Histórico de Medalhas, Atletas e Modalidades Paralímpicas PORTUGAL

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Transcrição:

Histórico de Medalhas, Atletas e Modalidades Paralímpicas PORTUGAL Igualdade, Inclusão & Excelência Desportiva Departamento Técnico, Setembro de

Índice Introdução... Medalhas... Gráficos de Medalhas... Atletas Paralímpicos... 9 Gráficos de atletas... Atletas vs. Medalhas... Modalidades (considerada a Paralimpíada Heidelberg 9)... Análise de modalidades... Conclusões... 8 Bibliografia...

Introdução O presente trabalho visa o enquadramento histórico das participações regulares portuguesas em Jogos Paralímpicos. Entende-se por participações regulares todas as participações realizadas de em anos (paralimpíada) sem interrupções. Portugal conta atualmente com participações oficiais em Jogos Paralímpicos. A primeira destas participações ocorreu em Heidelberg em 9. Após esta participação houve um interregno de ciclos paralímpicos ( anos) sem participações portuguesas em Jogos Paralímpicos. Assim a participação portuguesa em Heidelberg não será contabilizada nas análises de dados de participações regulares. Considera-se importante referir que a fidelidade dos dados referentes a 9 merece alguns cuidados, pelo que não nos foi possível estudar esta participação com a mesma profundidade das edições seguintes. Após a participação em Heidelberg, Portugal voltou ao quadro competitivo paralímpico somente em 8 nos Jogos Paralímpicos de Nova Iorque (Estados Unidos da América) / Stoke Mandeville (Reino Unido). Até à paralimpíada de Seul 88 os Jogos Paralímpicos realizavam-se em locais distintos dos Jogos Olímpicos. A partir da edição de 8 Portugal conta com presenças em todas as edições de Jogos Paralímpicos realizadas até à atualidade. Os últimos Jogos Paralímpicos que contaram com a presença portuguesa foram os Jogos do Rio. Pelo meio Portugal participou de forma consecutiva em Seul 88 (Coreia do Sul), Barcelona 9 (Espanha), Atlanta 9 (Estados Unidos da América), Sydney (Austrália), Atenas (Grécia), Pequim 8 (China) e Londres (Reino Unido). O presente documento apresenta dados sobre medalhas conquistadas, atletas e modalidades representadas nas referidas edições Paralímpicas.

Medalhas A primeira análise apresenta as medalhas conquistadas ao longo das nove edições regulares portuguesas. Na tabela são apresentadas as medalhas conquistadas em cada edição desde 98. Nesta tabela são também apresentados os totais de medalhas (ouro, prata e bronze) conquistadas e a média de medalhas conquistadas por edição de Jogos Paralímpicos. Ouro Prata Bronze TOTAL Ranking Nova Iorque/ Stoke Mandeville 98 º Seul 988 8º Barcelona 99 9 9º Atlanta 99 º Sydney º Atenas º Pequim 8 º Londres º Rio de Janeiro º MÉDIA,,,, - TOTAL 9 - Tabela - Dados relativos às medalhas conquistas e posição final (ranking) em cada edição dos JP.

Gráficos de Medalhas No gráfico é apresentada a dispersão de medalhas conquistadas por Portugal ao longo das nove edições regulares. Gráfico - Total de medalhas conquistadas em Jogos Paralímpicos. Total Medalhas 8 9 Total Medalhas O gráfico apresenta a dispersão de medalhas de ouro conquistadas. O gráfico apresenta também a linha de tendência de conquista de medalhas de ouro em função dos dados obtidos ao longo das últimas nove edições. Gráfico - Medalhas de Ouro conquistadas nos respetivos Jogos. Medalhas Ouro 8 Medalhas Ouro

Gráfico - Tendência de conquista de medalhas de ouro em Jogos Paralímpicos. 8 Medalhas Ouro y = -,x +,8 98 98 988 99 99 8 Medalhas Ouro Linear (Medalhas Ouro) O gráfico apresenta a dispersão de medalhas de prata conquistadas. O gráfico apresenta a linha de tendência de conquista de medalhas de prata em função dos dados obtidos ao longo das últimas nove edições. Gráfico - Medalhas de prata conquistadas nos respetivos Jogos. Medalhas Prata 8 Medalhas Prata

Gráfico - Tendência de conquista de medalhas de prata em Jogos Paralímpicos. 8 Medalhas Prata y = -,8x + 8, 98 98 988 99 99 8 Medalhas Prata Linear (Medalhas Prata) O gráfico apresenta a dispersão de medalhas de bronze conquistadas. O gráfico apresenta a linha de tendência de conquista de medalhas de bronze em função dos dados obtidos ao longo das últimas nove edições. Gráfico - Medalhas de bronze conquistadas nos respetivos Jogos. Medalhas Bronze 8 Medalhas Bronze

Gráfico - Tendência de conquista de medalhas de bronze em Jogos Paralímpicos. Medalhas Bronze 8 y = -,x +, 98 98 988 99 99 8 Medalhas Bronze Linear (Medalhas Bronze) Da análise dos gráficos de medalhas verifica-se que a conquista de medalhas (total) ao longo das nove participações regulares tem vindo a sofrer um decréscimo mais acentuado desde Atenas. O padrão de comportamento global no que toca à conquista de medalhas é relativamente estável, ainda assim a tendência nas últimas edições verifica-se negativa. A edição do Rio é história por ser a primeira edição (desde Sidney) na qual a conquista de medalhas foi superior à edição anterior. No Rio foram conquistadas medalhas superando as conquistadas em Londres. No que toca à análise de medalhas por tipo, são as medalhas de bronze que mais vezes foram conquistadas por Portugal (). Esta marca foi reforçada na edição do Rio de Janeiro onde Portugal conquistou medalhas de Bronze. Já as medalhas de ouro () são as que apresentam a linha de tendência negativa mais acentuada. As medalhas de prata conquistadas por vezes ao longo das nove edições dos Jogos Paralímpicos são aquelas que apresentam uma linha de tendência menos negativa, ainda que no Rio, Portugal não tenha conquistado qualquer medalha de Prata. Nota: y representa o número de medalhas (aproximado) estimado em função da linha de regressão linear. Para se calcular o número de medalhas estimando pela regressão (y), substituir x pelo ano da Paralimpíada para a qual se pretende calcular a estimativa de medalhas. 8

Atletas Paralímpicos O segundo foco de análise estuda o número de atletas (total, masculinos e femininos) presentes em cada edição dos Jogos Paralímpicos. A tabela apresenta o número de atletas masculinos, femininos e total em cada edição. São também contabilizados todos os atletas masculinos e femininos ao longo das nove edições regulares. Masculino Feminino TOTAL Nova Iorque/ Stoke Mandeville - 98 9 Seul - 988 Barcelona - 99 9 Atlanta 99 9 Sydney Atenas - Pequim - 8 Londres - 8 Rio de Janeiro - MÉDIA,,, TOTAL Tabela - Número de atletas por edição de JP. A missão contou com a participação de atletas. 9 Atletas nas disciplinas oficiais + atletas de basquetebol com deficiência intelectual, uma modalidade que apenas teve uma componente de exibição entre Portugal (nº do Ranking Mundial) e a equipa anfitriã dos jogos Paralímpicos, a Grécia. 9

Gráficos de atletas O gráfico 9 apresenta a média da proporção de atletas por género ao longo das nove edições regulares. Gráfico 8 - Proporção dos atletas na média total de todas as missões. Atletas % Masculinos Femininos 9% O gráfico analisa a evolução do nº de atletas ao longo das 9 edições paralímpicas (desde a primeira participação regular portuguesa em 98). Gráfico 9 - Evolução dos atletas masculinos desde Jogos de Nova Iorque, 98 até Londres,. Masculinos 9 98 98 988 99 99 8 Masculinos Linear (Masculinos)

O gráfico reflete a evolução do número de atletas femininas desde 98. Gráfico - Evolução das atletas femininas desde Jogos de Nova Iorque, 98 até Londres,. Femininos 8 98 98 988 99 99 8 Femininos Linear (Femininos) O gráfico analisa a evolução do número total de atletas desde a primeira participação regular portuguesa. Gráfico - Evolução do nº de atletas portugueses desde os Jogos de Nova Iorque, 98 até ao Rio,. Missão total 9 9 98 98 988 99 99 8 Missão Competitiva (Masculinos + Femininos) Linear (Missão Competitiva (Masculinos + Femininos)) Da análise dos dados sobre atletas verifica-se uma maior proporção de atletas masculinos comparativamente com as atletas femininas. Esta proporção ronda, no total

das oito edições estudadas, 8,% de atletas masculinos para,% de atletas femininas. Em todo o caso verifica-se que a presença de atletas femininas tem registado um aumento progressivo o que merece uma nota de registo muito significativa. Desta análise pode-se também verificar um comportamento muito mais oscilatório dos atletas masculinos. Este fator está diretamente associado à participação de modalidades coletivas. De referir que desde que Portugal não participa em modalidades exclusivamente coletivas (Ex. Futebol de ou Basquetebol em Cadeira de Rodas). Ao longo das nove edições regulares, o volume de atletas masculinos teve um mínimo absoluto de atletas em Seul 88 e um máximo absoluto de atletas em Sydney. Por sua vez as atletas femininas manifestam uma expressão em termos quantitativos significativamente menor mas mais estável com um mínimo absoluto de atletas em Nova Iorque/ Stoke Mandeville 8 e um máximo absoluto de atletas em Pequim 8 e Rio, que voltou a obter uma marca digna de registo. Em termos globais o volume da missão apresenta uma linha de crescimento positivo, com algumas oscilações ao longo das oito edições regulares. Deverá ser também referido que a edição do Rio contou com atletas na sua totalidade, sendo que 8 ( Atletismo, Natação) atletas foram convocados numa ª chamada, pela ausência da Rússia, nesta edição dos Jogos Paralímpicos.

Atletas vs. Medalhas A análise que se segue relaciona o número de atletas com o número de medalhas por edição dos Jogos Paralímpicos. Esta relação deve ser analisada com alguns cuidados e contextualizada em função da realidade desportiva paralímpica. Durante o ciclo de preparação são procurados patamares de excelência que em cenário ideal, resultariam numa relação próxima de uma medalha por atleta. Neste prisma, entende-se que todos os atletas presentes na missão estão em condições de disputar uma ou mais medalhas na sua modalidade. Este cenário poderá ser aceite num prisma teórico, mas muito dificilmente será verificado de forma objetiva no plano de competição. No prisma prático verifica-se pouco expectável um país conseguir ter atletas de excelência paralímpica em todas as modalidades consideradas nos Jogos Paralímpicos. Ainda que consiga ter atletas de excelência em todas as modalidades, estes teriam que corresponder inequivocamente sem exceção, às condicionantes da competição. Ora como se pode facilmente prever, conjugar todos estes fatores afigura-se uma tarefa praticamente impossível. Para além dos aspetos referidos atrás, deve-se considerar ainda as modalidades coletivas, na qual uma equipa compete com vários atletas para uma medalha apenas. Um país que integre na sua missão várias equipas coletivas terá à partida uma relação menor de atletas por medalha, mesmo que todos os intervenientes das referidas equipas sejam atletas de top mundial. O gráfico apresenta os dados referentes ao número de atletas e medalhas conquistadas por edição dos Jogos Paralímpicos. Gráfico - Comparação entre o número de atletas presentes e medalhas conquistadas nos Jogos Paralímpicos. 9 9 9 Medalhas Atletas

A tabela apresenta o rácio de atletas por medalha em cada edição e no somatório de todas as edições. Nova Iorque/ Stoke Mandeville - 98 Atletas Medalhas RÁCIO Atletas/Medalha 9, Seul - 988,9 Barcelona - 99 9 9, Atlanta 99, Sydney, Atenas -, Pequim - 8, Londres -, Rio de Janeiro - 9, MÉDIA,,, Tabela - Relação entre atletas e medalhas. Da análise de medalhas por número de atletas verifica-se que Portugal apresenta uma relação interessante. Em Seul 88 atletas conquistaram, o que se traduz numa relação abaixo de um atleta por medalha. A pior relação verificou-se em Londres onde atletas conquistaram, perfazendo uma média de uma medalha por cada atletas. A China, nº no ranking de medalhas no Rio, apresenta uma relação de, atletas por medalha. Tendo na sua missão atletas e tendo conquistado 9 medalhas. O Reino Unido, º no ranking de medalhas em, apresenta por sua vez uma relação de, atletas por medalha. Para os resultados verificados contribui o facto de Portugal ao longo das nove edições regulares estudadas apresentar apenas duas modalidades exclusivamente coletivas (basquetebol para deficiência intelectual e futebol de ). Ao longo destas oito edições Portugal competiu com outras equipas para além das referidas, mas em modalidades tipicamente individuais como o atletismo ou boccia. Nestas modalidades os atletas

competem maioritariamente em provas individuais. Os atletas que consigam tempos ou resultados que permitam a qualificação da equipa competem também nas provas coletivas, tendo como exemplos as estafetas xm no atletismo ou pares de boccia BC ou BC.

Modalidades (considerada a Paralimpíada Heidelberg 9) Análise de modalidades Desde a sua pioneira e remota participação em Heidelberg 9, Portugal tem vindo a manifestar uma crescente representatividade no que ao número de modalidades diz respeito. A participação nos Jogos Paralímpicos de Pequim e do Rio foram a mais vastas contando com a presença de atletas em sete modalidades distintas. Destaque para a participação no Rio na qual o Judo e o Tiro tiveram as suas estreias com atletas portugueses em competição. Este facto representa uma crescente visão e espírito de implementação de cultura e educação desportiva paralímpica. Portugal já participou em das modalidades integradas no programa dos Jogos Paralímpicos. Em Tokyo saem o Futebol de e a Vela para entrarem o Badminton e o Taekwondo. A tabela apresenta as modalidades representadas por edição Paralímpica (considerada a participação em Heidelberg - 9) Heidelberg - 9 Atletismo Basquetebol Cadeira de Rodas x Basquetebol Def. Intelectual Boccia Ciclismo Equitação Futebol de Judo Natação Remo Ténis de mesa Nova Iorque/ Stoke Mandeville - 98 x x x x x Seul - 988 x x Barcelona - 99 x x x X Atlanta 99 x x x X Sydney x x x x x X x Atenas - x x x x x X Pequim - 8 x x x x X x x Londres - x x x X x Rio de Janeiro - x x x x x X x TOTAL 9 9 Tabela - Dispersão de modalidades por edição de Jogos Paralímpicos Tiro Vela

O gráfico revela as modalidades representadas por Portugal em todas as edições paralímpicas em que participou. Gráfico - Número de participações de cada modalidade no total das edições na qual Portugal participou Nº de Participações das modalidades (nas edições paralímpicas ) Nº de Participações 9 9 O gráfico revela a percentagem do volume de participações por modalidade nas edições paralímpicas (considerando Heidelberg ). Gráfico - Percentagem do volume das modalidades pelas 8 edições Ténis de mesa % Tiro % Nº de Participações das modalidades Vela % Remo % Judo % Futebol de 8% Natação % Equitação 8% Ciclismo % Atletismo 9% Boccia 9% Basquetebol em cadeira de rodas % Basquetebol Def. Intelectual %

Conclusões A. Ao longo das nove participações paralímpicas (incluindo Heidelberg ) foram conquistadas 9 medalhas pelos atletas portugueses. Das 9 medalhas, são se ouro, de prata e de bronze. A edição na qual foram conquistadas mais medalhas foi em na cidade australiana de Sydney. B. A tendência de conquista de medalhas (totais) tem revelado um comportamento negativo, manifestando uma maior dificuldade na conquista de medalhas em Jogos Paralímpicos. Para este facto contribui o crescente e exponencial aumento no número de países em competição. Desde Nova Iorque/ Stoke Mandeville 8 o número de países em competição tem vindo a aumentar de forma sucessiva. Em 8 competiram países. No Rio estiveram em competição mais de países. Este aumento significativo de países em competição estabelece novos patamares de exigência competitiva à qual a análise dos dados não deve estar isenta. Por esta razão a imagem dos Jogos Paralímpicos assume cada vez mais uma posição de desporto de elite, sendo acompanhado de um crescente investimento na preparação desportiva dos atletas de elite paralímpicos de todo o mundo, verificando um elevado crescimento em outros continentes que não a Europa, principalmente de países Asiáticos. As medalhas de prata são aquelas que ainda assim revelam uma previsão menos negativa para os próximos Jogos Paralímpicos segundo os dados da correlação linear. C. A dimensão dos atletas portugueses tem verificado uma tendência positiva. As missões portuguesas apresentam invariavelmente mais atletas masculinos. A média final das últimas 9 edições revela uma proporção de 9% de atletas masculinos. Contudo, é de registar também o carácter oscilatório do número de atletas masculinos. Nas raparigas a evolução é mais estável e positiva e tem ganho algum terreno face à esmagadora participação masculina nas últimas 9 edições regulares. D. Do ponto de vista da relação nº de atletas/ nº de medalhas conquistadas, Portugal apresenta uma elevada eficácia da aquisição de resultados, revelando que os atletas presentes nos projetos de preparação paralímpica fazem parte da elite desportiva, 8

manifestando uma aposta acertada por parte das entidades responsáveis pela preparação e seleção de atletas paralímpicos, ainda que a tendência se esteja a reverter. E. No que diz respeito às modalidades, Portugal já esteve representado em modalidades: Atletismo, Basquetebol em cadeira de rodas, Basquetebol para atletas com deficiência intelectual, Boccia, Ciclismo, Equitação, Futebol de, Judo, Natação, Remo, Ténis de mesa, Tiro e Vela. A edição na qual Portugal representou mais modalidades foi em Pequim 8 e no Rio, onde estiveram presentes atletas de modalidades. No Rio Portugal conseguiu pela primeira vez ter atletas no Judo e no Tiro. F. As modalidades com maior percentagem de representatividade desde Heidelberg são o Atletismo e Boccia com 9%, segue-se a Natação com % e o Ciclismo com %. 9

Bibliografia Federação Portuguesa de Desporto para Deficientes (8). Portugal Paralímpico, Pequim 8: Os Portadores da Luz. Olival Basto. Federação Portuguesa de Desporto para Deficientes (). Portugal: Livros dos Louros dos Jogos Paralímpicos de Atenas. Olival Basto. Federação Portuguesa de Desporto para Deficientes (). Portugal: Livro da missão Atenas. Olival Basto. Federação portuguesa de Desporto para Deficientes (). Paralympic Games Sydney. Olival Basto. International Paralympic Committee (). Resultados medalhados. Acedido a de Setembro de, em: http://www.paralympic.org/sport/results/. Rio Official Site (). Acedido a de Setembro de, em https://www.rio.com/en/paralympics/medal-count-country.