CASAMENTO DIVÓRCIO NOVO CASAMENTO LUIZ SAYÃO

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Transcrição:

CASAMENTO DIVÓRCIO E NOVO CASAMENTO LUIZ SAYÃO

Gênesis 2.18-24: O Casamento na Criação Então o SENHOR Deus declarou: Não é bom que o homem esteja só; farei para ele alguém que o auxilie e lhe corresponda. Depois que formou da terra todos os animais do campo e todas as aves do céu, o SENHOR Deus os trouxe ao homem para ver como este lhes chamaria; e o nome que o homem desse a cada ser vivo, esse seria o seu nome. Assim o homem deu nomes a todos os rebanhos domésticos, às aves do céu e a todos os animais selvagens. Todavia não se encontrou para o homem alguém que o auxiliasse e lhe correspondesse. Então o SENHOR Deus fez o homem cair em profundo sono e, enquanto este dormia, tirou-lhe uma das costelas, fechando o lugar com carne. Com a costela que havia tirado do homem, o SENHOR Deus fez uma mulher e a levou até ele. Disse então o homem: Esta, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada mulher, porque do homem foi tirada. Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne.

O Casamento na Criação 1. O casamento é criação e plano de Deus. 2. É uma aliança entre um homem e uma mulher. 3. Gênesis enfatiza a interdependência. 4. A mulher procede do homem e o complementa. 5. Tem o propósito de: a. Glorificar a Deus. b. Realizar as partes. c. Procriar.

O Casamento na Criação Por esta razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher Gn 2.24 As obrigações para com seus pais mudam para a nova família. Deixar e se unir mostra que o casamento é uma aliança que deve ser assim encaminhada.

O Casamento na Criação Eles se tornarão uma só carne Gn 2.24 refere-se: a união sexual que concretiza o casamento aos filhos concebidos no casamento ao relacionamento espiritual e emocional a uma relação de novo parentesco

O Casamento na Criação: A mulher Auxiliadora não significa inferior ao que é auxiliado, mas fala que a força do auxiliado é insuficiente sozinha. No AT Deus é chamado de nosso auxiliador. (Sl 33.20) A ideia é de companhia indispensável. Que lhe corresponda = que complementa = que se encaixa com ele.

O Casamento na Criação: A mulher A costela e o osso do meu osso, carne da minha carne : forma poética da fórmula tradicional de parentesco (v.23). A autoridade do homem sobre a mulher vê-se no fato do homem dar nome à mulher.

O Casamento e a Queda: A mulher Sofrimento e dor. Piora a relação de domínio (homemmulher) (3.16). O desejo da mulher, e o domínio do homem.

OS TEXTOS SOBRE DIVÓRCIO NO AT Deuteronômio 24.1-4: Moisés Permite a Certidão de Divórcio. Oseias 2.2: Deus divorcia-se de Israel. Oseias 2.16-20: Deus casa-se de novo com Israel. O Divórcio das estrangeiras exigido por Esdras: Ed 10.14-19 Malaquias 2.14-16: Deus detesta o Divórcio.

DEUTERONÔMIO 24.1-4 1 Se um homem casar-se com uma mulher e depois não a quiser mais por encontrar nela algo que ele reprova, dará certidão de divórcio à mulher e a mandará embora. 2 Se, depois de sair da casa, ela se tornar mulher de outro homem, 3 e este não gostar mais dela, lhe dará certidão de divórcio, e a mandará embora. Ou se o segundo marido morrer, 4 o primeiro, que se divorciou dela, não poderá casar-se com ela de novo, visto que ela foi contaminada. Seria detestável para o SENHOR. Não tragam pecado sobre a terra que o SENHOR, o seu Deus, lhes dá por herança.

O NOVO TESTAMENTO O DIVÓRCIO JESUS PAULO

MATEUS 5.31-32 31 Foi dito: Aquele que se divorciar de sua mulher deverá dar-lhe certidão de divórcio. 32 Mas eu lhes digo que todo aquele que se divorciar de sua mulher, exceto por imoralidade sexual, faz que ela se torne adúltera, e quem se casar com a mulher divorciada estará cometendo adultério.

MATEUS 19.7-8 7 Perguntaram eles: Então, por que Moisés mandou dar uma certidão de divórcio à mulher e mandá-la embora? 8 Jesus respondeu: Moisés permitiu que vocês se divorciassem de suas mulheres por causa da dureza de coração de vocês. Mas não foi assim desde o princípio. 9 Eu lhes digo que todo aquele que se divorciar de sua mulher, exceto por imoralidade sexual, e se casar com outra mulher, estará cometendo adultério.

FATOS IMPORTANTES O casamento envolve o elemento divino e humano. Apesar de sua importância e valor, o casamento não é eterno (Mt 22.24ss). O casamento deve ser para toda a vida, mas, nem sempre esse é o caso. Se o fosse, o divórcio seria impossível. O casamento implica num contrato legal entre as partes. É uma aliança. As mulheres não eram tratadas de modo igual aos homens no AT.

O termo hebraico dabaq, traduzido por se unirá significa grudar, colar, apegar-se, sugerindo que toda separação é traumática. A palavra tradicionalmente traduzida por ajudadora em Gn 2 não implica em inferioridade. O adjetivo idônea (?), que na NVI é traduzido por que lhe corresponda, tem o sentido de complementação no original. A expressão uma só carne não tem sentido apenas físico. Seu significado abrange o aspecto psicológico e pessoal.

FATOS SOBRE O DIVÓRCIO NOS SINÓTICOS O Divórcio era comum e fácil. Jesus coloca o homem e a mulher em pé de igualdade. Entre os judeus nenhuma mulher podia divorciar-se de seu marido. Os textos de Mt 5 e de Lc 16 anunciam a ética do Reino; questionam o literalismo farisaico e falam do espírito da lei e do ideal de Jesus. A poligamia ainda era tolerada pelos judeus, pois o AT nunca a condenou. O pecado no divórcio está relacionado com quem quebra os votos do casamento. A certidão de divórcio dada pelo marido trazia uma frase que permitia à mulher um novo casamento.

FATOS SOBRE O DIVÓRCIO NOS SINÓTICOS Havia uma discussão entre os rabinos sobre o divórcio. A questão era a interpretação das escola de Hillel e de Shamai. A primeira aceitava o divórcio por qualquer motivo, a segunda somente por algo indecente. Jesus posiciona-se do lado de Shamai. Jesus procura mostrar que Deus está mais interessado no casamento do que no divórcio. Sua postura é que o casamento é monogâmico e deve durar por toda a vida. Jesus corrige o mandou dos fariseus com o termo permitiu. Dureza de coração tem o sentido de obstinação. É o pecado humano que leva alguém a quebrar os votos do casamento.

FATOS SOBRE O DIVÓRCIO NOS SINÓTICOS Jesus corrige a teologia farisaica, afirmando que a base teológica correta é o princípio e não Moisés. Aqui vemos o ideal cristão de restauração de todas as coisas conforme o princípio. Como os judeus aceitavam a poligamia, especialmente no caso da escola de Hillel, o homem só adulterava se tomasse a mulher de outro homem. A postura de Jesus protege a mulher injustamente despedida. Jesus está afirmando que um divórcio não válido implica em adultério. Jesus quer proteger a mulher desamparada.

FATOS SOBRE O DIVÓRCIO NOS SINÓTICOS Jesus admite algum tipo divórcio ou de anulação do casamento em Mt 19. A cláusula de exceção. O problema é o sentido de porneia, tradicionalmente traduzido por prostituição, cujo sentido é de fato imoralidade sexual. A visão mais conservadora sugere que o termo se referia ao que acontecera antes do casamento. O marido descobria que a mulher não era virgem, e assim anulava ao casamento. Outros até sugerem que a ideia fosse consanguinidade. A posição mais comum entende que Jesus se refere ao depois, isto é, se acontecesse alguma porneia. O termo não é literalmente adultério (moicheia), usado depois no texto. O significado é amplo e pode referir-se a qualquer tipo de imoralidade sexual.

O QUE PODEMOS CONCLUIR?

1. O divórcio não é plano de Deus 2. O divórcio sempre é um desastre e traumático 3. Divórcio sem motivo é pecado 4. Deve-se evitar o divórcio e praticar o perdão 5. Só deve haver divórcio em último caso 6. O divórcio é permitido no caso de porneia

7. O divórcio permitido incluía o direito ao novo casamento 8. Há esperança para um divorciado e para quem peca (João 4: mulher samaritana João 8: mulher adúltera) 9. Deve-se observar a situação específica e o nível de responsabilidade da pessoa

POR QUE A PERMISSÃO? O divórcio era permitido em caso de porneia. Isso geralmente aplica-se ao caso de adultério. Porneia rompe o voto de fidelidade do próprio casamento. O divórcio é um remédio amargo aplicado para que alguém não viva em poligamia.

Até onde pode ir a porneia? 1. Homossexualidade do cônjuge. 2. Insistência no adultério. 3. Pedofilia e perversões sexuais. 4. Ameaça à integridade física e à vida 5. Negligência (?), abandono (?) e negação íntima (?)

O DIVÓRCIO EM PAULO NÃO É VERDADE QUE PAULO ENSINA QUE O RECASAMENTO É CONDENÁVEL E VETADO PARA OS CRISTÃOS?

1 CORÍNTIOS 7 10 Aos casados dou este mandamento, não eu, mas o Senhor: Que a esposa não se separe do seu marido. 11 Mas, se o fizer, que permaneça sem se casar ou, então, reconciliese com o seu marido. E o marido não se divorcie da sua mulher. 12 Aos outros, eu mesmo digo isto, não o Senhor: Se um irmão tem mulher descrente, e ela se dispõe a viver com ele, não se divorcie dela. 13 E, se uma mulher tem marido descrente, e ele se dispõe a viver com ela, não se divorcie dele. 14 Pois o marido descrente é santificado por meio da mulher, e a mulher descrente é santificada por meio do marido. Se assim não fosse, seus filhos seriam impuros, mas agora são santos. 15 Todavia, se o descrente separar-se, que se separe. Em tais casos, o irmão ou a irmã não fica debaixo de servidão; Deus nos chamou para vivermos em paz.

O contexto de 1 Coríntios é diferente do que vemos nos evangelhos. O problema aqui é o casamento misto. O cristão deveria abandonar seu cônjuge pagão? Essa era a pergunta. Com base em 1Co 7.1, parece que alguns não queriam ter relações íntimas com o cônjuge descrente. Isso sugere desejo de separação. O casamento misto sempre foi condenado pelos judeus. Os filhos eram tidos como ilegítimos. Havia a mesma dúvida aqui. Alguns cristãos achavam que deveriam separar-se para terem filhos santos.

Paulo afirma: digo eu, não o Senhor, ensinando, com autoridade apostólica, sobre um assunto a respeito do qual Jesus não se pronunciou. Paulo é muito prático aqui. Veja o v. 9. A razão era a lei romana, muito liberal para com o divórcio. Muitos abandonavam o cônjuge. O verso 10 ordena que a mulher não se separe do marido. O texto refere-se à ordem de Jesus. Destina-se a mulheres crentes que achavam que deveriam deixar o marido descrente. Seguindo o ensino de Cristo, ela não poderia casar-se de novo. Não houve porneia. O cristão estava proibido de casar-se de novo sem motivo. Nos versos 12 a 15 a questão é diferente. Trata-se de cristãos que poderiam ser abandonados pelos cônjuges descrentes. A ênfase é continuar casado. Mas se o descrente resolvesse separar-se, o cristão não seria culpável.

Há grande dificuldade de interpretação é a frase debaixo de servidão. As sugestões são: (1) estão livres da lei de Cristo; podem divorciar; (2) estão livres para separar-se, mas não devem escravizar-se a nenhum outro cônjuge; (3) estão livres da escravidão do marido; (4) estão livres pela primeira vez (mulheres) para escolher o seu futuro. A frase parece indicar possibilidade de novo casamento. A frase chamou para a paz parece indicar uma expressão rabínica que significaria fazer justiça sem ser muito legalista. Isso indicaria a flexibilidade de Paulo aqui.

Pastor divorciado? 6 É preciso que o presbítero seja irrepreensível, marido de uma só mulher e tenha filhos crentes que não sejam acusados de libertinagem ou de insubmissão. Tt 1.6 (1Tm 3.2,12)

O contexto é o da epístolas pastorais. São do final do ministério de Paulo e dizem respeito aos oficiais da igreja. O presbítero, o bispo e o diácono devem mostrar vida exemplar. A questão aqui é o significado da expressão marido de uma só mulher. As alternativas são (1) não ser polígamo; (2) não ser divorciado; (3) ser fiel à esposa. A maioria dos exegetas têm preferido a posição 3. Ainda que o sentido literal da frase não seja não ser divorciado parece improvável que a igreja primitiva tenha aceitado líderes espirituais divorciados e que pessoas divorciadas conseguissem mostrar autoridade espiritual numa comunidade cristã. Em geral, um pastor divorciado não é aconselhável. Pode-se avaliar a situação específica. Pode haver exceção.

SUGESTÕES DE PRÁTICAS PARA ABORDAR CASOS DE DIVÓRCIO NO CONTEXTO DA IGREJA Os parâmetros gerais são o ideal mogâmico cristão, o grau de responsabilidade do que errou e a situação em que ele se encontra. Aconselha-se o altruísmo, o reconhecimento do erro e a disposição de corrigi-lo e de assumir as consequências do mesmo como critérios de abordagem das situações específicas. Textos principais: Mt 19.3-12; 1 Co 7.8-16; Tt 1.6; 1 Tm 3.2,12; Jo 4.16-18

ENSINO E PRÁTICA DO IDEAL MONOGÂMICO CRISTÃO PROPOSTAS A. A Igreja deve promover cursos preventivos sobre namoro, sexo, casamento. Prevenir é fundamental. B. A Igreja deve ensinar e enfatizar o casamento monogâmico. O divórcio sempre será um desastre. Isso deve ficar claro. C. Deve-se promover a prática do perdão e do andar a segunda milha. OBSERVAÇÕES Os cursos precisam ser atuais, adequados para as faixas etárias. Deve ser feito alguma coisa pelo menos anualmente. Retiros, encontros, jantares são boas sugestões. Não se deve permitir a idéia de que o divórcio é um direito. O casamento é um ministério cristão. Pessoas de vida conjugal exemplar devem ser honradas. Quem suporta situação especialmente difícil também serve de inspiração.

CORREÇÃO DO PECADO SITUAÇÃO CORREÇÃO OBSERVAÇÕES A. Gravidez de solteiras Devem arrepender-se formalmente e casar-se Sem arrependimento, deve haver disciplina. Nem sempre é possível o casamento, mas as consequências devem ser assumidas. B. Adultério ligado à prostituição Arrependimento formal. Abandono da prática. C. Adultério Arrependimento formal. com um caso Abandono da prática. D. Violência Arrependimento formal. Abandono da prática. E. Perversões Arrependimento formal. Sexuais Tratamento e ajuda. Abandono da prática. Deve-se buscar perdão e ajuste da vida conjugal. A permanência no erro permitirá o divórcio. Tudo deve ser feito para manter o casamento. As consequências devem ser assumidas (filho). Tanto a violência sexual como a física devem ser consideradas. A permanência e a ameaça à vida e à integridade física são motivo de divórcio. Homossexualismo, fantasias absurdas, práticas sadomasoquistas e incesto são motivos de divórcio (porneia). Há problemas sérios que merecem correção e tratamento (não violentos).

SITUAÇÃO CORREÇÃO OBSERVAÇÕES F. Abandono Quem abandona é muitas vezes culpado. Verificar se Deve-se ver o caso e consolar e ajudar o cônjuge abandonado. Se o que foi abandonado tem culpa e deve corrigir algo. a situação for irrecuperável e a vítima for inocente, o divórcio é legítimo. G. Motivos Devem ser corrigidos com firmeza. Arrependimento Motivos como não gosto mais, não sou feliz, não sou Banais formal. Tratamento e ajuda. compreendido devem ser rejeitados. O divórcio é pecado. H. Outros Negligência material e emocional: É preciso tratar da Casos difíceis. Devem ser avaliados caso por caso. De modo situação. Frigidez e impotência: Tratamento médico geral o divórcio é inaceitável. O cristão não pode ser egoísta. Se eo cônjuge fica paralítico, não se pode abandoná-lo. No caso do psicológico. cônjuge ou da família sofrer ameaça de integridade física use o Problemas de saúde sérios e psiquiátricos: Merecem bom senso. A separação é inevitável. tratamento e ajuda. I. Pecado Corrigir conforme o princípio de exigência maiorse for tolerado destruirá a igreja. O líder inocente também dos Líderes para quem tem maior responsabilidade. perde autoridade e precisa de correção. A igreja precisa agir Arrependimento formal. Perda da posição decom firmeza e com misericórdia. A recondução à posição de liderança e disciplina pública. liderança imediata é desaconselhada.

RECUPERAÇÃO E RECONCILIAÇÃO SITUAÇÃO A. Convertidos que deixaram a vida promíscua OBSERVAÇÕES Devem ser aceitos normalmente se mostram arrependimento e mudança de vida. Devem arcar com as consequências da vida antiga e ser conduzidos para igrejas e grupos onde possam crescer espiritualmente sem atritos. B. Divorciados Se a pessoa converteu-se já divorciada, deve ser aceita sem problemas. Mas é responsável pela vida antiga. Sua posição como líder é desaconselhável. Todavia é preciso avaliar o contexto e cada caso. C. Pessoas que vivem Devem acertar a situação perante César. Às vezes isso é difícil. Se o descrente junto rejeita, o cristão é inocente. Pode ser aceito na condição de continuar procurando resolver a situação. Se não há empecilho, a recusa implica em não ser aceito na igreja.

RECUPERAÇÃO E RECONCILIAÇÃO SITUAÇÃO D. Divorciados Crentes E. Pessoas totalmente enroladas F. Pessoas sem solução OBSERVAÇÕES Devem ser conduzidos ao arrependimento formal, se forem culpados. Se estão de fato arrependidos, devem escrever uma carta ao ex-cônjuge e assumir todos os problemas do passado. Poderão ser membros da igreja. A liderança deve ser evitada. São as que casaram com alguém, tiveram filhos com outros e estão com um terceiro! Devem acertar a situação com o último estado e assumir problemas anteriores. Podem ser recuperadas e tratadas. Em geral, não poderão ser líderes. São as que não têm documentos, que foram abandonadas há anos. Deve-se fazer o possível para resolver o problema. A lei hoje facilita muito. Cada caso deve ser estudado individualmente.

Portanto Vamos investir na família

LUTAR CONTRA O DIVÓRCIO E SEUS MALES

PENSAR NAS CONSEQUÊNCIAS E NOS PROBLEMAS DECORRENTES DO DIVÓRCIO!!!

E TER UM CORAÇÃO SENSÍVEL ÀS PARTES FERIDAS E MACHUCADAS!

Parece que todo caso tem solução. Veja o texto bíblico: João 4.16-18 16 Ele lhe disse: Vá, chame o seu marido e volte. 17 Não tenho marido, respondeu ela. Disse-lhe Jesus: Você falou corretamente, dizendo que não tem marido. 18 O fato é que você já teve cinco; e o homem com quem agora vive não é seu marido. O que você acabou de dizer é verdade.