O presente relatório se destina a destacar os principais assuntos e decisões da Consulta Quilombolas do Brasil que ocorreu em João Pessoa, na sede da Juvep, nos dias 4 a 6 de abril de 2013. A Consulta Quilombolas do Brasil visou desenvolver maior compreensão sobre este segmento e fomentar um movimento de cooperação entre as agências, igrejas, missionários e outros envolvidos na evangelização destas comunidades. Foi coordenada por Ronaldo Lidório com o apoio logístico da Juvep e participação de 55 pessoas representando 37 diferentes igrejas e organizações missionárias. Um dos principais resultados foi a criação da Aliança Evangélica Pró-Quilombolas do Brasil que tem como função o desenvolvimento da rede de relações e cooperação em prol dos quilombolas em nosso país. 1 / 8
Apresentação pessoal e institucional dos participantes Paulo Feniman ( MIAF), Sérgio Ribeiro (Juvep), Marcelo Pecher (ALEM), José Carlos Alcântara (ALEM), Claudiane Aguiar (Juvep/Ig. Evang. Batista de JP), Alisson Gomes de Medeiros (Juvep), Márcio Sato (Juvep), Reinaldo Bui (Juvep), Bertrant Vilanova (Juvep), Edvanise de Andrade Macedo (Juvep/ Ig. Batista de Intermares/JP), Komlan Wilfrid Fanougbo (Ig. Presbiteriana de Intermares/JP), Bartolomeu Lopes do Nascimento (1ª Ig. Congregacional de JP), Joelson Gomes (1ª Ig. Congregacional de JP), Daísa Alves (Ig. de Cristo /Missão Esperança e Fé RN), Lídia Maia Neta (Ig. De Cristo/Missão Esperança e Fé RN), Fausto Lima do Nascimento Neto (Parceiros em Missões), Edilene Santos de Lima (Parceiros em Missões), Zuleide Amara da Silva STPN (Seminário Teológico Pentecostal do Nordeste) /Parceiros em Missões), Valdênio Pereira da Silva (Parceiros em Missões), Francinaldo Alves da Silva (Ação Evangélica), Gessé de Oliveira, José de Anchieta da Silva (Quilombola - Ig. O Brasil para Cristo, Sta. Terezinha/PE), Valdeban Alves de Almeida (O Brasil para Cristo Sta. Terezinha/PE), Josué Peixoto (Ig. Batista Evangélica de João Pessoa/MIAF), Francisco de Assis Lima (IEB), Deyse Bernardo da Silva (Ig. Batista Regular / JP), Maria Zilmar Gaspar Rodrigues (Missão Novas Tribos do Brasil), Cléa Almeida dos Santos (Ministério Sal da Terra), Severino J. Santos (Ministério Sal da Terra/Parceiros em Missões), Nathalia de Souza Teixeira (Ministério Sal da Terra), Eduardo de Figueiredo Magrin (Ig. Congregacional), Cleber da Silva Campos (Pró Sertão), Danielly Mendes (Missão Mandacarú/Rede Mãos Dadas), Alisson M. Worrall (Mãos Dadas/Projeto Paralelo 10), Grace Alonso Arruda (AME), Reinaldo Figueiredo Cesareno (MEAP), Rafael Reis (Projeto Macedônia), Miriam Zanuth (Desafios de Minas/CEM), Jorge Ferreira Lôla (Ig. Presbiteriana /Missão Semente), Renato Jordão Belzoff (Projeto Benvindos/IPB Vitória/ES), Mislaine Gabriel Costa Belzoff (IPB Vitória/ES), Carlos Henrique F. Borges (HUG Missionary Organization), Kelita Karina de Oliveira Silva (Ministério Desafio Povos Quilombolas RN), Katiana Karina de Oliveira Silva (Ministério Desafio Povos Quilombolas RN), Marcone Paulo da Silva (Ministério Desafio Povos Quilombolas RN), José Luiz da Silva (Ig. Batista em Macaíba RN), Jorge (Assembleia de Deus de Natal), Edvan João da Costa (Assembleia de Deus de Capoeiras RN), João Renovato dos Santos Júnior (Ass. Deus da Candelária RN), Janilson Bezerra (Ass. Deus da Candelária), Belquise Bezerra (Ass. Deus da Candelária), Manoel Araújo (Brasil 21/SEPAL), Adolfo Tobias de Santana (APMT), Maria Deuzamar de França Silva (Ig. Congregacional de Areia) e Ronaldo Lidório (APMT/AMEM), 2 / 8
Apresentação dos dados e desafio Quilombolas são afro descendentes que se organizam em comunidades próprias e mantém sua identidade. Há um número ainda não dimensionado de comunidades quilombolas no Brasil. O Ministério do Desenvolvimento Social identificou a existência de 3.524 comunidades quilombolas em 2010. Estima, porém, que o número final possa chegar a 5.000 comunidades. O PBQ (Programa Brasil Quilombola) emitiu relatório em 2009 estimando mais de 3.000 comunidades. Segundo o IBGE 2010 há 477 comunidades quilombolas oficialmente reconhecidas como comunidades tradicionais. Reconhece, porém, que a quantidade de comunidades quilombolas é bem superior: 1945 no Nordeste, 156 no Centro-Oeste, 277 no Sul, 383 no Sudeste e 473 no Norte. Estão assim divididas: Nordeste - Alagoas: 53, Ceará 87, Paraíba 24, Pernambuco 104, Piauí 3 / 8
173, Rio Grande do Norte 68, Sergipe 31, Sergipe 31, Bahia 549, Maranhão 856; Centro-Oeste - Distrito Federal 1, Goiás 73, Mato Grosso 23, Mato Grosso do Sul 59; Sul - Paraná 102, Rio Grande do Sul 142, Santa Catarina 33; Sudeste - Minas Gerais 207, Espírito Santo 57, Rio de Janeiro 33, São Paulo 86; Norte - Amazonas 3, Amapá 16, Pará 417, Rondônia 8, Tocantins 29. O dimensionamento do trabalho evangélico entre quilombolas é ainda incipiente e localizado. A Consulta Quilombolas do Brasil coletou diversos dados referentes às ações evangélicas neste segmento. Estima-se, porém, ainda mais de 2.000 comunidades quilombolas sem presença de uma igreja evangélica. Aliança Evangélica Pró-Quilombolas do Brasil Foi formada uma aliança entre indivíduos e instituições presentes que se comprometem a orar e trabalhar para que os quilombolas do Brasil conheçam integralmente o evangelho de Jesus Cristo e se comprometam com o Senhor em comunidades cristãs. 4 / 8
Objetivos da Aliança 1. Fomentar pesquisas entre os quilombolas do Brasil. 2. Ampliar a mobilização da Igreja Brasileira em prol dos quilombolas. 3. Colaborar com o treinamento missionário neste objetivo. 4. Promover a relação e comunhão entre agências, pessoas e igrejas que atuam neste segmento. Natureza da Aliança A Aliança Evangélica Pró-Quilombolas do Brasil é interdenominacional e interagências. Não substitui ou orienta os trabalhos realizados pelas agências missionárias ou igrejas locais, mas colabora em áreas em que o trabalho conjunto é possível e necessário, como pesquisa, mobilização e treinamento. Segue seus objetivos mantendo-se aberta a novos participantes que poderão ser acrescidos a cada encontro. Prima pela comunhão, oração e ações que possam colaborar de maneira efetiva para que os quilombolas do Brasil conheçam a Cristo. 5 / 8
Responsabilidades na Aliança Sérgio Ribeiro foi indicado como representante da Aliança e contará com o auxílio de Allison Medeiros nas atividades junto ao grupo. Daísa Alves foi indicada como responsável pela coordenação das informações e comunicação da Aliança. Paulo Feniman e Ronaldo Lidório servirão como consultores da Aliança. Planejamento e próximos passos 1. Mobilização da Igreja Brasileira. a. A Aliança produzirá uma Carta aberta à Igreja brasileira convocando a mesma para o desafio quilombola. b. Produzirá também uma chamada com 10 motivos de oração pelos quilombolas do Brasil a ser partilhada de maneira ampla. c. Os membros da Aliança participarão do 2º Congresso Nordestino de Missões e CBM com a intenção de apresentar informações e o desafio deste segmento. 6 / 8
d. A Aliança promoverá um dia de oração anual pelos quilombolas do Brasil, podendo ser o dia da consciência negra ou abolição da escravatura. 2. Produção de material. Será produzido um material informativo/estratégico (panfletos, cartilhas, mapas, relatórios e/ou material visual) com clara indicação do desafio quilombola. Será construído um site que contribuirá para a mobilização da igreja e informações aos envolvidos na Aliança, respeitando a sensibilidade sociopolítica do assunto. 3. Treinamento. A Aliança promoverá um treinamento complementar para missionários de campo e outros, com foco em grupos minoritários, dentre eles os quilombolas. 4. Encontros. A Aliança se reunirá uma vez por ano. Demandas financeiras A Aliança Evangélica Pró-Quilombolas do Brasil não possui fins lucrativos e subsiste a partir de doações voluntárias dos seus signatários, igrejas, instituições e outras fontes. 7 / 8
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