DIREITO NOTARIAL E REGISTRAL MARTHA EL DEBS

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Transcrição:

MARTHA EL DEBS Tabeliã. Autora das obras Legislação Notarial e de Registros Públicos comentada ; Legislação Notarial e de Registros Públicos Coletânea de Leis para Cartórios ; Concurso Cartório SP Código de Normas, jurisprudência, enunciados e questões e Revisaço Direito Notarial e Registral. Coautora das obras Repercussões do Novo CPC Cartórios (coordenação geral de Fredie Didier Jr.) e Revisaço Cartórios. Coordenadora e professora de Direito Notarial e Registral do Curso CERS (Complexo de Ensino Renato Saraiva). Professora convidada em diversos cursos preparatórios para concursos da área e especializações em Direito Notarial e Registral. Palestrante. Coach. Especialista em Direito Notarial e Registral. Especialista em Direito Constitucional. Coleção RE ISAÇO DIREITO NOTARIAL E REGISTRAL 2ª edição Revista, ampliada e atualizada 2017

Registro Eletrônico Questões 659 Registro Eletrônico QUESTÕES 01. (Consulplan Cartórios Provimento TJ MG/2017) João decidiu celebrar um contrato com Maria, contudo decidiram assinar o documento eletronicamente com uso de certificado digital, com a utilização de processo de certificação disponibilizado pela ICPBrasil. Após, o arquivo eletrônico foi diretamente apresentado na Serventia. Assinale a alternativa que contém o procedimento correto que José, Oficial da Serventia, deverá adotar. a) José deverá recusar o documento, pois este não contém a imagem da assinatura física dos signatários. b) José deverá aceitar o documento se as assinaturas eletrônicas forem válidas ao tempo de sua assinatura e tenham sido feitas por processo de certificação digital disponibilizada pela ICPBrasil. c) José deverá recusar o documento, pois o recebimento de documento com assinatura por meio de certificado digital necessita de regulamentação. d) José somente poderá aceitar o documento se as partes o imprimirem e apresentarem fisicamente na Serventia. Nota da autora: vide explicação na alternativa correta. Alternativa correta: letra b (responde todas as alternativas): nos termos do art. 1 o da MP2.200-2/2001 fica instituída a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, para garantir a autenticidade, a integridade e a validade jurídica de documentos em forma eletrônica, das aplicações de suporte e das aplicações habilitadas que utilizem certificados digitais, bem como a realização de transações eletrônicas seguras. A assinatura digital é um mecanismo eletrônico que faz uso de criptografia, mais precisamente, de chaves criptográficas. Assinatura digital é um conceito genérico, bastante amplo e que compreende o certificado digital. A assinatura é uma forma de autenticação. Chaves criptográficas são um conjunto de bits baseado em um algoritmo que possui regras bem determinadas para cifrar e decifrar informações. Pode-se usar chaves simétricas ou chaves assimétricas estas últimas são mais conhecidas como chaves públicas. A Assinatura Digital possui um ciclo de vida, que é composto das seguintes fases, segundo o DOC-ICP-15: 1. Criação processo de criação de um resumo criptográfico logicamente associado a um conteúdo digital e a chave criptográfica privada do signatário; 2. Verificação Inicial processo de verificação quanto à validade de uma ou mais assinaturas digitais logicamente associadas a um conteúdo digital; 3. Armazenamento processo que trata da guarda da assinatura digital. Compreende, pelo menos, cuidados para conversão dos dados para mídias mais atuais, sempre que necessário; 4. Revalidação processo que estende a validade do documento assinado, por meio da reassinatura dos documentos ou da aposição de carimbos do tempo, quando da expiração ou revogação dos certificados utilizados para gerar ou revalidar as assinaturas, ou ainda quando do enfraquecimento dos algoritmos ou tamanhos de chave utilizados.

660 02. (Consulplan Cartórios Remoção - TJ MG/2017) Acerca da gestão dos arquivos cartoriais, assinale a alternativa correta: a) Os arquivos das Serventias Extrajudiciais não são arquivos públicos, por não terem sido produzidos por órgãos públicos de âmbito federal, estadual do Distrito Federal e Municipal, mas são arquivos privados de interesse público e social, nos termos da Lei Federal nº 8.159/91. b) Quando a lei criar novo cartório, e enquanto este não for instalado, os registros continuarão a ser feitos no cartório que sofreu o desmembramento, não sendo necessário repeti-los no novo ofício. O arquivo do antigo cartório continuará a pertencer-lhe. c) O Conselho Nacional de Justiça, por meio do Provimento nº 50, vedou, a qualquer tempo, o descarte de quaisquer documentos que tenham instruído registro em Serventia Extrajudicial. Nota da autora: vide no tópico Resumo e Dicas o histórico e a legislação que trata do tema registro/documentos eletrônicos. Alternativa correta: letra b : a assertiva vai ao encontro do art. 27 da Lei 6.015/1973. Alternativa a : é oportuno destacar que a noção de registros está sempre associada à ideia de arquivos, de um depósito de segurança de documentos públicos, divulgadores de registros, averbações, anotações, enfim, assentamentos de uma forma geral, neles realizados. Nos termos do art. 7º da Lei 8.159/1991, os arquivos públicos são os conjuntos de documentos produzidos e recebidos, no exercício de suas atividades, por órgãos públicos de âmbito federal, estadual, do Distrito Federal e municipal em decorrência de suas funções administrativas, legislativas e judiciárias. Assim, cabe observar que, como os serviços notariais e de registro são exercidos por delegação do Poder Público, os arquivos produzidos são considerados de caráter público em conformidade com a aludida lei. Alternativa c : o Provimento 50 da Corregedoria Nacional da Justiça do Conselho Nacional da Justiça CNJ dispõe sobre a conservação de documentos nos cartórios extrajudiciais. Toda eliminação de documentos pelos cartórios extrajudiciais, observados os termos da Lei 8.159 de 1991 e a Tabela de Temporalidade de Documentos anexa Martha El Debs no referido Provimento, deverá ser comunicada, semestralmente, ao juízo competente (art. 3º). 03. (Consulplan Cartórios Remoção - TJ MG/2017) O Provimento nº 48/2016 da Corregedoria Geral de Justiça estabelece as diretrizes gerais para o sistema de registro eletrônico de títulos e documentos e civil das pessoas jurídicas. Sobre a matéria, assinale a afirmativa correta: a) O sistema de registro eletrônico de títulos e documentos e civil de pessoas jurídicas deverá ser implantado por oficiais de registro de títulos e documentos e civil de pessoas jurídicas de cada Estado e do Distrito Federal e dos Territórios e será integrado pelos oficiais que a este sistema optarem por aderir. b) Poderá haver mais de uma central de serviços eletrônicos compartilhados em cada um dos Estados e no Distrito Federal. c) As solicitações feitas por meio das centrais de serviços eletrônicos compartilhados serão enviadas ao ofício de registro de títulos e documentos e civil de pessoas jurídicas competente, o qual poderá delegar o processamento e atendimento do serviço à própria central. d) Aos ofícios de registro de títulos e documentos e civil de pessoas jurídicas é vedado recepcionar ou expedir documentos eletrônicos por email ou serviços postais ou de entrega; postar ou baixar (download) documentos eletrônicos e informações em sites que não sejam os das respectivas centrais de serviços eletrônicos compartilhados; e, prestar os serviços eletrônicos referidos neste provimento, diretamente ou por terceiros, em concorrência com as centrais de serviços eletrônicos compartilhados, ou fora delas. Nota da autora: o Provimento 48/2016 (alterado pelo Provimento 59/2017) prescreve diretrizes gerais para o sistema de registro eletrônico de títulos e documentos e civil de pessoas jurídicas. Dentre as principais justificativas da edição do Provimento, considerou-se a necessidade de facilitar o intercâmbio de informações entre os ofícios de registro de títulos e documentos e civil de pessoas jurídicas, o Poder Judiciário, a Administração Pública e o público em geral, para eficácia e celeridade da prestação jurisdicional e do serviço público e a necessidade do Poder Judiciário regulamentar o registro público eletrônico de títulos e documentos e civil de pessoas jurídicas previsto nos arts. 37 a 41 da Lei n. 11.977, de 7 de julho de 2009.

Registro Eletrônico Questões 661 Alternativa correta: letra d : o art. 8º do Provimento 48/2016 do CNJ estabelece as vedações aos ofícios de registro de títulos e documentos e civil de pessoas jurídicas. São elas: I recepcionar ou expedir documentos eletrônicos por e-mail ou serviços postais ou de entrega; II postar ou baixar (download) documentos eletrônicos e informações em sites que não sejam os das respectivas centrais de serviços eletrônicos compartilhados; e III prestar os serviços eletrônicos referidos neste provimento, diretamente ou por terceiros, em concorrência com as centrais de serviços eletrônicos compartilhados, ou fora delas. Alternativa a : o sistema de registro eletrônico de títulos e documentos e civil de pessoas jurídicas deverá ser implantado e integrado por todos os oficiais de registro de títulos e documentos e civil de pessoas jurídicas de cada Estado e do Distrito Federal e dos Territórios, e compreende: I o intercâmbio de documentos eletrônicos e de informações entre os ofícios de registro de títulos e documentos e civil de pessoas jurídicas, o Poder Judiciário, a Administração Pública e o público em geral; II a recepção e o envio de títulos em formato eletrônico; III a expedição de certidões e a prestação de informações em formato eletrônico; e IV a formação, nos cartórios competentes, de repositórios registrais eletrônicos para o acolhimento de dados e o armazenamento de documentos eletrônicos (art. 2º do Provimento 48/2016 do CNJ). Alternativa b : haverá uma única central de serviços eletrônicos compartilhados em cada um dos Estados e no Distrito Federal (art. 3º. 2º do Provimento 48/2016 do CNJ). Alternativa c : todas as solicitações feitas por meio das centrais de serviços eletrônicos compartilhados serão enviadas ao ofício de registro de títulos e documentos e civil de pessoas jurídicas competente, que será o único responsável pelo processamento e atendimento (art. 4º do Provimento 48/2016 do CNJ). 04. (Vunesp Cartório SP Provimento/2016) Em relação aos critérios de formação dos arquivos de segurança (backups) das Serventias Extrajudiciais, é correto afirmar que a) exige o emprego de certificado digital emitido no âmbito da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira ICP-Brasil. b) impõe a preservação dos registros públicos originais. c) as digitalizações anteriores não poderão ser aproveitadas. d) os serviços de datacenter e de Storage podem ser contratados com pessoa jurídica constituída ou não no Brasil. Nota da autora: questão de ordem estadual, exigindo do candidato conhecimento acerca das Normas de Serviço Extrajudicial da Corregedoria Geral da Justiça do Estado de São Paulo. Alternativa correta: letra b : nos termos do item 90, a, do Capítulo XIII das Normas do Serviço Extrajudicial da CGJSP, os notários e registradores devem formar e manter atualizados arquivos de segurança (backups), observados os seguintes critérios: a. Preservação dos registros públicos originais. Alternativa a : consoante o item 90, d, do Capítulo XIII das Normas do Serviço Extrajudicial da CGJSP, os notários e registradores devem formar e manter atualizados arquivos de segurança (backups), observados os seguintes critérios: d. Observação da Lei nº 12.682/2012 para digitalização e armazenamento dos documentos, dispensado o emprego de certificado digital emitido no âmbito da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira ICP Brasil. Alternativa c : conforme o item 90, o, do Capítulo XIII das Normas do Serviço Extrajudicial da CGJSP, os notários e registradores devem formar e manter atualizados arquivos de segurança (backups), observados os seguintes critérios: o. Aproveitamento dos procedimentos de digitalização anteriores à norma desde que observados os requisitos técnicos estabelecidos nesta Seção. Alternativa d : conforme o item 90, h, do Capítulo XIII das Normas do Serviço Extrajudicial da CGJSP, os notários e registradores devem formar e manter atualizados arquivos de segurança (backups), observados os seguintes critérios: h. Existência de duas cópias de segurança, sendo uma de armazenamento interno na serventia (em disco rígido removível, microfilme ou servidor RAID) e a outra externa (em microfilme, servidor externo alocado em datacenter ou serviço de STORAGE no modelo NUVEM (PaaS Platform As A Service), com SLA (acordo de nível de serviço) que garanta backup dos dados armazenados. Os serviços de datacenter e de Storage devem ser contratados com pessoa jurídica regularmente constituída no Brasil.

662 Martha El Debs 05. (Vunesp Cartório SP Remoção/2016) No tocante aos serviços notariais eletrônicos e à Central Notarial de Autenticação Digital (CENAD), é correto afirmar que a) A CENAD arquivará o documento, com a finalidade de utilização para confirmação da autenticidade do documento eletrônico. b) A CENAD é módulo do Portal Extrajudicial, administrada pela Corregedoria Geral da Justiça. c) o código hash, gerado no processo de certificação digital, deverá ser arquivado na CENAD, com a finalidade de utilização para confirmação da autenticidade do documento eletrônico. d) Não será necessário fazer o upload do documento para fins de confirmação de autenticidade e integridade. Nota da autora: questão de ordem estadual, exigindo do candidato conhecimento acerca das Normas de Serviço Extrajudicial da Corregedoria Geral da Justiça do Estado de São Paulo. Alternativa correta: letra c (responde a alternativa a ): a assertiva encontra-se nos exatos termos do item 209.1 do Capítulo XIV das Normas do Serviço Extrajudicial da CGJSP (O código hash gerado no processo de certificação digital deverá ser arquivado na CENAD de forma que possa ser utilizado para confirmação da autenticidade do documento eletrônico). Alternativa b : os documentos eletrônicos produzidos no exercício da atividade notarial deverão ser assinados com emprego de certificado digital, no padrão ICP-Brasil, necessariamente, por meio da Central Notarial de Autenticação Digital (CENAD), módulo de serviço da Central Notarial de Serviços Eletrônicos Compartilhados (CEN- SEC) (item 209.1 do Capítulo XIV das Normas do Serviço Extrajudicial da CGJSP). Alternativa d : para confirmação de autenticidade e integridade, o usuário acessará o CENAD, no portal de internet da CENSEC, e fará o upload do documento. A verificação de autenticidade e integridade decorrerá da confrontação do hash calculado para esse documento com o hash arquivado no momento da certificação (item 209.2 do Capítulo XIV das Normas do Serviço Extrajudicial da CGJSP). 06. (Vunesp Cartório SP Remoção/2016) Quanto às Certidões e Traslados Notariais Digitais, é correto afirmar que a) as certidões e os traslados digitais somente poderão ser encaminhados a registro por meio da Central de Serviços Eletrônicos Compartilhados dos Registradores de Imóveis Central Registradores de Imóveis. b) os Tabeliães de Notas, seus substitutos e prepostos autorizados, poderão extrair traslados ou certidões de suas notas, sob a forma de documento eletrônico, em PDF/A, ou como informação estruturada em XML (extensible Markup Language), assinados com Certificado Digital ICP-Brasil, tipo A-3 ou superior. c) a utilização de XML (extensible Markup Language) para a estruturação de certidões e traslados digitais, para fins de procedimento registral imobiliário, fica condicionada à observância de modelos de estruturação que venham a ser definidos em conjunto, conforme Acordo de Cooperação Técnica celebrado entre o Colégio Notarial do Brasil Conselho Federal (CNB-CF) e a Associação dos Registradores Imobiliários de São Paulo (ARISP). d) os documentos que acompanharem as certidões ou traslados digitais deverão apresentar- -se em PDF/A, e serão autenticados pelo Tabelião, substituto ou preposto autorizado, por meio da Central Notarial de Autenticação Digital (CENAD). Nota da autora: questão de ordem estadual, exigindo do candidato conhecimento acerca das Normas de Serviço Extrajudicial da Corregedoria Geral da Justiça do Estado de São Paulo. Alternativa correta: letra b : diz o item 197 do Capítulo XIV das Normas do Serviço Extrajudicial da CGJSP) que os Tabeliães de Notas, seus substitutos e prepostos autorizados, poderão extrair traslados ou certidões de suas notas, sob a forma de documento eletrônico, em PDF/A, ou como informação estruturada em XML (extensible Markup Language), assinados com Certificado Digital ICP-Brasil, tipo A-3 ou superior. Alternativa a : as certidões e os traslados digitais poderão ser encaminhados a registro mediante apresentação direta, armazenados em mídias portáteis, ao Oficial incumbido do registro, ou por meio da Central de Serviços Eletrônicos Compartilhados dos Registradores de Imóveis

Registro Eletrônico Questões 663 Central Registradores de Imóveis (item 201 do Capítulo XIV das Normas do Serviço Extrajudicial da CGJSP). Alternativa c : a utilização de XML (extensible Markup Language) para a estruturação de certidões e traslados digitais, para fins de procedimento registral imobiliário, fica condicionada à observância de modelos de estruturação que venham a ser definidos em Portaria da Corregedoria Geral da Justiça (item 199 do Capítulo XIV das Normas do Serviço Extrajudicial da CGJSP). Alternativa d : os documentos que acompanharem as certidões ou traslados digitais deverão apresentar-se em PDF/A, com metadados, observado o item 198.1, e serão autenticados pelo Tabelião, substituto ou preposto autorizado, mediante emprego de Certificado Digital (item 204 do Capítulo XIV das Normas do Serviço Extrajudicial da CGJSP). 07. (Vunesp Cartório SP Provimento/2016) De acordo com as Normas de Serviço da Corregedoria Geral da Justiça de São Paulo, a Central de Informações do Registro Civil abrange os registros lavrados em que livros? a) A, B Auxiliar, C, D e E. b) A, B, C, C Auxiliar e E. c) A, B, C e D. d) A, B, B auxiliar, C e E. Nota da autora: questão de ordem estadual, exigindo do candidato conhecimento acerca das Normas de Serviço Extrajudicial da Corregedoria Geral da Justiça do Estado de São Paulo. Alternativa correta: letra d (responde todas as alternativas): nos termos do item 6.2.1. do Capítulo XVII das Normas do Serviço Extrajudicial da CGJSP, os atos que constarão da central são os registros lavrados nos Livros A (Nascimento), Livro B (Casamento), B-auxiliar (Casamento Religioso Para Efeitos Civis), Livro C (Óbito) e Livro E (União Estável, Interdição, Ausência, Emancipação, Transcrições de Nascimento, Casamento e Óbito) 08. (Vunesp Cartório SP Remoção/2016) Sobre a escrituração eletrônica dos atos registrais imobiliários, na forma autorizada pela legislação, é correto afirmar que a) se entende por escrituração eletrônica a escrituração dos atos registrais em mídia totalmente eletrônica. b) se trata da escrituração em folha de segurança, com a imagem digitalizada. c) se entende como a escrituração feita, obrigatoriamente, tanto em papel de segurança como em mídia digital. d) se trata de um sistema informático utilizado em Registros de Imóveis, que permite imprimir as matrículas em editor de texto próprio. Alternativa correta: letra a (responde todas as alternativas): é o que se depreende o item 16.2 do Capítulo XVII das Normas do Serviço Extrajudicial da CGJSP. 09. (Vunesp Cartório SP Remoção/2016) Assinale a alternativa correta sobre a Central de Informações do Registro Civil (CRC). a) Qualquer Oficial de Registro Civil das Pessoas Naturais integrante da Central pode materializar a certidão eletrônica, ainda que não a tenha expedido. b) Somente o Oficial de Registro Civil das Pessoas Naturais que expediu a certidão eletrônica pode materializá-la. c) Apenas a certidão eletrônica relativa a nascimento pode ser materializada por Oficial de Registro Civil das Pessoas Naturais integrante da Central que não a expediu. d) É facultativa a utilização de papel de segurança na materialização da certidão eletrônica. Alternativa correta: letra c (responde todas as alternativas) conforme o item 6.8.3 do Capítulo XVII das Normas do Serviço Extrajudicial da CGJSP, o interessado poderá solicitar a qualquer Oficial de Registro Civil das Pessoas Naturais integrante da Central que a certidão disponível em formato eletrônico, mesmo que não tenha sido expedida pela sua serventia, seja materializada em papel de segurança observados os emolumentos devidos. 10. (Vunesp Cartório SP Remoção/2016) A participação dos Oficiais de Registro Civil das Pessoas Naturais do Estado de São Paulo na Central de Informações do Registro Civil (CRC)

664 a) é facultativa para as Serventias vagas. b) é facultativa. c) só é permitida aos associados da ARPEN-SP (Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo). d) é obrigatória. Nota da autora: o Provimento 46/2015 da Corregedoria Geral da Justiça do CNJ, revoga o Provimento 38 de 25/07/2014 e dispõe sobre a Central de Informações de Registro Civil das Pessoas Naturais CRC. A questão é solucionada também pelas normativas estaduais do Estado de São Paulo. Alternativa correta: letra d (responde todas as alternativas): a Central de Informações do Registro Civil será integrada, obrigatoriamente, por todos os Oficiais de Registro Civil das Pessoas Naturais do Estado de São Paulo, que deverão efetuar carga e manter permanentemente atualizado o acervo, bem como acessá-lo para fornecer informações ao público, quando solicitadas e conforme a legislação aplicável (item 6.8.3 do Capítulo XVII das Normas do Serviço Extrajudicial da CGJSP) 11. (Vunesp Cartório SP Remoção/2016) Sobre a certidão eletrônica emitida por meio da Central de Informações do Registro Civil do Estado de São Paulo (CRC), assinale a alternativa correta. a) Não pode ser enviada por e-mail ao solicitante, pode ser materializada por qualquer Oficial de Registro Civil integrante da CRC, ainda que não a tenha expedido, e fica disponível para download ao solicitante pelo prazo de 30 dias no Portal do Extrajudicial da Corregedoria Geral da Justiça. b) Pode ser enviada por e-mail ao solicitante, pode ser materializada por qualquer Oficial de Registro Civil integrante da CRC, ainda que não a tenha expedido, e fica disponível para download ao solicitante pelo prazo de 30 dias na própria Central. c) Não pode ser enviada por e-mail ao solicitante, pode ser materializada por qualquer Oficial de Registro Civil integrante da CRC, ainda que não a tenha expedido, e fica disponível para download ao solicitante pelo prazo de 30 dias na própria Central. Martha El Debs d) Não pode ser enviada por e-mail ao solicitante, só pode ser materializada pelo Oficial de Registro Civil integrante da CRC que a expediu e fica disponível para download ao solicitante pelo prazo de 30 dias na própria Central. Alternativa correta: letra c (responde todas as alternativas): as certidões eletrônicas ficarão disponíveis ao requisitante na Central de Serviços Eletrônicos Compartilhados da ARPEN-SP pelo prazo de trinta dias corridos, vedado o envio por correio eletrônico convencional (email) (item 6.8.2. do Capítulo XVII das Normas do Serviço Extrajudicial da CGJSP) 12. (Vunesp Cartório SP Provimento/2016) O compartilhamento de serviços eletrônicos dos Tabeliães de Notas do Estado de São Paulo é operado a) pelo Colégio Notarial do Brasil. b) pela Corregedoria Geral da Justiça. c) pelos Juízes Corregedores Permanentes das Serventias. d) pela Associação dos Notários e Registradores. Nota da autora: questão de ordem estadual, exigindo do candidato conhecimento acerca das Normas de Serviço Extrajudicial da Corregedoria Geral da Justiça do Estado de São Paulo. Alternativa correta: letra a (responde todas as alternativas): fica o Colégio Notarial do Brasil reconhecido como entidade idônea e capacitada a operar o compartilhamento de serviços eletrônicos dos Tabeliães de Notas do Estado de São Paulo, em conformidade com estas normas (item 192 do Capítulo XIV das Normas do Serviço Extrajudicial da CGJSP) 13. (IESES Cartório TJ PA/2016) Adotado o sistema de escrituração eletrônica ou de registro eletrônico, a serventia deverá obrigatoriamente adotar sistema de backups, que será atualizado com: a) Periodicidade não superior a 60 (sessenta) dias e terá uma de suas vias arquivada na residência do tabelião ou do oficial de registro, aonde será posto sob vigilância os servidores ou qualquer espécie de sistema de mídia ele-

Registro Eletrônico Resumo e dicas 665 trônica ou digital que contenha requisitos de segurança. b) Periodicidade não superior a 1 (um) mês e terá ao menos uma de suas vias arquivada em local distinto da serventia, facultado o uso de servidores externos ou qualquer espécie de sistema de mídia eletrônica ou digital que contenha requisitos de segurança. c) Periodicidade não superior a 3 (três) meses e terá ao menos uma de suas vias arquivada em local distinto da serventia, facultado o uso de servidores externos ou qualquer espécie de sistema de mídia eletrônica ou digital que contenha requisitos de segurança. d) Periodicidade não superior a 3 (três) meses, sendo dispensado o arquivo em local distinto da serventia. Alternativa correta: letra b (responde todas as alternativas): nos termos do art. 70 do Código de Normas dos Serviços Notariais e de Registro do Estado do Pará, adotado o sistema de escrituração eletrônica ou de registro eletrônico, a serventia deverá obrigatoriamente adotar sistema de backups, que será atualizado com periodicidade não superior a 1 (um) mês e terá ao menos uma de suas vias arquivada em local distinto da serventia, facultado o uso de servidores externos ou qualquer espécie de sistema de mídia eletrônica ou digital que contenha requisitos de segurança. 14. (IESES Cartório TJ PA/2016) O meio de comunicação oficial entre os serviços notariais e de registro e entre estes e os órgãos do Poder Judiciário do Estado do Pará é: a) O Malote Digital. b) O SIGA-DOC. c) O Ofício em papel timbrado, com selo de segurança. d) O Diário Eletrônico da Justiça. Alternativa correta: letra a (responde todas as alternativas): consoante o art. 182 do Código de Normas dos Serviços Notariais e de Registro do Estado do Pará, o Malote Digital é meio de comunicação oficial entre os serviços notariais e de registro e entre estes e os órgãos do Poder Judiciário do Estado do Pará. RESUMO E DICAS 1. INTRODUÇÃO A tecnologia já não é mais nenhuma novidade para nós, mas a sua introdução nas atividades notariais e de registro ainda é. O avanço tecnológico é imprescindível para a rápida e eficaz prestação do serviço. Juntamente com a modernização dos serviços devem vir os cuidados com a segurança eletrônica. Todavia, diferentemente do que ocorre nas atividades privadas, em que se pode simplesmente incorporar a modernidade e a tecnologia para se alcançar maior eficiência, a aplicação da tecnologia na atividade notarial e de registros depende de normativização, do estabelecimento de regras e da observância de certos padrões. É preciso obedecer aos regramentos, para que possamos empregar as ferramentas tecnológicas com validade e segurança jurídica e também com segurança operacional. Assim, adotado o sistema de escrituração eletrônica ou de registro eletrônico, a serventia deve adotar sistema de backups. O livro digital e os índices digitais são métodos modernos, e quando empregados da forma correta e segura, auxiliam, descomplicam e agilizam os serviços. De acordo com o art. 6º da Lei 12.682/2012, que dispõe sobre a elaboração e o arquivamento de documentos em meios eletromagnéticos, os registros públicos originais, ainda que digitalizados, deverão ser preservados de acordo com o disposto na legislação pertinente. Dessa forma, os meios de armazenamento dos documentos digitais deverão protegê-los de acesso, uso, alteração, reprodução e destruição não autorizados. Ao revés, o livro que é estruturado de forma eletrônica desde o início (não há o original em papel a ser digitalizado), é o documento original a ser preservado indefinidamente. A digitalização consiste na conversão da fiel imagem de um documento para código digital e o seu processo deverá ser realizado de forma a manter a integridade, a autenticidade e, se necessário, a confidencialidade do documento digital, com o emprego de certificado digital emitido no âmbito da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira ICP Brasil. É o que preceitua o art. 3º da Lei 12.682/2012.

666 Martha El Debs 2. HISTÓRICO DE DOCUMENTOS ELETRÔ- NICOS, REGISTRO ELETRÔNICO E MICRO- FILMAGEM a) Lei 5.433, de 8 de maio de 1968 Regula a microfilmagem de documentos oficiais. Art. 1º É autorizada, em todo o território nacional, a microfilmagem de documentos particulares e oficiais arquivados, estes de órgãos federais, estaduais e municipais. 1º Os microfilmes de que trata esta Lei, assim como as certidões, os traslados e as cópias fotográficas obtidas diretamente dos filmes produzirão os mesmos efeitos legais dos documentos originais em juízo ou fora dele. 2º Os documentos microfilmados poderão, a critério da autoridade competente, ser eliminados por incineração, destruição mecânica ou por outro processo adequado que assegure a sua desintegração. b) Decreto 1.799, de 30 de janeiro de 1996 Regulamenta a Lei n 5.433, de 8 de maio de 1968, que regula a microfilmagem de documentos oficiais, e dá outras providências Art. 12. A eliminação de documentos, após a microfilmagem, dar-se-á por meios que garantam sua inutilização, sendo a mesma precedida de lavratura de termo próprio e após a revisão e a extração de filme cópia. Parágrafo único. A eliminação de documentos oficiais ou públicos só deverá ocorrer se prevista na tabela de temporalidade do órgão, aprovada pela autoridade competente na esfera de sua atuação e respeitado o disposto no art. 9 da Lei n 8.159, de 8 de janeiro de 1991. Art. 13. Os documentos oficiais ou públicos, com valor de guarda permanente, não poderão ser eliminados após a microfilmagem, devendo ser recolhidos ao arquivo público de sua esfera de atuação ou preservados pelo próprio órgão detentor. c) Lei 6.015, de 31 de dezembro de 1973 Lei de Registros Públicos Art. 25. Os papéis referentes ao serviço do registro serão arquivados em cartório mediante a utilização de processos racionais que facilitem as buscas, facultada a utilização de microfilmagem e de outros meios de reprodução autorizados em lei. Art. 26. Os livros e papéis pertencentes ao arquivo do cartório ali permanecerão indefinidamente. d) Lei 8.159, de 8 de janeiro de 1991 Dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e privados Art. 7º Os arquivos públicos são os conjuntos de documentos produzidos e recebidos, no exercício de suas atividades, por órgãos públicos de âmbito federal, estadual, do Distrito Federal e municipal em decorrência de suas funções administrativas, legislativas e judiciárias. Art. 8º Os documentos públicos são identificados como correntes, intermediários e permanentes. (...) 3º Consideram-se permanentes os conjuntos de documentos de valor histórico, probatório e informativo que devem ser definitivamente preservados. Art. 10º Os documentos de valor permanente são inalienáveis e imprescritíveis e) Lei 8.935, de 18 de novembro de 1994 (Estatuto dos notários e registradores) Art. 41. Incumbe aos notários e aos oficiais de registro praticar, independentemente de autorização, todos os atos previstos em lei necessários à organização e execução dos serviços, podendo, ainda, adotar sistemas de computação, microfilmagem, disco ótico e outros meios de reprodução. Art. 46. Os livros, fichas, documentos, papéis, microfilmes e sistemas de computação deverão permanecer sempre sob a guarda e responsabilidade do titular de serviço notarial ou de registro, que zelará por sua ordem, segurança e conservação. f) Decreto 1.977, de 30 de janeiro de 1996 Regulamenta a Lei 5.433, de 8 de maio de 1968, que regula a microfilmagem de documentos oficiais Art. 12. A eliminação de documentos, após a microfilmagem, dar-se-á por meios que garantam sua inutilização, sendo a mesma precedida de lavratura de termo próprio e após a revisão e a extração de filme cópia. Parágrafo único. A eliminação de documentos oficiais ou públicos só deverá ocorrer se prevista na tabela de temporalidade do órgão, aprovada pela autoridade competente na esfera de sua atuação e respeitado o disposto no art. 9º da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991. Art. 13. Os documentos oficiais ou públicos, com valor de guarda permanente, não poderão ser eliminados após a microfilmagem, devendo ser recolhidos ao arquivo público de sua esfera de atuação ou preservados pelo próprio órgão detentor. g) Lei 9492, de 10 de setembro de 1997 (Lei de Protestos)

Registro Eletrônico Resumo e dicas 667 Art. 8º (...) Parágrafo único. Poderão ser recepcionadas as indicações a protestos das Duplicatas Mercantis e de Prestação de Serviços, por meio magnético ou de gravação eletrônica de dados, sendo de inteira responsabilidade do apresentante os dados fornecidos, ficando a cargo dos Tabelionatos a mera instrumentalização das mesmas Art. 32. O livro de Protocolo poderá ser escriturado mediante processo manual, mecânico, eletrônico ou informatizado, em folhas soltas e com colunas destinadas às seguintes anotações: número de ordem, natureza do título ou documento de dívida, valor, apresentante, devedor e ocorrências. Art. 34. Os índices serão de localização dos protestos registrados e conterão os nomes dos devedores, na forma do 4º do art. 21, vedada a exclusão ou omissão de nomes e de protestos, ainda que em caráter provisório ou parcial, não decorrente do cancelamento definitivo do protesto. (...) 2º Os índices poderão ser elaborados pelo sistema de fichas, microfichas ou banco eletrônico de dados. Art. 35. O Tabelião de Protestos arquivará ainda: (...) 2º Para os livros e documentos microfilmados ou gravados por processo eletrônico de imagens não subsiste a obrigatoriedade de sua conservação. Art. 39. A reprodução de microfilme ou do processamento eletrônico da imagem, do título ou de qualquer documento arquivado no Tabelionato, quando autenticado pelo Tabelião de Protesto, por seu Substituto ou Escrevente autorizado, guarda o mesmo valor do original, independentemente de restauração judicial. Art. 41. Para os serviços previstos nesta Lei os Tabeliães poderão adotar, independentemente de autorização, sistemas de computação, microfilmagem, gravação eletrônica de imagem e quaisquer outros meios de reprodução. h) Medida Provisória 2.002, de 27 de julho de 2001, reeditada pela Medida Provisória 2.001-2 de 24 de agosto de 2001, Institui a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira ICP-Brasil, transforma o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação em autarquia, A certificação digital possui validade em nosso ordenamento jurídico com a instituição da Medida Provisória 2.002, de 27 de julho de 2001: Art. 1º Fica instituída a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira ICP-Brasil, para garantir a autenticidade, a integridade e a validade jurídica de documentos em forma eletrônica, das aplicações de suporte e das aplicações habilitadas que utilizem certificados digitais, bem como a realização de transações eletrônicas seguras. Art. 2º A ICP Brasil, cuja organização será definida em regulamento, será composta por uma autoridade gestora de políticas e pela cadeia de autoridades certificadoras composta pela Autoridade Certificadora Raiz AC Raiz, pelas Autoridades Certificadoras AC e pelas Autoridades de Registro AR i) Decreto 4.073, de 3 janeiro de 2002 Regulamenta a Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, que dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e privados. Art. 15. São arquivos públicos os conjuntos de documentos: I produzidos e recebidos por órgãos e entidades públicas federais, estaduais, do Distrito Federal e municipais, em decorrência de suas funções administrativas, legislativas e judiciárias; j) Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006 Dispõe sobre a informatização do processo judicial; altera a Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 Código de Processo Civil; Art. 16. Os livros cartorários e demais repositórios dos órgãos do Poder Judiciário poderão ser gerados e armazenados em meio totalmente eletrônico. k) Lei 11.977, de 7 de julho de 2009 (Lei do Programa Minha Casa Minha Vida) Art. 37. Os serviços de registros públicos de que trata a Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973, observados os prazos e condições previstas em regulamento, instituirão sistema de registro eletrônico. Art. 38. Os documentos eletrônicos apresentados aos serviços de registros públicos ou por eles expedidos deverão atender aos requisitos da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira ICP e à arquitetura e-ping (Padrões de Interoperabilidade de Governo Eletrônico), conforme regulamento. Parágrafo único. Os serviços de registros públicos disponibilizarão serviços de recepção

668 Martha El Debs de títulos e de fornecimento de informações e certidões em meio eletrônico. Art. 39. Os atos registrais praticados a partir da vigência da Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973, serão inseridos no sistema de registro eletrônico, no prazo de até 5 (cinco) anos a contar da publicação desta Lei. (Vide Decreto nº 8.270, de 2014) Parágrafo único. Os atos praticados e os documentos arquivados anteriormente à vigência da Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973, deverão ser inseridos no sistema eletrônico. Art. 40. Serão definidos em regulamento os requisitos quanto a cópias de segurança de documentos e de livros escriturados de forma eletrônica. Art. 41. A partir da implementação do sistema de registro eletrônico de que trata o art. 37, os serviços de registros públicos disponibilizarão ao Poder Judiciário e ao Poder Executivo federal, por meio eletrônico e sem ônus, o acesso às informações constantes de seus bancos de dados, conforme regulamento. (Redação dada pela Lei nº 13.097, de 2015) Parágrafo único. O descumprimento do disposto no caput ensejará a aplicação das penas previstas nos incisos II a IV do caput do art. 32 da Lei nº 8.935, de 18 de novembro de 1994. (Redação dada pela Lei nº 13.097, de 2015) (...) Art. 45. Regulamento disporá sobre as condições e as etapas mínimas, bem como sobre os prazos máximos, a serem cumpridos pelos serviços de registros públicos, com vistas na efetiva implementação do sistema de registro eletrônico de que trata o art. 37. l) Portaria 94, de 21 de dezembro de 2010 do Conselho Nacional de Arquivos Conarq. Criação da Comissão Especial para Gestão Documental do Foro Extrajudicial, com o objetivo de propor ações e procedimentos para a modernização, organização e gestão documental dos acervos dos Cartórios de Registro de Imóveis da Amazônia Legal, de conformidade com os dispositivos previstos na Resolução nº 110, de 6 de abril de 2010, do Conselho Nacional de Justiça. m) Provimento 18, de 28 de agosto de 2012 Dispõe sobre a instituição e funcionamento da Central Notarial de Serviços Eletrônicos Compartilhados CENSEC. n) Decreto 8.270, de 26 de junho de 2014 Institui o Sistema Nacional de Informações de Registro Civil Sirc e seu comitê gestor. o) Recomendação 14, de 2 de julho de 2014 do CNJ Dispõe sobre a divulgação do resultado de estudos realizados para a especificação do modelo de sistema digital para implantação de Sistemas de Registro de Imóveis Eletrônico S REI. p) Lei 13.105, de 16 de março de 2015 Instituiu o novo Código de Processo Civil Da Prática Eletrônica de Atos Processuais Art. 193. Os atos processuais podem ser total ou parcialmente digitais, de forma a permitir que sejam produzidos, comunicados, armazenados e validados por meio eletrônico, na forma da lei. Parágrafo único. O disposto nesta Seção aplica-se, no que for cabível, à prática de atos notariais e de registro. Note-se assim que a aludida regra veio reforçar as previsões normativas da Medida Provisória 2.200-2/2001 e do art. 41, da Lei 8935/1994, que autorizam a realização dos atos notariais por meio eletrônico. q) Provimento 46, de 16 de junho de 2015 do CNJ Revoga o Provimento 38 de 25/07/2014 e dispõe sobre a Central de Informações de Registro Civil das Pessoas Naturais CRC. r) Provimento 47, de 19 de junho de 2015 do CNJ Estabelece diretrizes gerais para o sistema de registro eletrônico de imóveis. s) Resolução 01, de 09 de julho de 2015 do Comitê Gestor do Sistema Nacional de Informações de Registro Civil Dispõe sobre a padronização dos procedimentos para envio de dados pelas serventias de registro civil de pessoas naturais ao Sistema Nacional de Informações de Registro Civil Sirc. t) Provimento 48, de 16 de março de 2016 do CNJ (alterado pelo Provimento 59/2017) Estabelece diretrizes gerais para o sistema de registro eletrônico de títulos e documentos e civil de pessoas jurídicas. u) Decreto 8.764, de 10 de maio de 2016. Institui o Sistema Nacional de Gestão de Informações Territoriais e regulamenta o disposto no art. 41 da Lei nº 11.977, de 7 de julho de 2009. v) Resolução 228, de 22 de junho de 2016. Regulamenta a aplicação, no âmbito do Poder Judiciário, da Convenção sobre a Eliminação da Exigência de Legalização de Documentos Públicos Estrangeiros, celebrada na Haia, em 5 de outubro de 1961 (Convenção da Apostila).

Registro Eletrônico Resumo e dicas 669 Art. 8º Fica instituído o Sistema Eletrônico de Informações e Apostilamento (SEI Apostila) como sistema único para emissão de apostilas em território nacional. 1º A emissão de apostila dar-se-á, obrigatoriamente, em meio eletrônico, por intermédio do SEI Apostila, cujo acesso ocorrerá por meio de certificado digital. 2º A apostila será emitida em meio eletrônico, mediante solicitação do signatário do documento ou de qualquer portador, atestando a autenticidade da assinatura, da função ou do cargo exercido pelo signatário do documento e, quando cabível, a autenticidade do selo ou do carimbo nele aposto. 3º Devidamente emitida nos termos do caput deste artigo e do art. 7º, a apostila deverá ser impressa em papel seguro fornecido pela Casa da Moeda do Brasil e de acordo com o Anexo III desta Resolução, aposta ao documento ao qual faz referência, carimbada (conforme Anexo II desta Resolução) e rubricada em campo próprio pela autoridade competente. 4º As apostilas emitidas deverão conter mecanismo que permita a verificação eletrônica de existência e de autenticidade, assim como conexão com o documento apostilado. Art. 9º O CNJ concederá o acesso ao SEI Apostila a todas as autoridades competentes referidas no art. 6º. Art. 10 A numeração da apostila será única em todo o território nacional, cabendo ao CNJ o registro e o armazenamento de todas as informações relativas às apostilas emitidas pelas autoridades de que trata o art. 6º desta Resolução. Art. 11 As regras de funcionamento do SEI Apostila serão estabelecidas por Instrução Normativa da Presidência do CNJ, após deliberação da Comissão Permanente de Tecnologia da Informação e Infraestrutura. Art. 12 O CNJ manterá banco de dados unificado do registro eletrônico das apostilas emitidas em território nacional, permitindo a qualquer interessado, por meio de consulta eletrônica (online), a verificação da existência e da autenticidade das apostilas emitidas, bem como da conexão com cada documento apostilado. Art. 13 O CNJ prestará o apoio técnico necessário às autoridades competentes para a emissão da apostila, relativamente ao manejo e ao funcionamento do SEI Apostila. 3. CONCEITO, INSTITUIÇÃO, MIGRAÇÃO, DESCUMPRIMENTO E PRAZOS DO REGIS- TRO ELETRÔNICO Entende-se por registro eletrônico a escrituração realizada exclusivamente por meio de sistema informatizado de base de dados, observados os requisitos do sistema de registro eletrônico, conforme o disposto na Lei nº 11.977/2009, sem a impressão dos atos em fichas ou em livros físicos. Diferentemente, a escrituração eletrônica é aquela realizada por meio de sistema informatizado de base de dados, com impressão dos atos em fichas ou em livros físicos, ao passo que a escrituração mecânica é aquela realizada sem o uso de sistema informatizado de base de dados, ainda que utilizados editores de texto em computador. A migração para a escrituração registral no sistema de registro eletrônico está sendo feita de forma gradativa, nos prazos e condições previstos na Lei nº 11.977/2009, notadamente nos artigos 37 a 41 e 45, e pelas normas editadas pela Corregedoria Nacional da Justiça do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pelas Corregedorias dos Estados, sempre atendidos os critérios de segurança da informação. A Lei 13.097/2015 deu nova redação ao art. 41. Assim, a partir da implementação do sistema de registro eletrônico de que trata o art. 37 da Lei 11.977/2009, os serviços de registros públicos disponibilizarão ao Poder Judiciário e ao Poder Executivo federal, por meio eletrônico e sem ônus, o acesso às informações constantes de seus bancos de dados, conforme regulamento. O descumprimento ensejará a aplicação das penas previstas nos incisos II a IV do caput do art. 32 da Lei nº 8.935, de 18 de novembro de 1994. (II multa; III suspensão por noventa dias, prorrogável por mais trinta; IV perda da delegação.) Anote-se que, embora em um primeiro momento pareça que a Lei 11.977/2009 (por tratar do Programa Minha Casa Minha Vida) tenha previsto apenas o registro eletrônico de imóveis, prevalece que todas as especialidades de registros e notas Registro Civil de Pessoas Naturais, Registro Civil de Pessoas Jurídicas, Registro de Imóveis, Notas e Protestos terão de operar em meios eletrônicos. Como vê-se no histórico, a utilização de meios eletrônicos nos serviços registrais e notariais antecedeu à determinação legal da Lei 11.977/2009. Os sistemas informatizados já estavam presentes em muitos registros públicos brasileiros há