Estrelas (V) Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP

Documentos relacionados
Estrelas (VI) Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP

Evolução de Estrelas em Sistemas Binários

Evolução de Estrelas em Sistemas Binários

Estrelas Variáveis e Aglomerados de Estrelas

Capítulo 13 ESTRELAS VARIÁVEIS

A VIA-LÁCTEA PARTE I. a nossa Galáxia

Universidade da Madeira. Estrelas. Grupo de Astronomia. Laurindo Sobrinho. 05 janeiro 2015 NASA

Estrelas Variaveis (cap. 13)

FSC1057: Introdução à Astrofísica. Estrelas. Rogemar A. Riffel

Evolução Estelar I. Prof. Jorge Meléndez Departamento de Astronomia, IAG/USP. AGA 0205 Elementos de Astronomia 2013-B

Origem, evolução e morte das estrelas

Evolução Estelar. Vimos anteriormente que a formação do sistema solar se dá no momento da formação da própria estrela do sistema:

Estrelas J O NAT HAN T. QUARTUCCIO I N S T I T U T O D E P E S Q U I S A S C I E N T Í F I C A S A S T R O L A B

Introdução à Astronomia AGA 210 Prova 4 03/11/2016

Tópicos Especiais em Física. Vídeo-aula 5: astrofísica estelar 09/07/2011

Estrelas (V) Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP

Evolução Estelar. Profa. Jane Gregorio-Hetem IAG/USP

Prof. Eslley Scatena Blumenau, 07 de Novembro de

Estrelas (IV) Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP

SUPERNOVAS E NUCLEOSSÍNTESE

O que vamos estudar? O que é a Via Láctea? Sua estrutura Suas componentes

EVOLUÇÃO ESTELAR I. Estrelas de baixa massa 0,25 M M 2,5 M. Estrelas de massa intermediária 2,5 M < M 12 M

Estrelas (II) Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP

Formação de galáxias

ESTRELAS FORMAÇÃO, VIDA E MORTE JONATHAN T. QUARTUCCIO

Estrelas Parte II. Victoria Rodrigues 24/05/14

EVOLUÇÃO ESTELAR I. Estrelas de baixa massa 0,25 M M 2,5 M

Universidade da Madeira. A escala do Universo. Grupo de Astronomia. Laurindo Sobrinho. 26 de abril de 2017

Estrelas binárias e estrelas variáveis

Via Láctea (II) Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP.

Evolução Estelar: Pós-Seqüência Principal

Curso de Introdução à Astronomia e Astrofísica ESTRELAS AULA 1. Flavio D Amico estas aulas são de autoria de Hugo Vicente Capelato

Evolução Estelar: Pós-Seqüência Principal

Estrelas (II) Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP

Evolução Estelar II. Aglomerados estelares e o diagrama H-R

CURSO DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE LISBOA VIDA E MORTE DAS ESTRELAS MÓDULO: CA VME. Rui Jorge Agostinho.

Astrofísica Geral. Tema 12: A morte das estrelas

Evolução Final das Estrelas

Astrofísica Geral. Tema 13: Estrelas binárias e variáveis.

Via Láctea (I) Vera Jatenco IAG/USP.

Movimento próprio de estrelas Formação e evolução Estágios finais na evolução de estrelas Enxames

Aula 11. A Morte das Estrelas

Estrelas (IV) Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP

Astrofísica Geral. Tema 13: Estrelas binárias e variáveis. Alexandre Zabot

Fundamentos de Astronomia e Astrofísica. Estrelas. Rogério Riffel.

Galáxias Ativas, Quasares e Buracos Negros Supermassivos

HISTÓRIA. presença no céu de objetos difusos. nebulosas + nebulosas espirais. Kant (~1755) : nebulosas espirais = nossa galáxia UNIVERSOS ILHA

EVOLUÇÃO ESTELAR II. Estrelas de alta massa M > 12 M. Estrelas mais massivas tem condições para fusionar elementos mais pesados do que o C ou O.

Galáxias Ativas, Quasares e Buracos Negros Supermassivos

Introdução à Astronomia AGA 210 Prova 3 30/11/2017

Fundamentos de Astronomia & Astrofísica. Via-Láctea. Rogério Riffel

Galáxia (II) Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP.

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Física Departamento de Astronomia. Via Láctea. Prof. Tibério B. Vale

Galáxias: Via Láctea. 1a parte: propriedades gerais. Sandra dos Anjos IAGUSP. Histórico: Modelos da Galáxia

A VIA-LÁCTEA a nossa Galáxia

Galáxias peculiares e colisões de galáxias

HISTÓRIA. presença no céu de objetos difusos. nebulosas + nebulosas espirais. Kant (~1755) : nebulosas espirais = nossa galáxia UNIVERSOS ILHA

A Galáxia. Curso de Extensão Universitária. Introdução à Astronomia e Astrofísica. 19 a 23 de julho de Vera Jatenco - IAG/USP

Via Láctea (I) Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP.

CURSO DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE LISBOA VIDA E MORTE DAS ESTRELAS MÓDULO: CA VME. Rui Jorge Agostinho.

O PROCESSO DE FORMAÇÃO E DESTRUIÇÃO DAS ESTRELAS Instituto de Pesquisas Científicas Jonathan Tejeda Quartuccio

A nossa e outras galáxias

Astrofísica Geral. Tema 12: A morte das estrelas

ESTRELAS ANÃS SUAS ORIGENS

FORMAÇÃO DE ELEMENTOS QUÍMICOS NO UNIVERSO

AGA 210 Introdução à Astronomia Lista de Exercícios 06 Estrelas

Evidências de formação estelar recente nebulosas de emissão excitadas pela radiação de estrelas jovens e quentes

Curso de Extensão Universitária Evolução Estelar. prof. Marcos Diaz

Imagens de galáxias estrelas. estrela. Algumas são espirais como a nossa Galáxia e Andrômeda, outras não.

O Surgimento e Desenvolvimento De Uma Anã Branca

Massa: fator determinante para o Fim

Evolução Estelar. Introdução à Astronomia Prof. Alessandro Moisés Colegiado Acadêmico de Ciências da Natureza SBF

Evolução estelar. Roberto Ortiz EACH USP

Evolução Estelar Estágios Avancados

Indicadores de distancia extragalácticos e lei de Hubble. Capitulo Indicadores de Distancia:

13 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia

Introdução à Astrofísica. Lição 25 A Morte das Estrelas

Estrelas norm ais e suas propriedades

Decima Quinta Aula. Introdução à Astrofísica. Reinaldo R. de Carvalho

Galáxia (II) Vera Jatenco IAG/USP. Rotação da Via Láctea Matéria escura Dinâmica dos braços espirais Formação estelar em braços Vizinhança solar

Estrelas de baixa massa 0,25 M M 2,5 M. Estrelas de massa intermediária 2,5 M < M 12 M

4 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova Final Nacional 5 de Junho de :00

Decima Quarta Aula. Introdução à Astrofísica. Reinaldo R. de Carvalho

Galáxias. Maria de Fátima Oliveira Saraiva. Departamento de Astronomia - IF-UFRGS

Robert Trumpler (1930) :

Estrelas binárias e estrelas variáveis

Prof. Eslley Scatena Blumenau, 31 de Outubro de

14. Determinação das distâncias das galáxias

Evolução de Estrelas de Alta Massa

Astrometria O UNIVERSO EM TRÊS DIMENSÕES. R. Teixeira IAG/USP

Separação entre galáxias ~ 100 tamanho => interações (colisões) => deformações ou disrupções.

Capítulo 12 ESTÁGIOS AVANÇADOS DA EVOLUÇÃO ESTELAR

Pelo uso de filtros é possível identificar em que comprimentos de onda um objeto é mais brilhante que outro

Estrelas binárias e estrelas variáveis

13. Determinação das distâncias das galáxias

Galáxias peculiares e formação de galáxias

Universidade Federal do ABC Ensino de Astronomia UFABC 2016 Aula 12:Estrelas parte II

Galáxia (I) Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP.

Transcrição:

Estrelas variáveis: período-luminosidade Aglomerados abertos e globulares: -- idades, diagrama H-R Binárias: novas, novas recorrentes Supernova tipo Ia Estrelas (V) Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP www.astro.iag.usp.br/~aga210/ AGA 210 1 semestre/2017

Evolução estelar simplificada Proto estrela < 0.08M Estrela da Sequência Principal 0.4 2 M 2 8 M > 8 M Anã marrom 0.08 0.4 M Gigante vermelha Flash do hélio Supergigante vermelha Nebulosa planetária Supernova Anã branca 1.4 M > 3 M Anã preta Estrela de Nêutrons Buraco negro

Buraco negro Proto-estrela Mais de 25 M estrela da sequência principal Supergigante azul Supernova Nuvens moleculares Proto-estrela Proto-estrela 8 até 25 M estrela da sequência principal 0,4 até 8 M estrela da sequência principal Gigante vermelha Gigante vermelha Supergigante Supergigante vermelha Supernova Nebulosa planetária Estrela de Nêutrons Anã branca Massa estelar Proto-estrela Entre 0,08 e 0,4 M Anã vermelha na sequência principal Proto-estrela Menos de 0,08 M anã marron Tempo Discovering the Universe N.F. Comins & W.J. Kaufmann (2008)

Surpreendente falta de H e He na atmosféra da Anã Branca.

Estrelas Variáveis Uma das estrelas deste campo tem luminosidade variável. Variação recorrente e periódica: estrelas pulsantes.

Estrelas pulsantes Classe de estrelas com variabilidade intrínseca: são pulsantes e suas propriedades variam periodicamente. São estrelas normais, que em um dado período de sua vida passam por uma fase de instabilidade Internamente instável; Luminosidade, raio e temperatura variam regularmente.

Faixa de instabilidade: Entre a sequência principal e as gigantes vermelhas. Estrelas nesta região pulsam regularmente. Cefeidas: variáveis pulsantes de alta massa e período de pulsação entre 1 a 100 dias. RR Lyrae: variáveis de baixa massa e período de pulsação curto (menos que um dia). Variáveis de longo período (~ 1 ano). Estrelas pulsantes As Cefeidas e RR Lyrae estão na fase de queima de He no núcleo.

Cefeidas Protótipo é δ Cefeida, estrela cuja luminosidade varia de um fator 2,3 (quase uma magnitude) em cerca de 5 dias e 10 horas. A variação da luminosidade pode ser apresentada como uma curva de luz. O mecanismo de pulsação foi explicado por A. Eddington em 1917, conhecido como Válvula de Eddington : Ionização e recombinação periódica do gás nas camadas mais externas da estrela funcionam como uma válvula de pressão, alterando a opacidade do gás da estrela. brilho máximo brilho máximo curva de luz de uma Cefeida

Relação período-luminosidade Em 1912, Henrietta Leavitt descobre que o período de pulsação das Cefeidas é proporcional à sua luminosidade intrínseca. 1868 1921

Relação período-luminosidade 2 tipos de Cefeidas: Clássicas ou tipo I: ricas em metais. W Virginis ou tipo II: pobres em metais. Diferentes relações Período-Luminosidade.

Relação período-luminosidade Esta relação pode ser utilizada para determinação de distância. Mede-se o período de pulsação......e obtemos a luminosidade intrínseca. m M = 5 log(d pc /10) obtemos a distância.

Relação período-luminosidade As Cefeidas têm magnitudes médias intrínsecas de M V = 0 a 5. Tomando uma Cefeida de M V = 5, módulo de distância m M = 5 log(d pc /10) a 1 Mpc de distância: sua magnitude aparente será m V = 20. Observável em um bom telescópio de 2,5m de diâmetro. a 20 Mpc de distância: sua magnitude será m V = 26,5. Observável em um bom telescópio de 2,5m de diâmetro no espaço (Telescópio Espacial Hubble). a 40 Mpc de distância: sua magnitude será m V = 28,0. Observável em um telescópio de 6,5m de diâmetro no espaço (Telescópio Espacial James Webb).

Distância usando Cefeidas distância 17 Mpc

Estrelas nascem juntas, em grupos Aglomerados abertos Estrelas ainda jovens, recém formadas. Mais de 1000 são conhecidos na Galáxia. Exemplo: aglomerado das Plêiades: ~ 3000 estrelas, 125 pc de distância, 4 pc de diâmetro, ainda se vê o gás em volta das estrelas. Rogelio Bernal Andreo (Deep Sky Colors)

Estrelas que nasceram juntas Aglomerados globulares 100 mil ~ 1 milhão de estrelas M 3 ~50-100 pc de diâmetro Em geral são objetos antigos. M13 Há 158 conhecidos na Galáxia.

Aglomerados Estelares Aglomerados abertos => estrelas jovens exemplo: Plêiades, Hyades. Aglomerados globulares => estrelas evoluídas exemplo: M3, M5, ω Centauro. Em ambos os casos, em aglomerados: as estrelas do aglomerado estão à mesma distância de nós; nasceram juntas. Podemos testar a teoria de formação e evolução estelar. Aglomerados abertos h e χ Persei Roth Ritter (Dark Atmospheres)

Evolução no diagrama H-R Sequência principal Gigante vermelha Nebulosa planetária Anã branca A B C aglomerado de estrelas evoluindo D E

Diagrama H-R p/ aglomerados A maioria das estrelas está na Sequência Principal Aglomerado jovem.

Diagrama H-R p/ aglomerados M 67 Qual destes aglomerados é mais velho? NGC 188 (lembre-se, quanto menor a temperatura na Sequência Principal, menor a massa e maior o tempo de vida da estrela)

Diagrama H-R p/ aglomerados Para M 67 a idade é estimada entre 2 e 3 10 9 anos. Para NGC 188, a idade estimada é de 3,6 10 9 anos. Qual destes aglomerados é mais velho? (lembre-se, quanto menor a temperatura na Sequência Principal, menor a massa e maior o tempo de vida)

Diagrama H-R p/ aglomerados Tipo espectral B-V Tempo de vida na SP (10 9 anos) O -0.4 <0.001 B -0.2 0.03 A 0.2 0.4 F 0.5 4 G 0.7 10 K 1.0 60 M 1.6 >100 Qual é a idade do aglomerado de Hyades?

Diagrama H-R p/ aglomerados Tipo espectral B-V Tempo de vida na SP (10 9 anos) O -0.4 <0.001 B -0.2 0.03 A 0.2 0.4 F 0.5 4 G 0.7 10 K 1.0 60 M 1.6 >100 Qual é a idade do aglomerado de Hyades? Como não há estrelas na Seq. Princ. mais azul do que B-V = 0,1, então as estrelas O e B já saíram da Seq. Princ. Logo, Hyades deve ter 400 milhões de anos (tempo de vida na Seq. Principal de uma A0)

Diagrama H-R p/ aglomerados NGC 2362 tem cerca de 5 milhões de anos. Plêiades (M45), estrelas tipo B com cerca de 100 milhões de anos. M67 tem cerca de 4 bilhões de anos. O ponto onde a Sequência Principal termina muda com a idade e é chamado turn-off.

Evolução de estrelas em pares Se uma estrela com massa menor que 8 M evolui sozinha: termina como uma anã branca. Contudo, mais da metade das estrelas (excluindo tipo M) se encontram em sistemas múltiplos, em particular, em pares. A evolução de estrelas em um sistema binário cerrado (estrelas muito próximas) é diferente.

Evolução de estrelas em pares Em um par onde as estrelas têm massas diferentes: A estrela mais massiva do par evolui mais rápido. Ela se tornará uma Anã Branca enquanto a outra estrela ainda está na Sequência Principal. Sírius A ainda está na Sequência Principal (é uma estrela tipo A). Sirius B é uma Anã Branca, já saiu da Sequência Principal há algum tempo. Originalmente, Sirius B tinha mais massa que Sirius A e evoluiu mais rapidamente.

Pares de estrelas estrela 1 estrela 2 Qual é a força sentida por uma partícula entre as estrelas? Para onde ela vai?

Pares de estrelas Cada estrela controla uma região dentro do Lóbulo de Roche (ou Superfície de Roche). O Lóbulo de Roche corresponde a um equipotencial da gravidade. L1, L2, L3, L4 e L5 são pontos de estabilidade: Chamados pontos de Lagrange. Os pontos L1, L2 e L3 estão na mesma linha que liga as duas estrelas.

Evolução de pares de estrelas L1 Anã Branca Estrela de maior massa ainda na Seq. Principal A gigante vermelha enche o lóbulo de Roche e parte do envelope externo cai, pelo ponto L1, na anã branca. Forma-se um disco de acreção em torno da Anã Branca. O gás que cai de L1 não atinge a anã branca diretamente devido a rotação da binária.

Nova Hidrogênio acrescentado pelo disco se acumula na superfície da anã branca. Nova Cygni 1975 Camada quente e densa de hidrogênio até... Fusão explosiva de hidrogênio na superfície da estrela. Explosão de uma Nova. Nesta imagem só vemos a estrela da Sequência Principal, não vemos a anã branca.

Nova http://svs.gsfc.nasa.gov/cgi-bin/details.cgi?aid=11641 Walt Feimer (HTSI), NASA's Goddard Space Flight Center Acréscimo de massa da gigante vermelha para a anã branca através o ponto de Lagrange L1. Fusão explosiva de hidrogênio na superfície da estrela. A anã branca sobrevive à explosão

Nova Se o aumento de luminosidade é de um fator 10 (2,5 magnitudes): Nova anã. Quando o aumento é de um fator 10.000 (10 magnitudes): Nova clássica. Há ejeção de matéria que pode chegar a ~2000km/s. observação do solo Nova T Pyxidis

Nova recorrentes T Pyxidis Após a explosão da Nova, o ciclo pode recomeçar. A anã branca volta a acumular massa pelo disco de acreção. Densidade e temperatura voltam a aumentar Outra Nova. erupção a cada ~20 anos 1920, 1944, 1966, 2011

Objetos compactos em binárias Além de anãs brancas, estrelas de nêutrons e buracos negros podem fazer parte de um sistema binário. O disco de acreção é muito mais energético do que no caso da anã branca. Não há o fenômeno de Novas. Pode haver flashes de raios-x (por causa da queda em um campo gravitacional intenso).

Observando Buracos Negros Buracos negros isolados são praticamente impossíveis de serem observados. Mas em sistemas binários, observamos a consequência da presença de um buraco negro Disco de acréscimo extremamente energético: emissão em raios-x. Como deve ser o sistema binário GRO J1655-40 a interação com o campo magnético provoca a ejeção de partículas (jatos) http://chandra.harvard.edu/photo/2006/j1655/j1655_sm.mov

Observando Buracos Negros Buracos negros isolados são praticamente impossíveis de serem observados. Mas em sistemas binários, observamos a consequência da presença de um buraco negro Disco de acreção extremamente energético: emissão em raios-x. http://sci.esa.int/integral/48588-artist-s-impression-of-cygnus-x-1/ Exemplo: Cygnus X-1 1860 pc da Terra Estrela da sequência principal com 25 M. Pelo movimento orbital, a massa da dupla é 35 M. companheira invisível de 10 M. HD 226868 (O9V) Supergigante azul buraco negro disco de acreção transferência de massa jato de partículas

Acreção em sistemas binários No caso de acreção em uma anã branca: Na explosão da Nova, nem todo material é expelido. A acreção aumenta a massa da anã branca. A pressão dos elétrons degenerados só pode suportar até 1,4 M, o Limite de Chandrasekhar. Quando a massa da anã branca supera 1,4 M : A estrela colapsa. O carbono e oxigênio iniciam uma fusão em toda a estrela. Quase toda a estrela é transformada em Ferro e Níquel A estrela inteira explode. SUPERNOVA tipo Ia

Supernova Tipo Ia Acreção na anã branca e detonação da Supernova Ia

Supernova Ia observada em 1994 pelo telescópio espacial Hubble, em uma galáxia a ~18 Mpc. Supernova Tipo Ia Evento extremamente energético. Magnitude absoluta 19,6 (na banda B). Se ocorresse uma SN Ia a 100 pc de distância, sua magnitude aparente seria 14,5, mais brilhante do que a Lua cheia. Supernovas observadas por Tycho Brahe (11/1572) e Johannes Kepler (10/1604) foram de Tipo Ia.

Supernova Tipo Ia Emissão em raios-x. 3 SNs Ia e 1 SN II da Grande Nuvem de Magalhães. Qual é a SN II? 600 anos 1500 anos 13.000 anos 10.000 anos

Supenova Tipo Ia explosão de uma anã branca em sistema binário Enriquece o meio interestelar com Ferro e Níquel. Ocorre em todo tipo de galáxias. Luminosidade máxima é praticamente a mesma. Em geral, + brilhante que II. Não há linhas de hidrogênio no espectro. Supernova Tipo II Colapso do caroço de estrela massiva Enriquece o meio com C, O, Ne, Mg, Si Ocorre em galáxias que ainda formam estrelas. Luminosidade máxima varia de uma SN p/ outra Tem linhas de hidrogênio no espectro

Supenova Tipo Ia explosão de uma anã branca em sistema binário Enriquece o meio interestelar com Ferro e Níquel. Ocorre em todo tipo de galáxias. Luminosidade máxima é praticamente a mesma. Em geral, + brilhante que II. Não há linhas de hidrogênio no espectro. Supernova Tipo II Colapso do caroço de estrela massiva Enriquece o meio com C, O, Ne, Mg, Si Ocorre em galáxias que ainda formam estrelas. Luminosidade máxima varia de uma SN p/ outra Tem linhas de hidrogênio no espectro Curvas de luz normalizadas taxa de supernovas Ia II outras total 2 4 0,8 6,8 por século para uma galáxia com a luminosidade da Via Láctea