12ª SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA

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Transcrição:

12ª SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA NOVO ENFOQUE DO SISTEMA DE VENTILAÇÃO PRINCIPAL EM INSTALAÇÕES METROVIÁRIAS Engº Celso Liboni Engº Fábio Mori 1

ROTEIRO DA APRESENTAÇÃO Conceitos gerais de Sistema de Ventilação Decreto Estadual/SP 46.076/01 e norma NFPA-130 Incêndios significativos em Sistemas Metroviários Inovações no sistema: Concepção do SVP na Linha 2, trecho ANR/AIP - Metrô São Paulo Controle de fumaça Facilidades para Manutenção/Operação 2 Montagem vertical

CONCEITOS GERAIS Premissas do projeto Sistema de Ventilação Principal em um sistema subterrâneo metroviário: Remoção de calor dissipado nos túneis e estações Renovação do ar dos ambientes subterrâneos Redução dos efeitos de pressão (efeito-pistão) Controle de Fumaça 3

CONCEITOS GERAIS Justificativa da nova filosofia: Cenário Mundial Após graves incêndios em sistemas metroviários Criação de grupos de estudos, leis, normas referentes ao assunto (ex. NFPA 130). São Paulo: Decreto Estadual/SP 46.076/01 4

INCÊNDIOS - SISTEMA METROVIÁRIO Estação King s Cross Inglaterra Novembro 1987, 31 pessoas mortas 5

INCÊNDIOS - SISTEMA METROVIÁRIO Pior acidente em metrô: Baku, Azerbaijão - 1995, cerca de 285 mortos e 256 feridos. Cerca de 245 morreram no trem e 40 no túnel 6

INCÊNDIOS - SISTEMA METROVIÁRIO Coréia do Sul FEVEREIRO 2003 Cerca de 130 vítimas e diversos feridos. 7

DECRETO ESTADUAL/SP 46.076/01 Regulamentado por 38 Instruções Técnicas (ITs) -do CBESP CLASSIFICAÇÃO: ESTAÇÕES / TERMINAIS -F4 TÚNEIS M1 CAPÍTULO X: Artigo 27, II Define a aplicação de controle de fumaça para subsolos com uso distinto de estacionamento de veículos. IT-15 do CBESP: Determina a extração mecânica da fumaça Os dutos devem resistir ao fogo durante 30 minutos Os ventiladores devem resistir a temperatura de 400ºC por 1 a 2horas. 8

NORMA NFPA 130/2000 NFPA = NATIONAL FIRE PROTECTION ASSOCIATION FOCADA PARA TRANSPORTE SUBTERRÂNEO DE PESSOAS SOB TRILHOS EM ÁREAS METROPOLITANAS CAPÍTULO 4: RECOMENDA QUE O VENTILADOR PARA VENTILAÇÃO DE EMERGÊNCIA DEVE RESISTIR A 250ºC POR 1 HORA. ITEM 3.2.4: ESTABELECE AS DISTÂNCIAS MÁXIMAS A SEREM PERCORRIDAS PARA SE ATINGIR UMA SAÍDA DE EMERGÊNCIA (SE) 381 metros para túneis duplos 244 metros para túneis singelos (interligação entre túneis) ESTAS SAÍDAS DEVEM SER PROTEGIDAS POR PORTAS CORTA-FOGO 9 (P90).

CONSIDERAÇÕES ADICIONAIS SOBRE CONTROLE DE FUMAÇA Somente controle de fumaça não é suficiente em caso de incêndio. Devem existir : Combate de incêndio Detecção de incêndio Gerenciamento de risco 10

IMPACTO E INOVAÇÕES NO SISTEMA DE VENTILAÇÃO PRINCIPAL Para a concepção do projeto foram considerados os itens do decreto e da norma citados mais focados para o Sistema Metroviário Sistema de remoção de fumaça nas estações e túneis (classificação item 9.5.2 da IT 15). 11

IMPACTO E INOVAÇÕES NO SISTEMA DE VENTILAÇÃO PRINCIPAL Ventiladores reversíveis nos túneis e na insuflação da estação Ventiladores 250 º C, 2 horas (NFPA 130) Motores tipo Smoke Motors (atendendo as normas EN 12101-3 e NFPA-130) Inibição das proteções dos ventiladores em caso de incêndio motores dos 12

IMPACTO E INOVAÇÕES NO SISTEMA DE VENTILAÇÃO PRINCIPAL Implantação de Saídas de Emergência nos túneis duplos (IT 13) Implantação de Túneis de Interligação entre vias de Túneis Singelos Monitoração das portas das Saídas de Emergências e Túneis de Interligação 13

DIAGRAMA TRECHO ANR / AIP 14

TÚNEIS DE INTERLIGAÇÃO 15

SAÍDA DE EMERGÊNCIA PRESSURIZADA VENTILADOR COM 2 MOTORES (1 RESERVA) E SUPORTE DO GRUPO GERADOR DISEL DETECTOR DE FUMAÇA PORTA CORTA-FOGO P90 LÂMPADA FLASH 16

DEMAIS IMPACTOS NO SISTEMA DE VENTILAÇÃO PRINCIPAL Utilização de cabos não halogenados, com baixa emissão gases tóxicos e de fumaça Proteção de cabos de alimentação com tinta intumescente na região dos Poços de Ventilação Implementação de programas operacionais para condição de emergência (10 programas em CKB) 17

PROJETO DO SVP L2 - CKB Tela que em desenvolvimento para o SCL Programas de Emergência 18

SVP L2 CKB ESQUEMA DUTOS DE INSUFLAÇÃO 19

DETALHE REGISTROS VENEZIANAS MOTORIZADOS Registro veneziana motorizado Detalhe do motor 20

INOVAÇÕES NO SISTEMA DE VENTILAÇÃO PRINCIPAL - MANUTENÇÃO Melhoria na Interface Homem Máquina no CCM-VP através de tela interativa Melhoria nas Interfaces com SCL e SAM 21

PROJETO DO SVP L2 - CKB Tela que em desenvolvimento para o CCM-VP FOTO DO IHM 22

INOVAÇÕES NO SISTEMA DE VENTILAÇÃO PRINCIPAL - MANUTENÇÃO Facilidade de acessos nos canais de equipamentos Instalação de Monovias e Talhas para Manutanção Dispositivo para remoção (carro) do conjunto motoventilador em instalações verticais Acessos para limpeza nos dutos metálicos Remoção das células dos atenuadores de ruído deslizantes 23

INOVAÇÕES NO SISTEMA DE VENTILAÇÃO PRINCIPAL - MANUTENÇÃO 24

INOVAÇÕES NO SISTEMA DE VENTILAÇÃO PRINCIPAL - MANUTENÇÃO 25

ACESSO PARA LIMPEZA NOS DUTOS 26

MONOVIAS PARA MANUTENÇÃO 27

OUTRAS INOVAÇÕES NO SVP Células de atenuadores deslizantes 28

MONTAGEM VERTICAL Necessidade de redução de custos com obras de infra estrutura e desapropriação. Redução de interferências no espaço urbano. 29

MONTAGEM VERTICAL A instalação em canais horizontais exigem comprimentos da ordem de 25 metros, além dos trechos verticais. Canais verticais são viáveis em trechos de túneis mais profundos ou onde a exiguidade de espaço o exija. As instalações verticais normalmente são dotadas de pequenas torres para proteção dos equipamentos e 30 dissipação de contaminantes.

CONFIGURAÇÃO CLÁSSICA DO SISTEMA VENTILAÇÃO PRINCIPAL VENTILADORES NA HORIZONTAL VISTA PLANTA VISTA CORTE 31

MONTAGEM VERTICAL 32

PRÓXIMOS PASSOS Realização de simulados com fumaça nos túneis e estações Aplicação desses conceitos nas futuras implantações: Trecho Ana Rosa / Clinicas, Tamandutareí / Sacomã e Linha 4 33

OBRIGADO PELA ATENÇÃO Dúvidas & Sugestões? Engº Celso Liboni cliboni@metrosp.com.br Engº Fábio Mori fmori@metrosp.com.br COMPANHIA DO METROPOLITANO DE SÃO PAULO METRÔ DEPARTAMENTO DE PROJETOS ELETROMECÂNICOS 34