Direito Empresarial III Falência e Recuperação Foed Saliba Smaka Jr. Direito ISEPE.
Introdução Direito Falimentar Falência Recuperação Judicial Recuperação Extrajudicial
Direito Falimentar. Provas: 29/09 24/11 Exame: 01/12 Provas peso 7 Atividades em Sala peso 3; Reprova por falta; Trabalhos extra classe não serão realizados.
Capítulo I: Conceito de Falência: Execução concursal de devedor insolvente empresário; Insolvente civil CPC, empresário 11.101/2005; Concurso de Credores, princípio da par condicio creditorum, igualde de condições dos credores;
Capítulo II Falência Natureza Jurídica da Falência Processual e Material natureza híbrida; O princípio da preservação da empresa e; O princípio da maximização dos ativos; Empresa em Crise: Crise Econômica (retração dos negócios), Financeira (falta dinheiro no caixa) e Patrimonial (patrimônio não é suficiente); O conjunto dos três acarreta o problema, queda de produção, baixa liquidez endividamento sem aumento;
Empresa em Crise: A crise fatal determina crise local, regional ou nacional; Solução de Mercado e Recuperação: Mercado livre, nem sempre as crises são ruins; As atividades de qualidade duvidosa, atrasadas, mau geridas ou descapitalizadas, devem mesmo fechar; As más devem encerrar atividades para as boas progredirem;
Solução de Mercado e Recuperação: Quando os mecanismos do Estado são utilizados para socorrer empresário insolventes e inviáveis, tem-se uma inversão de valores inaceitável: o risco da atividade transfere do empresário para seus credores (sempre perdem nos processos de recuperação); O socorro não deve e nem pode ser utilizado para os que não possuem condições de permanecer no mercado; O mercado, via de regra, reestabelece a vida das organizações viáveis e pouco se importa com as inviáveis, sempre terá um empreendedor para lider.
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Pressupostos da Falência: Como já visto a execução de dívidas é patrimonial; Os bens do devedor são a garantia do credor; Não havendo bens suficientes para quitar a totalidade das dívidas deve ser executado; Não de forma individual, mas coletiva, por ser empresário; Assim a execução é a falência (do civil é a insolvência), há lei própria; Possibilidade de recuperação, de quitar com parte dos pagamentos (civil não);
Pressupostos da Falência: Devedor Sujeito a Falência (material subjetivo); Insolvência - presumida (material objetivo); Decretação da Falência (formal). Devedor Sujeito A Falência: Empresário Individual ou Sociedade salvo exclusão: Absoluta (não podem ter falência decretada): empresas públicas e sociedades de economia mista; as câmaras ou prestadoras de serviços de compensação e de liquidação financeira; as entidades fechadas de previdência complementar;
Pressupostos da Falência: Devedor Sujeito a Falência: São três os casos de exclusão absoluta: empresas públicas e sociedades de economia mista; as câmaras ou prestadoras de serviços de compensação e de liquidação financeira; as entidades fechadas de previdência complementar;
Pressupostos da Falência: Devedor Sujeito a Falência: São três os casos de exclusão relativa: COMPANHIAS DE SEGURO; OPERADORAS DE PLANOS PRIVADOS DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE; INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS; Leasing (BC); Adm. De Consórcios de bens duráveis (BC); fundos mútuos (SUSEP); Sociedades de Capitalização (SUSEP),
Pressupostos da Falência (Insolvência): É irrelevante a insolvência econômica, pela insuficiência do ativo para solvência do passivo. Exige a lei a insolvência jurídica, que se caracteriza: Pela impontualidade injustificada (art. 94, I): Protesto,, protesto de sentença, protesto extemporâneo, até 40 SM (litisconsórcio); Pela execução frustrada (art. 94, II): Se não pagou não tinha possibilidades, Se não deposita em juízo também não tenha como pagar, Se não nomeou bens a penhora talvez não os possua, retira por certidão, não tem valor mínimo, pode ocorrer a suspensão ou o fim da execução. Pela prática de ato de falência (art. 94, III).
INSOLVÊNCIA: Atos de Falência: Presunção Absoluta, quando encontra-se com ativo menor que passivo e pratica atos de falência, ainda que mais tarde se prove o contrário, expõe-se ao decreto de quebra; Os atos de falência tipificam condutas que, em geral, são as de empresários em insolvência econômica. Não se exige, contudo, para a decretação da falência, a demonstração do estado patrimonial de insolvência. É suficiente a prova de que o devedor incorreu na conduta tipificada.
INSOLVÊNCIA: São Atos de Falência: Liquidação Precipitada: Negócio simulado. Alienação irregular de estabelecimento. Transferência simulada do principal estabelecimento. Garantia real. Abandono do estabelecimento empresarial. Descumprimento de obrigação assumida no plano de recuperação judicial.
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Procedimento de Falência: Três Fases: Pré Falimentar: detectar os pressupostos; A sentença falimentar que pode ou não declarar a falência; A recuperação do falido;
Primeira Fase Pré Falimentar: Vai do Pedido à sentença declaratória; Elementos: Sujeito Passivo do Processo: Empresário Lato Sensu, considerando as exclusões já citadas; Sujeito Ativo do Processo (art. 97): O próprio devedor (autofalência): não é comum, reconhecer que está falido, porém quase sempre é melhor para o empresário,;
Primeira Fase Pré Falimentar: Sujeito Ativo do Processo (art. 97): O próprio devedor (autofalência): não é comum, reconhecer que está falido; quase sempre é melhor para o empresário; Regime de prerrogativas do empresário; Se os ativos quitam 50% dos créditos quirografários; O conjuge (empresário individual): No falecimento do titular caso os herdeiros não desejem continuar; Herdeiro incapaz (art. 972), ver art. 974;
Primeira Fase Pré Falimentar: Sujeito Ativo do Processo (art. 97): O cotista ou acionista do devedor: O sócio pode pedir a sua falência, não é comum; A lei, contrato ou estatuto tem que permitir; Qualquer credor: Esmagadora maioria; Qualquer credor mesmo? Credor empresário: tem que estar regular (inc. IV par. 1º); Credor estrangeiro: tem que prestar caução das custas e da indenização do art. 101; Credor com garantia real: Antes só se renunciasse a garantia hoje pode;
Primeira Fase Pré Falimentar: Sujeito Ativo do Processo (art. 97): Qualquer credor: Qualquer credor mesmo? Credor com garantia real: Antes só se renunciasse a garantia hoje pode; Fazenda Pública: não pode entendimento do STJ execução fiscal procedimento próprio fora do concurso; Credor com crédito não vencido: pode, desde que comprove os pressupostos da insolvência (impontualidade, execução frustrada, atos de falência); Deve exibir o título;
Primeira Fase Pré Falimentar: Foro Competente (art. 3º): Principal Estabelecimento: não se confunde com a sede, com o local que encontra-se no estatuto ou no contrato social; É o local onde o devedor possuí o maior volume de negócios no Brasil; O mais importante do ponto de vista econômico; VARIG ocorreu em São Paulo; Onde está a maioria dos credores, do patrimônio, etc; Tendo vários pontos equivalentes, prevalece o foro da sede; Justiça Estadual;
Primeira Fase Pré Falimentar: Foro Competente (art. 3º): Havendo várias varas, previne o juízo o primeiro pedido;] Juízo Universal: todas as ações de conteúdo patrimonial da falida tramitarão no mesmo juízo da falência; Acidente de veículo por culpa do motorista da empresa, foro competente juízo da falência, mesmo que posterior; Exceções: quando a massa falida for autora; quando tratar de ações de valor ilíquido, desde que já em tramitação; Reclamatórias Trabalhistas (CFRB/88);
Primeira Fase Pré Falimentar: Foro Competente (art. 3º): Exceções: quando a massa falida for autora (art. 75); quando tratar de ações de valor ilíquido, desde que já em tramitação (art. 6º); Reclamatórias Trabalhistas (CFRB/88 art. 114); Execuções Tributárias (art. 187 CTN); Ações de Conhecimento onde a União é parte ou interessada, foro da Justiça Federal (art. 109 CF);
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Primeira Fase Pré Falimentar: Do Rito: Duas hipóteses: Pedido do credor ou sócio minoritário arts. 94 a 96 e 98 (contencioso) Autofalência arts. 105 a 107 (não contenciosa).
Primeira Fase Pré Falimentar: Do Rito: Contencioso: Impontualidade Instruída com o título com instrumento de protesto ou títulos no caso de litisconsórcio para o valor mínimo; Tríplice Omissão (não pagou, não depositou nem nomeou bens), instruir com a certidão do juízo da execução frustrada; Ato de Falência descrição do ato com as provas necessárias da comprovação. Prazo da resposta = 10 dias art. 98 (contestação), contados da citação, regra geral do CPC art. 241.
Primeira Fase Pré Falimentar: Do Rito: Contencioso: No prazo de defesa pode pagar a dívida ao credor ou credores em litisconsórcio para elidir a falência; O pagamento serve para qualquer forma, pois: Quitados os valores dos título em atraso, finda a dívida; Quitados os valores da execução da mesma forma; Quitada a dívida do credor que apontou atos de falência, finda sua legitimidade de propositura. Da mesma forma o pedido de suspensão pelo credor, efeitos de moratória, o que elide a dívida, no caso de impontualidade;
Primeira Fase Pré Falimentar: Do Rito: Não Contencioso: Deve instruir com longa lista de documentos (art. 105): a) demonstrações contábeis dos últimos 3 exercícios e especialmente levantadas para o pedido; b) relação dos credores; c) inventário dos bens e direitos do ativo acompanhado dos documentos comprobatórios de propriedade;
Primeira Fase Pré Falimentar: Do Rito: Não Contencioso: Deve instruir com longa lista de documentos: d) registro na Junta Comercial; em sendo irregular o exercício da atividade empresarial pela sociedade requerente, por falta do hábil registro, a indicação e qualificação de todos os sócios acompanhada da relação de seus bens; e) livros obrigatórios e documentos contábeis legalmente exigidos; f) relação dos administradores, diretores e representantes legais dos últimos 5 anos (LF, art. 105).
Primeira Fase Pré Falimentar: Do Rito: Não Contencioso: Devidamente instruída o juiz determina a quebra, caso contrário requer a emenda da inicial; Pode ocorrer a retratação até antes da sentença, depois mesmo que ocorra será ineficaz; A retratação deve ser recebida a fim de evitar o concurso de credores, mesmo que presente a insolvência da sociedade, é no caso da autofalência é prerrogativa do requerente.