PODER JUDICIÁRIO COMARCA DE CASCAVEL PR VARA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE

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Transcrição:

PORTARIA N 03/07 Disciplina o ingresso e permanência de crianças e adolescentes desacompanhados dos pais ou responsáveis em bailes, promoções dançantes, eventos esportivos, espetáculos públicos e ensaios, certames de beleza, shows, apresentações artísticas, boates e congêneres etc. Excelentíssimo Senhor Doutor Sérgio Luiz Kreuz, MM. Juiz de Direito da Vara Infância e da Juventude da Comarca de Cascavel,, no uso de suas atribuições legais e, em especial, nos termos dos artigos 70, 146 e 149, inciso I, alínea d, todos do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n 8.069 de 13 de julho de 1990), CONSIDERANDO 1) que compete à autoridade judiciária disciplinar através de portaria ou autorizar, mediante alvará, a entrada e permanência de crianças ou adolescentes, desacompanhados dos pais ou responsáveis em bailes, promoções dançantes, boates e congêneres, espetáculos públicos e ensaios, eventos esportivos, certames de beleza, shows, apresentações artísticas, etc. (art. 149, do ECA); 2) que cabe ao Poder Judiciário dar a devida aplicação às normas do Estatuto da Criança e do Adolescente, de modo que as crianças e adolescentes tenham a devida proteção, bem como condições para seu desenvolvimento; 1

3) que é dever de todos prevenir a ocorrência de ameaça ou violação dos direitos da criança e do adolescente (art. 70, ECA); 4) que a criança e o adolescente têm direito a informação, cultura, lazer, esportes, diversões, espetáculos e serviços que respeitem sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento (art. 71, ECA); 4) a necessidade de disciplinar de forma a servir de suporte às autoridades públicas, às Polícias Civil e Militar, ao Conselho Tutelar, às entidades e pessoas ligadas à defesa dos interesses da criança e do adolescente, aos promotores de eventos, etc. RESOLVE EXPLICITAR E DISCIPLINAR O SEGUINTE: Capítulo I - Disposições Preliminares Art. 1 Para os efeitos da presente portaria, consoante o disposto no art. 2º, do Estatuto da Criança e do Adolescente, considera-se criança a pessoa até doze anos de idade incompletos e adolescente a pessoa entre 12 (doze) e 18 (dezoito) anos de idade incompletos. Art. 2 Para os efeitos da presente portaria, considera-se responsável legal somente as seguintes pessoas: o pai, a mãe, o tutor, o curador ou o guardião (judicial). 1 - Os estabelecimentos deverão proceder à rigorosa e prévia verificação do porte de documento de identidade das crianças e adolescentes, seus responsáveis legais e acompanhantes. 2 - Os tutores, curadores e guardiães deverão sempre exibir o original ou cópia autenticada dos respectivos termos de tutela, curatela ou guarda. 2

Capítulo II Horários e Faixas Etárias Art. 3 o - São proibidas o ingresso e a permanência de crianças e adolescentes menores de (18) anos, quando desacompanhados dos pais ou responsáveis legais, em boates, bailes, festivais, promoções dançantes e eventos assemelhados, incluindo bailes carnavalescos, exceto mediante alvará judicial. (art. 149, 2 ); Art. 4 o - Sempre que no evento for permitida a entrada de menores de dezoito (18) anos, é obrigatório o alvará judicial, devendo seus promotores obedecer aos requisitos indicados nesta Portaria. Art. 5 o - Na realização de eventos esportivos, são proibidos o ingresso e a permanência de menores de 12 (doze) anos de idade, no período diurno, e de menores de 16 (dezesseis) anos de idade, no período noturno, quando desacompanhados dos pais ou responsáveis legais. 1º - Os responsáveis pelos estádios, ginásios e campos desportivos deverão providenciar a afixação de cartazes nos locais de venda de ingressos, informando ao público quanto aos limites etários ora fixados. 2º - As exceções serão examinadas a requerimento do interessado mediante alvará judicial. Art. 6 - Dependerá de alvará judicial a participação de menores em desfiles e certames de beleza (Art. 149, inciso II, alínea b, do ECA). 1 - Em se tratando de desfiles e/ou concursos com a participação de crianças e adolescentes, é ainda necessário: a) prévia autorização escrita de pelo menos um dos pais ou responsável legal, com cópia do documento desta pessoa, observando-se ainda que os promotores do evento devem seguir todas as normas estabelecidas nesta Portaria e no Estatuto da Criança e do Adolescente; b) fotocópia do documento de identidade ou da certidão de nascimento do participante; 2 - Tais eventos deverão encerrar-se até as 24 horas. 3

Capítulo III Alvará Art. 7 Todos os estabelecimentos deverão ter alvará judicial para entrada e permanência de crianças e adolescentes, expedido pelo Juízo de Direito da Vara da Infância e da Juventude. Parágrafo único - No caso de alvarás para eventos específicos (shows, espetáculos, bailes, eventos esportivos, etc.), o alvará deverá ser requerido com a antecedência mínima de 15 (quinze) dias. Art. 8 O pedido de alvará judicial deverá ser formulado diretamente pelo representante legal do estabelecimento requerente ou por procurador devidamente constituído. Art. 9 O pedido de alvará judicial deverá ser instruído com os seguintes documentos, no original ou em cópias autenticadas: a) contrato social e estatuto atualizado do estabelecimento requerente; b) cédula de identidade do representante legal da pessoa jurídica; c) cartão de identificação de contribuinte pessoa física (CPF) do representante legal da pessoa jurídica; d) cédula de identidade do requerente, se diverso do representante legal; e) cartão de identificação de contribuinte pessoa física (CPF) do requerente, se diverso do representante; f) comprovação de inscrição e de situação cadastral no âmbito estadual e federal; g) alvará de localização e funcionamento expedido pela Prefeitura Municipal; h) alvará do Corpo de Bombeiros ou laudo técnico de estrutura e sistema de segurança firmado por engenheiro civil com firma reconhecida e acompanhado de cópia da carteira profissional do mesmo; i) comprovante de quitação ou parcelamento de eventual multa administrativa que tenha sido aplicada ao estabelecimento, em sentença transitada em julgado; 4

Art. 10 A ausência do alvará judicial implicará na expressa proibição de entrada e permanência de criança ou adolescente desacompanhado dos pais ou responsável legal, mesmo que atendidas todas as normas relativas às condições materiais de funcionamento do estabelecimento. Art. 11 Os interessados deverão esclarecer no pedido de alvará a natureza do espetáculo, público alvo, número esperado de pessoas, bem como se haverá ou não venda ou distribuição de bebida alcoólica (Art. 149, parágrafo 1, do ECA). Parágrafo único - Em caso de venda ou distribuição de bebida alcoólica no local do evento o requerente deverá esclarecer como será realizada a fiscalização para que crianças e adolescentes não tenham acesso (Art. 243, do ECA), indicando a pessoa responsável pela venda, com cópia do documento de identidade, para fins de responsabilização criminal, caso ocorra venda à criança ou adolescente (Art. 243, do ECA). Capítulo IV Apreensão e Auto de Infração Art. 12 As crianças e adolescentes encontrados em horários impróprios ou em estabelecimento não autorizado, segundo as normas da presente portaria, deverão ser conduzidos aos pais ou responsável legal, mediante a lavratura do termo de entrega. 1 - No caso de impossibilidade de entrega aos pais ou responsável, a criança ou adolescente deverá ser encaminhado ao Conselho Tutelar competente. 2 - Não sendo possível a entrega aos pais ou responsável, ou o encaminhamento imediato ao Conselho Tutelar, a criança ou o adolescente deverão ser abrigados em caráter emergencial, devendo ser encaminhados ao Conselho Tutelar até as 12h00min horas do primeiro dia útil subseqüente. 3 - No caso de ofensa verbal ou física praticada pelo adolescente contra a autoridade autuante, o adolescente poderá ser apreendido em flagrante por ato infracional de desacato, vias de fato, lesão corporal, dentre outras infrações, segundo a gravidade da ocorrência, ao prudente critério da autoridade 5

autuante. No caso de apreensão em flagrante, o adolescente deverá ser imediatamente apresentado à Autoridade Policial. Art. 13 A autoridade que apreender a criança ou o adolescente deverá lavrar boletim de ocorrência ou auto de infração. O documento lavrado pela autoridade autuante deverá ser encaminhado ao Juízo de Direito da Vara da Infância e da Juventude, no prazo de 05 (cinco) dias. Capítulo V - Responsabilidade Art. 14 Os proprietários, sócios, promotores, organizadores, dirigentes, gerentes ou responsáveis pela casa de diversão, espetáculo público, desfile, evento esportivo ou congênere deverão afixar, em local visível e de fácil acesso, à entrada do estabelecimento, aviso escrito destacado e facilmente legível contendo informação sobre as faixas etárias autorizados pela presente portaria, sob pena de infração administrativa (Art. 74, c.c., Art. 252, do ECA). Parágrafo único - No local da venda de ingressos deverão alertar que a entrada só pode ser permitida àqueles que portarem documento de identificação, com fotografia. Art. 15 Todos os proprietários, sócios, promotores, organizadores, dirigentes, gerentes, diretores, responsáveis, funcionários, empregados e prepostos, a qualquer título, dos estabelecimentos mencionados nesta portaria serão solidariamente responsáveis, pelo descumprimento das normas estabelecidas na mesma. Art. 16 A presente portaria explicita e regulamenta algumas das obrigações contidas no Estatuto da Criança e do Adolescente e legislação extravagante, mas não exclui as demais obrigações e penalidades contidas no referido Estatuto ou em outros diplomas legais, cuja ignorância não se poderá alegar para escusar-se do cumprimento da Lei. Capítulo VI Sanções 6

Art. 17 O descumprimento das prescrições da presente portaria implicará na imposição de pena de multa de três (03) a vinte (20) salários-mínimos, aplicando-se a multa em dobro no caso de reincidência, além do fechamento do estabelecimento por até 15 (quinze) dias (Art. 258, do Estatuto da Criança e do Adolescente), sem prejuízo de outras sanções de ordem administrativa ou penal (Art. 258, do ECA). Parágrafo único - São casos especificamente previstos na legislação pertinente, na hipótese de reincidência, em que poderá ser determinado o fechamento do estabelecimento por até 15 (quinze) dias: a) Quando o responsável deixar de afixar informação destacada quanto aos horários e faixas etárias permitidos para entrada e permanência de crianças ou adolescentes (Art. 252, do ECA); b) Quando constatado o fornecimento ou consumo, por criança ou adolescente, de quaisquer produtos que possam causar dependência física ou psíquica, inclusive bebidas alcoólicas e tabaco sob qualquer forma (cigarros, cigarrilhas, charutos e congêneres), no interior do estabelecimento; c) Quando constatada a presença de criança ou adolescente no estabelecimento em horário não autorizado pela presente portaria ou alvará específico. Art. 18 Os valores das multas deverão ser recolhidos até 30 (trinta) dias após o trânsito em julgado da decisão (art. 214, do Estatuto da Criança e do Adolescente), juntando-se o devido comprovante de depósito aos autos do procedimento de apuração de infração administrativa. Art. 19 É expressamente proibido impedir ou embaraçar a atuação do Comissariado da Infância e da Juventude e dos Conselheiros Tutelares no exercício de suas funções. O infrator ficará sujeito às seguintes penalidades: 7

Pena Criminal. Detenção de seis meses a dois anos. (Art. 236, do Estatuto da Criança e do Adolescente). Pena Administrativa. Multa de três (03) a vinte (20) salários-mínimos, aplicando-se a multa em dobro no caso de reincidência (Art. 249, do Estatuto da Criança e do Adolescente). Capítulo VI Disposições finais Art. 20 Os estabelecimentos mencionados na presente portaria poderão baixar normas estatutárias, regimentais ou regulamentares quanto à freqüência no âmbito de seus respectivos estabelecimentos, desde que tais normas não excedam os limites de horários e faixas etárias previstas na mesma. Art. 21 -Os Conselheiros Tutelares, os servidores ou agentes credenciados pela Vara da Infância e da Juventude, as autoridades policiais e seus agentes, exibindo suas credenciais, têm livre acesso a qualquer dependência das entidades referidas nesta Portaria, desde que estejam em serviço. Art. 22 - Os alvarás deverão ser mantidos em locais visíveis e à disposição da fiscalização. Art. 23 A presente portaria entra em vigor no prazo de trinta dias, contados da presente data, revogadas as disposições em contrário, em especial a Portaria 10/97. Parágrafo único - A portaria deverá ser afixada no quadro de publicações deste Juízo e publicada em pelo menos dois jornais de ampla circulação no Município de Cascavel, sem prejuízo de outros meios de divulgação. PUBLIQUE-SE. REGISTRE-SE. CUMPRA-SE. Cascavel, 01 de dezembro de 2007. Sérgio Luiz Kreuz Juiz de Direito 8 Sérgio Luiz Kreuz Juiz de Direito