seguintes atividades: Indústrias transformadoras (4); Construção (2); Comércio por grosso e a retalho/reparação de veículos automóveis e motociclos (1); Transportes e armazenagem (1); Alojamento, restauração e similares (1); Atividades administrativas e dos serviços de apoio (1); CAE ignorada (2). profissionais em Portugal Página 29

Quadro 3 Acidentes mortais objeto de inquérito realizados em 2011 pela ACT por tipo de empresa Tipo empresa por n.º de trabalhadores Total % Setor da Construção Trabalhadores independentes 9 5,6 2 4,6 1-9 Trabalhadores 47 29,2 17 38,6 10-49 Trabalhadores 31 19,3 11 25 50-249 Trabalhadores 19 11,8 7 15,9 250-499 Trabalhadores 4 2,5 1 2,3 500 Trabalhadores ou mais 6 3,7 0 0 Dimensão desconhecida 1 0,6 0 0 Em averiguação 44 27,3 6 13,6 Total 161 100 44* 100 % * Dos 12 acidentes de trabalho de 2010, 2 acidentes ocorreram no setor da construção. Estes verificaram-se em empresas com a seguinte dimensão: 1-9 empregados (1); 50-249 empregados (1). Quanto à dimensão das empresas onde ocorreram acidentes de trabalho mortais, verifica-se que 29,2% da totalidade desses acidentes ocorreu em micro empresas. Em termos de género, dos inquéritos realizados em 2011, 57 dos sinistrados eram do sexo feminino e 1568 do sexo masculino. Quadro 4 Acidentes de trabalho mortais objeto de inquérito pela ACT em 2011 por nacionalidade Nacionalidade Total % Setor da Construção Nacionalidade desconhecida 0 0 0 0 Cidadão nacional 135 83,9 38 86,4 Estrangeiro, da UE 2 1,2 0 0 Estrangeiro, de um país terceiro 13 8,1 6 13,6 Em averiguação 11 6,8 0 0 Total 161 100 44 100 % profissionais em Portugal Página 30

No número total de acidentes de trabalho mortais 15 sinistrados eram cidadãos estrangeiros. Destaca-se que 6 destes 15 acidentes, ocorreram no setor da construção, o que equivale a 9,3% do total de acidentes e a 13,6% no setor da construção. Quadro 5 Acidentes de trabalho mortais objeto de inquérito pela ACT em 2011 por distrito Aveiro Beja Braga Bragança Castelo Branco Coimbra Guarda Évora Faro Leiria Lisboa Portalegre Porto Santarém Setúbal Viana do Castelo Vila Real Viseu 0 0 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 2 3 3 4 4 4 4 5 6 6 6 6 7 7 7 7 7 7 13 18 18 21 24 0 5 10 15 20 25 30 Total Setor da Construção Os 12 acidentes de trabalho mortais comunicados em 2011, mas ocorridos em 2010, verificaram-se nos distritos de Santarém (2), de Lisboa (2), de Castelo Branco (1), de Aveiro (2) e de Braga (5). Os acidentes que tiveram lugar no distrito de Braga incluem 2 acidentes no setor da construção. profissionais em Portugal Página 31

Dados anteriores a 2011 Quadro 1 Acidentes de Trabalho Mortais 2001 2010 Acidentes de Trabalho mortais Fonte: ACT 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 280 219 181 197 165 157 163 120 115 130 Gráfico 1 Evolução dos Acidentes de Trabalho Mortais (2001-2010) 300 250 200 150 100 50 0 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Fonte: ACT Meses 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 janeiro 23 23 14 17 8 11 11 14 12 12 fevereiro 26 24 16 14 10 11 14 16 11 10 março 21 19 21 19 17 13 18 5 8 9 abril 16 21 15 14 17 13 10 7 10 7 maio 22 25 22 20 20 26 15 8 6 11 junho 33 19 11 23 17 14 12 6 8 12 julho 22 14 20 29 16 15 15 8 5 17 agosto 29 18 11 11 20 15 10 8 21 9 setembro 17 18 21 15 15 11 15 14 8 10 outubro 25 16 13 9 9 13 15 13 12 8 novembro 18 12 10 16 8 6 20 13 10 10 dezembro 28 10 7 10 8 9 8 8 4 15 Total 280 219 181 197 165 157 163 120 115 130 Fonte: ACT Quadro 2 Acidentes de trabalho mortais por mês 2005 2010 profissionais em Portugal Página 32

Quadro n.º 3 Acidentes de trabalho mortais por setor de atividade - 2010 Setor de Atividade Agricultura, pecuária e serviços de agricultura 9 Silvicultura e exploração Florestal 3 Pesca 0 Extração de produtos metálicos e energéticos 2 Extração de minerais não metálicos 4 Indústrias alimentares, bebidas e tabaco 1 Indústria têxtil 0 Indústria de vestuário e confeção 0 Indústria dos curtumes 0 Indústria do calçado 0 Indústria de madeira e cortiça 6 Indústria do papel 0 Indústria de artes gráficas e edição de publicações 0 Indústria coque, produção petrolíferos 0 Indústria química 8 Indústria porcelana, olaria e vidro 1 Indústria cerâmica e cimento 4 Indústria metalúrgica de base 0 Indústria de produtos metálicos e metal elétrico 9 Outras indústrias transformadoras 2 Eletricidade, gás, água, saneamento, resíduos, despoluição 1 Construção civil 55 Comércio de manutenção e reparação automóvel 1 Comércio por grosso 5 Comércio a retalho 2 Transporte, armazenagem e correio 5 Indústria hoteleira e similares 2 Comunicações, informação e comunicação 0 Bancos 0 Seguros 0 Mercados financeiros 0 Serviços de prestação empresas 6 Administração pública, regional 3 Serviços sociais 0 Serviços recreativos, culturais 0 Associações e organizações 0 Reparação de bens pessoais e domésticos 0 Serviços pessoais, domésticos 0 Famílias com empregados 1 Organizações internacionais 0 Total 130 Fonte: ACT N.º profissionais em Portugal Página 33

Gráfico n.º 3 Evolução dos acidentes de trabalho mortais por setor de atividade em 2010 35 30 25 20 15 10 5 0 Quadro n.º 4 Acidentes de trabalho mortais segundo a causa - 2010 Causa Acidente de Trabalho N.º Esmagamento 9 Queda em altura 47 Queda de pessoas 6 Choque de objetos 17 Soterramento 5 Atropelamento 9 Eletrocussão 7 Explosão 6 Queda de nível Intoxicação 3 Afogamento 1 Máquina agrícola 2 Esmagamento de máquina 14 Outras formas 3 Em averiguação 1 Total 130 Fonte: ACT profissionais em Portugal Página 34

Gráfico n.º 3 Causas de acidentes de trabalho mortais em 2010 Quadro n.º 5 Acidentes de trabalho mortais por distrito 2010 Distrito Setor da Construção civil Outros setores Total Aveiro 7 7 14 Beja 1 9 10 Braga 2 7 9 Bragança 6 0 6 Castelo Branco 1 3 4 Coimbra 6 2 8 Guarda 1 2 3 Évora 0 1 1 Faro 1 1 2 Leiria 4 4 8 Lisboa 10 6 16 Portalegre 0 0 0 Porto 3 20 23 Santarém 1 3 4 Setúbal 4 1 5 Viana do Castelo 3 2 5 Vila Real 2 2 4 Viseu 3 5 8 Total 55 75 130 Fonte: ACT profissionais em Portugal Página 35

Gráfico n.º 4 Número de acidentes de trabalho mortais, por distrito em 2010 Número de acidentes mortais Viseu Vila Real Viana do Castelo Setúbal Santarém Porto Portalegre Lisboa Leiria Faro Évora Guarda Coimbra Castelo Branco Bragança Braga Beja Aveiro 0 1 1 1 2 3 3 4 4 4 4 4 5 5 8 10 10 17 Quadro n.º 6 Acidentes de trabalho mortais, no setor da construção civil, por mês 2003 /2010 Meses 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 janeiro 8 10 2 7 3 7 8 6 fevereiro 7 8 6 5 6 7 4 3 março 9 9 11 10 7 4 3 2 abril 10 5 11 2 7 3 8 1 maio 7 9 11 10 8 5 1 5 junho 8 12 6 8 7 2 5 4 julho 7 13 10 4 8 4 3 9 agosto 4 5 11 6 3 5 7 5 setembro 12 7 6 7 7 10 4 5 outubro 7 7 4 5 12 4 6 4 novembro 5 10 4 4 10 4 4 3 dezembro 4 6 3 3 4 4 3 8 Total 88 101 85 71 82 59 56 55 Fonte: ACT profissionais em Portugal Página 36

Gráfico n.º 5 Evolução da Sinistralidade Laboral na Construção Civil 110 100 101 90 80 70 60 50 40 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 55 profissionais em Portugal Página 37

[DOENÇAS PROFISSIONAIS] Quadro n.º 1 Certificação de Casos de Doenças Profissionais Doenças Profissionais Casos Total de Certificação de Doenças Profissionais 4841 Certificação de Doenças Profissionais de Trabalhadores do Regime Geral 4410 Certificação de doenças profissionais de trabalhadores da administração pública 431 Fonte: Relatório de Dados Estatísticos do CNPRP/ 2008 No ano de 2009 o CNPRP certificou um total de 4841 novos casos de doença profissional dos quais 4410 se referem a trabalhadores do regime geral e 431 a trabalhadores do regime da administração pública. Quadro n.º 2 Óbitos de Beneficiários e Pensionistas N.º de Óbitos de Beneficiários e Pensionistas Casos Causa da morte relacionada com a Doença Profissional 132 Causa da morte não relacionada com a Doença Profissional 477 Fonte: Relatório de Dados Estatísticos do CNPRP/ 2008 No ano de 2009 o CNPRP registou 132 óbitos de beneficiários e pensionistas cuja causa da morte esteve relacionada com a doença profissional. O número de óbitos de pensionistas/ beneficiários cuja causa de morte não teve qualquer relação com a doença profissional de que eram portadores foi de 477. profissionais em Portugal Página 38

Quadro n.º 3 Certificação de Doenças Profissionais de Trabalhadores do Regime Geral Distrito Total Aveiro 802 Beja 5 Braga 302 Bragança 7 Castelo Branco 80 Coimbra 59 Évora 18 Faro 10 Guarda 78 Leiria 334 Lisboa 747 Portalegre 14 Porto 1074 Santarém 96 Setúbal 553 Viana do Castelo 160 Vila real 16 Viseu 52 Regiões Autónomas 3 Desconhecido 0 Total 4410 Fonte: Relatório de Dados Estatísticos do CNPRP/ 2008 A distribuição geográfica das doenças profissionais apresenta incidência significativa, num total de 72% em 4 distritos, a saber: Porto com 1074 casos, Aveiro com 802 casos, Lisboa com 747 casos e finalmente Setúbal com 553 casos, situação facilmente observável no gráfico seguinte. profissionais em Portugal Página 39

Gráfico n.º 1 Certificação de Doenças Profissionais de Trabalhadores do Regime Geral Porto Aveiro Lisboa Setúbal Leiria Braga Viana do Castelo Santarém Castelo Branco Guarda Coimbra Viseu Évora Vila real Portalegre Faro Bragança Beja Regiões Autónomas 96 80 78 59 52 18 16 14 10 7 5 3 160 302 334 553 747 802 1074 0 200 400 600 800 1000 1200 Fonte: Relatório de Dados Estatísticos do CNPRP/ 2008 profissionais em Portugal Página 40

Quadro n.º 4 Certificação de Doenças Profissionais de Trabalhadores da Administração Pública Distrito Total Aveiro 33 Beja 2 Braga 5 Bragança 1 Castelo branco 5 Coimbra 12 Évora 2 Faro 3 Guarda 1 Leiria 4 Lisboa 114 Portalegre 0 Porto 130 Santarém 10 Setúbal 81 Viana do Castelo 14 Vila real 1 Viseu 7 Regiões Autónomas 5 Desconhecido 1 Total 431 Fonte: Relatório de Dados Estatísticos do CNPRP/ 2008 Quadro n.º 5 Distribuição Geográfica / Incidência mais significativa nos Trabalhadores da Administração Pública Distribuição Geográfica Casos Distrito do Porto 130 Distrito de Lisboa 114 Distrito de Setúbal 81 Fonte: Relatório de Dados Estatísticos do CNPRP/ 2008 A distribuição geográfica apresenta maior incidência da doença profissional, com 75,40% do total, nos distritos do Porto (130 casos), Lisboa (114 casos) e Setúbal (81 casos) de doença profissional. profissionais em Portugal Página 41

Quadro n.º 6 Distribuição das Doenças Profissionais por Tipo de Incapacidade a Trabalhadores do Regime Geral Distribuição por Tipo de Incapacidade Casos Reconhecidos como Doença Profissional com Incapacidade 1859 Reconhecidos como Doença profissional sem incapacidade 1315 Avaliados como sem Doença Profissional 1236 Fonte: Relatório de Dados Estatísticos do CNPRP/ 2008 No que se refere à doença profissional certificada a trabalhadores do regime geral, verificou-se a seguinte distribuição por tipo de incapacidade: - 1859 casos foram reconhecidos como doença profissional com incapacidade; - 1315 casos foram reconhecidos como doença profissional sem incapacidade; - 1236 casos foram avaliados como sem doença profissional. Quadro n.º 7 Incidência de Doenças Profissionais por Género Distribuição por Género Casos Incidência nos Homens 1841 Incidência nas Mulheres 2569 Fonte: Relatório de Dados Estatísticos do CNPRP/ 2008 O género feminino foi mais atingido pela doença profissional com 2569 casos a contrastar com os 1841 casos registados no género masculino. Quadro n.º 8 Manifestação Clínica/ Incidência mais significativa Manifestação Clínica Casos Doenças Músculo-esqueléticas 2925 Hipoacusia (surdez) 572 profissionais em Portugal Página 42

Fonte: Relatório de Dados Estatísticos do CNPRP/ 2008 Em termos de manifestação clínica as doenças com maior incidência são as doenças músculo-esqueléticas que no seu conjunto representam 66,32% - 2925 doenças seguidas dos casos de surdez profissional que representam 12,97% - 572 casos do total. Quadro n.º 9 Distribuição das Doenças Profissionais por Tipo de Incapacidade a Trabalhadores da Administração Pública Distribuição por Tipo de Incapacidade Casos Reconhecidos como Doença Profissional com Incapacidade 175 Reconhecidos como Doença profissional sem incapacidade 127 Avaliados como sem Doença Profissional 129 Fonte: Relatório de Dados Estatísticos do CNPRP/ 2008 No que diz respeito à qualificação e graduação de casos de doença profissional em trabalhadores da administração pública salientam-se os seguintes pontos relativos às incapacidades: - 175 casos qualificados como doença profissional com incapacidade; - 127 casos foram qualificados como doença profissional sem incapacidade; - 129 casos foram qualificados como sendo sem doença profissional. Quadro n.º 10 Incidência de Doenças Profissionais por Género nos trabalhadores da Administração Pública Distribuição por Género Casos Incidência nos Homens 137 Incidência nas Mulheres 294 Fonte: Relatório de Dados Estatísticos do CNPRP/ 2008 Igualmente nos trabalhadores da administração pública, se verificam mais casos de doença profissional entre o género feminino 294 casos do que no género masculino- 137 casos. profissionais em Portugal Página 43

Quadro n.º 11 Manifestação Clínica/ Incidência mais significativa nos Trabalhadores da Administração Pública Manifestação Clínica Casos Doenças Músculo-esqueléticas 262 Hipoacusia 32 Fonte: Relatório de Dados Estatísticos do CNPRP/ 2008 Em termos de manifestação clínica as doenças com mais comuns são, igualmente, as músculo-esqueléticas com 262 casos, seguidas dos casos de hipoacusia (surdez profissional) com 32 casos. profissionais em Portugal Página 44

Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho Com o Apoio de: 2014 profissionais em Portugal Página 45