GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS Secretaria de Estado da Casa Civil

Documentos relacionados
I em bens públicos, de uso comum do povo e de uso especial;

INSTRUÇÃO NORMATIVA N 013, DE 06 DE DEZEMBRO DE 2005.

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 004/2006-DIRAM

DILSE KLEIN BICIGO, Prefeita Municipal de Almirante Tamandaré do Sul, Estado do Rio Grande do Sul.

Lei n.º 7.569, de 04 de Janeiro de 2002 (Atualizada até Lei Municipal nº 8.156/05, de 07 de julho de 2005)

LEI Nº /2012 Estabelece normas e procedimentos para a instalação de torres de transmissão de telefonia celular e de outras fontes emissoras no

DELIBERAÇÃO NORMATIVA Nº 62 DE 11 DE JUNHO DE Dispõe sobre o licenciamento ambiental de estações de rádio-base e dá outras providências.

Altera a Lei nº 7.277/97, que estabelece normas para instalação de antenas de telecomunicações e dá outras providências.

CONSELHO DE PROTEÇÃO AMBIENTAL - COPAM LICENCIAMENTO AMBIENTAL DE ESTAÇÕES RÁDIO-BASE -ERBs E DE EQUIPAMENTOS DE TELEFONIA SEM FIO.

LEI MUNICIPAL n 3.651/2013

INSTRUÇÃO NORMATIVA N 1, DE 23 DE FEVEREIRO DE 2015

AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES RESOLUÇÃO Nº 568, DE 15 DE JUNHO DE 2011.

Efeitos da Radiação Eletromagnética de Sistemas Celulares

REGULAMENTO SOBRE CONDIÇÕES DE USO DE RADIOFREQÜÊNCIAS PELO SERVIÇO DE RADIOAMADOR CAPÍTULO I DOS OBJETIVOS CAPÍTULO II DAS FAIXAS DE RADIOFREQÜÊNCIAS

ESTABELECE NORMAS PARA INSTALAÇÃO DE ESTAÇÃO RÁDIO BASE ERB, MICROCÉLULA DE TELEFONIA CELULAR E EQUIPAMENTOS AFINS.

Instrução Normativa n º 1, de 23 de fevereiro de 2016.

LEI Nº 8.896, DE 26 DE ABRIL DE 2002

OS DESAFIOS PARA A IMPLANTAÇÃO DE INFRAESTRUTURA DE TELECOMUNICAÇÕES EM PORTO

ANEXO À RESOLUÇÃO N. 288 DE 21 DE JANEIRO DE 2002

LEI Nº 8.896, de 26 de abril de O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE. Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

LEI Nº 8.987, DE 13 DE FEVEREIRO DE 1995

PORTARIA n.º 475 de 12 de dezembro de 2008.

Meios Físicos Cont. Espectro Eletromagnético

ANEXO I - ORIENTAÇÕES GERAIS E INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS A SEREM APRESENTADAS NO PROJETO PROVISÓRIO DE INSTALAÇÃO (PPI)

Cartilha Informativa

Redes sem Fio Sistemas de Telefonia Celular. Ricardo Kléber. Ricardo Kléber

O Prefeito do Município de Divinópolis, Dr. Galileu Teixeira Machado, no uso de suas atribuições legais,

A REGULAÇÃO DO WIMAX. WIMAX BRASIL Conference & Expo 2007 Eduardo Ramires

OS DESAFIOS PARA A IMPLANTAÇÃO DE INFRAESTRUTURA DE TELECOMUNICAÇÕES EM GOIÂNIA

LEI Nº 760 DE 18 DE ABRIL DE 2011

Estado do Rio de Janeiro PREFEITURA MUNICIPAL DE BELFORD ROXO GABINETE DO PREFEITO

PROCEDIMENTOS PARA O FUNCIONAMENTO DAS ESTAÇÕES DE RADIOBALIZA DO SERVIÇO DE AMADOR

Art. 2º Ficam convocados ao licenciamento ambiental corretivo todos os empreendimentos implantados no município.

DIFICULDADES PARA INSTALAÇÃO

Redes de Alta Velocidade

DESAFIOS PARA A IMPLANTAÇÃO DE INFRAESTRUTURA DE TELECOMUNICAÇÕES EM

Art. 2 Para os fins e efeitos desta Resolução são considerados os seguintes termos e respectivas definições:

12/08/2014. Esclarecimentos quanto às condições de uso de RF na subfaixa de ,5 MHz por transceptores de radiação restrita

Altera a Lei nº ,de 27 de dezembro de 1999, que dispõe sobre a Agência Goiana de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos.

ANEXO I FORMULÁRIO PADRONIZADO PARA SOLICITAÇÃO DE RTV SECUNDÁRIA. Excelentíssimo Sr. Ministro de Estado das Comunicações,

GERÊNCIA DE NORMAS E PADRÕES ORIENTAÇÃO TÉCNICA OT-003/2015 (NT , NT , NT

LEI MUNICIPAL Nº 1106/09, de 29 de dezembro de 2009.

Anatel. As Ações Públicas para Incentivo a Programas de Cidade Digitais. IV Seminário de Telecomunicações Inovar para Crescer - FIERGS

DECRETO Nº 3.699, De 09 de Novembro de 2016

I torre: estrutura metálica destinada a suportar sistemas irradiantes (antenas);

INFRAESTRUTURA PASSIVA

Instalação de Infraestrutura de Telecomunicações

Sistema Integrado de Normas Jurídicas do Distrito Federal SINJ-DF

Ministério de Minas e Energia Gabinete do Ministro

CCNA 1 Teste de Cabos. Kraemer

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE PORTO VELHO

SISEMA. Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos. POLÍCIA MILITAR D E M I N A S G E R A I S Nossa profissão, sua vida.

Capítulo 1 Introdução

LEI GERAL DAS ANTENAS PL 5.013/2013

Art. 3º A Fundação Estadual de Meio Ambiente-Pantanal, expedirá as seguintes Licenças Ambientais:

CONVERSANDO COM A SET

LICENCIAMENTO AMBIENTAL FUNDAMENTAÇÃO LEGAL:

ANTENAS - TÓPICOS DAS AULAS - 1. Introdução. 2. Dipolo hertziano. 3. Antena dipolo de meia onda. 4. Antena monopolo de quarto de onda.

Resolução SMA nº 49 DE 28/05/2014 Norma Estadual - São Paulo Publicado no DOE em 29 mai 2014

Faço saber que a Assembléia Legislativa do Estado do Tocantins decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

PROGRAMA CAMPOS ELECTROMAGNÉTICOS DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA E PLANEAMENTO

É POSSÍVEL MEDIR A OCUPAÇÃO EFICIENTE DO ESPECTRO?

PARTE 3: COMUNICAÇÃO POR SATÉLITE AULA 18: ANTENAS. Sistemas de Telecomunicações II Prof. Flávio Ávila

LEI COMPLEMENTAR Nº DE DE DE (Autoria do Projeto: Poder Executivo)

DIRETIVA DO COPAM Nº. 02, DE 26 DE MAIO DE (publicado no dia 02/07/2009)

ANEXO À PORTARIA N. 2, DE 7 DE JANEIRO DE 1997 NORMA N. 1, DE 1997

PROJETO DE OCUPAÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICO PARA O NÚCLEO POMBALINO DE VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO. Artigo 1.º. Objecto e âmbito de aplicação

D E C R E T O Nº DE 21 DE JANEIRO DE 2015.

VOTO RESPONSÁVEL: SUPERINTENDÊNCIA DE CONCESSÕES, PERMISSÕES E AUTORIZAÇÕES DE TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO SCT

Guia e Declaração do Fabricante Imunidade e Emissões Electromagnéticas

PORTARIA Nº 290, DE 09 DE NOVEMBRO DE 2009

Resolução SEMAC nº 20 DE 23/10/2014

PORTARIA N.º 643/2016 DG

JOSÉ SERRA, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais,

Altera o Decreto nº , de 10 de dezembro de 1981, para dispor sobre a situação jurídica do estrangeiro na República Federativa do Brasil.

Lista Aula 24. É (são) verdadeira(s): a) todas b) nenhuma c) somente II d) II e III e) somente III

DECRETO Nº , DE 13 DE MARÇO DE 2017.

Rede de Transporte das Operadoras Regionais e de Longa Distância Inclui backbones, entroncamentos secundários e acesso tanto para troncos de longa

ESTADO DO TOCANTINS PREFEITURA DE COLINAS DO TOCANTINS

L E I n.º /

PROJETO LEI COMPLEMENTAR Nº (Autoria do Projeto: Poder Executivo)

LAUDO RADIOMÉTRICO SIMPLIFICADO SALVADOR

Marcelo Augusto de Barros 1 Janeiro 2010 I. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL

CÂMARA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO DECRETA:

CARTA N.º 000 / DIPRE Brasília, 11 de julho de 2016

Prefeitura Municipal de Campinas

PACTO DAS ANTENAS RICARDO DIECKMANN CDC ALEP - ACAMPAR LEGISLAÇÃO RESTRITIVA - CENÁRIO REGULATÓRIO E DESAFIOS. Cascavel, 21 de Novembro de 2013

TENDO EM VISTA: O Tratado de Assunção, o Protocolo de Ouro Preto e as Resoluções N 38/95, 15/96 e 20/96 do Grupo Mercado Comum.

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº, DE 2005 (Do Sr. Fernando de Fabinho)

Polarização Elíptica: A Influência na recepção um caso pratico. SET 2011

RESOLUÇÃO CONJUNTA SEMA/IAP Nº 005/2010

DECRETO Nº bem como define prazo para regularização das atividades implantadas anteriormente à Lei 8267/98 e dá outras providências.

Decisão de Diretoria CETESB nº 153 DE 28/05/2014 Norma Estadual - São Paulo Publicado no DOE em 29 mai 2014

Art. 2º O Conselho Estadual de Cultura tem por competências: II - acompanhar e fiscalizar a execução do Plano Estadual de Cultura;

DECRETO Nº , DE 4 DE MAIO DE 2004 Regulamenta a outorga onerosa de potencial construtivo adicional, nos termos dos artigos 209 a 216 da Lei nº

Resíduos da Construção Civil, Volumosos e Inertes

Kit de Antenas - XT 401 -

DECRETO Nº , DE 13 DE MARÇO DE

Redes de Computadores. Meios de comunicação sem fios

CONSELHO NACIONAL DE TÉCNICOS EM RADIOLOGIA Serviço Público Federal. Minuta de Resolução CONTER Radiologia Industrial

Transcrição:

GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS Secretaria de Estado da Casa Civil LEI Nº 17.857, DE 10 DE DEZEMBRO DE 2012. Dispõe sobre procedimentos gerais para a autorização de instalação e funcionamento de estações de telecomunicações de transmissão e de antenas transmissoras de rádio, televisão, telefonia, telecomunicação em geral e de outros equipamentos afins em unidades de conservação integrantes do SEUC e dá outras providências. A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE GOIÁS, nos termos do art. 10 da Constituição Estadual, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º Esta Lei institui procedimentos para autorização de instalação e funcionamento de estações de telecomunicações de transmissão de rádio, televisão, telefonia, telecomunicação em geral e outros equipamentos transmissores de radiação eletromagnética não ionizante, autorizados pela entidade federal reguladora das telecomunicações, nas unidades de conservação integrantes do Sistema Estadual de Unidades de Conservação SEUC, observados os princípios da precaução e do usuário pagador. Parágrafo único. Estão compreendidas nas disposições desta Lei as estações de telecomunicações transmissoras de radiação não ionizante que operem na faixa de frequência entre 3KHz (três quilohertz) e 300GHz (trezentos gigahertz). Art. 2º Para os fins desta Lei, consideram-se: I telecomunicação: a transmissão, emissão ou recepção, por fio, radioeletricidade, meios ópticos ou qualquer outro processo eletromagnético, de símbolos, caracteres, sinais, imagens, escritos, sons ou informações de qualquer natureza; II estação de telecomunicação: qualquer local delimitado, com ou sem edificação, no interior do qual esteja permanente ou temporariamente instalado sistema de antenas com todos seus acessórios, como transmissores, receptores, cabos, torres, suportes e outros, englobadas tanto as estações de difusão de rádio ou televisão e as de radar quanto aquelas destinadas aos serviços de telefonia fixa, móvel, e móvel celular, tais como ERBs, minierbs ou microerbs; III radiação eletromagnética: energia eletromagnética não ionizante, irradiada ou recebida pela antena no curso da transmissão; Página 1 de 5

IV antena: a parte de um sistema transmissor ou receptor que é projetada para irradiar ou receber ondas eletromagnéticas não ionizantes; V estação móvel de radiação (EMR): conjunto de equipamentos de telecomunicação eletrônica conectados a uma ou mais antenas, geralmente instalados em contêiner, com a finalidade de criar área de cobertura temporária no sistema; VI ponto de emissão de radiação: ponto de onde são emitidas as ondas eletromagnéticas, sendo, geralmente, o centro de fase dos sistemas irradiantes (antenas); VII radiação de fundo: radiação eletromagnética não ionizante, preexistente à instalação de um novo sistema de antenas numa determinada região, sendo que a radiação dele proveniente passa a incorporá-la, cumulativamente; VIII regiões quentes: regiões onde a distribuição de campos eletromagnéticos não é uniforme devido a reflexões ou efeitos de irradiação; IX laudo radiométrico ou relatório de conformidade: parecer técnico especializado sobre a conformidade ou não de uma estação transmissora com as normas técnicas específicas em vigor, discriminando os níveis de densidade de potência para cada antena transmissora; X densidade de potência: valor médio temporal da energia eletromagnética não ionizante, por unidade de área atingida pela propagação, medida em watts por metro quadrado (W/m²) ou microwatts por centímetro quadrado (µw/cm²); sistema que se pretende instalar; XI densidade de potência total: soma da densidade de potência de fundo com a do XII frequência: taxa de variação de um sinal eletromagnético em determinado tempo, medida em ciclos por segundo, ou seja, em hertz (Hz), ou seus múltiplos, Kilohertz (KHz), megahertz (MHz) e gigahertz (GHz); XIII pontos críticos: locais situados nos lóbulos principais de irradiação das antenas; XIV operadora do sistema: empresa detentora de outorga, concessão ou autorização emitida pelo poder público para executar determinado serviço de radiocomunicação; XV estação de telecomunicação de telefonia celular: estação onde se encontram a torre, o poste ou qualquer outra estrutura de suporte, com o sistema de antenas e os cabos de alimentação, bem como uma fonte de energia e uma edificação metálica ou de alvenaria abrigando os equipamentos de rádio e a interface com a central de comutação, composta dos seguintes elementos: a) um sistema irradiante, ou conjunto de antenas instalado no topo de uma torre, poste ou qualquer outra estrutura de suporte, inclusive em qualquer edificação pública ou privada; b) um ou mais transmissores e receptores, conectados ao sistema irradiante, através de linhas de alimentação e equipamentos afins; abrigar os equipamentos. c) uma fonte geradora de energia e uma edificação metálica ou de alvenaria, destinada a Página 2 de 5

Art. 3º A instalação e o funcionamento dos empreendimentos ou atividades especificados no art. 1º desta Lei, bem como daqueles de infraestrutura urbana nas unidades de conservação estaduais, exceto em Reserva Particular do Patrimônio Natural RPPN, dependerão de prévia autorização do órgão estadual ambiental que os fiscalizará. considerará o seguinte: Art. 4º Para a emissão da autorização a que se refere o art. 3º, o órgão ambiental estadual I as interferências no meio ambiente não poderão descaracterizar significativamente ou pôr em risco o conjunto dos atributos da unidade de conservação estadual e deverão ser reversíveis e mitigáveis; II as medidas de restauração propostas pelo requerente; III a aplicação do princípio usuário pagador, previsto no art. 4º, inciso VII, da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, que instituiu a Política Nacional do Meio Ambiente. Parágrafo único. As medidas a que se refere o inciso II deste artigo, após aprovadas pelo órgão ambiental estadual, constarão da respectiva autorização, correndo seus custos a expensas do requerente. Art. 5º O requerimento de autorização para a instalação dos empreendimentos de que trata o art. 1º deverá ser acompanhado do estudo das alternativas técnicas e locacionais que provoquem a menor interferência nos atributos ambientais da unidade de conservação. Art. 6º O requerimento de autorização para o compartilhamento de estações de telecomunicação será analisado individualmente mediante apresentação de projetos tecnicamente consubstanciados, não podendo o somatório das densidades de potência ultrapassar os limites estabelecidos nesta Lei. Art. 7º A autorização será expedida, atendidos os seguintes requisitos mínimos: I comprovação, por estudo técnico, de inexistência de alternativa locacional que viabilize a finalidade para a qual se destinam os empreendimentos de que trata esta Lei; II comprovação de que os empreendimentos a serem instalados não descaracterizarão significamente o conjunto dos atributos ambientais que determinaram a criação da unidade de conservação, bem como não afetarão as atividades estabelecidas em seu plano de manejo, quando existente; constituído. III oitiva do órgão consultivo e deliberativo da unidade de conservação, quando já Parágrafo único. Caberá ao órgão ambiental estadual decidir sobre a concessão da autorização, mediante parecer técnico emitido por sua unidade administrativa responsável pelas unidades de conservação. Art. 8º A autorização será emitida pelo órgão ambiental estadual, com a discriminação das medidas compensatórias, mitigadoras e de controle e monitoramento, bem como das atividades permitidas e as condições de sua realização e, ainda, do prazo de validade da autorização, que obedecerá àqueles previstos no art. 18 da Resolução CONAMA 237/1997. Página 3 de 5

Art. 9º Caberá à unidade administrativa do órgão ambiental estadual responsável pelas unidades de conservação fiscalizar o cumprimento das condicionantes da autorização para a instalação e a operação das antenas transmissoras de rádio, televisão, telefonia celular, telecomunicações em geral e outras antenas transmissoras de irradiação eletromagnéticas e equipamentos afins, nelas instalados e em funcionamento. Art. 10. Toda instalação de equipamentos transmissores de radiação eletromagnética não ionizante e de antenas de transmissão de radiação deverá ser feita de modo que a densidade de potência total, considerada a soma da radiação preexistente com a da radiação adicional emitida pelo novo equipamento e pela nova antena e medida por aparelho que faça a integração de todas as frequências na faixa legal prevista, não ultrapasse os limites estabelecidos nesta Lei. Art. 11. Os responsáveis por empreendimentos implantados antes da edição desta Lei e em operação sem as respectivas licenças ambientais deverão requerer, no prazo de 12 (doze) meses a partir de sua publicação, regularização junto ao órgão ambiental competente, mediante licença de operação corretiva ou retificadora. Art. 12. O órgão estadual ambiental estabelecerá por ato próprio as condições a serem obedecidas pelos empreendimentos de que trata o art. 1º desta Lei, instalados em unidades de conservação anteriormente a sua entrada em vigor. Art. 13. As autorizações e/ou licenciamentos, até que o plano de manejo da unidade de conservação estabeleça o máximo de empreendimentos permitidos, limitar-se-ão àqueles já instalados na forma do art. 11 desta Lei. Art. 14. A instalação dos empreendimentos a que se refere esta Lei dependerá de permissão de uso qualificada ou condicionada, sem prejuízo de licitação, quando houver possibilidade de disputa. 1º Do termo de permissão constarão expressamente sua finalidade, bem como seu prazo de vigência, que deverá ser o mesmo previsto para a exploração dos serviços autorizados e/ou licenciados. 2º O valor cobrado pela permissão será fixado pelo órgão ambiental estadual, conforme parâmetros definidos no Anexo desta Lei, e será destinado prioritariamente à unidade de conservação na qual a instalação foi autorizada. Art. 15. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS, em Goiânia, 10 de dezembro de 2012, 124º da República. MARCONI FERREIRA PERILLO JÚNIOR ANEXO 1. O valor para a aplicação do princípio usuário pagador, previsto no artigo 4º, inciso VII, da Lei nº 6.938/81, que instituiu a Política Nacional do Meio Ambiente, bem como no art. 4º, inciso III, desta Lei, será calculado pela seguinte equação: Página 4 de 5

α Vise = in ( A. p) N=1 Onde: Vise = Valor de importância dos serviços ecossistêmicos da UC, em reais (R$), correspondente ao valor a ser recolhido mensalmente pelo autorizado/licenciado. = Somatório dos índices de importância dos serviços ecossistêmicos da UC. A = raiz quarta da área da Unidade de Conservação. p = raiz quarta da população total do Estado de Goiás. 2. Índices de importância dos serviços ecossistêmicos da UC Serviços Ecossistêmicos gerados pela UC Índice de Importância do Serviço Ecossistêmico PI US Diversidade Florística 3 1 Diversidade Faunística 3 1 Atributos Abióticos 3 1 Belezas cênicas 3 1 Atenuação da Intrusão Visual 3 1 (D.O. de 11-12-2012) - Suplemento Este texto não substitui o publicado no D.O. de 11-12-2012. - Suplemento Página 5 de 5