Informática como instrumento de inclusão social para Portadores de necessidades especiais e demais membros da comunidade do Brejo paraibano

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Transcrição:

Informática como instrumento de inclusão social para Portadores de necessidades especiais e demais membros da comunidade do Brejo paraibano MEIRELES 1, Denisvaldo A. de; MIRANDA 2, Márcia C.V.; SILVA 3, Ruan dos S. 1 Voluntário. Graduando em Agronomia. DCFS/CCA/UFPB. Email: dennismeirelles@hotmail.com. PROBEX 2013; 2 Professora orientadora e coordenadora do projeto. DCFS/CCA/UFPB. Email: miranda@cca.ufpb.br. PROBEX 2013; 3 Bolsista. Graduando em Agronomia. DCFS/CCA/UFPB. Email: ruanagroufpb@gmail.com. PROBEX 2013. RESUMO As facilidades providas pelos avanços tecnológicos da Eletrônica e da Informática, mais especificamente das Tecnologias de Comunicação e Informação (TIC s), não podem ficar despercebidas. As ferramentas de comunicação e interconexão abrem um leque de oportunidades e agem possibilitando o desenvolvimento, a interação e a inclusão digital e social. O presente trabalho teve como objetivo promover a alfabetização digital, o acesso à internet e às TIC s, como meio de possibilitar a inclusão social de pessoas da região do brejo, incluindo portadores de deficiência física, visando a redução da desigualdade social e digital na região. Foi ministrado um curso de informática, onde a metodologia de ensino empregada esteve relacionada com o uso de softwares, programas de digitação e edição de texto, noções básicas de navegação na Internet e usos de testes avaliativos. No decorrer do curso, foi possível notar uma evolução muito rápida no aprendizado dos alunos. O uso da internet e dos recursos de TIC s promoveram uma melhora na autoestima e contribuíram para a capacitação dos participantes. O curso trouxe benefícios significativos aos alunos portadores de deficiência, tendo em vista que estes mudaram sua mentalidade com relação à maneira de desempenhar suas funções. Hoje todos os participantes do curso adquiriram o hábito de uso do computador, e estão aptos a prosseguir com o aprendizado. PALAVRAS-CHAVE: Informática. Inclusão social. Educação. INTRODUÇÃO Com a globalização, a cada dia que passa, a Informática vem adquirindo cada vez mais relevância na vida das pessoas. Sua utilização já é vista como instrumento de aprendizagem e sua ação, no meio social, vêm aumentando de forma rápida entre as pessoas (SILVA & MIRANDA, 2011). Atualmente, a Informática é exigida em todas as áreas do conhecimento. Entretanto, em nosso país, temos, de um lado, uma parcela muito pequena da população que transita neste universo novo das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC s), e de outro,

uma parcela imensa que apenas tem uma pequena noção e pouco conhecimento sobre a nova realidade. Lima & Selaimen (2003) afirmam que todos os cidadãos têm direito ao uso das novas TIC s e não podemos pensar em inclusão social sem pensar em formas de como incluir o cidadão neste novo mundo onde as ferramentas digitais estão em toda parte. A inclusão digital é um dos caminhos para atingir a inclusão social. Por meio dela, as camadas mais carentes da população podem se beneficiar com novas ferramentas para obter e disseminar conhecimento, além de ter acesso ao lazer, à cultura e melhores oportunidades no mercado de trabalho. Assim, os programas de inclusão digital são ações que ajudam a democratizar o acesso às novas tecnologias, levando computadores, conexão de internet e cursos de formação às populações mais necessitadas (BRASIL, 2013). A informática obteve grande importância na sociedade nos últimos anos. Carvalho & Daltrini (1994) afirmam que o avanço tecnológico transformou o computador em uma ferramenta cada vez mais indispensável às atividades humanas. Atualmente, é difícil encontrar um ambiente onde o computador não esteja presente, de maneira direta ou indireta. De fato, o computador já está integrado na vida das pessoas e sem ele será cada vez mais difícil a adaptação das mesmas na sociedade moderna. Pode-se dizer que, com tudo isto, uma grande parte da sociedade está sendo amplamente beneficiada e o benefício será mais amplo na medida em que mais pessoas consigam ter acesso aos equipamentos de informática (CARVALHO, 2003). Diante desta realidade, o presente trabalho teve o objetivo de promover a alfabetização digital, o acesso à internet e às Tecnologias de Informação e Comunicação, como meio de possibilitar a inclusão social de deficientes físicos e demais membros das comunidades nas cercanias do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), localizada no brejo paraibano, contribuindo para a redução da desigualdade social e digital, colocando a Informática a serviço do cidadão, provendo meios para que tenham um diferencial na sua inserção no mercado de trabalho e no efetivo exercício de suas cidadanias. METODOLOGIA O curso de inclusão digital que foi ministrado durante o período do projeto teve como alunos pessoas do município de Areia, e de algumas cidades e distritos

circunvizinhos. Durante este período, foi atendido os mais diversos públicos, desde estudantes e donas de casas à moradores da zona rural e urbana. É importante ressaltar também, que os cursos executados contaram com a participação de cadeirantes provenientes da cidade de Remígio-PB, através de parceria feita com a Secretaria de Ação Social deste Município. As aulas foram ministradas no LACACIA (Laboratório de Computação Aplicado as Ciências Agrárias) do CCA. As atividades exercidas incluíram formas de adaptação da infra-estrutura, materiais aos portadores de necessidades especiais, incluindo, também, elaboração de exercícios, apostilas e materiais áudio visuais. A metodologia de ensino aplicada consistiu na utilização de recursos de programas e utilitários visando inserir nos alunos conhecimentos para a execução de trabalhos comuns e fortemente associados ao atual mercado de trabalho. Além disto, fez parte dos cursos e oficinas, alguns aplicativos básicos utilizados no cotidiano, como digitar de maneira correta e rápida, utilização de programas de edição de texto e noções básicas de como navegar na Internet. O curso teve duração de 3 meses, carga horária de 40 horas e duas turmas compostas por até 25 vagas cada. A didática do curso envolveu atividades teóricas e práticas, utilizando-se de materiais didáticos como: projetor multimídia, listas de exercícios práticos, provas e apostilas, elaboradas com o conteúdo aplicado em sala de aula. Além disso, foi aplicado um questionário para que com isso fosse construído um perfil dos alunos do curso. O conteúdo programático, ministrado durante o período do curso de Informática, foi dividido em quatro módulos: Digitação, Sistemas Operacionais, Editor de Texto e Internet. A Figura 1 apresenta fotos dos alunos do projeto durante a realização das aulas no LACACIA. Figura1. Esquerda: Alunos realizando atividades; Direita: Sala de aula LACACIA

RESULTADOS Após levantamento de dados feitos através dos questionários aplicados com os alunos dos cursos de Inclusão Digital, foram gerados gráficos representativos das características do público-alvo atendido, conforme é apresentado abaixo. A estruturação do curso contou com a divisão dos alunos em duas turmas, uma turma no período da manhã e a outra turma no período da tarde. Inicialmente, podemos observar no Gráfico 1 (A) que do total de alunos a maioria foi composta por mulheres (84%). Sendo que o percentual de homens foi de 6% do total de participantes. Gênero Gênero Masculino Gênero Feminino 16% Faixa Etária 17 a 25 anos 25 a 35 anos 35 a 45 anos Acima de 45 anos 7% 84% A 22% 30% 41% B Grafico 1 A: Percentual de alunos do curso por gênero; B: Faixa etária dos alunos participantes do curso No Gráfico 1 (B), podemos observar que dentre as pessoas que concluíram o curso, a maior parte (41%) foi composta por pessoas com faixa etária de 17 a 25 anos, faixa de idade que abrange principalmente as pessoas que têm o interesse em conseguir o primeiro emprego. Em consequência disto, observa-se que é exatamente este público que necessita de um diferencial de conhecimento técnico, visando melhores condições de competitividade no mercado de trabalho. Os alunos com faixa etária de 25 a 35 anos representaram 30% do total e logo em seguida vieram os alunos com idade de 35 a 45 e acima de 45 anos que representaram 22 e 7%, respectivamente. O aprendizado que o curso de informática propiciou aos participantes foi muito significativo. No início do curso, muitos dos alunos nunca haviam tido contato com o computador, e, além disso, alguns dos alunos cadeirantes apresentavam dificuldades motoras. Isso fez com que fosse necessária uma atenção especial com relação à didática de ensino e ao auxílio no manuseio dos recursos de teclado e mouse. Com a continuidade do curso, pôde-se notar uma evolução muito rápida no aprendizado dos alunos. A partir disso, observou-se que o uso da Internet e dos recursos

TIC s puderam proporcionar mudanças nos alunos desde o período de implantação do projeto até o seu término. Além de possibilitar mais uma ferramenta para inserção no mercado de trabalho e de sustentação pessoal, houve uma significativa contribuição na melhoria da autoestima dos participantes e na clara intenção de maior exercício de suas cidadanias. CONCLUSÃO Com o término dos cursos, foi observada a satisfação dos participantes na aquisição de maiores conhecimentos para enfrentarem o mercado de trabalho. Os alunos do projeto desenvolveram a consciência de que a informática é importante e pode ser útil no dia a dia. Hoje todos já estão familiarizados com o uso do computador e adquiriram o hábito de uso desta ferramenta, estando aptos a prosseguir com o aprendizado. Os cursos promoveram uma grande mudança na rotina dos alunos cadeirantes. Atualmente, eles desenvolveram uma nova mentalidade com relação à maneira de desempenhar suas funções e ao seu papel como membros atuantes da sociedade. REFERÊNCIAS BRASIL. Educação: Programa de Inclusão Digital. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/sobre/educacao/acesso-a-bibliotecas-publicas-na-rede>. Acesso em: ago. 2013. CARVALHO, J.O.F.; DALTRINI, B.M. Interfaces de sistemas para computadores voltadas para o usuário. Revista do Instituto de Informática da PUCCAMP, Campinas, n.1. p.3-8, 1994. CARVALHO, J.O.F. O papel da interação humano computador na inclusão digital. Revista do Instituto de Informática da PUCCAMP, Campinas, n.15. p.75-89, 2003. LIMA, P.; SELAIMEN, G.B.; Desafios para a inclusão digital no terceiro setor em Software Livre e Inclusão Digital. Sérgio A. Silveira e João Cassino (org.), Ed. Conrad, 2003. SILVA, G.B.; MIRANDA, M.V.C. Importância da Inclusão Digital para Jovens e Adultos da Comunidade do Brejo Paraibano. 11p, 2011. (Relatório do Curso ministrado/extensão).