XXIV EXAME DE ORDEM COMENTÁRIOS SOBRE A PROVA DE 1 ª FASE PROVA VERDE TIPO 2 ÉTICA E ESTATUTO DA OAB PROFESSORA DANIELA MENEZES

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Transcrição:

XXIV EXAME DE ORDEM COMENTÁRIOS SOBRE A PROVA DE 1 ª FASE PROVA VERDE TIPO 2 ÉTICA E ESTATUTO DA OAB PROFESSORA DANIELA MENEZES Mensagem de agradecimento Meus queridos alunos (as), Primeiramente, gostaria de parabenizá-los pela grande vitória na primeira fase da OAB, independente do resultado. O resultado é a consequência da sua dedicação e disciplina, mas antes do resultado existe uma longa caminhada. E você, meu aluno, sabe disso. Assim, aos aprovados, meus parabéns. A sua hora chegou! Aos não aprovados, não desistam. Faça o seu melhor para o próximo Exame e retorne aos estudos amanhã, ok? Agradeço a confiança de todos vocês e contem sempre comigo. Reflitam: Ele fortalece o cansado e dá grande vigor ao que está sem forças. Até os jovens se cansam e ficam exaustos, e os moços tropeçam e caem; mas aqueles que esperam no Senhor renovam as suas forças. Voam alto como águias; correm e não ficam exaustos, andam e não se cansam (Isaiás 40:29-31). Abraços, Prof.ª Daniela Menezes. Comentários sobre a prova Nesta prova, o examinador exigiu alguns assuntos inéditos, como: Artigo 33, Novo Código de Ética da OAB. Artigo 82, Regulamento Geral da OAB. Trata-se de assuntos que nunca foram cobrados no Exame de Ordem. Assim, nota-se que aumentou o nível de dificuldade da prova e da especificidade desses assuntos. Se o examinador quis inovar, ele conseguiu! Mas, por um outro lado, tivemos ótimas questões. À exemplo, da minha grande aposta para esse exame: Lei 13.363/16 que estipula direitos e garantias para a advogada gestante, adotante ou que der à luz. Além dos temas que vimos nas aulas e na revisão de véspera sobre: Honorários Advocatícios Direitos do Advogado Publicidade Profissional Inscrição do Advogado

Sociedade de Advogados Dessa forma, vejo que o nível de dificuldade foi intermediário, não sendo cabível recurso na prova de Ética Profissional. Desejo uma ótima correção e rumo à segunda fase! Questão 1 Severino, advogado, e notório conhecedor das normas procedimentais e disciplinares do Estatuto da Advocacia e da OAB, bem como de seu regulamento, atuando na defesa de colegas advogados em processos disciplinares. Recentemente, Severino foi eleito conselheiro, passando a exercer essa função em certo Conselho Seccional da OAB. Considerando o caso descrito, assinale a afirmativa correta. A) Severino na o podera, enquanto exercer a func a o de conselheiro, atuar em processos disciplinares que tramitem perante qualquer o rga o da OAB, sequer em causa pro pria. B) Severino na o podera, enquanto for conselheiro, atuar em processos disciplinares que tramitem perante o Conselho Seccional onde exerce sua func a o. Pore m, perante os demais conselhos, na o ha vedac a o a sua atuac a o, em causa pro pria ou alheia. C) Severino na o podera, enquanto for conselheiro, atuar em processos disciplinares que tramitem perante o Conselho Seccional onde exerce sua func a o e o Conselho Federal da OAB. Pore m, perante os demais conselhos, na o ha vedac a o a sua atuac a o, em causa pro pria ou alheia. D) Severino na o podera, enquanto exercer a func a o, atuar em processos disciplinares que tramitem perante qualquer o rga o da OAB, salvo em causa pro pria. Gabarito: Letra D. Trata-se de uma questão inédita na prova da OAB, pois o artigo 33 do Novo Código de Ética não tinha sido cobrado anteriormente. Vejamos a fundamentação legal deste dispositivo: Salvo em causa própria, não poderá o advogado, enquanto exercer cargos ou funções em órgãos da OAB ou tiver assento, em qualquer condição, nos seus Conselhos, atuar em processos que tramitem perante a entidade nem oferecer pareceres destinados a instrui -lós Ao meu ver, considero uma questão difícil, pois o parágrafo único do mesmo dispositivo pode confundir o aluno, uma vez que os dirigentes das Seccionais podem recorrer nos processos em tramite perante os órgãos da OAB. Dessa forma, como regra, o conselheiro não pode atuar em processos disciplinares perante qualquer órgão da OAB, salvo em causa própria e se não for dirigente da Seccional. Ademais, não é cabível a interposição de recursos nessa questão.

Questão 2 O advogado Ina cio foi indicado para defender em juiźo pessoa economicamente hipossuficiente, pois no local onde atua na o houve disponibilidade de defensor pu blico para tal patrocińio. Sobre o direito de Ina cio a percepc a o de honora rios, assinale a afirmativa correta. a) Os honoraŕios sera o fixados pelo juiz, apenas em caso de e xito, de natureza sucumbencial, a serem executados em face da parte adversa. b) Os honoraŕios sera o fixados pelo juiz, independentemente de e xito, segundo tabela organizada pelo Conselho Seccional da OAB e pagos pelo Estado. c) Os honoraŕios sera o fixados pelo juiz, apenas em caso de e xito, independentemente de observa ncia aos patamares previstos na tabela organizada pelo Conselho Seccional da OAB, a serem pagos pelo Estado. d) Os honoraŕios sera o fixados pelo juiz, independentemente de e xito, segundo tabela organizada pelo Conselho Seccional da OAB, e pagos pelo patrocinado caso possua patrimo nio, a ser executado no prazo de cinco anos, a contar da data da nomeac a o. Gabarito: Letra B. Ao meu ver, questão extremamente fácil, pois treinamos bastante em sala de aula e vimos na revisão de véspera da OAB. A fundamentação legal encontra-se no artigo 22, 1º, do Estatuto da Advocacia e da OAB. Vejamos a fundamentação legal: O advogado, quando indicado para patrocinar causa de juridicamente necessitado, no caso de impossibilidade da Defensoria Pública no local da prestação de serviço, tem direito aos honorários fixados pelo juiz, segundo tabela organizada pelo Conselho Seccional da OAB, e pagos pelo Estado Dessa forma, o advogado tem direito aos honorários fixados pelos juiz, independente de êxito na ação, segundo tabela da Seccional da OAB e pagos pelo Estado. Nesta questão, obviamente, não cabe recurso. Questão 3 A advogada Ana encontra-se no quinto me s de gestac a o. Em raza o de exercer a profissa o como u nica patrona nas causas em que atua, ela receia encontrar algumas dificuldades durante a gravidez e apo s o parto. Considerando o caso narrado, assinale a afirmativa correta. a) O Estatuto da OAB confere a Ana o direito de entrar nos tribunais sem submissa o aos detectores de metais, vagas reservadas nas garagens dos fo runs onde atuar, prefere ncia na ordem das audie ncias a serem realizadas a cada dia e suspensa o dos prazos processuais quando der a luz.

b) O Estatuto da OAB na o dispo e sobre direitos especialmente conferidos a s advogadas gra vidas, mas aplicam-se a Ana as disposic o es da CLT relativas a protec a o a maternidade e a trabalhadora gestante. c) O Estatuto da OAB confere a Ana o direito de entrar nos tribunais sem submissa o aos detectores de metais e prefere ncia na ordem das audie ncias a serem realizadas a cada dia, mas na o dispo e sobre vagas reservadas nas garagens dos fo runs e suspensa o dos prazos processuais quando der a luz. d) O Estatuto da OAB confere a Ana o direito de entrar nos tribunais sem submissa o aos detectores de metais, prefere ncia na ordem das audie ncias a serem realizadas a cada dia e vagas reservadas nas garagens dos fo runs, mas na o dispo e sobre suspensa o dos prazos processuais quando der a luz. Gabarito: Letra A Essa questão foi a minha grande aposta no XXIV Exame de Ordem: Gabaritamos!!! Trata-se da questão dos direitos da gestante, artigo 7-A do Estatuto da OAB, acrescentado pela Lei 13.363/16. Vejamos a fundamentação legal: Art. 7 o -A. São direitos da advogada: (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016) I - gestante: (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016) a) entrada em tribunais sem ser submetida a detectores de metais e aparelhos de raios X; (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016) b) reserva de vaga em garagens dos fóruns dos tribunais; (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016) II - lactante, adotante ou que der à luz, acesso a creche, onde houver, ou a local adequado ao atendimento das necessidades do bebê; (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016) III - gestante, lactante, adotante ou que der à luz, preferência na ordem das sustentações orais e das audiências a serem realizadas a cada dia, mediante comprovação de sua condição; (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016) IV - adotante ou que der à luz, suspensão de prazos processuais quando for a única patrona da causa, desde que haja notificação por escrito ao cliente. (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016) 1 o Os direitos previstos à advogada gestante ou lactante aplicam-se enquanto perdurar, respectivamente, o estado gravídico ou o período de amamentação. (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016) 2 o Os direitos assegurados nos incisos II e III deste artigo à advogada adotante ou que der à luz serão concedidos pelo prazo previsto no art. 392 do Decreto-Lei n o 5.452, de 1 o de maio de 1943 (Consolidação das Leis do Trabalho). (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016) 3 o O direito assegurado no inciso IV deste artigo à advogada adotante ou que der à luz será concedido pelo prazo previsto no 6 o do art. 313 da Lei n o 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil). (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016) Dessa forma, a advogada tem direito a reserva de vaga de garagem, não ser submetida aos detectores de metais, preferência na ordem das audiências e a suspensão do prazo processual. Nesta questão, obviamente, não cabe recurso.

Questão 4 Ta nia, advogada, dirigiu-se a sala de audie ncias de determinada Vara Criminal, a fim de acompanhar a realizac a o das audie ncias designadas para aquele dia em feitos nos quais na o oficia. Ta nia verificou que os processos na o envolviam segredo de justic a e buscou ingressar na sala de audie ncias no hora rio designado. Na o obstante, certo funciona rio deulhe duas orientac o es. A primeira orientac a o foi de que ela na o poderia permanecer no local se todas as cadeiras estivessem ocupadas, pois na o seria autorizada a permane ncia de advogados de pe, a fim de evitar tumulto na sala. A segunda orientac a o foi no sentido de que, caso ingressassem na sala, Ta nia e os demais presentes na o poderiam sair ate o fim de cada ato, salvo se houvesse licenc a do juiz, para evitar que a entrada e sai da de pessoas atrapalhasse o regular andamento das audie ncias. Considerando o caso narrado, assinale a afirmativa correta. a) A primeira orientac a o dada pelo funcionaŕio viola os direitos assegurados ao advogado, pois Ta nia possui o direito de permanecer, mesmo que de pe, na sala de audie ncias. Todavia, a segunda orientac a o coaduna-se com o poderdever do magistrado de presidir e evitar tumulto no ato judicial, na o violando, por si, direitos normatizados no Estatuto da OAB. b) A segunda orientac a o dada pelo funcionaŕio viola os direitos assegurados ao advogado, pois Ta nia possui o direito de retirar-se a qualquer momento, indepentemente de licenc a do juiz, da sala de audie ncias. Todavia, a primeira orientac a o coaduna-se com o poder-dever do magistrado de presidir e evitar tumulto no ato judicial, na o violando, por si, direitos normatizados no Estatuto da OAB. c) Ambas as orientac o es violam os direitos assegurados, pelo Estatuto da OAB, ao advogado, pois Ta nia possui o direito de permanecer, mesmo que de pe, na sala de audie ncias, bem como de se retirar a qualquer momento, indepentemente de licenc a do juiz. d) Nenhuma das orientac o es viola os direitos assegurados ao advogado, pois se coadunam com o poder-dever do magistrado de presidir e evitar tumulto no ato judicial, na o contrariando, por si so s, direitos normatizados no Estatuto da OAB. Gabarito: Letra C. Trata-se de uma questão sobre os direitos do advogado, artigo 7, inciso VII, do Estatuto da Advocacia e da OAB. Vejamos a fundamentação legal: Permanecer sentado ou em pé e retirar-se de quaisquer locais indicados no inciso anterior, independentemente de licença Treinamos em sala de aula e vimos na semana de revisão. Questão extremamente fácil, não é mesmo? O advogado pode ficar sentado ou em pé, independente de licença do juiz, pois não existe hierarquia entre os membros da magistratura, ministério público e da advocacia. Nesta questão, também não cabe recurso. Questão 5

O Conselho Seccional Y da OAB, entendendo pela inconstitucionalidade de certa norma em face da Constituic a o da Repu blica, subscreve indicac a o de ajuizamento de ac a o direta de inconstitucionalidade, enderec ando-a ao Conselho Federal da OAB. Considerando o caso apresentado, de acordo com o Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB, assinale a afirmativa correta. a) A mencionada indicac a o de ajuizamento de ac a o direta de inconstitucionalidade submete-se a obrigato rio juiźo pre vio de admissibilidade realizado pela Diretoria do Conselho Federal para aferic a o da releva ncia da defesa dos princiṕios e das normas constitucionais. Caso seja admitida, o relator, designado pelo Presidente, independentemente da decisa o da Diretoria, pode levantar preliminar de inadmissibilidade perante o Conselho Pleno, quando na o encontrar norma ou princiṕio constitucionais violados pelo ato normativo. Apo s, se aprovado o ajuizamento da ac a o, esta sera proposta pelo Presidente do Conselho Federal. b) A mencionada indicac a o de ajuizamento de ac a o direta de inconstitucionalidade submete-se a obrigato rio juiźo pre vio de admissibilidade realizado pela Segunda Ca mara do Conselho Federal para aferic a o da releva ncia da defesa dos princiṕios e das normas constitucionais. Caso seja admitida, o relator designado pelo Presidente, independentemente da decisa o da Segunda Ca mara, pode levantar preliminar de inadmissibilidade perante o Conselho Pleno, quando na o encontrar norma ou princiṕio constitucionais violados pelo ato normativo. Apo s, se aprovado o ajuizamento da ac a o, esta sera proposta pelo Presidente do Conselho Federal. c) A mencionada indicac a o de ajuizamento de ac a o direta de inconstitucionalidade na o se sujeita a juiźo pre vio obrigato rio de admissibilidade, seja pela Diretoria ou qualquer Ca mara do Conselho Federal. Pore m, o relator, designado pelo Presidente, pode levantar preliminar de inadmissibilidade perante o Conselho Pleno, quando na o encontrar norma ou princiṕio constitucionais violados pelo ato normativo. Apo s, se aprovado o ajuizamento da ac a o, esta sera proposta pelo Presidente do Conselho Federal. d) A mencionada indicac a o de ajuizamento de ac a o direta de inconstitucionalidade na o se sujeita a juiźo pre vio obrigato rio de admissibilidade seja pela Diretoria ou qualquer Ca mara do Conselho Federal. Pore m, o relator designado pelo Presidente, pode levantar preliminar de inadmissibilidade perante o Conselho Pleno, quando na o encontrar norma ou princiṕio constitucionais violados pelo ato normativo. Apo s, se aprovado o ajuizamento da ac a o, esta sera proposta pelo relator designado. Gabarito: Letra C Trata-se de uma questão inédita na prova da OAB, pois o artigo 82 do Regulamento Geral da OAB não tinha sido cobrado anteriormente. Vejamos a fundamentação legal deste dispositivo: As indicac o es de ajuizamento de ac a o direta de inconstitucionalidade submetem-se ao juiźo pre vio de admissibilidade da Diretoria para aferic a o da releva ncia da defesa dos princiṕios e normas constitucionais e, sendo admitidas, observam o seguinte procedimento: I o relator, designado pelo Presidente, independentemente da decisa o da Diretoria, pode levantar preliminar de inadmissibilidade perante o Conselho Pleno, quando na o encontrar norma ou princiṕio constitucional violados pelo ato normativo;

II aprovado o ajuizamento da ac a o, esta sera proposta pelo Presidente do Conselho Federal; 2o Quando a indicac a o for subscrita por Conselho Seccional da OAB, por entidade de cara ter nacional ou por delegac a o do Conselho Federal, a mateŕia na o se sujeita ao juiźo de admissibilidade da Diretoria Ao meu ver, considero uma questão difícil, pois requer a compreensão minuciosa da competência dos Conselhos. Dessa forma, o ajuizamento da ADI não depende do juízo de admissibilidade do Conselho Federal e, se aprovado a ADI, a proposta será feita pelo Presidente e não pelo Relator. Ademais, não é cabível a interposição de recursos nessa questão. Questão 6 Certa sociedade de advogados, de acordo com a vontade do cliente, emitiu fatura, com fundamento no contrato de prestac a o de servic os advocatićios. Em seguida, promoveu o saque de duplicatas quanto ao cre dito pelos honora rios advocatićios. Considerando o caso narrado, assinale a afirmativa correta. a) E vedada a emissa o da fatura, com fundamento no contrato de prestac a o de servic os, bem como na o e autorizado o saque de duplicatas quanto ao cre dito pelos honoraŕios advocatićios. b) E autorizada a emissa o de fatura, com fundamento no contrato de prestac a o de servic os, se assim pretender o cliente, sendo tambe m permitido que posteriormente seja levada a protesto. Todavia, e vedado o saque de duplicatas quanto ao cre dito pelos honoraŕios advocatićios. c) E autorizada a emissa o de fatura, com fundamento no contrato de prestac a o de servic os, se assim pretender o cliente, sendo vedado que seja levada a protesto. Ademais, na o e permitido o saque de duplicatas quanto ao cre dito pelos honoraŕios advocatićios. d) E vedada a emissa o de fatura, com fundamento no contrato de prestac a o de servic os, mas e permitido que, posteriormente, seja levada a protesto. Ademais, e permitido o saque de duplicatas quanto ao cre dito pelos honoraŕios advocatićios. Gabarito: Letra C Trata-se de uma questão fácil com fundamento no artigo 52 do Código de Ética da OAB. Vejamos a fundamentação legal: O cre dito por honoraŕios advocatićios, seja do advogado auto nomo, seja de sociedade de advogados, na o autoriza o saque de duplicatas ou qualquer outro ti tulo de cre dito de natureza mercantil, podendo, apenas, ser emitida fatura, quando o cliente assim pretender, com fundamento no contrato de prestac a o de servic os, a qual, poreḿ, na o podera ser levada a protesto

Treinamos bastante esse assunto e vimos na aula de revisão da OAB. Dessa forma, é vedado o saque de duplicatas, pois a advocacia não pode ter natureza mercantil, mas é permitido a emissão de fatura, desde que previstos no contrato para posterior prestação de contas ao cliente, não podendo ser levado a protesto. Destaca-se, ainda, que a emissão de fatura não caracteriza atividade empresarial. Nesta questão, também não é cabível recurso. Questão 7 Em determinada edic a o de um jornal de grande circulac a o, foram publicadas duas mateŕias subscritas, cada qual, pelos advogados Lu cio e Frederico. Lu cio assina, com habitualidade, uma coluna no referido jornal, em que responde, semanalmente, a consultas sobre mate ria juri dica. Frederico apenas subscreveu mateŕia jornaliśtica naquela edic a o, debatendo certa causa, de natureza criminal, bastante repercutida na mi dia, tendo analisado a estrateǵia empregada pela defesa do re u no processo. Considerando o caso narrado e o disposto no Co digo de E tica e Disciplina da OAB, assinale a afirmativa correta. a) Lu cio e Frederico cometeram infrac a o e tica. b) Apenas Lu cio cometeu infrac a o e tica. c) Apenas Frederico cometeu infrac a o e tica. d) Nenhum dos advogados cometeu infrac a o e tica. Gabarito: Letra A Essa questão foi uma pegadinha da FGV, pois exigiu do aluno bastante atenção, pois ambos os advogados cometeram infranção disciplinar, pois não pode responder com habitualidade e debater causa de outros advogados. Vejamos a fundamentação legal: Código de Ética, Art. 42. E vedado ao advogado: I - Responder com habitualidade a consulta sobre mate ria juri dica, nos meios de comunicac a o social; II - Debater, em qualquer meio de comunicac a o, causa sob o patrocińio de outro advogado Nesta questão, também não cabe recurso. Questão 8

O advogado Gennaro exerce suas atividades em sociedade de prestac a o de servic os de advocacia, sediada na capital paulista. Todas as demandas patrocinadas por Gennaro tramitam perante juiźos com compete ncia em Sa o Paulo. Todavia, recentemente, a esposa de Gennaro obteve trabalho no Rio de Janeiro. Apo s buscarem a melhor soluc a o, o casal resolveu que fixaria sua reside ncia, com a nimo definitivo, na capital fluminense, cabendo a Gennaro continuar exercendo as mesmas func o es no escrito rio de Sa o Paulo. Nos dias em que na o tem atividades profissionais, o advogado, valendo-se da ponte a rea, retorna ao domici lio do casal no Rio de Janeiro. Considerando o caso narrado, assinale a afirmativa correta. a) O Estatuto da Advocacia e da OAB impo e que Gennaro requeira a transfere ncia de sua inscric a o principal como advogado para o Conselho Seccional do Rio de Janeiro. b) O Estatuto da Advocacia e da OAB impo e que Gennaro requeira a inscric a o suplementar como advogado junto ao Conselho Seccional do Rio de Janeiro. c) O Estatuto da Advocacia e da OAB impo e que Gennaro requeira a inscric a o suplementar como advogado junto ao Conselho Federal da OAB. d) O Estatuto da Advocacia e da OAB na o impo e que Gennaro requeira a transfere ncia de sua inscric a o principal ou requeira inscric a o suplementar. Gabarito: Letra D Essa questão também vimos na aula de revisão. Não há que se falar em inscrição principal ou suplementar, pois não houve a mudança do domicilio profissional. Vejamos a fundamentação legal no artigo 10 do Estatuto da OAB: A inscrição principal do advogado deve ser feita no Conselho Seccional em cujo território pretende estabelecer o seu domicílio profissional, na forma do regulamento geral. 1º Considera-se domicílio profissional a sede principal da atividade de advocacia, prevalecendo, na dúvida, o domicílio da pessoa física do advogado. 2º Além da principal, o advogado deve promover a inscrição suplementar nos Conselhos Seccionais em cujos territórios passar a exercer habitualmente a profissão considerando-se habitualidade a intervenção judicial que exceder de cinco causas por ano. 3º No caso de mudança efetiva de domicílio profissional para outra unidade federativa, deve o advogado requerer a transferência de sua inscrição para o Conselho Seccional correspondente. Não cabe recurso nesta questão.

Prof.ª Daniela Menezes Ética e Estatuto da OAB Advogada. Mestranda em Políticas Públicas pelo Uniceub, Professora Substituta do Uniceub, Advogada, Formação e Capacitação de Juíza Arbitral do Brasil, Europa e Mercosul.