b) Forno: equipamento utilizado para produção do clinker.

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Transcrição:

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA E COMÉRCIO E DAS OBRAS PÚBLICAS E HABITAÇÃO REGULAMENTO DE PRODUÇÃO, COMERCIALIZACAO E GARANTIA DA QUALIDADE DE CIMENTO CORRENTE CAPÍTULO I Disposições gerais Artigo 1 (Definições) Para efeitos do presente regulamento, entende-se por: a) Matérias primas e aditivos: as referidas na norma NM NP EN197-1:2005 sobre cimentos. composição, especificações e critérios de conformidade para cimentos correntes. b) Forno: equipamento utilizado para produção do clinker. c) Padrões de emissão: padrões que estabelecem os valores máximos de emissão de poluentes ambientais provenientes de fontes fixas ou móveis. d) Perigo: Fonte, situação ou acto com potencial para provocar danos humanos em termos de lesão, doença ou combinação de ambos. e) Lote: Quantidade de cimento de uma mesma encomenda susceptível de ser submetida a recepção como um todo e fabricada em condições consideradas uniformes. f) Cimento: é um ligante hidráulico, isto é, um material inorgânico finamente moído que, quando misturado com água, forma uma pasta que faz presa e endurece devido a reacções e processos de hidratação e que, depois do endurecimento, conserva a sua resistência mecânica e estabilidade mesmo debaixo da água. Normas de referência: - NM NP EN 197-1: Cimento. Parte 1:Composição, especificações e critérios de conformidade para cimentos correntes. - NM NP EN 197-2: Cimento. Parte 2:Avaliação da conformidade - NM OHSAS 18001: Sistema de gestão da segurança e saúde no trabalho-requisitos. - NM 66: símbolos e sinais de segurança de combate ao incêndio - NM 67: Sinais de segurança gerais. - NM 15: Requisitos gerais para a rotulagem de produtos embalados e para a venda de mercadorias sujeitos ao controlo de metrologia legal. NM 80 Tolerâncias permitidas para acrânia de medições feitas em termos de legislação de metrologia legal incluindo as medições de mercadorias quando prémedidas ou quando medidas na presença do consumidor ou em consequência de uma venda, requisitos para inspecção de produtos pré-medidos. Artigo 2 (Objecto) O presente Regulamento tem por objecto, o estabelecimento das condições técnico - funcionais, de higiene, segurança e ambiente que devem ser observadas numa indústria de produção e comercializacao de cimento corrente, bem como a obrigatoriedade da avaliação da conformidade do cimento produzido e do importado. Tendo como referencial certificador as Normas moçambicanas e internacionais sobre a matéria.,. 1

Artigo 3 (Âmbito ) O presente Regulamento aplica-se à produção industrial de qualquer tipo de cimento corrente, actividade que se enquadra no Classificador das Actividades Económicas em vigor, assim como a importação e comercialização destinado a construção na Republica de Moçambique. Artigo 4 (Licenciamento) O processo de licenciamento dos estabelecimentos industriais de produção, e comercialização de cimento rege-se pelos Regulamentos de Licenciamento da Actividade Industrial e Comercial em vigor. CAPÍTULO II INSTALAÇÕES E PROCESSOS Artigo 5 (Instalações e processos ) 1. Os estabelecimentos industriais de produção de cimento corrente, deverão comportar, pelo menos, as seguintes instalações e processos: a) Extracção do Calcário b) Preparação das matérias-primas, compreendendo o seu desmonte ou recepção até à redução das suas dimensões ao calibre convenientearmazenamento das matériasprimas preparadas; a) Moagem do cru; b) Cozedura ou clinquerização em fornos revestidos com material refractário para protecção do tubo e a redução de perdas térmicas; c) Armazenamento do clínquer e matérias subsidiárias em céu coberto para garantir a qualidade do produto final, e meio ambiente; d) Moagem do clínquer ou produção de cimento; e) Armazenamento do cimento; f) instalações de expedição do cimento ensacado e /ou a granel. g) Laboratório de ensaio h) 2. Excluem-se das obrigações referidas das alíneas a) a e) os estabelecimentos cujo clinker usado no processo de produção é proveniente de outros estabelecimentos industriais, isto é, não seja produzido no local. Artigo 6 (Armazenamento do cimento) 1. O cimento deve ser armazenado em local seco, coberto, fechado e arejado protegido da acção das intempéries, da humidade e de outros agentes nocivos à sua qualidade 2. O armazenamento do cimento deve ser feito em sacos de papel, de ráfia, silos/ou a granel e o seu transporte até ao local de armazenamento deve ser feito de maneira a preservar a qualidade do cimento definida na NM NP EN 197-2, ponto 4.2.3. 3. Quando armazenado em sacos, deve ser em paletes no máximo de 20 sacos. Os sacos deverão estar 100cm separados das paredes e 50 cm separados do tecto. Sendo no máximo paletes sobrepostos. 4. Os lotes de cimento recebidos em datas diferentes não devem ser misturados e têm que ser colocados separadamente de maneira a facilitar a inspecção e a sua saída por ordem de idade. 5. Para o cimento a granel armazenado em silo, devese adoptar o prazo de validade de seis meses. Vencido este prazo o cimento deve ser re-ensaiado, tomando como novo prazo meses. Artigo 7 (Expedição e manuseamento) 1. As instalações de expedição do cimento ensacado e a granel devem dispor de sistemas automáticos de carregamento. 2. As bocas de saida e entrada de cimento do siloreboque devem estar em boas condições de vedação evitando a entrada de humidade. 3. O transporte de cimento deve estar em boas condições, evitando a ruptura dos sacos ou a incidência de chuva na carga. Os sacos deverão estar cobertos por lonas em boas condições. 4. O cimento deve ser expedido a granel e/ou sacos de papel ou ráfia adequados, resistente para comportar o peso total de 50kg. 5. Quando expelido a granel, o cisterna deve ser estanque. Artigo 8 (Laboratório) 2

1. Os estabelecimentos produtores de cimento deverão possuir um laboratório, devidamente apetrechado em meios técnicos e humanos, capaz de controlar as matérias-primas e o processo tecnológico utilizado de modo a garantir a conformidade do produto com as normas de referência. O laboratório deve estar equipado de modo a realizar os ensaios definidos na norma NM NP EN197-1:2005 (Confrontar os ensaios citados com as capacidades dos laboratórios). CAPÍTULO III Rotulagem e ficha de segurança Artigo 9 (Rotulagem) O cimento corrente abrangido pelo presente regulamento só pode ser colocado no mercado se a rotulagem das respectivas embalagens cumprir com os requisitos a seguir enumerados, sem prejuízo as normas gerais sobre a rotulagem em vigor NM 15 e NM 80: a) Nome do fabricante; b) Ano de fabrico e data de expedição; c) Nº de série do saco; d) Tipo de cimento e classe; e) Indicação da massa em quilogramas; f) Local de produção; Artigo 10 (Ficha de segurança) Para cada tipo de cimento produzido a empresa deve criar uma ficha de segurança contendo a seguinte informação: a) Identificação do produto e da empresa, b) Composição / informação sobre os componentes, c) Identificação dos perigos, primeiros socorros, medidas de combate a incêndios, e a tomar em caso de fugas acidentais, manuseamento e armazenagem, d) Controlo da exposição / protecção individual e) Propriedades físicas e químicas, f) Estabilidade e reactividade, g) Toxicológica, h) Ecológica, i) Considerações relativas à eliminação, j) Relativas ao transporte, k) Sobre regulamentação, l) outras informações e abreviaturas. CAPÍTULO IV Higiene, Segurança, Saúde e Ambiente no Trabalho Artigo 11 Condições de Higiene, Segurança, Saúde e Ambiente no Trabalho 1. As empresas de produção de cimento deverão produzir um manual específico sobre a Higiene, Segurança, Saúde e Ambiente no Trabalho. 2. O manual deverá ser submetido à entidade licenciadora para aprovação com a intervenção dos Ministérios de Trabalho, Ambiente e Saúde. 3. Sem prejuízo do previsto na legislação em vigor sobre a matéria, o manual, deverá ter os seguintes conteúdos: a) Segurança: de veículos e unidades móveis; para trabalho nas alturas; contra deslizes, tropeções e quedas; para entrada em silos ou em espaços confinados, contra electrocussão, afogamento, queima com calor, protecção das máquinas e outras boas práticas aplicáveis. b) Procedimentos em caso de incêndios (cuidados para prevenir incêndios, medidas de combate e localização de extintores, formas de evacuação e cuidados a observar, identificação do tipo de incêndio e comunicação aos bombeiros) definidos na NM 66; c) Sinalização de segurança (circulação e parqueamento de veículos, circulação de peões, acessos e vias de evacuação em caso de necessidade, locais que requeiram cuidados especiais ou o uso de dispositivos de protecção individual) definidos na NM 67; d) Gestão de saúde: pó no ar, ruído e vibração, atmosferas perigosas, perigos de radiação, manuseamento de combustíveis alternativos, e outros factores relevantes. e) 4. A empresa deverá fornecer evidências de formação contínua das regras de Higiene, 3

Segurança, Saúde e Ambiente no trabalho obedecendo a NM OHSAS 18001. Artigo 12 Padrões de Qualidade Ambiental e de Emissões Os Padrões de Qualidade do Ambiente e de Emissões, Efluentes e Resíduos são os estabelecidos pela legislação em vigor sobre a matéria, Decreto em vigor (MICOA). Artigo 13 Manutenção do registo dos indicadores de segurança e saúde ocupacionais 1. O controlo dos indicadores de segurança e saúde ocupacionais deve ser sistemático e o seu registo deverá ser conservado por um período mínimo de 20 anos; 2. O registo deverá incluir todos os detalhes relevantes em fichas específicas que incluem, detalhe de local, matéria-prima, produto, método de uso incluindo as medidas de controle de engenharia. 3. Os trabalhadores ou os seus representantes deverão ter acesso ao registro dos dados referidos nº 2. CAPÍTULO V Disposições finais Artigo 14 (Direcção técnica) A Direcção técnica das unidades cimenteiras deverá incluir engenheiros ou técnicos habilitados com um curso superior relacionado com a área de produção de cimento ou similar. a) Fábrica : Tecnicos superior em Engenheiraria Química e Mecanico b) Controle da Qualidade: Tecnicos superiores em ciências Químicas e Civil c) Laboratórios: Tecnico Superior em Ciências Químicas d) Higiene e segurança no TrabalhoTecnico superior em Eng. Mecanica As empresas que instalem novas unidades, as que reabram estabelecimentos existentes, bem como as que ampliem ou transfiram os mesmos, devem garantir o cumprimento dos requisitos técnicos, de segurança, de saúde ocupacional e ambientais constantes deste regulamento. Artigo 17 (O Equipamento a Instalar) O equipamento a ser instalado em estabelecimentos de produção de cimento, não sendo novo, este não deve ultrapassar 50% da sua vida útil, sendo acompanhado do respectivo manual de instruções de operação (manual do operador). Artigo 18 (Obrigatoriedade de Certificacao) 1.Todo cimento usado no território da República Popular de Moçambique deve, obrigatoriamente, ser de qualidade certificada por um laboratório nacional acreditado, tratando-se de produção nacional ou por um organismo certificador do país de origem, quando se tratar de produto importado.. 2.A certificação a que se refere o número anterior, e comprovada pela apresentação do respectivo certificado de qualidade emitido e devidamente autenticado pela respectiva entidade certificadora. 3.Na República de Moçambique, o Laboratório de engenharia de Moçambique, abreviadamente designado por LEM, será a entidade certificadora da qualidade de cimento de produção nacional. Artigo 19 Parâmetros Caberá aos Ministros que superintendem as áreas de indústria, comércio, obras públicas e habitação redefinir os parâmetros na avaliação da conformidade, sempre que se mostrar necessário, em benefício do cumprimento dos objectivos do presente regulamento. Artigo 15 (Cumprimento de requisitos de laboração) 4

Artigo 20 Inspecção 1. Compete à Inspecção Nacional das Actividades Económicas a verificação do cumprimento da obrigatoriedade de certificação do cimento destinado à construção na República de Moçambique 2. Na realização da acção fiscalizadora inerente ao cumprimento do preceituado no número anterior, a Inspecção Nacional das Actividades Económicas contará com a acessória técnica das seguintes entidades: a) Laboratório de Engenharia de Moçambique; b) Instituto Nacional de Normalização e Qualidade; c) Direcção Geral das Alfândegas, e; d) Sempre que se mostrar necessário, Ministérios da Indústria e Comércio (Direcção Nacional da Industria e Direcção Nacional de Comercio) e das Obras Públicas e Habitação (Direcção Nacional de Materiais de Construção) Artigo 21 ( sanções ) 1.A violação do previsto nos artigos 6, 11,13,15, 17 deste Regulamento é punível nos termos do artigo 35, do Regulamento de Licenciamento da Actividade Industrial, Decreto 39/03 de 26 de Novembro, sem prejuízo da aplicação de outras sanções constantes de dispositivos aplicáveis. 2.O não cumprimento do disposto no artigo 18 do presente regulamento implicará a proibição de distribuição e comercialização dos lotes de cimento identificados e a aplicação de multa cujo valor será igual ao da comercialização de quantidade equivalente de cimento certificado. 3. O valor acima referido nunca poderá ser inferior a quinhentos mil meticais (???) Artigo 22 (Reincidência) A reincidência será punida com o dobro do valor correspondente ao do cimento não testado mas, nunca inferior a dois milhões de meticais. (???) Artigo 23 (Aplicação da sanção) Compete à Inspecção Nacional de Actividades Económicas a fiscalização do cumprimento do presente regulamento e a aplicação das medidas previstas nos artigos 22 e 23 do presente regulamento, de cujas decisões poderá caber recurso. Artigo 24 (Medidas acessórias) Sempre que identificados/localizados em território nacional, os lotes de cimento não certificados ou que não tenham conformidade com as especificações reverterão a favor do Estado moçambicano devendo, antes de sua inutilização ser mantidos em condições seguras de quarentena. CAPITULO VI Taxas Artigo 25 (Controlo de qualidade) Pelo controlo de qualidade realizado ao abrigo do presente Diploma Ministerial serão devidas taxas, a cobrar de acordo com o previsto na tabela em anexo, que faz parte integrante deste documento????. Artigo 26 (Revogação) É revogado o Despacho de 30 de Novembro de 1974 que estabelece os requisitos específicos para a indústria de fabricação de cimentos e toda outra legislação anterior que contrarie o presente diploma. Artigo 27 (Entrada em vigor) O presente diploma entra em vigor seis meses após a sua publicação no Boletim da República. Maputo,... de... de 2012. O Ministro da Indústria e Comércio, Armando Inroga. O Ministro das Obras Públicas e Habitação, Cadmiel Muthemba. 5