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Transcrição:

Boletim 1031/2016 Ano VIII 28/07/2016 Segmento atacadista já eliminou 6 mil vagas no ano São Paulo - Após registrar em maio o saldo negativo de 938 postos de trabalho perdidos, o comércio atacadista do Estado de São Paulo acumula, agora, a soma de 6,6 mil vagas fechadas no ano. O número leva o setor a ter o mesmo nível de colaboradores de outubro de 2012. Os números foram levantados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e divulgados com exclusividade pelo DCI. Atualmente, o setor atacadista paulista emprega 492,8 mil trabalhadores. Com a perda de 6,6 mil vagas entre janeiro e maio deste ano, o atacado registrou seu pior desempenho no mercado de trabalho formal desde 2007. "É uma redução de 1,3% no estoque ativo de trabalhadores, quando se compara ao que findou 2015", diz, em nota, a FecomercioSP. Dentre as dez atividades atacadistas observadas em maio de 2016, seis registraram retração do mercado de trabalho formal. Com saldo positivo, somente o atacado de produtos farmacêuticos (87 vagas), de papel, resíduos, sucatas e metais (126 vagas), de energia e combustíveis (73 vagas) e outras atividades atacadistas (10 vagas). No sentido contrário, nos primeiros cinco meses deste ano, a atividade que mais fechou vagas formais foi a do atacado de eletrônicos e equipamentos de uso pessoal, com a eliminação de mais de 1,6 mil postos. No geral, somente em maio deste ano, os atacadistas realizaram mais de 13,5 mil admissões e outros 14,4 mil desligamentos. Apesar dos números ruins, maio foi o mês em que o saldo negativo de vagas - entre admissões e demissões -, no setor foi o menor desde novembro do ano passado. Da redação 1

Brasil perde 531 mil empregos formais no primeiro semestre - O Brasil perdeu 531 mil vagas formais no primeiro semestre deste ano, segundo dados divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho. Conforme levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), considerando a série com ajuste, ou seja, incluindo informações passadas pelas empresas fora do prazo, este é o pior resultado para o período desde o início da série, em 2002. No acumulado dos últimos 12 meses, o País encerrou junho com 1,765 milhão de vagas a menos, também considerando dados com ajuste. Só em junho, a perda de vagas formais chegou a 91.032. O resultado do Caged é fruto de 1,2 milhão de contratações e 1,295 milhão de demissões no período. O setor de Serviços foi o maior responsável pelo fechamento de vagas formais no mês de junho, segundo a pesquisa. Ao todo, foram extintos 42.678 postos na atividade só no mês passado, informou o Ministério do Trabalho. Na sequência vem a Indústria de Transformação, com o encerramento de 31.102 vagas com carteira assinada em junho. Também foram responsáveis pelas demissões líquidas a Construção Civil (-28.149 vagas), o Comércio (-26.787 postos), os Serviços Industriais de utilidade pública (-991 vagas) e a Indústria Extrativa Mineral (-745 vagas). O resultado do Caged em junho só não foi pior porque a Agricultura abriu 38.630 vagas. (FONTE: DCI dia 28/07/2016) 2

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(FONTE: Valor Econômico dia 28/07/2016) 5

Brasil fecha 531,7 mil vagas de emprego no 1º semestre É o pior resultado para o período desde 2002; em junho, foram cortados 91 mil postos de trabalho Idiana Tomazelli, O Estado de S.Paulo O Brasil perdeu 91.032 vagas formais de emprego em junho deste ano, informou o Ministério do Trabalho. No acumulado do primeiro semestre, o saldo de postos fechados é de 531.765 vagas pela série com ajuste, ou seja, incluindo informações passadas pelas empresas fora do prazo. Este é o pior resultado para o período desde o início da série, em 2002. O setor de serviços foi o maior responsável pelo fechamento de vagas formais no mês passado. Ao todo, foram extintos 42.678 postos na atividade só em junho. Na sequência figurou a indústria de transformação, com o encerramento de 31.102 vagas com carteira assinada em junho. Também foram responsáveis pelas demissões líquidas a Construção civil (-28.149 vagas), o Comércio (-26.787 postos), os Serviços industriais de utilidade pública (-991 vagas) e a Indústria extrativa mineral (-745 vagas). 6

O resultado do Caged em junho só não foi pior porque a Agricultura abriu 38.630 vagas. Esse crescimento, segundo o Ministério, está relacionado a fatores sazonais, como o cultivo do café (principalmente em Minas Gerais), atividades de apoio à agricultura e ao cultivo de laranja (esses dois últimos em São Paulo). A administração pública também abriu 790 novos postos, segundo o Caged. Ao todo, o mês de junho foi caracterizado pela extinção de 91.032 vagas. O número de postos fechados em junho deste ano foi menos intenso do que em igual mês do ano passado, quando foram extintas 111.199 vagas. Porém, superou o fechamento de 72.615 vagas formais de emprego em maio de 2016. No acumulado dos últimos 12 meses, o País encerrou junho com 1.765.024 vagas a menos, também considerando dados com ajuste. Mudanças nas regras trabalhistas podem ser propostas só no ano que vem, diz ministro Prazo dado anteriormente previa que as mudanças na lei deveriam ser apresentadas já em 2016; às centrais sindicais, ministro prometeu esperar consenso Murilo Rodrigues Alves, O Estado de S.Paulo O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, recuou do prazo estipulado por ele mesmo de, até o fim deste ano, enviar três propostas distintas para mudar as regras trabalhistas. Às centrais sindicais, o ministro se comprometeu a esperar consenso para depois encaminhar os projetos. O governo vai criar um grupo de trabalho com todas as centrais, com dois representantes de cada, para tratar sobre a atualização da legislação trabalhista e propor medidas para combater o desemprego. Não ficou definida quando será a primeira reunião. 7

"A disposição do governo é de que seja célere a definição desses trabalhos. Nossa intenção é que até o fim do ano possamos apresentar para o Brasil um texto que pacifique essa relação entre capital e trabalho. Agora, se for necessário mais um tempo, não tem nenhum problema em relação a isso", afirmou Nogueira, depois de mais de duas horas de reunião. "Agora, não dá para esperar muito mais", ressalvou. As três propostas do governo para a "atualização da legislação trabalhista" envolvem o envio de um projeto que permite que as convenções coletivas prevaleçam sobre normas legais, um novo projeto para regulamentar a terceirização no País e outro para tornar permanente o Programa de Proteção ao Emprego (PPE), previsto para acabar em 2017. Participaram da reunião representantes da Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e Nova Central. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB) não compareceram por entenderem que é preciso esperar a definição do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff para tratar sobre propostas que mexam na vida dos trabalhadores. Os membros das centrais que conversaram com o ministro saíram afirmando que estão abertas as negociações desde que não sejam retirados direitos adquiridos dos trabalhadores. "Aceitamos aprimorar, não tirar direitos, nem rasgar a CLT - Consolidação das Leis Trabalhistas", disse Ricardo Patah, presidente da UGT. Segundo ele, cada central sindical tem alguma restrição aos três temas, mas vão iniciar um processo de debate com o objetivo de superar as "adversidades" do momento. O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, disse que o ministro não estipulou um prazo para a conclusão dos trabalhos do grupo. Ele afirmou que as seis centrais tomaram a decisão de que há questões que não serão aceitas em relação à Previdência Social, mas os três temas trabalhistas podem ser aprimorados. Para José Calixto Ramos, da Nova Central, o governo "está indo com muita sede ao pote, quer beber muita água de uma vez". Segundo ele, é muito difícil chegar a um consenso até o fim do ano. "A negociação é sempre bem-vinda, mas depende dos termos dessa negociação", afirmou. "Numa situação como a de hoje, com 12 milhões de desempregados, é muito fácil o patrão fazer um acordo para evitar demissões sem levar em conta o que diz a lei. Não podemos aceitar isso tranquilamente", afirmou sobre a proposta de que convenções coletivas podem se sobrepor às normas legais. (FONTE: Estado de SP dia 28/07/2016) 8