ESTATUTO DO INSTITUTO BOM SAMARITANO CAPÍTULO I DA DENOMINAÇÃO, SEDE, FINS E FORO Art. 1º - O INSTITUTO BOM SAMARITANO também identificado pela sigla BOM SAMARITANO, com sede na cidade de Barra do Choça, Estado da Bahia, Brasil, é uma associação civil, com personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, com autonomia administrativa e financeira, regendo-se pelo presente Estatuto e pela legislação que lhe for aplicável. Art. 2º - São objetivos do BOM SAMARITANO: promover a educação em todos os níveis e propagar uma filosofia educacional e metodologias didáticas adequadas, voltadas para a realização da transformação da educação pública; promover ações de atualização profissional; promover uma visão ampliada da educação pública, redefinindo-a como lugar privilegiado para o desenvolvimento da integração de ações sociais e da autonomia cidadã da comunidade e atuar na formação de novos profissionais, para se constituírem em multiplicadores de uma educação pública transformadora; promover o tratamento psicossocial e terapêutico com crianças, adolescentes e adultos com a utilização de compulsórios; promover e estimular o desenvolvimento e pleno exercício da cidadania e do resgate social dos segmentos excluídos da sociedade brasileira através de ações sociais afirmativas e do diálogo com o poder público; promover o amparo às crianças e adolescentes em situação de risco social; promover ações de prevenção aos idosos, habilitação, reabilitação e integração à vida comunitária de pessoas portadoras de deficiência; promover a integração ao mercado de trabalho e propagar uma filosofia de assistência social e amparo aos menores adequados, voltados para a realização da transformação da pessoa humana; promover ações de reinserção social e da atenção psicossocial a crianças, adolescentes, adultos e idosos, visando o desenvolvimento de ações sociais. Parágrafo único - Para atingir seus fins o BOM SAMARITANO, atuará: I. na promoção da assistência social; II. na criação e manutenção do centro de Recuperação Bom Samaritano que tem por finalidade recuperar pessoas adultas do sexo masculino e feminino viciadas em drogas, bebidas alcoólicas e dependentes de substâncias tóxicas de qualquer natureza. III. na promoção da cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e cultural; IV. na promoção gratuita da educação e da saúde; V. na promoção da segurança alimentar e nutricional; VI. na defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável; VII. na promoção do voluntariado; VIII. na promoção do desenvolvimento econômico e social pelo combate à fome e à pobreza; IX. na experimentação, não lucrativa, de novos modelos sócio-produtivos e de sistemas alternativos de produção, comércio, emprego e crédito; X. na promoção de direitos estabelecidos, construção de novos direitos e assessoria jurídica gratuita de caráter suplementar; XI. na promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de outros valores universais; 1
XII. em estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos que promovam o desenvolvimento econômico e social, visando garantir a sustentabilidade planetária. Art. 3º - O BOM SAMARITANO não distribui entre os seus associados, conselheiros, diretores, empregados ou doadores eventuais excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos, bonificações, participações ou parcelas do seu patrimônio, auferidos mediante o exercício de suas atividades, e os aplica integralmente no país e na consecução do seu objetivo social. Art. 4 - No desenvolvimento de suas atividades, o BOM SAMARITANO observará os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e da eficiência e não fará qualquer discriminação de raça, cor, sexo ou religião. Art. 5º - O BOM SAMARITANO terá um Regimento Interno que, aprovado pela Assembléia Geral, disciplinará o seu funcionamento. Art. 6º - A fim de cumprir sua(s) finalidade(s) a instituição se organizará em tantas unidades de prestação de serviços, quantas se fizerem necessárias, as quais se regerão pelas disposições estatutárias, regimento interno e outras normas complementares. CAPÍTULO II DOS ASSOCIADOS Art. 7º - O BOM SAMARITANO é constituído por número ilimitado de associados, distribuídos nas seguintes categorias: I. Fundadores - aqueles que subscreveram o Estatuto de constituição da entidade; II. Efetivos - pessoas físicas ou jurídicas que, mediante indicação da Diretoria Executiva ou de outro associado efetivo, ad referendum da Assembléia Geral, passem a ter as mesmas prerrogativas dos associados fundadores; III. Honorários - pessoas físicas ou jurídicas que prestarem relevantes serviços à entidade; IV. Colaboradores - pessoas físicas que prestarem colaboração científica ou técnica à entidade. Art. 8º - São direitos dos sócios em dia com suas obrigações sociais: I. votar e ser votado para os cargos eletivos; II. tomar parte nas Assembléias Gerais. Art. 9º - São deveres dos associados: I. cumprir as disposições estatutárias e regimentais; II. acatar as decisões da Diretoria. Art. 10 - Os associados não respondem, nem mesmo subsidiariamente, pelos encargos da Instituição 2
Art. 11 - Os associados que não cumprirem as determinações do presente estatuto estarão sujeitos às seguintes penalidades: I. advertência; II. suspensão; III. exclusão. Art. 12 - As penas de advertência, suspensão e exclusão serão impostas pela Diretoria Executiva, salvo aquelas cometidas pelos Diretores, que serão da atribuição da Assembléia Geral. Art. 13 - Para as penas de advertência, suspensão e exclusão de associados fundadores, efetivos, honorários e/ou colaboradores, impostas pela Diretoria Executiva, caberá recurso voluntário e sem efeito suspensivo à Assembléia Geral. Art. 14 - A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim reconhecida em procedimento que assegure direito de defesa e de recurso, nos termos previstos neste estatuto ou em Resolução da Presidência. Art. 15 - Considera-se falta grave, passível de eliminação, provocar ou causar grave prejuízo moral ou material ao BOM SAMARITANO. Art. 16 - A exclusão do associado ocorrerá nos seguintes casos: I. falecimento da pessoa física; II. extinção da pessoa jurídica; III. impedimento legal por sentença condenatória transitada em julgado; IV. por pedido próprio, dirigido à Diretoria; V. por infração ao presente Estatuto, Regimento Interno e/ou Código de Conduta Organizacional em decisão aprovada pela Diretoria Executiva. Parágrafo único - Se a causa da exclusão ocorrer em razão do inciso V do caput deste artigo, o associado que causar o prejuízo direto ao BOM SAMARITANO ou aos seus clientes e/ou parceiros, deverá ressarcir o ano causado, nos valores apurados pela administração. CAPÍTULO III DA ADMINISTRAÇÃO Art. 17 - A administração geral do BOM SAMARITANO será feita pelos seguintes órgãos internos: I. Assembléia Geral; II. Diretoria Executiva; III. Conselho Fiscal. Art. 18 - A Assembléia Geral, órgão soberano da Instituição, se constituirá dos sócios em pleno gozo de seus direitos estatutários Art. 19 - Compete à Assembléia Geral: 3
I. eleger a Diretoria Executiva e o Conselho Fiscal; II. decidir sobre reformas do Estatuto; III. decidir sobre a extinção da entidade, nos termos do artigo 39; IV. decidir sobre a conveniência de alienar, transigir, hipotecar ou permutar bens patrimoniais; V. aprovar o Regimento Interno. 1º - A entidade não distribui lucros, vantagens ou bonificações a dirigentes, associados ou mantenedores sob nenhuma forma. 2º - Os membros do Conselho Fiscal não poderão ser remunerados, seja a que título for. Art.20 - A Assembléia Geral se realizará, ordinariamente, uma vez por ano para: I. apreciar o relatório anual da Diretoria Executiva; II. discutir e homologar as contas e o balanço aprovado pelo Conselho Fiscal; III. discutir outros assuntos de interesse da entidade. Art. 21 - A Assembléia Geral se realizará extraordinariamente, quando convocada: I. pela Diretoria Executiva; II. pelo Conselho Fiscal; III. por requerimento de 1/5 dos associados em dia com suas obrigações sociais. Art. 22 - A convocação da Assembléia Geral será feita por meio de edital afixado na sede da Instituição e/ou publicado na imprensa local, por circulares e outros meios, inclusive eletrônicos, com antecedência mínima de 08 dias. Parágrafo Único - Qualquer Assembléia se instalará em primeira convocação com a maioria dos associados e, em segunda convocação, com qualquer número deles, para deliberar sobre os assuntos da pauta do dia. Art. 23 - A Instituição adotará práticas de gestão administrativa, necessárias e suficientes, a coibir a obtenção, de forma individual ou coletiva, de benefícios e vantagens pessoais pelos dirigentes da entidade e seus cônjuges, companheiros e parentes colaterais ou afins até terceiro grau e, ainda, pelas pessoas jurídicas dos quais estes sejam controladores ou detenham mais de dez por cento da participação societária. Art. 24 - A Diretoria Executiva será constituída por um Presidente, um Vice-Presidente, Primeiro e Segundo Secretários, Primeiro e Segundo Tesoureiros. Parágrafo Único - O mandato da Diretoria será de 04 (quatro) anos, sendo permitidas reeleições. Art. 25 - Compete à Diretoria Executiva: I. elaborar e executar o programa anual de atividades; II. elaborar e apresentar á Assembléia Geral o relatório anual de atividades; III. reunir-se com instituições públicas e privadas visando construir vínculos de mútua colaboração em atividades de interesse comum; 4
IV. contratar e demitir funcionários; V. executar outras atividades correlatas. Art. 26 - A diretoria se reunirá trimestralmente, em data previamente agendada. Art. 27 - Compete ao Presidente: I. representar o BOM SAMARITANO judicial e extra-judicialmente; II. cumprir e fazer cumprir este Estatuto, o Regimento Interno e outras normas da entidade; III. presidir a Assembléia Geral; IV. convocar e presidir as reuniões da Diretoria Executiva; V. assinar, juntamente com o 1º tesoureiro ou com o 2º tesoureiro, cheques, cauções, ordens de pagamento ou qualquer documento que envolva responsabilidade financeira, inclusive os relativos à movimentação de fundos e depósitos bancários. VI. definir os projetos de interesse da entidade, mobilizando os associados para colaborar na implementação dos mesmos; VII. executar outras atividades correlatas. Art. 28 - Compete ao Vice-presidente: I. substituir o Presidente em suas faltas ou impedimentos; II. assumir o mandato, em caso de vacância, até o seu término; III. prestar, de modo geral sua colaboração ao Presidente; IV. executar outras atividades correlatas. Art. 29 - Compete ao Primeiro Secretário: I. secretariar as reuniões da Diretoria e da Assembléia Geral e redigir as atas correspondentes; II. publicar todas as notícias das atividades da entidade; III. colaborar na organização interna da entidade e controle de processos, projetos e programas por esta executados; IV. executar outras atividades correlatas. Art. 30 - Compete ao Segundo Secretário: I. substituir o Primeiro Secretário em suas faltas ou impedimentos; II. assumir o mandato, em caso de vacância, até o seu término; III. prestar, de modo geral, a sua colaboração ao Primeiro Secretário; IV. executar outras atividades correlatas. Art. 31 - Compete ao Primeiro Tesoureiro: I. arrecadar e contabilizar as contribuições dos associados, rendas, auxílios e donativos, mantendo em dia a escrituração contábil e fiscal da entidade; II. pagar as contas autorizadas pelo Presidente; III. apresentar relatórios de receitas e despesas, sempre que forem solicitados; IV. apresentar ao Conselho Fiscal a escrituração da Instituição, incluindo os relatórios de desempenho financeiros e contábil e sobre as operações patrimoniais realizadas; 5
V. conservar, sob sua guarda e responsabilidade, os documentos relativos á tesouraria da entidade; VI. manter todo o numerário do BOM SAMARITANO em estabelecimento de crédito; VII. assinar, em conjunto com o Presidente, cheques, cauções, ordens de pagamento ou qualquer documento que envolva responsabilidade financeira, inclusive os relativos à movimentação de fundos e depósitos bancários; VIII. executar outras atividades correlatas. Art. 32 - Compete ao Segundo Tesoureiro: I. substituir o Primeiro Tesoureiro em suas faltas e impedimentos; II. assumir o mandato, em caso de vacância, até o seu término; III. prestar, de modo geral, sua colaboração ao Primeiro Tesoureiro. IV. apresentar ao Conselho Fiscal a escrituração da Instituição, incluindo os relatórios de desempenho financeiros e contábil e sobre as operações patrimoniais realizadas; V. conservar, sob sua guarda e responsabilidade, os documentos relativos á tesouraria da entidade; VI. manter todo o numerário do BOM SAMARITANO em estabelecimento de crédito; VII. assinar, na ausência do 1º Tesoureiro, em conjunto com o Presidente, cheques, cauções, ordens de pagamento ou qualquer documento que envolva responsabilidade financeira, inclusive os relativos à movimentação de fundos e depósitos bancários; VIII. executar outras atividades correlatas. Art. 33 - O Conselho Fiscal será constituído por 03 (três) sócios e 03 (três) suplentes, eleitos pela Assembléia Geral, na mesma Assembléia que eleger a Diretoria Executiva. 1º - O mandato do Conselho Fiscal será coincidente com o mandato da Diretoria Executiva. 2º - Em caso de vacância, o mandato será assumido pelo respectivo suplente, até o seu término. Art. 34 - Compete ao Conselho Fiscal: I. examinar os livros de escrituração da entidade; II. opinar sobre os relatórios de desempenho financeiro e contábil e sobre as operações patrimoniais realizadas, emitindo pareceres para os organismos superiores da entidade; III. apresentar relatórios de receitas e despesas, sempre que forem solicitados. Parágrafo Único - O Conselho Fiscal se reunirá, ordinariamente, a cada 06 (seis) meses e, extraordinariamente, sempre que necessário. CAPÍTULO IV DO PATRIMÔNIO Art. 35 - O patrimônio do BOM SAMARITANO será constituído de bens móveis, imóveis, veículos, semoventes, ações, títulos da dívida pública e rendas obtidas por meio de 6
doações, legados, convênios, ajustes e acordos firmados com o poder público e/ou com a iniciativa privada. Art. 36 - No caso de dissolução da entidade, o respectivo patrimônio líquido será transferido para outra pessoa jurídica qualificada nos termos da Lei 9.790/99, preferencialmente que tenha o mesmo objetivo social e/ou com registro no Conselho Nacional de Assistência Social. Art. 37 - Na hipótese do BOM SAMARITANO perder a qualificação instituída e obtida pela Lei Federal nº 9.790, de 23/03/1999, o respectivo acervo patrimonial disponível e adquirido com recursos públicos durante o período em que perdurou a qualificação, este será transferido para outra pessoa jurídica qualificada nos termos da mesma Lei e que, preferencialmente, tenha o mesmo objetivo social. CAPÍTULO V DA PRESTAÇÃO DE CONTAS Art. 38 - A prestação de contas da Instituição observará no mínimo: I. os princípios fundamentais de contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade; II. a publicidade, por qualquer meio eficaz, no encerramento do exercício fiscal, do relatório de atividades e das demonstrações financeiras da entidade, incluindo as certidões negativas de débitos junto ao INSS e ao FGTS, colocando-os à disposição para o exame de qualquer cidadão; III. a realização de auditoria, inclusive por auditores externos independentes, se for o caso, da aplicação dos eventuais recursos obtidos por meio de Termo de Parceria firmado com órgãos públicos nos três níveis de governo; IV. a prestação de contas de todos os recursos e bens de origem pública recebidos será feita, conforme determina o parágrafo único do art. 70 da Constituição Federal. CAPÍTULO VI DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 39 - O BOM SAMARITANO será dissolvido por decisão da Assembléia Geral Extraordinária, especialmente convocada para esse fim, quando se tornar impossível a continuação de suas atividades. Art. 40 - O presente Estatuto poderá ser reformado, a qualquer tempo, por decisão da maioria absoluta dos associados, em Assembléia Geral especialmente convocada para esse fim, e entrará em vigor na data de sua averbação no Cartório Registro de Títulos e Documentos da Comarca de Barra do Choça -Ba. Art. 41 - Os casos omissos serão resolvidos pela Diretoria Executiva e referendados pela Assembléia Geral. 7
Barra do Choça/BA, 24 de outubro de 2011. FLAVIO AMORIM NOVAES Presidente MARCOS VIANA DE OLIVEIRA VICE PRESIDENTE ALMIR ROGERIO LEITE ROCHA 1º SECRETARIO VALDEMAR BATISTA ROCHA 2º SECRETARIO FABIO ARAUJO CRUZ 1º TESOUREIRO GILBERTO JOSE DA SILVA 2º TESOURIERO KARLA DANIELLE LEITE MELO OAB/BA 26.985 (ADVOGADA) 8