GEOPROCESSAMENTO E MAPAS PROFESSOR CLAUDIO FRANCISCO GALDINO GEOGRAFIA
Representação Cartográficas É a representação da superfície terrestre por meio de mapas
O Geoprocessamento permite analisar esses elementos separadamente ou em conjunto para elaborar mapas, planejar intervenções em determinada área ou monitorar qualquer modificação na paisagem.
TIPOS E PRODUTOS CARTOGRÁFICOS GLOBO representação cartográfica sobre uma superfície esférica, em escala pequena, dos aspectos naturais e artificiais de uma figura planetária, com finalidade cultural e ilustrativa.
MAPA
Diferem dos mapas pela representação gráfica em grande escala, enquanto que os planos são cartas que representam áreas relativamente pequenas, o que permite desprezar a curvatura e adotar escala constante. É a representação dos aspectos naturais e artificiais da Terra, destinada a fins práticos da atividade humana, permitindo a avaliação precisa das distâncias, direções e a localização plana.
TIPOS DE CARTAS Carta Topográfica compreende as escalas médias, situadas entre 1:25.000 e 1:250.000 e contém detalhes planimétricos e altimétricos.
TIPOS DE CARTAS Carta Cadastral bastante detalhada e precisa, para grandes escalas maiores de 1:5.000, utilizadas, por exemplo, para cadastro municipal de ruas.
TIPOS DE CARTAS Carta Geográfica para escalas pequenas menores do que 1:500.000. Apresenta simbologia diferenciada para representações planimétricas (exagera objetos) e altimétrias como por exemplo as curvas de nível ou de altitude (curvas hipsométricas)
PLANTA Grande parte das grandes cidades apresentam as plantas digitais ou on line.
CROQUI - é um esboço e não obedece a rotina técnica para a elaboração de mapas. Não tem como finalidade a divulgação para o público; contém informações sobre uma pequena área e supre a falta de uma representação cartográfica detalhada. (IBGE, 1993).
MAPAS Os mapas foram a primeira forma de expressão utilizada, surgindo antes mesmo da escrita. Com a formação das primeiras civilizações, os mapas foram adquirindo cada vez mais importância, deixando de desempenhar apenas uma função prática. Ao apresentar conhecimentos sobre determinada região, embutiam um valor simbólico, representando o poder e o domínio de determinados grupos.
O mapa mais antigo, já encontrado, teria sido produzido pelos babilônios, por volta do ano 2500 a.c. Confeccionado sobre uma placa de argila cozida, o mapa mesopotâmico de Ga-Sur representava o vale de um rio, provavelmente o Eufrates. Mapa de Ga-Sur, Mesopotâmia. Datado de 2500 a.c. Não tem título nem escalas.
Além das coordenadas geográficas (localização) e da indicação do norte (orientação), um mapa precisa ter: TÍTULO: que nos informa quais são os fenômenos representados; LEGENDA: que nos mostra o significado dos símbolos utilizados; ESCALA: que permite calcular as distâncias no terreno a partir de medidas feitas na representação.
CLASSIFICAÇÃO DOS MAPAS GERAL: uma mapa geral é aquele que atende a uma gama imensa e indeterminada de usuários. Ex: mapas do IBGE na escala 1:5.000.000, que apresenta todos os estados, países vizinhos, informações físicas e culturais.
ESPECIAL: são mapas, cartas ou plantas para grandes grupos de usuários muito distinto entre si, e cada um deles, concebido para atender determinada faixa técnica ou científica. Exs: cartas náuticas, aeronáuticas, para fins militares, meteorológicas, etc. meteorológicas aeronáuticas
Mapas temáticos - são mapas, cartas ou plantas em qualquer escala, destinadas a um tema específico, necessária a pesquisa sócio econômica, de recursos naturais e estudos ambientais, exprime conhecimentos particulares para uso geral. históricos políticos econômicos população MAPAS TEMÁTICOS físicos
Mapas políticos mostram municípios, estados, países, seus limites, capitais e cidades importantes. Mapas físicos representam um ou vários elementos naturais, como os rios (hidrografia), as formas de relevo, as diferentes altitudes, os tipos de clima e os tipos de vegetação.
Mapas econômicos representam as riquezas disponíveis e as atividades praticadas num continente, país, estado ou município: jazidas minerais, principais produtos agrícolas, tipos de indústria etc. Mapas de população, também chamados de demográficos, mostram a distribuição da população no espaço geográfico.
Mapas históricos - apresentam informações sobre determinado momento histórico.
ESCALAS Como o mapa é uma representação reduzida de uma superfície maior, pode haver deformações. Essa redução deve ser realizada, portanto, de modo a manter as proporções das diversas medidas. A redução proporcional é feita por meio de escalas. O uso de escalas possibilita reduzir o tamanho de uma superfície e, ao mesmo tempo, conservar suas proporções. A escala deve vir indicada em todo o mapa, informando a relação entre o tamanho do desenho e o tamanho real. Essa indicação pode ser feita de duas formas: por meio de escala numérica ou da escala gráfica.
É a relação matemática entre o comprimento ou a distância medida sobre um mapa e a sua medida real na superfície terrestre. Esta razão é adimensional já que relaciona quantidades físicas idênticas de mesma unidade.
ESCALA CARTOGRÁFICA
Tipos de Escalas Numéricas Gráficas 1/10 000 0 100 200m 1: 250 000 0 2,5 5 Km 1 7 000 000 0 70 140Km
ESCALA GRÁFICA É a representação gráfica de distâncias do terreno sobre uma linha reta graduada. talão ou escala de fracionamento escala primária
ESCALA NUMÉRICA A escala numérica, ou fracionária, é expressa por uma fração ordinária (denominador:numerador) ou por uma razão matemática. 1 : 10.000 unidade no mapa Medida real da unidade no terreno 1 cm no mapa equivale a 10.000 cm no terreno
A escala 1 : 5.000 é GRANDE pois a representação da realidade foi diminuída apenas 5.000 vezes. E = 1:30.000.000 é MENOR ESCALA GRANDE E PEQUENA E =1:5.000 é MAIOR Enquanto a escala 1 : 30.000.000 é PEQUENA pois a representação da realidade foi diminuída 30 milhões de vezes
Quanto maior for o denominador, a escala é pequena, pois temos menos detalhes Quanto menor for o denominador, a escala é GRANDE, pois temos uma maior riqueza de detalhes
ESCALA GRANDE E PEQUENA
EXEMPLO DE ESCALAS DE UMA MESMA REGIÃO Escala: 1:500.000 Cada 1 cm 5 km Escala: 1:50.000 Cada 1 cm 500 m Escala: 1:50 Cada 1 cm 50 cm
ENTÃO FOGE... O QUE FOI?
ANTES DE USAR AS FÓRMULAS VOCÊS PRECISAM SABER: D = distância real (km) d= distância no mapa (cm) ou mm E= escala (cm) ou Km
FÓRMULAS DISTÂNCIA REAL (D) DISTÂNCIA NO MAPA (d) Escala (E) D = E x d d = D E E = D d
A medida em quilômetros, para cada centímetro representado em carta nas escalas 1:50.000 e 1:200.000 corresponde, respectivamente, aos valores? 1:50.000-0,5-0,5 km 1:200.000-2 - 2 km
Fica a dica Oferecimento Fábrica de Camisas Grande Negão Nunca ande com o K M o correto é andar com C M A A O A R L M R A U I C A O
OUTRAS FORMAS DE REPRESENTAR O MUNDO Diferentes olhares sobre o mundo no tempo O desenvolvimento da cartografia pode ser associado tanto ao desenvolvimento tecnológico quanto ao conhecimento do espaço. As influências religiosas, culturais, econômicas, sociais, etc, podem ser claramente analisadas nos mapas e cartas geográficas que foram desenvolvidos ao longo dos anos.
GPS Sistema de Posicionamento Global, que utiliza sinais emitidos por satélites, cujas aplicações são amplamente utilizadas nos transportes marítimos, terrestres e aéreos. Tecnologia utilizada por operadoras de celulares e firmas de seguros de cargas.
AEROFOTOGRAMETRIA (FOTOGRAFIA AÉREA) Fotografia obtida através de sensores acoplados nas aeronaves. Constitui-se como um instrumento de representação da realidade acessível ao público com menos qualificações técnicas.
IMAGENS DE SATÉLITES Imagens captadas por sensores acoplados aos satélites artificiais que orbitam em torno do planeta, codificada e transmitida para uma estação rastreadora na terra. Atualmente trabalham com precisão milimétrica.
RADAR O desenvolvimento do radar permitiu superar o problema relativo à necessidade de se ter um tempo claro, sem nuvens, ou sobre áreas de florestas densas. Muito utilizado no monitoramento de espaço aéreo e áreas florestais.
Quanto ao tipo de superfície adotada, são classificadas em: CILÍNDRICAS, PLANAS OU AZIMUTAIS E CÔNICAS Projeção Cilíndrica - o mapa é construído imaginando-o desenhado num cilindro tangente ou secante à superfície da Terra, que é depois desenrolado.
PROJEÇÃO CILÍNDRICA
NESTA PROJEÇÃO OS MERIDIANOS E OS PARALELOS SÃO LINHAS RETAS QUE SE CORTAM EM ÂNGULOS RETOS. NELA AS REGIÕES POLARES APARECEM MUITO EXAGERADAS. OS MAPAS-MÚNDI SÃO FEITOS EM PROJEÇÕES CILÍNDRICAS.
Quanto ao tipo de superfície adotada, são classificadas em: CILÍNDRICAS, PLANAS OU AZIMUTAIS E CÔNICAS Projeção Cônica - o mapa é construído imaginando-o desenhado num cone que envolve a esfera terrestre, que é em seguida desenrolado.
PROJEÇÃO CÔNICA Na projeção cônica, a superfície terrestre é projetada sobre um cone tangente ao elipsóide que então é longitudinalmente cortado e planificado.
NESTA PROJEÇÃO OS MERIDIANOS CONVERGEM PARA OS PÓLOS E OS PARALELOS SÃO ARCOS CONCÊNTRICOS SITUADOS A IGUAL DISTÂNCIA UNS DOS OUTROS. São utilizados para mapas de países de latitudes médias.
Quanto ao tipo de superfície adotada, são classificadas em: CILÍNDRICAS, PLANAS OU AZIMUTAIS E CÔNICAS Projeção Plana ou Azimutal - o mapa é construído imaginando-o situado num plano tangente ou secante a um ponto na superfície da Terra. Ex. Projeção Esterográfica Polar.
PROJEÇÃO AZIMUTAL
A DISTORÇÃO NO MAPA AUMENTA CONFORME SE DISTANCIA DO PONTO DE TANGÊNCIA. CONSIDERANDO QUE DISTORÇÃO É MÍNIMA PERTO DO PONTO DE TANGÊNCIA.
Afiláticas as áreas e os ângulos apresentam-se deformados Conformes os ângulos são mantidos idênticos (na esfera e no plano) e as áreas são deformadas. Equidistantes - é a que não apresenta deformações lineares, isto é, os comprimentos são representados em escala uniforme. Equivalentes as áreas apresentam-se idênticas e os ângulos deformados.
Projeções Conformes Preserva os ângulos. Paralelos e os meridianos se cruzam em ângulos retos Distorce-se a forma dos objetos no mapa.
Projeções Equivalentes Não deformam áreas, conservando uma relação constante da área; Alteram as formas. Peters, cilíndrico
Projeções Equidistantes São as projeções que não apresentam deformações em linha reta; Isso só é possível em determinada direção. São menos empregadas que as projeções conformes e equivalentes, porque raramente é desejável um mapa com distâncias corretas apenas em uma direção.
Projeções Afiláticas Não possui nenhuma das propriedades anteriores. EQUIVALÊNCIA, CONFORMIDADE E EQUIDISTÂNCIA VARIAM
MERCATOR X PETERS DIFERENTES VISÕES DO MUNDO São os mapas-múndi mais usados. Ambos feitos a partir de projeções cilíndricas. MERCATOR (1569) PETERS (1973)
PROJEÇÃO DE MERCATOR Distorcido nas áreas, com as terras próximas ao Pólos (elevadas latitudes) desproporcionalmente maiores. Excelente para a navegação. Perfeita nos ângulos e formas. É uma cilíndrica conforme.
Coloca a Europa no centro do mapa (Eurocentrismo).
Cilíndrica equivalente. África no centro PROJEÇÃO DE PETERS Perfeito nas áreas (o tamanho de cada nação ou continente) Distorcido nos ângulos e formas
Propostas de Peters:
Projeção de Mollweide Os paralelos são linhas retas e os meridianos, linhas curvas. Sua área é proporcional à da esfera terrestre, tendo a forma elíptica. As zonas centrais apresentam grande exatidão, tanto em área como em configuração, mas as extremidades apresentam grandes distorções.
Projeção de Goode, que modifica a de Moolweide É uma projeção descontínua, pois tenta eliminar várias áreas oceânicas. Goode coloca os meridianos centrais da projeção correspondendo aos meridianos quase centrais dos continentes para lograr maior exatidão.
Projeção de Holzel
A América ocupa o centro do planisfério, devido ao abaulamento na região equatorial.
São mapas esquemáticos, sem escala cartográfica, representações em que as áreas sofrem deformações matematicamente calculadas, tornando-se diretamente proporcionais a um determinado critério que se está considerando. Em Geografia usamos essa técnica para representar cartograficamente temas e visualizá-los de forma diferente da habitual. A superfície de cada espaço cartografado vai mudar proporcionalmente segundo uma determinada variável.
ÁREA DA TERRA DESENVOLVIMENTO HUMANO DIFUSÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA DIFUSÃO DA LÍNGUA INGLESA
USUÁRIOS DE INTERNET 2002 MORTOS EM GUERRAS CATÓLICOS ROMANOS INDÚSTRIA MILITAR
PIB POR ESTADOS NO BRASIL
Se a sua primeira impressão foi que o Brasil está de cabeça para baixo, isto significa que o seu ponto de orientação ainda é europeu, e não brasileiro.
A Cartografia Brasileira é baseada nos padrões europeus de Cartografia marítima, nos quais a Estrela Polar determina o "Norte". Antes da navegação marítima, o ponto de referência era o Sol, e os mapas apontavam para o oriente. Até hoje, usamos termos como "orientar-se" e "desnorteado". Em um mapa verdadeiramente brasileiro, o ponto de referência seria o Cruzeiro do Sul e não a estrela polar, o Brasil seguramente estaria no centro, e os europeus achariam que estavam sendo representados "de cabeça para baixo". A imagem apresenta o primeiro mapa sob a ótica brasileira, em uma projeção chamada de equidistante, que mede as distâncias de todos os países vizinhos.
A POLÊMICA SOBRE O SÍMBOLO DA ONU 1. Qual o tipo de projeção utilizado no símbolo da ONU? 2. Que tipo de distorção ocorre nessa
Observando o símbolo da ONU vemos que é uma projeção azimutal, cujo centro escolhido foi um ponto no Pólo Norte, um local neutro e que permite a visualização de todos os contingentes. O resultado era um questionamento quanto a neutralidade do símbolo, que destaca próximo ao centro os países: EUA, Reino Unido, França, Rússia e a China. Exatamente os membros o conselho da ONU que são representados com maior exatidão e destaque. Já os países periféricos são representados exatamente nas áreas mais periféricas da projeção, sofrendo maior distorção.