DIREITO CONSTITUCIONAL AUDITOR FISCAL DO TRABALHO Professor: Cibele Fernandes Dias Aulas: Aulas 17 a 20

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Transcrição:

DIREITO CONSTITUCIONAL AUDITOR FISCAL DO TRABALHO Professor: Cibele Fernandes Dias Aulas: Prof. Cibele Fernandes Dias www.aprovaconcursos.com.br Página 1 de 6

PONTOS DO EDITAL 1 : 8 Poder Judiciário. 8.1 Disposições gerais. 8.2 Órgãos do Poder Judiciário. 8.2.1 Organização e competências, Conselho Nacional de Justiça. 8.2.1.1 Composição e competências. 9 Funções essenciais à Justiça. 9.1 Ministério Público, Advocacia Pública. 9.2 Defensoria Pública. ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO (art. 92, CF) REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS JURISDICIONAIS. ÊNFASE: ARTIGOS 102 (STF) e 105 (STJ) E CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (103-B, CF) MAGISTRADOS I. PRERROGATIVAS (art. 95, CF) 1. VITALICIEDADE que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do Tribunal a que o juiz estiver vinculado e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado MINISTÉRIO PÚBLICO I. PRERROGATIVAS (art. 128, I, CF) 1. VITALICIEDADE após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado 2. INAMOVIBILIDADE, salvo por motivo de interesse público por decisão proferida pelo voto da maioria absoluta do respectivo Tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa 2. INAMOVIBILIDADE, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público (inclui o Conselho Nacional do Ministério Público, na forma do art. 130-A, III, CF), pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa 3. IRREDUTIBILIDADE DE SUBSÍDIO II. VEDAÇÕES (art. 95, único, CF): 3. IRREDUTIBILIDADE DE SUBSÍDIO II. VEDAÇÕES (art. 128, II, CF): a) receber, a qualquer título e sob qualquer 1 Elaborado pela Professora Cibele Fernandes Dias como plano de aula. Mestre e Doutora em Direito Constitucional pela PUC/SP. Professora de da FEMPAR (Fundação Escola do Ministério Público do Paraná), ESMAFE (Escola da Magistratura Federal do Paraná), EMAP (Escola da Magistratura Estadual do Paraná), ESA/PR (Escola Superior de Advocacia do Paraná). Advogada. Prof. Cibele Fernandes Dias www.aprovaconcursos.com.br Página 2 de 6

I) exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério; II) receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo; III) dedicar-se à atividade políticopartidária; os magistrados em serviço ativo são inelegíveis absolutamente IV) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; V) exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorrido três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais; b) exercer a advocacia; c) participar de sociedade comercial, na forma da lei; d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério; e) exercer atividade político-partidária (Emenda 45/04): os membros do Ministério Público em serviço ativo são inelegíveis absolutamente. Entendeu o TSE que esta inelegibilidade absoluta atinge os membros do Ministério Público que ingressaram na carreira após a Constituição Federal de 1988 (5 de outubro). Somente não alcança aqueles que ingressaram antes de 5 de outubro de 1988. f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; 6º. Aplica-se aos membros do Ministério Público o disposto no art. 95, parágrafo único, V. CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (art. 103-B) e CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO (130-A) SÚMULA VINCULANTE (103-A, acrescentado pela Emenda 45/04): Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma prevista em lei. 1º A Súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e a relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica. 2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de inconstitucionalidade. Prof. Cibele Fernandes Dias www.aprovaconcursos.com.br Página 3 de 6

3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso. Regulamentado pela Lei 11417/06 ampliou a legitimação para provocação do STF, incluindo o Defensor Público-Geral da União, os demais Tribunais do Poder Judiciário e os Municípios no curso de processos em que sejam partes. (a) Competência: exclusiva do STF para edição, revisão e cancelamento de súmula vinculante. (b) Legitimados para provocação do STF: o STF pode editar, revisar ou cancelar súmula vinculante de ofício ou mediante provocação daqueles que podem ajuizar a ADI. Esta provocação não envolve o ajuizamento de uma ação, e sim o exercício do direito de petição, já que o procedimento de elaboração, revisão ou cancelamento de súmula vinculante não é jurisdicional. A Lei 11417, de 2006, regulamentando o 2º, do art. 103-A, fez acréscimo ao rol de legitimados: (1) Defensor Público-Geral da União (art. 3º, inc. VI), (2) os Tribunais Superiores, os Tribunais de Justiça de Estados ou do Distrito Federal e Territórios, os Tribunais Regionais Federais, os Tribunais Regionais do Trabalho, os Tribunais Regionais Eleitorais e os Tribunais Militares (art. 3º, inc. XI), (3) o Município no curso de processo em que seja parte. (c) Objetivo: fixar a validade, interpretação e eficácia de normas determinadas quando envolva matéria constitucional. (d) Pressupostos materiais para edição, revisão ou cancelamento: (1) existência de reiteradas decisões sobre matéria constitucional, (2) controvérsia atual entre órgãos do Poder Judiciário ou entre órgãos do Poder Judiciário e a Administração Pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica. (e) Pressupostos formais para edição, revisão ou cancelamento: (1) decisão tomada por dois terços dos membros do Supremo Tribunal Federal em sessão plenária, (2) publicação do enunciado de súmula com efeito vinculante em sessão especial do Diário da Justiça e do Diário Oficial da União (art. 2º, 4º, Lei 11417, de 2006). (f) Procurador-Geral da República: atua como legitimado para provocação do Supremo Tribunal Federal e, nas propostas que não houver formulado, opina como fiscal da lei (art. 2º, 2º, Lei 11417, de 2006). (g) Efeitos da Súmula: (1) erga omnes, (2) efeito vinculante que atinge os demais órgãos do Poder Judiciário e a Administração Pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal (mesma abrangência do efeito vinculante na ADI, ADC e ADPF), (3) efeito imediato, (4) possibilidade de modulação dos efeitos: o Supremo Tribunal Federal pode decidir por dois terços de seus membros restringir o efeito vinculante ou decidir que só tenha eficácia a partir de outro momento, tendo em vista razões de segurança jurídica ou excepcional interesse público (art. 4º, Lei 11417, de 2006). (h) Súmulas do STF publicadas antes da Emenda 45, de 2004: somente produzirão efeito vinculante se forem confirmadas por dois terços dos membros do Prof. Cibele Fernandes Dias www.aprovaconcursos.com.br Página 4 de 6

Supremo Tribunal Federal e publicadas na imprensa oficial, conforme art. 8º, da Emenda 45, de 2004. (i) Possibilidade de participação do amigo da corte: prevista expressamente no art. 3 º, 3º, Lei 11417, de 2006. (j) Revogada ou modificada a lei em que se fundou a edição de enunciado de súmula vinculante: o Supremo Tribunal Federal, de ofício ou por provocação, procederá à sua revisão ou cancelamento, conforme o caso (art. 5º, Lei 11417, de 2006). (l) Cabimento e efeitos da decisão do STF em reclamação: a reclamação é um instrumento administrativo, que concretiza o exercício do direito de petição. Cabe reclamação ao Supremo Tribunal Federal quando decisão judicial ou ato administrativo contrariar enunciado de súmula vinculante, negar-lhe vigência ou aplicá-lo indevidamente (art. 7º, Lei 11417, de 2006). Se julgar procedente a reclamação, o Supremo Tribunal Federal anula o ato administrativo ou cassa a decisão judicial impugnada, determinando que outra seja proferida com ou sem aplicação da súmula (art. 7º, 2º Lei 11417, de 2006). Contra omissão ou ato da administração pública, o uso da reclamação só será admitido após o esgotamento das vias administrativas (art. 7º, 1º Lei 11417, de 2006). DIFERENÇAS COM A SÚMULA IMPEDITIVA DE RECURSO A Lei 11276/06, alterando o art. 518, 1º, do CPC, determina que o juiz não receberá o recurso de apelação quando a sentença estiver em conformidade com súmula do STF ou do STJ. A súmula impeditiva de recurso não impede que o juiz decida diferentemente do enunciado das Súmulas, mas tem por finalidade garantir a celeridade processual e a efetividade da administração da justiça, diminuindo o número de processos nos tribunais sobre casos repetidos com solução já pacificada pelo STF e STJ. FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA (artigos 127 a 135, CF) 1. Ministério Público (127 a 130, CF) a. Órgãos do Ministério Público: 1. MPU (Ministério Público da União): Ministério Público Federal, Ministério Público do Trabalho, Ministério Público Militar, Ministério Público do Distrito Federal e Territórios 2. MPE (Ministério Público dos Estados) b. Funções institucionais do MP (art. 129, CF) c. Conselho Nacional do Ministério Público (art. 130-A) 2. Advocacia Pública (artigos 131 a 132, CF) a. Advocacia Geral da União b. Procuradores dos Estados e do Distrito Federal Prof. Cibele Fernandes Dias www.aprovaconcursos.com.br Página 5 de 6

3. Advocacia Privada (art. 133, CF) 4. Defensoria Pública (artigos 134 a 135, CF) a. Defensoria Pública da União b. Defensoria Pública do Distrito Federal c. Defensoria Pública do Distrito Federal (art. 21, XIII, na redação da EC 69/2012) d. Defensoria Pública Estaduais Prof. Cibele Fernandes Dias www.aprovaconcursos.com.br Página 6 de 6