Regulamento Interno do Serviço de Provedoria da Câmara dos Solicitadores

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Transcrição:

Regulamento Interno do Serviço de Provedoria da Câmara dos Solicitadores Artigo 1.º Objeto O presente regulamento tem por objetivo definir os procedimentos do serviço de provedoria da Câmara dos Solicitadores, doravante designados pela sigla PROSAE. Artigo 2.º Funções 1 O PROSAE tem como função mediar as reclamações relativas a atos ou omissões praticados pelos solicitadores, agentes de execução e estagiários, que lhe sejam apresentadas por mandatários, exequentes, executados ou outros interessados, com vista a encontrar, através de meios informais, as soluções mais adequadas e justas para a sua resolução. 2 O PROSAE não aprecia reclamações relativas a atos dos órgãos da Câmara dos Solicitadores. Artigo 3.º Definições Para efeitos no presente regulamento considera-se: a. Reclamante: mandatários, exequentes, executados ou interessados que apresentam a reclamação; b. Reclamado: solicitadores, agentes de execução, estagiários de solicitadores ou estagiários de agentes de execução; c. Reclamação: exposição apresentada pelo reclamante ao PROSAE nos termos do artigo 9.º.

Artigo 4.º Competências O PROSAE tem competência para: a) Receber, apreciar e mediar, as reclamações que lhe sejam apresentadas pelos reclamantes, relacionadas com atos ou omissões praticados pelos reclamados; b) Promover o diálogo entre a entidade reclamante e o reclamado sempre que o considere vantajoso para a resolução da reclamação. Artigo 5.º Requisição de documentos O PROSAE pode solicitar ao Presidente da Câmara dos Solicitadores que, nos termos do artigo 7.º do Estatuto da Câmara dos Solicitadores, diligencie pela entrega de documentos imprescindíveis à apreciação da reclamação. Artigo 6.º Reclamações 1 Os reclamantes têm o direito de apresentar ao PROSAE as reclamações que considerem pertinentes, nos termos do presente regulamento. 2 O exercício deste direito não acarreta o pagamento de qualquer taxa junto da Câmara dos Solicitadores nem haverá lugar a qualquer pagamento. 3 Cabe ao reclamante o ónus de apresentação e acompanhamento da sua reclamação, não havendo lugar ao reembolso de quaisquer despesas em que incorra.

Artigo 7.º Dever de sigilo O PROSAE deve guardar sigilo em relação a todos os factos que tome conhecimento no âmbito da suas funções. Artigo 8.º Coexistência com outras formas de resolução de conflitos 1 A intervenção do PROSAE não inibe ou prejudica o direito do reclamante de recurso aos tribunais, à participação disciplinar ou a outros mecanismos de resolução extrajudicial de litígios. 2 A intervenção do PROSAE não pode ser suscitada em questões relativamente às quais tenha sido instaurado procedimento disciplinar, arbitral ou judicial. Artigo 9.º Forma e conteúdo de apresentação das reclamações 1 As reclamações dirigidas ao PROSAE podem ser apresentadas pelos reclamantes através de diversos meios de comunicação, nomeadamente, carta, fax, endereço eletrónico ou presencialmente, desde que os mesmos permitam a leitura, impressão, cópia e arquivo dos respetivos documentos. 2 As reclamações devem ser apresentadas de forma concisa e objetiva e conter as informações relevantes para a sua apreciação por parte do PROSAE, devendo incluir, pelo menos, os seguintes elementos: a) Identificação completa do reclamante (nome e, no caso de pessoas coletivas, identificação de gerente/administrador, número do documento de identificação e contactos) e do seu eventual representante, na qualidade de advogado ou solicitador;

b) Identificação do reclamado; c) Descrição dos factos que motivaram a reclamação, com identificação dos intervenientes e da data em que os factos ocorreram, quando tal for possível; d) Identificação do processo judicial, sempre que a reclamação resulte da atuação do reclamado nesse processo. 3 - Com a reclamação dirigida ao PROSAE devem ainda ser juntos os elementos que o reclamante disponha e considere adequados à justificação dos factos por si invocados. Artigo 10.º Análise prévia e indeferimento 1 A reclamação é arquivada quando: a) Não cumprir os requisitos de forma e conteúdo do artigo anterior; b) O reclamante não proceda ao suprimento da omissão dos requisitos no prazo definido para esse efeito; c) O seu conteúdo seja qualificado como vexatório ou tenham sido manifestamente apresentadas de má-fé; d) Reitere outras reclamações já apresentadas pelos mesmos reclamantes em relação aos mesmos factos e em relação às quais o PROSAE já tenha intervindo; e) O PROSAE tiver conhecimento de que a matéria objeto da mesma se encontra pendente de resolução de litígio por parte de órgãos disciplinares arbitrais ou judiciais. 2 A não apreciação da reclamação, nos termos previstos no número anterior, deve ser comunicado pelo PROSAE, por escrito, ao reclamante.

Artigo 11.º Processo 1 Na instrução e apreciação das reclamações o PROSAE deve ter em consideração os princípios da celeridade e do contraditório, procurando encontrar soluções consensuais, justas e equitativas para as partes envolvidas. 2 Sem prejuízo do disposto no número anterior, o PROSAE não fica vinculado a quaisquer formalismos em matéria de gestão e organização dos processos, podendo adotar os procedimentos razoáveis que considere apropriados para a instrução processual, desde que não prejudiquem desproporcionadamente os direitos ou interesses legítimos das partes. 3 A tramitação do processo pressupõe que o reclamado seja convidado a pronunciar-se, em 10 dias, sobre o procedimento iniciado pelo PROSAE. 4 Na falta ou recusa de resposta por parte do reclamado, o reclamante será inteirado deste facto, indicando-se, em 10 dias, as entidades a quem pode recorrer. 5 A apreciação da reclamação deve ser fundamentada, de forma escrita, no prazo de trinta (30) ou quarenta e cinco (45) dias, consoante as reclamações sejam simples ou se revistam de alguma complexidade, respetivamente, contados a partir da data da sua receção. Artigo 12.º Relatório de atividade 1 O PROSAE deve remeter ao Presidente da Câmara dos Solicitadores, periodicamente, um relatório da sua atividade. 2 O PROSAE pode elaborar sugestões a serem remetidas ao Conselho Geral relativamente a procedimentos que considere suscetíveis de correção. 3 Para efeitos do número anterior, o PROSAE pode, ainda, propor ao Conselho Geral a emissão de avisos genéricos a comunicar aos solicitadores e agentes de execução.