I Mostra de pesquisa em Direito Civil Constitucionalizado UNISC 2014

Documentos relacionados
Professor Carlos Eduardo Foganholo


A Eutanásia em Portugal

A EUTANÁSIA NO DIREITO BRASILEIRO

Terminalidade da vida & bioética. Jussara Loch - PUCRS

CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS HUMANAS: NASCITURO OU APENAS UMA CÉLULA?

Anexo 1: Excertos II

Farmacêutico Paliativista. Silvia Coimbra 06 Dez 2014

SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS RELATÓRIO PARA A

PROJETO DE LEI Nº, DE 2015 (Do Sr. Deputado Alfredo Nascimento - PR/AM)

ÉTICA BIOMÉDICA - CONCLUSÃO

CONSULTA Nº /2013

Significado e Percepção de Eutanásia Sob a Óptica de Acadêmicos de Medicina de Uma Cidade Sul Mineira

*PROJETO DE LEI N.º 7.897, DE 2010 (Do Sr. Manoel Junior)

APOIO FAMILIAR DIREITOS E ESTRATEGIAS. Renata Flores Tibyriçá Defensora Pública do Estado de São Paulo

Solicitação de Parecer Técnico ao COREN MA sobre O que é necessário para o profissional de Enfermagem realizar atendimento domiciliar particular

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO PARECER COREN-SP GAB Nº 005 / 2011

RESPONSABILIDADE CIVIL DO EMPREGADOR NO ACIDENTE DE TRABALHO. LANA REZENDE DOS SANTOS FACULDADE ALFREDO NASSER

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO FUNCIONALISMO PÚBLICO. Teresa Helena Portela Freire de Carvalho Assessora Técnica CGU/Unicamp 2013

ANÁLISE. Solicitação de dispensa de exame de qualificação em telegrafia para ascensão de Classe de Radioamador ( C para B ) devido grave patologia.

Normas de Utilização do Laboratório de Fisiologia e Aspectos Práticos e Éticos da Experimentação Animal Curso de Nutrição (UFV/CRP)

1. ELABORAÇÃO DOS RESUMOS SIMPLES

"COMO FAZER UM RECURSO EM CONCURSO PÚBLICO EM SETE PASSOS" Autora: Marcela Barretta Ano: 2016

Disciplina de Filosofia. Prof.ª Ana Paula

Visão Geral do Livro IV do Novo Código Civil Maria Luiza Póvoa Cruz

Supremo Tribunal Federal

A contribuição do movimento humano para a ampliação das linguagens

Auxiliar Jurídico. Módulo III. Aula 01

RESOLUÇÃO ADMINISTRATIVA Nº 00096/2016

A REGULAÇÃO COMO DIREITO FUNDAMENTAL E O PRINCÍPIO DA

TERMO DE CIÊNCIA E CONSENTIMENTO. Termo de ciência e consentimento

3º ANO / PRÉVEST PROF. Abdulah

número 10 - outubro/2015 RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS

CURSO DE DIREITO Autorizado pela Portaria no de 05/12/02 DOU de 06/12/02

Tribunais Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro Direito Civil Nilmar de Aquino

Cuidado e desmedicalização na atenção básica

TEORIA GERAL DOS DIREITOS HUMANOS

MESTRADO EM AGRICULTURA BIOLÓGICA Edição

Fundamentação teórica da Clínica de Psicologia da Unijuí

Faculdade AGES Colegiado de Direito Núcleo Docente Estruturante COORDENADORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO EDITAL DE SELEÇÃO

Natália Lima Alves 1, Maria Lourdes Casagrande²

RESUMO Este trabalho pretende estudar a motivação dos legisladores na inclusão e manutenção no sistema legislativo nacional atual do regramento que

I - Crimes contra a Humanidade

PROJETO DE LEI Nº 08/2016

REDAÇÃO DE PATENTES. Parte IV Patentes em Química. 20 a 22 de Julho de 2010 Araraquara - SP

Coordenação-Geral de Tributação

PLANO DE ENSINO. PRÉ-REQUISITO Teoria Geral do Processo SEMESTRE/ANO 1º/2013

VIVENCIANDO UM CONCURSO PÚBLICO: UMA OUTRA VISÃO PARA AS PROVAS. E.M. Antônio Coelho Ramalho

1. Contexto ético. Dignidade humana

PROJETO DE LEI N.º 971, DE 2015 (Do Sr. Alfredo Nascimento)

PROGRAMA DE DISCIPLINA. OBJETIVOS GERAIS: Caracterizar o Direito Civil em seus elementos básicos, modalidades, atos, inter-relações e implicações.

A tecnologia e a ética

IX CONFERÊNCIA MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE CMDCA CAMPINAS II ENCONTRO ESTADUAL DE GESTORES MUNICIPAIS DE CONVÊNIO

PROJETO DE LEI N o, DE 2013 (Da Sra. Rosane Ferreira)

3.8 Tristeza e depressão na criança e no adolescente

FACULDADE TEOLÓGICA BATISTA DE SÃO PAULO mantida pelo Conselho Batista de Administração Teológica e Ministerial de São Paulo

PROGRAMA DE DISCIPLINA ESTRATÉGIA DE NEGOCIAÇÃO

IUS RESUMOS. Teoria Geral dos Direitos Fundamentais Parte III. Organizado por: Elaine Cristina Ferreira Gomes

Direitos da Personalidade. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda

D º 04 DIREITO PROCESSUAL CIVIL II

Natureza Jurídica. Características. Gerações.

DIREITOS FUNDAMENTAIS DO NASCITURO

Notas prévias à 12ª edição 7 Agradecimentos (1ª edição) 9 Abreviaturas 11 Prefácio (1ª edição) 15 Sumário 19 Notas introdutórias 21

ESTÁGIO SUPERVISIONADO I

Depressão: Os Caminhos da Alma... (LÚCIA MARIA)

DIREITO DAS CONTRA-ORDENAÇÕES FICHA DA DISCIPLINA -

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARANÁ COMARCA DE JACAREZINHO VARA DE REGISTROS PÚBLICOS

DISCRIMINAÇÃO EM MATÉRIA DE EMPREGO E PROFISSÃO CONVENÇÃO 111

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

PROGRAMA de FORMAÇÃO CONTÍNUA em CUIDADOS CONTINUADOS e PALIATIVOS 2015

Pessoas Jurídicas. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda

A NECESSIDADE DE UMA REFLEXÃO NO ENSINO SUPERIOR A RESPEITO DA EUTANÁSIA

Nº /2015 PGR-RJMB

PLANO DE ENSINO OBJETIVOS GERAIS:

PARECER N.º 255/CITE/2016

Curso TURMA: 2101 e 2102 DATA: Teste: Prova: Trabalho: Formativo: Média:

O ESTUDO DA FILOSOFIA NA FORMAÇÃO JURÍDICA. PALAVRAS-CHAVE: Filosofia, ensino, educação, Curso de Graduação em Direito.

Impacto das alterações ao Código do Trabalho na vida das Organizações

CURSO DE DIREITO 1 PLANO DE ENSINO. Disciplina Carga Horária Semestre Ano Direito Penal I 80 4º 2015

RESPONSABILIDADE PENAL DOS MENORES NA ORDEM NACIONAL E INTERNACIONAL

Introdução À Ética e a Moral. A verdadeira Moral zomba da Moral Blaise Pascal( )

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS

A nova redação da Súmula 277 do TST e a integração das cláusulas normativas dos acordos coletivos ou convenções coletivas nos contratos de trabalho.

EDITAL N 010, de 11 de março de 2016

Direcção-Geral da Saúde

Tecnólogo em Análise e Desenvolvimento de Sistemas. Sistemas Operacionais (SOP A2)

AULA 02 O Conhecimento Científico

PLANO DE CURSO. CURSO DE DIREITO Componente Curricular: Direito Empresarial II Código: DIR-467

SOCIEDADE CAMPINEIRA DE EDUCAÇÃO E INSTRUÇÃO PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS Média de Qualidade de cada Aspecto por ano/semestre

PLANOS DE SAÚDE DOUTRINA, JURISPRUDÊNCIA E LEGISLAÇÃO

Ensino Técnico Integrado ao Médio

REFLEXÕES SOBRE A DIGNIDADE HUMANA. Um resumo do texto: Considerações sobre Dignidade Humana, de Lincoln Frias e Nairo Lopez

FACULDADE SUMARÉ PLANO DE ENSINO

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS

Direito digital e código penal. Prof. Nataniel Vieira

AULA 1: ORGANIZAÇÃO DOS PODERES

PLANO DE CURSO TEORIA DA NORMA E DO CRIME (CÓD.: ENEX 60112) ETAPA: 2ª TOTAL DE ENCONTROS:

LINGUAGEM: qual sua Importância no Mundo Jurídico? LINGUAGEM: qual sua Importância no Mundo Jurídico? Kelly Graziely da Cruz

PLANO DE CURSO 2012/1

Transcrição:

Caroline Anversa Antonello * Kimberly Farias Monteiro ** EUTANÁSIA: O CONFLITO ENTRE A AUTONOMIA DA VONTADE E A PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL À VIDA "Não estatize meus sentimentos. Para o seu governo, o meu estado é independente" (Renato Russo. Baader-Meinhof-Blues). O conflito ocorre quando pessoas, em grande sofrimento, acometidas de doenças com diagnósticos irreversíveis, muitas vezes sendo mantidas vivas graças ao auxílio de aparelhos, buscam por vontade própria, ou através de seus familiares abreviarem o sofrimento. As difíceis decisões que acompanham esse momento trazem uma clara colisão de princípios, onde o direito à vida e a liberdade de escolha se opõem. A Constituição Federal garante a todos o direito à vida, mais especificadamente o direito à vida digna. Nesse sentido, diversas questões surgem, sendo que uma das principais se refere aos critérios que definem o significado do que é uma vida digna. Além disto, a possibilidade de interferência do Estado, substituindo a vontade da pessoa interessada, na tomada de decisão, também merece ser reavaliada, conforme o caso concreto. O presente estudo tem por objetivo analisar, brevemente, as diversas facetas que dizem respeito à eutanásia e à autonomia da vontade, bem como trazer conceitos e classificações que norteiam o assunto, frente à Legislação atual. Outro ponto que será mencionado diz respeito à aplicação da eutanásia em alguns países que a aceitam, trazendo dessa forma a experiências vividas por estes, num sucinto estudo comparado. Inicialmente, é importante para melhor entender o tema, a conceituação, mencionada por George Marmelstein: "A eutanásia, cuja etimologia vem do grego e significa "boa morte", é a prática através da qual se abrevia, com o mínimo de sofrimento possível a vida de um enfermo incurável" (2008, p. 444). * Acadêmica do 6º semestre do Curso de Direito da Faculdade de Direito de Santa Maria - FADISMA. Endereço eletrônico: caroline-ant@hotmail.com ** Acadêmica do 6º semestre do Curso de Direito da Faculdade de Direito de Santa Maria - FADISMA. Endereço eletrônico: kimberlyfmonteiro@hotmail.com

Em nosso país, onde a Constituição Federal de 1988 traz intensa proteção ao direito à vida, a abordagem de temas relacionados à eutanásia e à proteção da autonomia da vontade, neste sentido, ganha grande repercussão, suscitando opiniões divergentes, além de diversas dúvidas. O tema, ganha grande visibilidade a cada novo caso que busca o esclarecimento nos Tribunais, a respeito da possibilidade da vontade se sobrepor a Lei (MARMELSTEIN, 2008, p.444). Nos últimos anos, muitos casos envolvendo a descoberta de que médicos, mediante pedidos de seus pacientes em fase terminal, se abstiveram de aplicar o tratamento que prolongaria a vida destes, bem como em alguns casos tomaram posições ativas para dar fim a este sofrimento, fez ser colocado em cheque à ética médica, que preza pela manutenção da vida. Por outro lado, também fez com que a autonomia da vontade fosse vista com outros olhos, já que nessas situações, muitos pacientes buscaram uma forma de escolher os tipos de tratamentos à que seriam submetidos, com preocupação em manterem a dignidade (DWORKIN, p.259-300, 2009). O Código Civil brasileiro, datado do ano de 2002, que passou a ter um viés constitucionalizado, onde além de regular as relações privadas, adotou um caráter mais humanístico, onde o indivíduo passa a ser a preocupação central. Assim, o artigo 15 do referido Código, informa que o indivíduo tem a possibilidade de escolha sobre a submissão a tratamentos médicos, quando estes vierem a lhe causar risco de vida (ESTEVES, p.1-7, 2009). Fica claro desta forma, que o paciente, mesmo não sendo autorizado a dispor sobre o fim de sua vida, possui a faculdade de escolher, dentro do possível, os procedimentos que lhe serão aplicados, bem como a possibilidade de não ser submetido a tratamento que julgar ser degradante. Ainda nas palavras de Luciana Batista Esteves, uma definição sobre a previsão a respeito da vida em nosso Ordenamento Jurídico: Se o Direito reconheceu que a vida humana pode ser separada em vida biológica e vida intelectual, é também reconhecido que o homem não é só pessoa porque está vivo. Em outras palavras, para a definição de humanidade é preciso algo mais que uma vida biológica (2005, p.7). Uma alternativa, que vem surgindo nos últimos anos, ainda de forma tímida, é a possibilidade de o indivíduo deixar sua vontade expressa, de preferência de forma escrita, para algum de seus familiares. Esta solução é denominada testamento vital, sendo que nos dias de hoje, inclusive existem sites que apresentam a possibilidade do indivíduo deixar registrado a sua escolha. Inicialmente, cumpre destacar a diferença entre eutanásia, ortotanásia e distanásia. A eutanásia, mais conhecida entre os indivíduos, é entendida como a provocação da morte, de forma intencional, à pessoa que sofra de doença incurável ou está em estado terminal. Esse método é

provocado por sentimento de piedade, que busca eliminar a dor e o sofrimento da pessoa (YOSHIKAWA, 2009, p.2). Já a ortotanásia, é contemplada por muitos como a morte em seu processo natural. Ocorre quando o paciente se encontra em estado terminal, vegetativo, sem esperanças de cura ou melhoras e é um processo que evita o prolongamento artificial da vida (PÍCOLO, 2012, p.1). E, por fim, a distanásia é o oposto da eutanásia e consiste no ato de atrasar, por mais tempo possível, o momento da morte. A distanásia é aludida por Maria Helena Diniz: "trata-se do prolongamento exagerado da morte de um paciente terminal ou tratamento inútil. Não visa prolongar a vida, mas sim o processo de morte" (DINIZ, 2006, p.381). Ainda, há uma divisão da eutanásia, em eutanásia ativa, eutanásia passiva e eutanásia de duplo efeito, sendo que, carecem de maiores explicações. A eutanásia ativa é o ato de provocar a morte de alguém em estado terminal, sem causar sofrimento ao mesmo, sendo movido por sentimentos misericordiosos. A eutanásia passiva trata da omissão, ou seja, deixa-se de dar ao paciente algo que este precise para sobreviver, o que pode se dar pelo fato de não iniciar uma ação médica ou pela interrupção desta. Já na eutanásia duplo efeito, a morte é acelerada como consequência indireta das ações médicas (QUARESMA, 2012, p.2). Diante do exposto, pode-se perceber que a eutanásia, por vezes, em seus diferentes modos e métodos, diminui o sofrimento do paciente que se encontra em estado terminal, fazendo com que este não tenha que enfrentar uma morte lenta e dolorosa. A prática da eutanásia divide opiniões por todo o mundo, sendo citados inúmeros argumentos, tanto contra quanto a favor da eutanásia, nas suas diferentes formas de execução. Aqueles que vão contra a prática referida, usam o direito à vida como argumento primordial, referindo que ninguém tem o direito de dispor do bem mais importante que se tem, qual seja, o direito à vida, visto que se trata de um direito indisponível e é protegido pelo artigo 5, caput, da Constituição Federal de 1988, que dispõe: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade [...] (grifo nosso). De outro modo, aqueles que são a favor da prática da eutanásia, salientam que a autonomia da vontade e o direito à vida digna, são direitos basilares. O direto à vida digna, remetendo-o à eutanásia, refere-se qualidade de vida que uma pessoa tem em seu estado terminal e passa a ideia do indivíduo poder morrer de forma menos dolorosa e/ou agressiva.

A discussão da prática (ou não) da eutanásia aponta nítida divergência sobre o assunto, em torno do mundo. Na Suíça, por exemplo, um médico pode administrar a um doente, em fase terminal e que queira abdicar do seu direito à vida, doses de medicamentos letais, devendo o próprio paciente ingerir. Na Bélgica e na Holanda a eutanásia é permitida, sendo que este último registrou o primeiro caso de eutanásia, realizada em paciente que sofria de Alzheimer em estado avançado Ainda, a Bélgica aprova a eutanásia infantil, mesmo que com diversos requisitos (ABELLÁN, 2014, p.1). Na Espanha, Hungria e República Tcheca, doentes terminais podem rejeitar cuidados e tratamentos médicos (PRESSE, 2009, p.2). Com relação ao que foi abordado, e a realidade atual, concluímos que é necessária uma revisão da lei, no sentido de analisar os casos concretos sobre o assunto, bem como, de refletir acerca da possibilidade do Estado conceder o direito de escolha ao indivíduo, o que é inerente a sua personalidade, para que este decida o fim que quer destinar à sua vida e, ainda, poder ter uma morte digna. REFERÊNCIAS ABELLÁN, Lucía. Bélgica é o segundo país do mundo a aprovar a eutanásia infantil. Disponível em: <http://brasil.elpais.com/brasil/2014/02/13/sociedad/1392318239_933966.html>. DINIZ, Maria Helena. O estado atual do Biodireito. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2006. DWORKIN, Ronald. Domínio da Vida. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2009. ESTEVES, Luciana Batista. (In) Disponibilidade da Vida?. Revista de Direito Privado. vol. 24. Revista dos Tribunais, 2008. MARMELSTEIN, George. Curso de Direitos Fundamentais. São Paulo: Atlas, 2008. PÍCOLO, Guilherme Gouvêa. O direito de morrer: eutanásia, ortotanásia e distanásia no direito comparado. Disponível em: <http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/o-direito-demorrer-eutan%c3%a1sia-ortotan%c3%a1sia-e-distan%c3%a1sia-no-direito-comparado>. PRESSE, France. Legislações e prática da eutanásia na Europa. Disponível em: http://www.abril.com.br/noticias/mundo/legislacoes-pratica-eutanasia-europa-264875.shtml. QUARESMA, Heloisa Helena. O Instituto da Eutanásia e os seus reflexos no Ordenamento Jurídico Brasileiro: Vida, dignidade da pessoa humana e morte. Disponível em: http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/o-instituto-da-eutan%c3%a1sia-e-os-seus-reflexos-noordenamento-jur%c3%addico-brasileiro-vida-dignida. YOSHIKAWA, Daniella Parra Pedroso. Qual a diferença entre eutanásia, distanásia e ortotanásia? Disponível em: <http://ww3.lfg.com.br/artigo/2008080409551418_direitocriminal_qual-a-diferena-entre-eutan%c2%a0sia-distan%c2%a0sia-eortotan%c2%a0sia.html>.