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Decreto n.º 4.793/91 de 05 de novembro de 1991. Regulamenta a Lei n.º 224 de 26 de 26 de dezembro de 1990, que dispõe sobre a produção, a embalagem, o transporte, o armazenamento, a inspeção, a fiscalização do comércio, o uso e o destino final dos resíduos e das embalagens de agrotóxicos, seus componentes e afins, no Estado do Tocantins, e dá outras providências. O Governador do Estado do Tocantins, no uso das atribuições que lhe confere o art. 40, X, da Constituição Estadual, e considerando o disposto no art. 23 da Lei n.º 224, de 22 de dezembro de 1990. DECRETA: CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º - A produção, a embalagem, o transporte, o armazenamento, a inspeção, a fiscalização do comércio, o uso e destino final dos resíduos e das embalagens de agrotóxicos, seus componentes e afins, serão regidos pela Lei n.º 224, de 26 de dezembro de 1990. Art. 2º - Para os efeitos deste regulamento, entende-se por: I produção as fases de obtenção dos agrotóxicos, seus componentes e afins, por processos químicos, físicos ou biológicos; II embalagem o invólucro, recipiente ou qualquer forma de acondicionamento, removível ou não, destinado a conter, cobrir, empacotar, envasar, proteger ou manter especificamente ou não, os agrotóxicos, seus componentes e afins; III transporte o ato de deslocamento, em todo o território estadual, de agrotóxicos, seus componentes e afins; IV armazenamento ato de armazenar, estocar ou guardar os agrotóxicos, seus componentes e afins; V inspeção o acompanhamento, por técnicos especializados, das fases de produção, embalagem, transporte, armazenamento, comercialização, utilização e destino final das embalagens de agrotóxicos, seus componentes e afins; VI fiscalização a ação direta dos órgão do Poder Público, com poder de polícia, na verificação do cumprimento da legislação específica; VII comercialização operação de comprar, vender, permutar, ceder ou repassar os agrotóxicos, seus componentes e afins; VIII uso a utilização de agrotóxicos e afins, através de sua aplicação, visando alcançar uma determinada finalidade; IX resíduo a substância ou mistura de substâncias remanescentes ou existentes em alimentos ou no meio ambiente, decorrente do uso ou não agrotóxicos, e afins, inclusive qualquer derivado específico, tais como produtos de conservação e de degradação, metabólicos, produtos de reação e impurezas, considerados toxicológica e ambientalmente importantes; X registro inicial de estabelecimento o ato privativo de órgãos estaduais competentes, concedendo permissão para o funcionamento do estabelecimento; XI prestadores de serviço pessoa física e jurídica que executem trabalhos de prevenção, distribuição e controle de seres nocivos, considerados nocivos, aplicando agrotóxicos, seus componentes e afins; XII agrotóxicos produtos químicos destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento dos produtos agrícolas, nas pastagens, proteção de florestas, nativas ou implantadas, e outros ecossistemas e também de ambiente urbanos, hídricos e industriais,

cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preserva-las de ação danosa de seres vivos considerados nocivos, bem como as substâncias e produtos empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento; XIII componentes os princípios ativos, os produtos técnicos, suas matérias primas, os ingredientes inertes e aditivos usados na fabricação de agrotóxicos, e afins; XIV afins os produtos e os agentes de processos físicos e biológicos que tenham a mesma finalidade dos agrotóxicos bem como outros produtos químicos, físicos e biológicos, usados na defesa fitossanitária domissanitária e ambiental, não enquadrados no inciso XII; XV usuário toda pessoa física ou jurídica que utilize agrotóxicos e afins; XVI infração toda ação ou omissão que importe na inobservância dos preceitos estabelecidos ou na desobediência às determinações de caráter normativo dos órgãos ou das autoridades administrativas competentes; e XVII cadastro estadual de agrotóxicos documento expedido pela Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento que permite o trabalho na produção, manipulação, embalagem, aplicação, comercialização transporte e armazenamento, de agrotóxicos seus componentes e afins, no Estado; Parágrafo único A classificação dos agrotóxicos ou afins em classes, em função de sua utilização, modo de ação e potencial ecotoxicológico ao homem, aos seres vivos e ao meio ambiente, obedecerá a seguinte graduação conforme legislação federal: a) Classe I extremamente tóxico; b) Classe II altamente tóxico; c) Classe III medianamente tóxico; d) Classe IV pouco tóxico; CAPÍTULO II DAS COMPETÊNCIAS Art. 3º - Compete ao Estado, através das Secretarias de Estado da Agricultura, da Saúde, e da Fundação Natureza do Estado do Tocantins: & 1º - Inspecionar e Fiscalizar: I o uso e consumo de agrotóxicos na área de jurisdição respectiva, através da receita agronômica; II os estabelecimentos de comercialização, armazenamento e prestação de serviços; III o transporte por via terrestre, lacustre, fluvial e aéreo em suas áreas de competência; IV a destinação final dos resíduos e embalagens; e V a coleta e encaminhamento de amostra para análise fiscal, conforme art. 65 do Decreto n.º 98.816, de 11 de janeiro de 1990. & 2º - desenvolver ações de instrução, divulgação e esclarecimentos que estimulem ou assegurem o uso correto e eficaz dos agrotóxicos e afins; & 3º - divulgar periodicamente a relação de agrotóxicos, seus componentes e afins, proibidos ou não de serem comercializados; & 4º - cadastrar as pessoas físicas e jurídicas que comercializem ou prestem serviço de aplicação de agrotóxicos seus componentes e afins;

& 5º - requerer o cancelamento ou impugnação do registro de pessoas físicas ou jurídicas do Cadastro Estadual de Agrotóxicos, seus componentes e afins, argüindo prejuízos ao meio ambiente, à saúde humana e dos animais. CAPÍTULO III SEÇÃO I DAS PROIBIÇÕES Art. 4º - São proibidos, a comercialização e uso no território do Estado do Tocantins, dos agrotóxicos seus componentes e afins que: I estiverem fora das normas federais; II não estiverem condizentes com o rótulo e/ou bula; III estiverem com seus registros cancelados no órgão federal; IV tiverem seu uso proibido em outras unidades da federação, ou por recomendação de organizações internacionais responsáveis pela saúde, alimentação ou meio ambiente, das quais o Brasil seja signatário; V não estiverem acompanhados da receita agronômica corretamente preenchida e assinada pelo profissional responsável. Art. 5º - Não serão permitidas embalagens de venda a granel para agrotóxicos, seus componentes e afins. Art. 6 É proibida a aplicação de agrotóxicos e afins por via aérea, por atomizadores e por canhões, em áreas situadas em uma distância mínima de 500 (quinhentos) metros da povoação, mananciais de água, moradias isoladas, estranhas e agrupamentos de animais e culturas susceptíveis e danos. Parágrafo único Em todos os casos, as aplicações somente poderão ser feitas quando a direção do vento for tal que não leve resíduos de agrotóxicos e afins para os locais referidos neste artigo. Art. 7º - É proibido a utilização de água, diretamente de mananciais, para abastecimento de equipamentos utilizados na aplicação de agrotóxicos seus componentes e afins. Art. 8º - É proibido o despejo dos excedentes de agrotóxicos seus componentes e afins, e a lavagem dos materiais de aplicação ou das embalagens nos mananciais hídricos. Art. 9º - Nenhum estabelecimento que opere com produtos abrigados pela Lei n.º 224/90, de 26 de dezembro de 1990, poderá funcionar, sem Cadastro Estadual de Agrotóxicos. SEÇÃO II DO CANCELAMENTO OU DA IMPUGNAÇÃO Art. 10º - O cancelamento ou impugnação do cadastro de agrotóxicos seus componente e afins, será formalizado e dirigido pela Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento. Art. 11º - Possuem legitimidade para requerer o cancelamento ou impugnação do cadastro de agrotóxicos seus componente e afins, junto ao órgão estadual competente: I entidade de classe representativa de profissionais ligados ao setor;

II partidos políticos com representação na Assembléia Legislativa do Estado do Tocantins; III entidades públicas e privadas, legalmente constituídas, ligadas aos interesses relacionados à proteção do consumidor, da saúde e do meio ambiente; & 1º - o período de cancelamento ou impugnação de agrotóxicos seus componente e afins, deve ser acompanhado de informações toxicológicas de avaliação ambiental e comportamento genético, bem como sobre efeito do mecanismo hormonal e são de responsabilidade do estabelecimento registrante ou da entidade impugnante devendo preceder de laboratório capitado e será formalizado através de petição dirigida a Secretaria de Estado competente, acompanhamento de laudo técnico firmado por, no mínimo, 02 (dois) profissionais habilitados na área de biociências. & 2º - A Secretaria de Estado que receber a petição, verificando o pleno atendimento das condições exigidas, providenciará sua publicação no órgão oficial do Estado, notificará a empresa cadastrada para emprestar contestação no prazo de 30 (trinta) dias, não podendo a decisão final ultrapassar o prazo de 90 (noventa) dias. & 3º - decidido pela impugnação ou cancelamento do cadastro, o produto não mais poderá ser comercializado no território do Estado do Tocantins, tendo a empresa responsável pelo produto registrado o prazo de 30 (trinta) dias para efetuar o seu recolhimento junto aos estabelecimentos comerciais, findo os quais os mesmos será aprendido pelos órgãos competentes, com lavratura de auto de infração. & 4º - sempre que qualquer produto vier a ser impugnado ou cancelado por decisão de outras unidades da federação, ou por recomendação de organizações internacionais responsáveis pela saúde, alimentação ou meio ambiente das quais o Brasil seja signatário, caberá à Secretaria de Estado competente rever o cadastro, adotando os previstos nesta lei. SESSÃO III DO CADASTRAMENTO DAS EMPRESAS Art. 12º - Nenhum estabelecimento que opere com produtos obrigados pela Lei n.º 224/90, de 26 de dezembro de 1990, poderá ser cadastrado no Estado sem comprovação de um Responsável Técnico legalmente habilitado. Art. 13º - As pessoas físicas ou jurídicas que trabalham na aplicação, comercialização, transporte e armazenamento de agrotóxicos seus componente e afins, ficam obrigadas a promover seu cadastro na Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento do Tocantins. & 1º - cada estabelecimento terá cadastro específico e independente, ainda que exista mais de um na mesma localidade, pertencente à mesma empresa. & 2º - quando um só estabelecimento armazenar e/ou comercializar outros produtos alem de agrotóxicos seus componentes e afins, será obrigatória a existência de instalações separadas para o acondicionamento dos produtos. & 3º - as empresas fornecerão ao órgão cadastrante, no início de cada semestre, dados referentes as quantidades de agrotóxicos seus componentes e afins, produzidos, comercializados e aplicados no semestre anterior. & 4º - as pessoas físicas ou jurídicas que produzem, comercializem, armazenem ou que sejam prestadoras de serviços na aplicação de agrotóxicos seus componentes e afins, ficam obrigadas

a manter a disposição do serviço de inspeção e fiscalização o livro de registro ou sistema de controle, contendo: a) relação detalhada do estoque existente; b) nome comercial e quantidade dos produtos vendidos e/ou aplicados, acompanhados dos respectivos receituários e guia de aplicação. Art. 14º - Quando a aplicação de agrotóxicos e afins, for executada por firma prestadora de serviços esta fornecerá uma via da guia de aplicação do usuário, uma ao órgão cadastrante e outra que ficará em seu poder, contendo no mínimo: 1 nome do usuário ou endereço; 2 cultura e área tratada, para agrotóxico com finalidade sanitária; 3 local de aplicação e endereço; 4 nome comercial do produto usado; 5 quantidade empregada do produto comercial; 6 forma de aplicação; 7 data e horário da prestação de serviço; 8 riscos oferecidos pelo produto ao ser humano, meio ambiente e animais; 9 cuidados necessários; 10 identificação do aplicador e assinatura; 11 identificação do responsável técnico e assinatura; 12 assinatura do usuário. Parágrafo único Para efeito deste Regulamento, ficam as cooperativas equiparadas às empresas comerciais. SEÇÃO IV DA PROPAGANDA COMERCIAL Art. 15º - A propaganda comercial de agrotóxicos seus componentes e afins, por qualquer meio de comunicação, não poderá ser indutiva ao usuário no modo de usar a eficácia do produto, tais como: I comparações falsas ou equívocas com outro produto; II indicações que contradizem as informações obrigatórias do rótulo; III declarações indutivas, tais como: seguro, não veneno, não tóxico; IV afirmações comprometendo órgãos do Governo; V representação visual de práticas potencialmente perigosas, tais como a manipulação ou aplicação sem equipamentos de proteção, e uso em proximidade de alimentos ou em presença de crianças. Art. 16º - A propaganda comercial agrotóxicos seus componentes e afins por qualquer meio de comunicação deverá: I conter clara orientação para que o usuário consulte profissional habilitado e siga corretamente as instruções de uso; II estimular os usuários a ler atentamente o rótulo ou folheto, ou pedir para alguém os ler, ser for o caso; III registra na paisagem de fundo, somente a imagem de culturas ou ambientes para os quais se destine o produto;

Parágrafo único O oferecimento de brindes deverá atender, no que couber, às disposições do presente artigo, ficando proibida a oferta de quantidade extras do produto a título de promoção comercial. SEÇÃO V DA DESTINAÇÃO FINAL DE RESÍDUOS E EMBALAGENS Art. 17º - È proibido a reutilização de embalagens de agrotóxicos e afins pelo usuário, comerciante, armazenador, distribuidor, cooperativas, prestadores de serviços e outros. Art. 18º - O descarte de embalagens e resíduos de agrotóxicos e afins, deverá ser incinerado, enterrado ou outras práticas conforme e recomendação da bula, e observando as exigências de outros setores da saúde, agricultura e meio ambiente. Parágrafo único No caso de agente biológico de controle, os resíduos deverão ser incinerados. Art. 19º - Os restos de agrotóxicos e afins provenientes de utilização deverão ser cuidadosamente destruídos, observando os mananciais hídricos, assim como a lavagem de equipamentos utilizados na aplicação de agrotóxicos e afins. Art. 20º - Os agrotóxicos e afins apreendidos por ação fiscalizadora, por estarem em desacordo com as especificações constantes do registro ou fora das normas específicas, terão seu destino final determinado pela autoridade competente, sendo a execução de inteira responsabilidade da empresa produtora. Parágrafo único Os agrotóxicos e afins apreendidos por ação fiscalizadora, terão seu destino estabelecido após a conclusão do processo administrativo, a critério da autoridade competente. SEÇÃO IV DO ARMAZENAMENTO, DO TRANSPORTE, DA EMBALAGEM E DA ROTULAGEM Art. 21º - O armazenamento de agrotóxicos, seus componentes e afins, obedecerá as normas federais e estaduais vigentes, sendo observadas as instruções fornecidas pelo fabricante, bem como as condições de segurança explicitada no rótulo e bula. Art. 22º - O transporte de agrotóxicos seus componentes e afins, dentro do território do Estado do Tocantins, deverá se submeter às regras e procedimentos estabelecidos para transporte de produtos perigosos, constante na legislação específica em vigor. Art. 23º - A embalagem e rotulagem de agrotóxicos seus componentes e afins, produzidos e/ou comercializados no Território Estadual, ficará sujeito a legislação específica em vigor. CAPÍTULO IV DO RECEITUÁRIO Art. 24º - Os agrotóxicos e afins só poderão ser comercializados ao usuário, mediante apresentação de receituário próprio prescrito por profissional legalmente habilitado. & 1º - Considera-se legalmente habilitado, o Engenheiro Agrônomo e Engenheiro Florestal que esteja inscrito no respectivo órgão fiscalizador da profissão.

& 2º - Os Técnicos Agrícolas e Tecnólogos da área da agropecuária e florestas são habilitados legalmente a assumir a responsabilidade técnica na aplicação de produtos agrotóxicos e afins prescritos no receituário agronômico desde que sob supervisão do Engenheiro Agrônomo ou Florestal. Art. 25º - A receita agronômica deverá ser expedida em 05 (cinco) vias, ficando uma em poder do estabelecimento comercial, uma com o usuário, uma com o profissional que a prescreveu, uma com o conselho Regional de Arquitetura e Agronomia do Estado e uma com a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento. & 1º - O estabelecimento comercial deverá remeter até o quinto dia do mês subsequente uma via ao Conselho Regional de Arquitetura e Agronomia do Estado e outra a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento. & 2º - A receita deverá ser mantida à disposição dos órgão fiscalizadores pelo período mínimo de 05 (cinco) anos, a contar da data da emissão. Art. 26º - A receita deverá ser específica para cada caso e deverá ter no mínimo: I nome, endereço completo do técnico responsável, número de seu registro no CREA e número da receita; II nome do consultante, da propriedade e sua localização; III recomendação técnica com as seguintes informações: a) diagnóstico; b) nome comercial do produto que deverá ser utilizado; c) cultura, área ou número de plantas onde será aplicado; d) dosagem de aplicação; e) quantidades totais a serem aplicadas; f) modalidade de aplicação, sendo que no caso de aplicação aérea devem ser registradas as instruções específicas; g) época de aplicação; h) intervalo de segurança; i) precauções de uso; j) primeiros socorros no caso de acidentes; l) telefone do centro de informações toxicológicas; m) advertência relacionadas à proteção ao meio ambiente; n) instruções sobre disposição dos resíduos e embalagens; o) orientação quanto à utilização de equipamentos de proteção individual (EPI); p) orientação quanto ao manejo integrado de pragas (MIP); q) assinatura do usuário; r) local, data, assinatura e carimbo do técnico, com o nome e o registro no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado. & 1º. - Só poderão ser prescritos produtos com observância da recomendações de uso aprovadas no registro. emitidas. & 2.º todo responsável técnico deverá ter um controle da numeração das receitas & 3.º a receita deverá ser utilizada para todas as classes toxicológicas conforme o parágrafo único do artigo 2.

& 4º. ficará isenta da receita, a venda de agrotóxicos destinados á higienização, desinfecção ou desinfestação de ambientes domiciliares, públicos ou coletivos ao tratamento de água e uso em campanha de saúde pública. & 5º. além da prescrição os agrotóxicos de classificação toxicológica I e II, extremamente tóxico e altamente tóxicos, respectivamente, somente poderão ser usados com a presença do profissional legalmente habilitado. Art. 27 - A taxa cobrada ao usuário pela emissão de receita terá seu valor estipulado pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado. CAPÍTULO V DA INSPEÇÃO E DA FISCALIZAÇÃO Art. 28 Compete aos órgãos estaduais da agricultura, saúde e meio ambiente inspecionar e fiscalizar: serviço; I o uso e consumo de agrotóxico e afins, na área de jurisdição respectiva; II o estabelecimento de produção, comercialização, armazenamento e prestação de III a destinação final dos resíduos e embalagens; IV o transporte por via terrestre, lacustre, fluvial e aérea em sua área de competência; V a coleta para análise fiscal; e VI a propaganda falada, escrita e televisionada. Art. 29 As ações de inspeção e fiscalização se efetivarão em caráter permanente e constituirão atividades de rotina dos órgãos responsáveis pela agricultura saúde e meio ambiente. Parágrafo único quando solicitada pelos órgãos competentes, deverão as pessoas físicas e jurídicas prestar as informações ou proceder a entrega de documentos nos prazos estabelecidos, a fim de não obstarem as ações de inspeção e fiscalização e as medidas que se fizerem necessárias. Art. 30 As inspeções e fiscalizações serão exercidas por profissionais habilitados para tal atribuições Parágrafo único Os agentes de inspeção que em suas atividades encontrarem irregularidades fora da competência estadual, procederão conforme o artigo 10 deste regulamento. Art. 31 A inspeção dos estabelecimentos de comercialização, armazenamento e prestação de serviços de agrotóxicos e afins, será distribuído como segue: I estabelecimento grande uma inspeção por mês; II estabelecimento médio uma de 2 em 2 meses; III estabelecimento pequeno uma de 3 em 3 meses.

CAPÍTULO VI DAS INFRAÇÕES, DAS SANÇÕES E DO PROCESSO SEÇÃO I DAS INFRAÇÕES Art. 32 As responsabilidades administrativas, civil e penal pelos danos causados à saúde das pessoas, dos animais e ao meio ambiente quando as disposições deste regulamento não forem cumpridas, cabem: I ao profissional, quando comprovada receita agronômica errada, displicente ou indevida; II ao usuário ou prestador de serviço, quando em desacordo com o receituário agronômico; III ao estabelecimento que não possui responsável técnico; IV ao estabelecimento que não tiver Cadastro Estadual de Agrotóxico; V ao estabelecimento comercial, quando efetuar venda sem ou em desacordo com a receita; VI ao produtor ou empresa responsável pelo produto registrado que, por dolo ou por culpa omitir informações ou fornece-la de forma incorreta e promover propaganda indutiva; VII ao empregador, quando não fornecer e não fizer manutenção dos equipamentos adequados à proteção da saúde dos trabalhadores na produção, distribuição e aplicação dos agrotóxicos e afins; VIII ao proprietário, ao meeiro, ao arrendatário em razão do uso de áreas interditadas para determinadas finalidades; e IX ao usuário ou manipulador quando descartar embalagens ou lavar equipamentos utilizados ou com restos de produtos, em desacordo com a legislação em vigor; Parágrafo único a autoridade competente que tiver notícia de ocorrência de infração é obrigada a promover sua apuração imediata, sob pena de responsabilidade; Art. 33 São infrações: I produzir, manipular, acondicionar, armazenar e comercializar agrotóxicos, seus componentes e afins, em estabelecimentos que não estejam cadastrados nos órgãos competentes do Estado e/ou em desacordo com as normas específicas em vigor; II armazenar, comercializar e prestar serviços com agrotóxicos e afins sem estar cadastrado no órgão Estadual competente; III armazenar agrotóxicos seus componentes e afins, sem respeitar condições de segurança, quando houver risco a saúde humana, aos animais e ao meio ambiente; IV comercializar agrotóxicos e afins, sem receituário agronômico; V emitir receitas erradas displicentes ou indevidas; VI utilizar agrotóxicos, seus componentes e afins, sem os devidos cuidados com a proteção da saúde humana, dos animais e do meio ambiente; VII - utilizar agrotóxicos e afins em desacordo com a receita agronômica; VIII - não fornecer e/ou não fazer a manutenção dos equipamentos de proteção do trabalhador; IX - dar destinação indevida à embalagem, aos restos de produtos e aos resíduos dos agrotóxicos seus componentes e afins; e X - dificultar ou opor embaraços à fiscalização ou inspeção, ou não atender as intimações em tempo hábil.

SEÇÃO II DAS SANÇÕES PENAIS Art. 34 - O empregador, o profissional responsável ou prestador de serviços que deixar de promover as medidas necessárias de proteção à saúde e ao meio ambiente, comprovada a culpa, estará sujeito à multa de l00(cem) a 2000( duas mil) vezes o valor de Referencia fiscal(urf), sem prejuízo das penas privativas ou restritas de liberdade cabíveis; Art. 35 Aquele que produzir, comercializar, transportar, armazenar, receitar, aplicar ou prestar serviços de aplicação de agrotóxico ou der destino final a suas embalagens e resíduos descumprindo as exigências estabelecidas na legislação vigente, comprovada a culpa, ficará sujeito à multa de 100 (cem) a 2.000 (duas mil) vezes o Valor de Referência Fiscal (URF), sem prejuízo das pena privativas ou restritas de liberdade cabíveis. SEÇÃO III DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS Art. 36 Sem prejuízo das responsabilidades civil e penal cabíveis, a infração de disposição deste regulamento acarretará, isolada ou cumulativamente, a aplicação das seguintes sanções ao infrator: I advertência; II multa de até 2.000 (duas mil) vezes o Valor de Referência Fiscal (URF), aplicável em dobro em caso de reincidência; III condenação dos produtos no Estado; IV inutilização do produto no Estado; V suspensão de registro e/ou Cadastro Estadual de agrotóxicos; VI cancelamento do registro e/ou Cadastro Estadual de Agrotóxicos; VII interdição temporária ou definitiva de áreas agricultáveis para uso específico; VIII destruição, no todo ou em parte de vegetais e alimentos, nos quais tenha havido aplicação de agrotóxicos de uso não autorizado, ou que apresentam resíduos acima do permitido. IV recomposição da flora e ou da fauna, com obrigações ou custos por conta do infrator, quando decorrente do uso indevido de agrotóxicos, seus componentes e afins. & 1 - Advertência é o ato escrito, através do qual o infrator primário é admoestado por falta cometida. & 2 - Multa é a pena pecuniária imposta a quem infringir as disposições legais pertinentes à inspeção e a fiscalização da produção, embalagem, transporte, armazenamento, comercialização e utilização de agrotóxicos seus componentes e afins. & 3 - Condenação do produto é a ação punitiva que implica na proibição da comercialização e uso de produto agrotóxico e afins. & 4 - Inutilização do produto é a ação de inutilizar produtos condenados, tornando-os sem condições de uso. & 5 - Suspensão de Cadastro Estadual de Agrotóxico é o ato administrativo que torna sem validade jurídica, por tempo determinado o comércio de agrotóxico e afins. & 6 - Cancelamento do Cadastro Estadual de Agrotóxico é o ato administrativo que torna nulo o cadastro estadual do comércio de agrotóxico e afins.

Art. 37 Observado o disposto no & 1 do artigo anterior, a pena de advertência será imposta, pela inspeção ou pela fiscalização, atendidas a natureza e a circunstância da infração, quando de pequena gravidade. Art. 38 A multa pode constituir pena principal ou complementar a ser aplicada de acordo com sua gravidade. Art. 39 No caso de aplicação das sanções previstas neste regulamento, não caberá direito a ressarcimento ou indenizações por eventuais prejuízos. SEÇÃO IV DA GRADAÇÃO DA PENA Art. 40 Para a imposição da pena e sua gradação a autoridade competente observará: I as circunstâncias atenuantes e agravantes; II a gravidade do fato, tendo em vista as suas conseqüências para a saúde humana e ao meio ambiente; e III os antecedentes do infrator quanto ao cumprimento das normas agrícolas, sanitárias e ambientais. & 1 - sã o circunstâncias atenuantes: a) não obter o infrator concorrido para a consecução do evento; b) ter o infrator menor grau de compreensão e escolaridade; c) quando o infrator, por espontânea vontade, procurar minorar ou reparar as conseqüências do ato lesivo que lhe for imputado; e d) ser o infrator primário, e a falta cometida ser de pequena monta. & 2 - são circunstâncias agravantes: a) ser o infrator reincidente; b) ter o infrator cometido a infração objetivando qualquer tipo de vantagens; c) ter o infrator conhecimento do ato lesivo e deixado de tomar as providências necessárias para evitá-lo; d) coagir outrem para a execução material da infração; e) ter a infração conseqüência danosa à agricultura, saúde humana e ao meio ambiente; e f) ter o infrator agido com dolo, fraude ou má fé. & 3 - quando a mesma infração for objeto de punição de mais de um dispositivo deste Regulamento, prevalecerá o enquadramento no item mais específico em relação ao mais genérico. & 4 - a reicindência torna o infrator passível de enquadramento na penalidade máxima, e a caracterização da infração como gravíssima. SEÇÃO V DA CLASSIFICAÇÃO DAS INFRAÇÕES Art. 41 As infrações classificam-se em: I leves: aquelas em que o infrator seja beneficiado por circunstâncias atenuantes; II graves: aquelas em que for verificada uma circunstância agravante; e III gravíssima: aquela em que seja verificada a ocorrência de duas ou mais circunstâncias agravantes.

SEÇÃO VI DA APLICAÇÃO DAS INFRAÇÕES Art. 42 A multa será aplicadas obedecendo a seguinte gradação: I de 100 a 500 URF, nas infrações leves, nos casos em que não decorram conseqüências danosas irreparáveis; II de 501 a 1.000 URF, nas infrações graves, nos casos em que decorram conseqüências danosas irreparáveis; III de 1.001 a 2.000 URF, nas infrações gravíssimas. Parágrafo único a multa será aplicada em dobro em casos de reincidências. Art. 43 A suspensão de autorização de uso, inutilização, condenação, cancelamento de uso, de registro ou licença dos agrotóxicos seus componentes e afins, seguirá as normas do decreto n 98.816, de 11 janeiro de 1990, e deste regulamento. Art. 44 A suspensão definitiva do cadastro Estadual de Agrotóxico de estabelecimento de comercialização, armazenamento e prestação de serviço, será aplicadas nos casos da impossibilidade de serem sanadas as irregularidades ou quando constatada fraude ou má fé do responsável. Art. 45 A suspensão temporária do Cadastro Estadual de Agrotóxico do estabelecimento de comercialização, armazenamento e prestação de serviço, ocorrerá sempre que, mediante inspeção técnica, houver irregularidade e inexistência de condições sanitárias ou ambientais para o funcionamento do estabelecimento e permanecerá até que sejam sanadas as irregularidades. Art. 46 A destruição de vegetais, parte de vegetais e alimentos, nos quais tenha havido aplicação de agrotóxicos e afins acima dos níveis permitidos e apresentarem resíduos, será determinadas pela autoridade fiscalizadora competente, de cujo ato será termo em conformidade com normas desse regulamento. Parágrafo único os custos referentes à destruição e quaisquer procedimentos previstos nesta lei correrão por conta do infrator. SEÇÃO VIII DO AUTO DE INFRAÇÃO Art. 47 O auto de infração deverá ser lavrado em 3 (três) vias de acordo com os modelos e instruções expedidos, e assinados pelo agente que verificar a infração e pelo infrator ou seu representante legal. Parágrafo único Procedida a autuação, uma via do auto de infração será entregue ao infrator, outra encaminhada à repartição do órgão fiscalizador. Art. 48 O auto de infração deverá conter no mínimo: I nome do infrator, seu domicílio e residência, bem como os demais elementos necessários à sua qualificação e identificação civil; II local, data e hora da infração; e III descrição da infração em conformidade com o contido no artigo 33 deste regulamento, e sanção do dispositivo legal transgredido.

Art. 49 Sempre que o infrator se negar a assinar o auto de infração será esse fato nele declarado, remetendo-se-lhe, posteriormente, uma de suas vias. (parágrafo único do art. 48). SEÇÃO VIII DO PROCESSO Art. 50 A vista do auto de infração, será constituído processo administrativos, pelo órgãos de Estado competentes. Parágrafo único no caso de apreensão ou condenação de produtos de origem vegetal ou agrotóxicos e afins, por ação de fiscalização, serão inutilizados ou poderão obter outro destino, a critério da autoridade competente, tão logo concluído do processo administrativo. Art. 51 As Secretarias de Estado da Agricultura, da Saúde e a NATURATINS Fundação Natureza do Estado do Tocantins, estabelecerão conjuntamente, normas dispondo sobre o procedimento administrativo para apuração de infrações e outras providências que se fizerem necessárias ao cumprimento desse Regulamento. SEÇÃO IX DO RECURSO E DA DEFESA Art. 52 O recurso deverá ser oposto, no prazo de 15 (quinze) dias, contados do recebimento da notificação, perante a autoridade que houver imposto a penalidade. & 1 - Instruído e informado o processo, serão os autos encaminhados a quem de direito. & 2 - São competência para conhecer do apelo recursal o Secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, e da Saúde e o Presidente da NATURATINS, o Secretário Nacional de Defesa Agropecuária, conforme se trate de infração autuada pela inspeção e fiscalização na esfera estadual dos agrotóxicos e afins de que se trata este regulamento, ou de competência federal. & 3 - havendo multa, o recurso só terá prosseguimento juntando o interessado o comprovante do recolhimento. Art. 53 O valor da multa será recolhido, no prazo de 10 (dez) dias da data de emissão das respectivas guias, fornecidas ao interessado pelo órgão competente. CAPÍTULO VII DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Art. 54 O poder executivo, através de suas secretarias de Estado, desenvolverá ações de instruções, divulgações e esclarecimento, que estimule o uso seguro e eficaz dos agrotóxicos seus componentes e afins prejudiciais para os seres humanos, os animais e o meio ambiente, além de prevenir acidentes decorrentes de sua utilização imprópria. Art. 55 As empresas e os prestadores de serviço que já exercem atividades no ramo de agrotóxicos, seus componentes e afins, terão o prazo de 06 (seis) meses, a partir da publicação deste regulamento, para se ajustarem ás suas exigências.

Art. 56 As empresas de assistências técnica pública ou privada, profissionais autônomos e associações de classe, terão o prazo de 06 (seis) meses, após a publicação deste regulamento, para implantar e utilizar, em caráter obrigatório, o receituário agronômico. Art. 57 O não cumprimento de prazo previsto neste Regulamento acarretará responsabilidade administrativa, salvo motivo justificado. Art. 58 Fica instituída a Comissão Técnica Estadual de Agrotóxico, composta por 06 (seis) membros de notório saber, a serem indicados pelos órgãos estaduais responsáveis pelos setores de agricultura, saúde e meio ambiente, que será convocada sempre que julgado necessário. Art. 59 Para o fiel cumprimento deste Regulamento, é reservado às Secretarias de Estado, da Agricultura, Saúde e à Fundação Natureza do Tocantins NATURATINS, o direito de delegar competência ao órgão de administração direta e indireta do Estado do Tocantins, bem como às empresas privadas com registro no território. Art. 60 Os casos omissos deste Regulamento serão resolvidos em Ato Normativo dos titulares das pastas da Agricultura, Saúde e NATURATINS. Art. 61 Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Art. 62 Revogam-se as disposições em contrário. Palácio Araguaia, em Palmas TO, aos 05 dias do mês de novembro de 1991, 170 da Independência, 103 da República e 3 do Estado do Tocantins. MOISÉS NOGUEIRA AVELINO Governador