número 10 ano 4 mar 2016

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Transcrição:

2318-9282 número 10 ano 4 mar 2016 10

2. número 10. ano 4. mar 2016

apresentação DESIDADES juventude. É uma publicação trimestral, avaliada por pares, do Núcleo Interdisciplinar, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, comprometida com a divulgação do equipe editorial EDITORA CHEFE Lucia Rabello de Castro EDITORAS ASSOCIADAS Heloisa Dias Bezerra Maria Carmen Euler Torres Renata Alves de Paula Monteiro Sônia Borges Cardoso de Oliveira EDITORES ASSISTENTES Alexandre Bárbara Soares Antônio Gonçalves Ferreira Júnior Carina Borgatti Moura Felipe Salvador Grisolia Isa Kaplan Vieira Juliana Siqueira de Lara Karima Oliva Bello Lis Albuquerque Melo Sabrina Dal Ongaro Savegnago Suzana Santos Libardi EQUIPE TÉCNICA Arthur José Vianna Brito Clara Marina Hedwig Willach Galliez Luciana Mestre Marina Del Rei Paula Pimentel Tumolo Priscila Gomes REVISORA Bianca Grisolia Publica artigos originais, entrevistas e resenhas que se destinem a discutir criticamente, para um público amplo, seu processo de emancipação. Uma secção DESIDADES estão disponíveis para os no espaço latino- americano para todos os criança ou jovem no contexto das sociedades atuais. DESIDADES da revista, que as idades, como critérios permitir novas abordagens, perspectivas e geracionais. TRADUTORAS Flavia Ferreira dos Santos Karima Oliva Bello 3. número 10. ano 4. mar 2016

CONSELHO CIENTÍFICO NACIONAL Alfredo Veiga- Neto Alexandre Simão de Freitas Ana Cristina Coll Delgado Ana Maria Monteiro Angela Alencar de Araripe Pinheiro Angela Maria de Oliveira Almeida Anna Paula Uziel Carmem Lucia Sussel Mariano Clarice Cassab Claudia Mayorga Cristiana Carneiro Diana Dadoorian Dorian Monica Arpini Elisete Tomazetti Fernanda Costa- Moura Flavia Pires Gizele de Souza Heloísa Helena Pimenta Rocha Iolete Ribeiro da Silva Jader Janer Moreira Lopes Jaileila de Araújo Menezes Jailson de Souza e Silva Jane Felipe Beltrão Juarez Dayrell Juliana Prates Santana Leandro de Lajonquière Leila Maria Amaral Ribeiro Lila Cristina Xavier Luz Marcos Cezar de Freitas Marcos Ribeiro Mesquita Maria Alice Nogueira Maria Aparecida Morgado Maria Helena Oliva Augusto Maria Ignez Costa Moreira Maria Lucia Pinto Leal Marlos Alves Bezerra Marta Rezende Cardoso Mirela Figueiredo Iriart Myriam Moraes Lins de Barros Nair Teles Universidade Federal do Rio Grande do Sul Universidade Federal de Pernambuco Universidade Federal de Pelotas Universidade Federal do Rio de Janeiro Universidade Estadual do Rio de Janeiro Universidade Federal de Mato Grosso Universidade Federal de Minas Gerais Universidade Federal do Rio de Janeiro Universidade Federal do Rio de Janeiro Universidade Federal de Santa Maria Universidade Federal de Santa Maria Universidade Federal do Rio de Janeiro Universidade Federal da Paraíba Universidade Federal Fluminense Universidade Federal de Pernambuco Universidade Federal Fluminense Universidade Federal de Minas Gerais Universidade de São Paulo Universidade Federal do Rio de Janeiro Universidade Federal do Piauí Universidade Federal de São Paulo Universidade Federal de Minas Gerais Universidade Federal de Mato Grosso Universidade de São Paulo Universidade Federal do Rio Grande do Norte Universidade Federal do Rio de Janeiro Universidade Estadual de Feira de Santana Universidade Federal do Rio de Janeiro 4. número 10. ano 4. mar 2016

Patrícia Pereira Cava Rita de Cassia Fazzi Rita de Cassia Marchi Rosa Maria Bueno Fischer Rosângela Francischini Silvia Pereira da Cruz Benetti Solange Jobim e Sousa Sonia Margarida Gomes Sousa Telma Regina de Paula Souza Vera Vasconcellos Veronica Salgueiro do Nascimento Universidade Federal de Pelotas Universidade Federal do Rio Grande do Sul Universidade Federal do Rio Grande do Norte Universidade do Vale do Rio dos Sinos Universidade Metodista de Piracicaba Universidade Estadual do Rio de Janeiro CONSELHO CIENTÍFICO INTERNACIONAL Adriana Aristimuño Adriana Molas Universidad de la República, Montevideo Andrés Pérez- Acosta Alfredo Nateras Domínguez Carla Sacchi Ernesto Rodríguez Graciela Castro Guillermo Arias Beaton Héctor Castillo Berthier Instituto de Investigaciones Sociales, Héctor Fabio Ospina José Rubén Castillo Garcia María Guadalupe Vega López Universidad de Guadalajara, México Mariana Chaves Mariana Garcia Palacios Mario Sandoval Norma Contini Pablo Toro Blanco René Unda Universidad Politécnica Salesiana, Ecuador Rogelio Marcial Vásquez Rosa Maria Camarena Instituto de Investigaciones Sociales, Silvina Brussino Valeria LLobet 5. número 10. ano 4. mar 2016

índice 7 Menina ou moça? Menoridade e consentimento sexual 9 Laura Lowenkron A proibição legal de castigos físicos na infância: alguns contrastes entre Brasil, Uruguai e França 19 Fernanda Bittencourt Ribeiro Entre músicas e rimas: jovens pesquisando jovens 29 Ana Carolina Videira Sant`Anna, Silvana Mendes Lima, Suanny Nogueira de Queiroz e Vanessa Monteiro Silva Desastres socioambientais em comunidades ocupadas por mineradoras: 41 Célia Dias Rafael Prosdocimi 53 Diana Dadoorian 58 Natalia Gavazzo 63 68 6. número 10. ano 4. mar 2016

editorial lugar especial em que sejam preservadas das agruras da vida social e das intempéries., aborda rege tal regulação nas nossas sociedades, e compreender melhor a construção social e Uruguai e França. 7. número 10. ano 4. mar 2016

graduadas em Psicologia pela Universidade Federal Fluminense, e Silvana Mendes das autoras: como se regula eticamente o encontro entre pesquisadoras e sujeitos cada trabalho e encontro de pesquisa. e juventude do primeiro trimestre de 2016 levantadas a partir dos sites de editoras nos Lucia Rabello de Castro. Ijuí, RS: Editora UNIJUÍ, 2000. 8. número 10. ano 4. mar 2016

Menina ou moça? Menoridade e consentimento sexual Laura Lowenkron horror a qualquer coisa que conecte sexualmente o chamado mundo ocidental moderno, assim como as inscrição da data de nascimento passou a ser mantida e civis a impuseram nos documentos, começando pelas camadas mais instruídas da registro baseadas em um sistema de datação. 9. número 10. ano 4. mar 2016

a partir da noção de menoridade sexual, de modo que os termos adulto e criança sejam pensados como categorias sociais e relacionais que são manipuladas e articuladas Meu questionamento leva- me, assim, a investigar o modo como o desenvolvimento da sexualidade e da racionalidade no curso da vida de uma pessoa é socialmente e isso, as leis e os discursos de aquisição e proteção de direitos ganharam uma nova normas sociais para o julgamento moral do comportamento sexual na sociedade e, Por isso, neste texto, abordo o principal modo jurídico de regular a conduta sexual aquilo que optei por denominar menoridade sexual, também chamada de idade do legais ou de autoridade. Segundo a autora, menores são aquelas pessoas compreendidas ou crianças, imediatamente associadas a um dado período de vida ou a um conjunto 10. número 10. ano 4. mar 2016

uma relação sexual. Menoridade sexual na legislação penal brasileira e em decisões judiciais 1. Observa- se que praticar qualquer ato sexual com menores de 14 anos corresponde ao crime de estupro, ou seja, a uma até certa idade, o menor é visto como objeto e nunca como sujeito em uma relação um elemento importante para invalidar o consentimento sexual, sendo atualmente casos. 1 11. número 10. ano 4. mar 2016

sexuais, de modo que não se pode dar valor algum ao seu consentimento. De acordo passou a ser predominante, de modo que se a vítima, apesar de contar com menos o delito 2. ou maturidade sexual do menor de 14 anos passou a ser duramente criticada por 3 ser a vulnerabilidade relativa ou absoluta, principalmente nos casos de adolescentes revogado. 12. número 10. ano 4. mar 2016

anos, portanto não poderia prever que estava cometendo um crime, então não houve crime. Mas, se o erro de tipo é o argumento técnico- jurídico para a concessão do 4. Um terceiro de outras assimetrias além da idade, os discursos dos Ministros que votaram pelo de proteção legal da menina, reconstruindo a sua menoridade sexual. Os argumentos 4 13. número 10. ano 4. mar 2016

argumentação é a puberdade, que estaria associada a um período de perturbação Segundo essa visão, a lei deve proteger crianças e adolescentes independentemente 5 6 revela também que até hoje as controvérsias morais e jurídicas acima mencionadas Menoridade e consentimento sexual 14. número 10. ano 4. mar 2016

liberal, pode ser entendido como um ato de vontade e, ao mesmo tempo, como uma de um continuum entre o intercurso sexual heterossexual plenamente consentido e o estupro. de mulheres que podem ceder ao sexo sem necessariamente consenti- 15. número 10. ano 4. mar 2016

a compreensão de crianças e jovens como sujeitos especiais, ou seja, tendo que ser direitos. Esse é um dos dilemas que estão em jogo nos debates em torno das leis da pela lei até que ele ou ela tenha se tornado um sujeito pleno para consentir livremente a relação sexual. parece ser o melhor meio para entender os processos de regulação social e jurídica da 16. número 10. ano 4. mar 2016

. Isto é, para ser reconhecido como menor e, portanto, ser consentimento. para legitimar a exclusão dos menores que não correspondem a esse ideal do direito de História Social da Criança e da Família Revista de Sociologia e Política Questões de Sociologia. Rio Decreto- Lei 2.848 Problemas de gênero : uma abordagem para 153. Velhice ou terceira idade? Lolita e a Corte: o debate sobre a autonomia sexual da vítima de estupro Revista de Antropologia (USP) Cadernos Pagu 17. número 10. ano 4. mar 2016

Código Penal interpretado Political Theory, v. 8, n. 2., p. 149-168, mai. 1980. Curso de Direito Penal Brasileiro Práticas de Justiça Jovens & Juventudes 2005. p. 89-107. Projeto e metamorfose: antropologia das sociedades complexas. 2. ed. Rio de Limites da menoridade 2002. O Mal que se advinha: polícia e menoridade no Rio de Janeiro. Nacional, 1999. The age of consent Macmillan, 2005. O artigo aborda o principal modo jurídico de regular a conduta sexual de acordo com a idade, consentimento, bem como as controvérsias jurídicas e morais em torno do tema. O objetivo é Laura Lowenkron E- mail: 18. número 10. ano 4. mar 2016

A proibição legal de castigos físicos na infância: alguns contrastes entre Brasil, Uruguai e França Fernanda Bittencourt Ribeiro Sophie Shapiro Introdução partir do início dos anos 2000, os organismos multilaterais de promoção de direitos 1 19. número 10. ano 4. mar 2016

discussão no Uruguai e a genealogia da construção do projeto de lei pela interdição dos envolvendo temas morais controversos - a parceria civil entre pessoas do mesmo sexo, este debate no longo processo de mudança nas sensibilidades relativas ao tratamento Assimetrias e adestramentos tutelar. 20. número 10. ano 4. mar 2016

as controvérsias suscitadas pela proposta de interdição legal de castigos, os debates concebe a dor como recurso corretivo revelaria uma noção de corpo incircunscrito, sem promotoras dos direitos da criança operam desde o início dos anos 2000. ser útil para entendermos que a adesão a esta proposta de proibição legal de castigos progressivo reconhecimento de crianças como cidadãos plenos. 21. número 10. ano 4. mar 2016

Na França, as pesquisas de opinião mostraram que apesar da maioria ser contra a de comportamento na relação com as crianças e, portanto, a ruptura com condutas O que eu gostaria de sublinhar a partir desta observação é que a proibição legal dos 22. número 10. ano 4. mar 2016

desenvolver sensibilidades éticas depende de sua divulgação ativa, da aliança entre a lei Estes debates e seus resultados permitem observar possíveis desigualdades relativas nacionais de promoção de direitos humanos. questão desta ordem. No Uruguai, isto é claramente explicitado através da publicação 2 2 Ver por exemplo <www.oveo.org/la-violence-educative-ordinaire-quest-ce-que-cest/> 23. número 10. ano 4. mar 2016

Na França, os debates em torno da proposta de lei apresentam outra crítica cultural. 24. número 10. ano 4. mar 2016

do status quo. 25. número 10. ano 4. mar 2016

de mudar a cultura ou, ao menos, o modo de educar e de exercer a parentalidade. Nesta perspectiva, ela seria um instrumento para mudança de sensibilidades culturais relativas Manual para la erradicación cultural del castigo físico y humiliante. Mania de bater: a punição corporal doméstica de Palmada já era 2015. p. 331-350. Cidade de muros: crime, segregação e cidadania em São Paulo. São, 2000. Un trato por el buentrato. Disponível em: < Futuribles, L Autre, v. 16, n. 1, p. 48-58, 2015. Valores religiosos e legislação no Brasil: a tramitação de projetos de lei sobre temas morais controversos. Le monde.fr, 3 mar. 2015. Disponível em: < Le monde.fr, 13 mar. 2015. Disponível em: < > 26. número 10. ano 4. mar 2016

Les constructions de l intolérable. Bater e Apanhar Políticas de proteção à infância: 2009. p. 219-251. Sexualidad, Salud y Sociedad - Revista latino- americana, n. 1, p. 30-62, 2009. et Politix, v. 99, n. 3, p. 177-199, 2012. A interpretação das culturas De la violence. Paris: Éd. Odile Jacob, 1996. 14 ago. 2007. Disponível em Anthropologie et Sociétés, Civitas: Revista de Ciências Sociais, Porto Relatório mundial sobre violência contra a criança, 2006. l enfant. Políticas de proteção à infância p. 93-112. Direitos e Ajuda Humanitária: Scripta Nova, da lei da palmada. Civitas: Revista de Ciências Sociais ago. 2013. La Nature humaine: une illusion occidentale. Paris: Éd. de l éclat, 2009. Maltraitance À qui appartiennent les enfants? Paris: Tallandier, 2010. 27. número 10. ano 4. mar 2016

direitos universais. Mana, Rio de Janeiro, v. 12, n. 1, p. 207-236, abr. 2006. Anthropologie et Sociétés, Autrepart, n. 72, 2014. 2016. Antropologia e direitos humanos, 3 EdUFF, 2005. p. 13-67. História do estupro. Les constructions de l intolérable. nas sensibilidades, abordo a intenção desta lei em sua dimensão produtiva. Ou seja, na sua Fernanda Bittencourt Ribeiro E- mail: 28. número 10. ano 4. mar 2016

Entre músicas e rimas: jovens pesquisando jovens Ana Carolina Videira Sant`Anna Silvana Mendes Lima Suanny Nogueira de Queiroz Vanessa Monteiro Silva Introdução a campo sem chegarmos, necessariamente, com a rima pronta. 29. número 10. ano 4. mar 2016

programados, ou seja, chegarmos de antemão com a rima pronta, extinguiria a singularidade do encontro com os jovens e negligenciaria a dimensão coletiva que problema, desde que possamos compor. desde que comportem a mesma duração e ritmo. trabalho. Selecionamos esse espaço por entendermos que condensava os critérios que orientavam as nossas escolhas de pesquisa, a saber: pelo alcance social e político presente em 30. número 10. ano 4. mar 2016

que a subjetividade é, aqui, concebida como produção, sendo composta de diversos um sentido de devir. Devir remete a tudo que é de ordem processual, daquilo que escapa ela não me obedeceu. Falou em mar, em céu, em rosa, a sílaba silenciosa. 31. número 10. ano 4. mar 2016

labirintos. Interessa- nos, do ponto de vista de uma pesquisa que é, igualmente, Um local que destoa completamente da região onde se insere, posto que se situa em Sobre os labirintos que cercam o corpo do pesquisador Um labirinto consiste em um conjunto de percursos embaralhados, criados com a intenção de desorientar aquele que o percorre. Segundo um antigo mito grego, o 32. número 10. ano 4. mar 2016

ato de percorrer, pode- se avançar labirinto adentro, tecendo caminhos, voltando e como que perdidos no labirinto? Sem rima pronta? determinado, que comporta nele mesmo a intenção de um ponto de partida e um com a rima pronta, como um planejamento encerrado em si mesmo, e de se chegar do encontro com o espaço da Grota, novos movimentos surgiam, desmanchando 33. número 10. ano 4. mar 2016

Sobre as paisagens e labirintos que acompanham a construção de um trabalho coletivo que compreendia uma atuação essencialmente clínico- individual. De um modo geral, acompanhar de perto alguns projetos da ONG. Nas rodas de conversas, por exemplo, a e circulação da palavra, traçamos tanto o que é considerado comum a todos os que cooperação. Neste sentido, pudemos partilhar agonias comuns, por exemplo, a de estarmos em 34. número 10. ano 4. mar 2016

a que são, cotidianamente, relegados. Mas, é, justamente, entre pontos e demandas, ora e no ensejo da produção do comum. Para eles, o sentido de inutilidade é experimentado por meio do seguinte embate: Para esse consumo, não nos interessa servir. outros na direção de uma aposta: a constituição de um comum. coletivas. 35. número 10. ano 4. mar 2016

produção de sonhos comuns possíveis. No entanto, a constituição de sonhos comuns se apresenta, também, a partir de um dilema que aparece estampado entre os jovens monitores do projeto. Um dilema de trabalho pautada em valores coletivos e de ajuda mútuos e, de outro, que tende a a busca de saídas coletivas para os impasses. 36. número 10. ano 4. mar 2016

crescente aos valores individualistas, competitivos e de consumo apregoados nos modos e criadora. A confecção de rimas e sonhos possíveis sonhos possíveis. criam outras maneiras de sentir, viver e estar no mundo. passagem ao novo. aos ditames do mercado. 37. número 10. ano 4. mar 2016

que atravessa tanto o processo de trabalho como o seu produto. instaurando caminhos desviantes, uma morada coletiva e expressiva consistente que pode comportar o inusitado e disparar novos movimentos. Compêndio de Análise institucional e outras correntes. 1. ed. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1992. Teoria da Cultura de massa. Nosso século XXI: notas sobre arte, técnica e poderes. Rio de Janeiro: Editora Relume- Mil Platôs: 1996. Labirinto e Minotauro: Microfísica do Poder. Rio de Janeiro: Graal, 1979. p. 69-78. Narrativas de resistências: Mini Aurélio Século XXI Janeiro: Nova Fronteira, 2000. Distraídos Venceremos. 1987. p. 28. atuais. Historia,Ciências, Saúde - Manguinhos (Fiocruz), Psicologia: teoria e pesquisa (UNB),. A Nau do Tempo Rei. Rio de Janeiro: Imago Editora, 1993. p. 47-61. 38. número 10. ano 4. mar 2016

Livro do Desassossego por Bernardo Soares Psicologia: Análise Institucional no Brasil: Rio de Janeiro: Espaço e Tempo, 1987. p. 27-46. São Paulo: discorremos acerca dos labirintos e das saídas possíveis que povoam o encontro entre os inusitado e os desassossegos disparadores de novos movimentos. 39. número 10. ano 4. mar 2016

Ana Carolina Videira Sant`Anna E- mail: Silvana Mendes Lima E- mail: Suanny Nogueira de Queiroz E- mail: Vanessa Monteiro Silva E- mail: 40. número 10. ano 4. mar 2016

Desastres socioambientais em comunidades ocupadas por mineradoras: Célia Dias Rafael Prosdocimi 41. número 10. ano 4. mar 2016

Célia Dias Rafael Prosdocimi Inicialmente a questão do meio ambiente me tocou em 2008, quando vivemos luta ambiental. Para responder a essas perguntas, entrevistei jovens ambientalistas de outra perspectiva: de uma visão da luta ambiental singular, entendida como uma Célia Dias Rafael Prosdocimi 2006 passou a ser objeto de interesse de grandes mineradoras. O projeto se tornou de campo, o projeto estava em processo e a cidade se preparando para receber o empreendimento. E como o jovem ainda é visto muito mais como um sujeito em preparação do que como ator pleno, achamos interessante pensar esses sujeitos 42. número 10. ano 4. mar 2015

que os mais jovens são mais sensíveis a esses problemas. Eu então busquei entender também de disputa em torno do sentido desse empreendimento. Célia Dias a questão geracional? Rafael Prosdocimi: O jovem acaba sendo um ator muito relevante porque boa parte da população local escola propondo cursos técnicos instalados de acordo com as necessidades do empreendimento e todo um discurso de que os jovens podiam se preparar melhor para ocupar lugares importantes na empresa. Por outro lado, o empreendimento portas e janelas abertas, da tranquilidade, da segurança. Célia Dias Rafael Prosdocimi interioranas, dos jovens migrarem para cidades maiores em busca de educação e empresa. Célia Dias: Um aspecto que pode ser gerado pela maior cobertura da mídia, pois quem vive nas cidades de modo geral tem mais visibilidade social. Outra questão interessante Rafael Prosdocimi 43. número 10. ano 4. mar 2015

região. Célia Dias Rafael Prosdocimi 1 Célia Dias Rafael Prosdocimi Célia Dias: Para trabalhar a percepção dos jovens em relação ao projeto da mineradora e as 1 Auguste de Saint- Hilaire, famoso botânico e naturalista francês que viajou pelo Brasil entre 1816-44. número 10. ano 4. mar 2015

Rafael Prosdocimi: De modo geral, a perspectiva macro é a que predomina nos estudos ambientais, podia deixar de mostrar que muitos moradores daquelas comunidades tinham uma pensar como as coisas nos tocam, e que nem sempre isto é claro, mas que mesmo Célia Dias uma esperança de que tudo aquilo poderia melhorar a vida? Rafael Prosdocimi desenvolvimento propagandeada pela empresa. Então a perspectiva de um curso podiam pensar em viver e ter outros trabalhos naquela localidade. Eu acredito que Célia Dias: O caso da recente tragédia socioambiental ocorrida em Mariana, de responsabilidade 45. número 10. ano 4. mar 2015

Rafael Prosdocimi: O que mais chamou a atenção em Mariana, e que tem muita relação com o que eu o desenvolvimento da região. Mas, com a crise do preço do minério, as empresas estratégia de cooptação também é vital, pois a empresa chega em uma comunidade e contrata 40, 50 pessoas, e claro, cada um dos contratados conhece outros que minério, as coisas parecem boas, mas aí quando começam a aparecer problemas Célia Dias Rafael Prosdocimi essa marca para as comunidades que convivem com as mineradoras. Célia Dias que não queriam saber de reconstrução da cidade, pois sabiam que não haveria Rafael Prosdocimi: É uma tentativa de mudança coletiva, de continuar em outro lugar. Retomando o o processo de construção do empreendimento em andamento era subjetivado, havia claramente uma expectativa de desenvolvimento, de progresso, de bom 46. número 10. ano 4. mar 2015

engenheiros, então é um tipo de expectativa de vida, as pessoas não querem mais sair mundo, anunciou que vai vender o projeto, que não vai dar continuidade, então os jovens novamente estão submetidos a um impasse, a uma situação de angústia, sem mudou completamente, estão agora vivendo uma situação em que ninguém se Célia Dias Rafael Prosdocimi Mato Dentro, decorrem em grande parte porque as pessoas não estão participando de se posicionar. Célia Dias Rafael Prosdocimi Célia Dias Mato Dentro? Rafael Prosdocimi eles não são ouvidos. Por um lado, eles vão aproveitar, vão ter melhores chances de 47. número 10. ano 4. mar 2015

um trabalho bem remunerado, de ter uma vida melhor, essa pessoa mostrou que não que participam, que tem um entendimento do processo, que vivem a cotidianidade, Célia Dias coletivos. E o tema do meio ambiente sempre aparece como um dos motivadores dessa mudança, e também como epicentro da preocupação entre os jovens, algo que Rafael Prosdocimi como não se apresentam como ativistas ambientais no sentido tradicional, mas que do ecoturismo, e a questão do meio ambiente passou a ser mais divulgada. Mas não 48. número 10. ano 4. mar 2015

Célia Dias Rafael Prosdocimi Célia Dias Rafael Prosdocimi: O que aconteceu em Mariana, a repercussão global, a devastação decorrente que a geral das empresas e do Estado é muito clara, de acelerar os empreendimentos, Célia Dias Rafael Prosdocimi Então, o mais interessante seria ouvir o que as pessoas dessas comunidades querem, ideia de um progresso linear que chega para tornar as comunidades iguais, retirando 49. número 10. ano 4. mar 2015

Célia Dias não chegam para tirar esse direito, para destituir essas comunidades do direito de Rafael Prosdocimi similares, por exemplo, como os recursos naturais abundantes são usados como moeda de troca, como recurso econômico. E me chamou a atenção os processos de luta, pois eu encontrei na Índia uma comunidade indígena que recebeu uma proposta desenvolvimento. Célia Dias Rafael Prosdocimi bauxita nas montanhas do estado de Orissa, no leste da Índia, local que é o lar da eles perguntaram para os representantes da empresa por quanto eles venderiam Célia Dias vendido ou comprado em uma comunidade. Rafael Prosdocimi que todas as empresas que estão tocando projetos de exploração de recursos paradoxos do processo. 50. número 10. ano 4. mar 2015

Célia Dias Rafael Prosdocimi excluir grande parte do povo do processo de decisão: os mais pobres, menos observei na pesquisa com os jovens é que eles estão muito atentos ao que acontece Célia Dias Rafael Prosdocimi: Eu que agradeço a DESidades pela oportunidade. 51. número 10. ano 4. mar 2015

Rafael Prosdocimi Bacelar E- mail: Célia Regina da Silva Dias E- mail: 52. número 10. ano 4. mar 2015

Juventude e saúde mental: a adolescentes Diana Dadoorian Psicanálise, adolescência e saúde mental: Nas últimas décadas, o campo das psicopatologias são consideradas problemas de saúde pública. Os dados causas mais comuns de adoecimento e mortalidade sobre a relação entre juventude e saúde mental na por um olhar complexo, transdisciplinar e, sobretudo, leva em conta o desejo, onde as características do processo de adolescer podem ser colocadas em cena. 53. número 10. ano 4. mar 2016

ingressar no mundo adulto. Processo este que se desenvolve em um mundo em que, juventude e saúde mental. de um olhar mais amplo do campo da saúde mental, que inclua uma visão do sintoma 54. número 10. ano 4. mar 2016

apresentados nos diversos trabalhos relatados ao longo deste livro nos mostram que importante participar da rede como um lugar que acolhe... e que cuida para que as 55. número 10. ano 4. mar 2016

tratamento e a demanda dos pais. para adolescentes e amplia a relação entre o aspecto individual e grupal, mostrando a de cada adolescente. cuidadosamente pensadas e articuladas entre os diversos serviços da rede de saúde mental. em dois artigos desta obra, o primeiro assinado por Fernandes e o segundo de autoria deste livro, escrito por Silva, trata das particularidades da supervisão de atendimentos a adolescentes. O relato da diversidade de trabalhos com adolescentes na rede de saúde mental que é 56. número 10. ano 4. mar 2016

aborda. de trabalho. Proadolescer: p. 7-13. adolescentes. Rio de Janeiro: Companhia de Freud, 2015. Juventude e Saúde Mental: a Juventude e Saúde Mental Proadolescer: pesquisa e clínica com Juventude e Saúde Mental Juventude e Saúde Mental : : : Diana Dadoorian E- mail: 57. número 10. ano 4. mar 2016

Hacerse un lugar: circuitos y trayectorias juveniles en ámbitos urbanos, Natalia Gavazzo De perto e de dentro: equipe de pesquisa sobre jovens nas cidades. Tal como declarado na Introdução, o objetivo do Para isso, partem de dois campos inter- relacionados: os estudos sobre juventudes e os estudos urbanos. e desigualdades sobre as quais se estruturam as que se analisa, mas são construídas como resultado moram e crescem. 58. número 10. ano 4. mar 2016

anos. Porque, - longe de ser uma simples compilação de textos surgidos de pesquisas compreender usos do tempo e espaço em disputa, que são explicados em termos de a política e a participação. 59. número 10. ano 4. mar 2016

tanto os corpos como os atores, e os lugares que habitam e por onde circulam em seus enquanto estão carregados de valores. os modos dominantes de regulação da cidade, especialmente dos usos do espaço provoca a auto- exclusão usos legítimos da cidade. com outros atores. Porém, os jovens disputam com eles o controle desses bairros, e ao Estado seu espaço político. 60. número 10. ano 4. mar 2016

aporta desde o começo: o ponto de vista dos sujeitos. É a visão dos jovens a que trabalhos de investigação, bairros, juventudes, cidades, percursos, moralidades, desigual. robustecida pelo compromisso social e político com os sujeitos com os quais trabalham. 61. número 10. ano 4. mar 2016

desenvolvidos mediante uma metodologia de pesquisa- ação participativa, que embora conte com alguma tradição dentro da antropologia, esta última não termina de CHAVES, M.; SEGURA, R. (Edits.). Hacerse un lugar: circuitos y trayectorias juveniles en ámbitos urbanos. Buenos Aires: Editorial Biblos, 2015. : antropologia, juventudes, cidade. : : Natalia Gavazzo E- mail: 62. número 10. ano 4. mar 2016

puderam ser obtidas nos sites de suas respectivas editoras. 1 A criatividade na arte e na educação escolar: uma contribuição à pedagogia histórico- crítica à luz de Georg Lukács e Lev Vigotski 3 A educação escolar em um mundo complexo e multicultural 4 A infância medicalizada: discursos, práticas e saberes para o enfrentamento da medicalização da vida 5 Alimentação escolar: construindo interfaces entre saúde, educação e desenvolvimento 6 Análisis de las prácticas docentes desde la didáctica professional 63. número 10. ano 4. mar 2016

8 Conceitos e percursos da Educação sob diferentes olhares reproductivos en Paraguay 11 Cultura escolar e cultura da escola: produção e reprodução 12 Direitos humanos e juventude: estudos em homenagem ao bicentenário de Dom Bosco da Silva 14 Educação e Psicologia: mediações possíveis em tempo de inclusão Sociedad y escolarización en Isla de Pascua 1914-2014 Argentina y España 64. número 10. ano 4. mar 2016

17 Elites regionais e escola pública primária contemporânea 21 La cara oculta del baby fútbol 22 Alcances y limites 23 Memórias- testemunho de educadores: contribuições da educação popular à educação de jovens e adultos 24 Mídias na educação: práticas formativas e trabalho docente 25 Os estudos de gênero na educação básica: intervenção pedagógica na formação docente 65. número 10. ano 4. mar 2016

26 O professor mediador no contexto da prevenção de violência em ambiente escolar 27 Práticas de discriminação racial nos anos iniciais do ensino fundamental: sentidos de professoras 28 Psicología y cultura de los adolescentes Urbano 29 Representações sociais e evasão em espaços educacionais não escolares 30 Se beber não dirija: representações, juventude e publicidade de bebidas alcoólicas 31 Sexualidade infantil e intimidade: diálogos winnicottianos 32 Silêncios e barulhos juvenis latino- americanos - Na travessia da história 66. número 10. ano 4. mar 2016

35 Subjetivaciones políticas y pensamiento de la diferencia 36 Trabajando con menores vulnerables: actividades lúdicas que mejoran la comunicación 37 Uma visão sobre a criança e adolescente em situação de vulnerabilidade social: um estudo de caso a partir da experiência socioeducativa na Pastoral do Menor, do município de Abaetetuba, Pará - PA cidade de Salvador 39 Un mundo sin adultos 67. número 10. ano 4. mar 2016

Normas para todas as seções 1. Os artigos, entrevistas ou resenhas serão submeti- - torial ao qual cabe a responsabilidade do processo, - do texto. 3. Serão aceitos apenas artigos, entrevistas e resenhas inéditos. publicação, sua versão para o espanhol, ou para o - - - la. 5. Todos os artigos, entrevistas ou resenhas enviados para submissão deverão estar como documento espaço duplo. - - caso de submissão de entrevista, devem ser envia- - - Exemplos de casos mais comuns: Dicionário do Folclore Brasileiro. 12. ed. São Paulo: Global, 2012. Mostrando a Real: um re- trato da juventude pobre do Rio de Janeiro. Rio de autores, citar somente o primeiro, seguido da expressão TORRES - - Paidéia (USP), Ribeirão Preto, v. 19, n. 42, p. de classe média. Juventude Contemporânea: perspectivas nacionais 229-232. Federal Fluminense, Rio de Janeiro, 2008. negros adolescentes son las principales víctimas de - - centes- negros- do- sexo- masculino- sao- as- principais- - 68. número 10. ano 4. mar 2016

- - das ao texto, entre aspas duplas, seguidas de pa- - - tacadas no texto com recuo de 1,25, em corpo 10, - - 9. Nos casos de destaque de palavras no corpo do tex- Normas específicas para a seção Os artigos dessa seção devem abordar criticamente al- ou juventude no contexto latino- americano. Os artigos são voltados a um público não especialista e, neste sen- escrita. 1. Os artigos devem ter de duas mil e quinhentas a qua- tro mil palavras. 2. Um resumo de aproximadamente 150 palavras deve- - abordada no artigo. - - os autores devem ter assegurado os direitos de uso, 69. número 10. ano 4. mar 2016

Normas específicas para Resenhas - - mil palavras. 2. Uma imagem da capa do livro resenhado, em arquivo arquivo separado. - la. os dados da publicação: título, autor, editora, cidade, - do. deve ser destacada em negrito. Normas específicas para a seção escritas ou em vídeo, que versem sobre tema atual entrevistas devem ter o objetivo de expor a opinião do entrevistado, como também de explorar, junto com ele, a complexidade do debate sobre a questão. - mentos que estejam propensos a analisar aspectos o tema em pauta. O entrevistador deve também - to. 2. Para sondagem de interesse sobre temas e entre- vistados prospectivos, o entrevistador pode en- - - ção. - - respectiva transcrição em Word, em DVD lacrado com o nome do entrevistado e do entrevistador na parte externa do disco. 5. Devem ser inseridas no encaminhamento do tex- palavras- chave, separadas por vírgula. 70. número 10. ano 4. mar 2016

Envio do material Os artigos, entrevistas e resenhas devem ser submeti- dos no. - terial enviado. No caso de submissão de entrevista gravada em ví- deo, a transcrição deve ser enviada pelo sistema de submissão e a gravação em DVD encaminhada pelo correio para o seguinte endereço: - No caso da publicação de qualquer material, seus direi- publicar esse material posteriormente, na íntegra, ou - veis pelo conteúdo de seus artigos publicados. Contatos DESIDADES Revista Eletrônica de Divulgação Científica Instituto de Psicologia/NIPIAC Universidade Federal do Rio de Janeiro Av. Pasteur 250 22290-902 Rio de Janeiro RJ Brasil 55-21. 2295-3208 55-21. 3938-5328 www.desidades.ufrj.br 71. número 10. ano 4. mar 2016

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