UNINGÁ UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR INGÁ ESTUDO DAS PROPRIEDADES DOS DIFERENTES CIMENTOS ENDODÔNTICOS

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Transcrição:

UNINGÁ UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR INGÁ FACULDADE DE INGÁ CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENDODONTIA IARA INÊS FENSTERSEIFER SCHMIDT ESTUDO DAS PROPRIEDADES DOS DIFERENTES CIMENTOS ENDODÔNTICOS PASSO FUNDO 2008

1 IARA INÊS FENSTERSEIFER SCHMIDT ESTUDO DAS PROPRIEDADES DOS DIFERENTES CIMENTOS ENDODÔNTICOS Monografia apresentada à Unidade de PósGraduação da Faculdade Ingá UNINGÁ Passo Fundo-RS, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Endodontia. Orientador: Dr. José Roberto Vanni. PASSO FUNDO 2008

2 IARA INÊS FENSTERSEIFER SCHMIDT ESTUDO DAS PROPRIEDADES DOS DIFERENTES CIMENTOS ENDODÔNTICOS Monografia apresentada à Comissão Julgadora da Unidade de Pós-Graduação da Faculdade Ingá UNINGÁ Passo Fundo-RS, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Endodontia. Aprovada em / /. BANCA EXAMINADORA: Prof. Dr. José Roberto Vanni Orientador Prof. Ms. Mateus Silveira Martins Hartmann Prof. Ms. Lílian Rigo

3 AGRADECIMENTOS A minha família e a minha mãe pelo incentivo e apoio. Ao meu esposo Luiz, obrigada pelo companheirismo na caminhada. Que nossas vivências sirvam de referência para o Eduardo e André na formação de seus valores. Aos meus filhos agradeço a compreensão pelas ausências, e a certeza de meu amor e admiração. Aos professores do curso de especialização do CEOM que transmitiram seus conhecimentos e despertaram em nós, alunos, a força necessária para a prática de nossas experiências profissionais. À equipe de funcionários da escola que nos atendeu com carinho e atenção. Agradeço especialmente ao meu orientador, Dr. José Roberto Vanni, pelos ensinamentos transmitidos e pela confiança depositada. Aos colegas, muito obrigada pelos momentos de alegre convívio.

4 RESUMO A obturação do canal radicular visa eliminar qualquer possibilidade de comunicação entre o sistema de canais radiculares e os tecidos periodontais adjacentes. Para tanto, necessitamos de materiais com propriedades capazes de produzir uma obturação tridimensional e biologicamente compatível. Neste estudo, procurou-se conhecer as propriedades físicas, mecânicas, químicas e biológicas dos cimentos utilizados na endodontia. Observamos, ainda, a dificuldade de encontrar em um mesmo cimento todas as características desejáveis. Para tanto, se faz necessário contemplar a estabilidade dimensional, a impermeabilidade aos fluídos e, principalmente, a adesividade como requisitos fundamentais. Palavras-chave: Endodontia. Obturação do canal radicular. Cimentos dentários.

5 ABSTRACT The root canal filling aims to eliminate any possibility of communication between the root canal system and the adjacent periodontal tissues use need material with propert that make it able to produce an hermetic and biologically compatible filling. In this study, we ll try to know the physic, mechanic, chemical and biological properties of the cements used in endodontics. We ll also semarke how difficult in is to find a cement with all the desirable characteristics that include the dimensional estability, the water-resistent to the fluids and, the most important, the adesivity. Key-words: Endodontics. Root canal filling. Endodontical cement.

6 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 7 2 REVISÃO DE LITERATURA... 9 3 CONCLUSÃO... 23 REFERÊNCIAS... 24

7 1 INTRODUÇÃO A Endodontia caracteriza-se por acompanhar a evolução técnico-científica das ciências, demonstrando o espírito inovador dos pesquisadores no que se refere ao refinamento de novas técnicas, criação de novos instrumentos e aperfeiçoamento de materiais. Numa retrospectiva histórica, realizada por McElroy, Apud Pécora et al. (2005), constam alguns materiais utilizados na obturação dos canais radiculares: ouro em folha com superfície resinada; fosfato tricálcico com Eugenol; óxido de zinco e ácido hidroclórico; carvão animal pulverizado com iodofórmio; pontas de madeira de laranjeira associadas a uma pasta de iodofórmio e fenol; oxicloreto de zinco e lã mineral; estanho em folha; chumbo em folha coberto com uma pasta de fenol e iodo; pontas de madeira embebidas em bicloreto ou mercúrio a 0,5%; madeira avermelhada (cedro) associada à parafina; partes iguais de zinco e iodofórmio transformadas em pasta com creosato; pontas de algodão saturadas com óleo de canela ou fenol canforado; iodeto de timol e parafina misturados com a ajuda de calor brando; fenil salicilato e bálsamo; amálgama de cobre; pasta de óxido de zinco e Eugenol; dentina de cachorro; marfim pulverizado e dentina humana. Com certeza, por não preencherem os requisitos básicos e indispensáveis para a prática de uma boa obturação do canal radicular, foram obviamente abandonados. No passado, a Odontologia realizava intervenções para aliviar a dor de origem dentária e apenas mais tarde, por volta de 1911, quando foram relacionados dentes infectados com distúrbios de saúde geral, a Ciência Odontológica procurou métodos mais satisfatórios através de estudos e pesquisas nos seus diversos ramos. Os pesquisadores, na Endodontia, iniciavam por volta de 1938 estabelecer uma técnica tanto quanto possível asséptica e atraumática, destinada ao tratamento dos canais radiculares. Os estudos tinham como base, principalmente, as pesquisas microbiológicas, histopatológicas, fisiológicas, anatômicas, clínicas e radiográficas da época. Datam dessa época as publicações de Grossman. Citadas até hoje, servem de suporte para a atual Endodontia, que teve incorporados novos métodos e materiais com o objetivo primordial de manter o elemento dentário na cavidade bucal. De Deus (1976) cita os requisitos preconizados por Grossmann para um material obturador: deve ser facilmente introduzido no interior do canal; deve selar lateral e apicalmente o canal; não deve sofrer retração após ser inserido; deve ser impermeável à

8 unidade; deve ser bacteriostático ou, ao menos, desencorajar o crescimento bacteriano; deve ser radiopaco; não deve manchar os tecidos do dente; não deve irritar os tecidos periapicais; deve ser estérl ou fácil e rapidamente esterilizado antes de sua inserção; deve ser facilmente removido do interior do canal, quando necessário. O sucesso do tratamento endodôntico depende da observação de diversos fatores que se iniciam através de um correto diagnóstico, seguido pela obediência a todas as etapas da terapia endodôntica, passando por fases distintas, porém, igualmente importantes e determinantes no resultado final, seja a etapa de acesso, o preparo químico-mecânico até a obturação dos canais radiculares. Conforme Leonardo (2005), todas as fases do tratamento do canal radicular devem ser consideradas importantes por serem atos operatórios interdependentes. Já na fase de obturação, devemos observar a natureza do material obturador, uma vez que o mesmo ficará em contato direto com o tecido conjuntivo apical e periapical. Dos materiais que serão utilizados durante o procedimento de obturação são exigidas uma série de propriedades, especialmente a adesividade e a compatibilidade biológica, que podem ser divididas em biológicas e físico-químicas. O domínio e o conhecimento dessas propriedades são imprescindíveis na escolha do material a ser utilizado, uma vez que encontramos novos materiais e formulações a todo momento. Uma vez reconhecida a importância do cimento obturador para a obtenção do sucesso na terapia endodôntica, buscou-se através deste estudo verificar as propriedades físicoquímicas e biológicas dos materiais, utilizando, para isto, uma revisão bibliográfica sobre o tema.

9 2 REVISÃO DE LITERATURA Duarte, Weckwerth e Moraes (1997) avaliaram o poder antimicrobiano dos cimentos Endomethasone, AH 26, Sealer 26, Sealer 26 acrescido de 5% de hexametilenotetramina, Sealer 26 acrescido de 10% de hexametilenotetramina, Sealapex e pasta aquosa de hidróxido de cálcio. Foi utilizado o método de difusão radial em placas ágar escavadas e cepas puras de microrganismos, sendo que as leituras foram efetuadas após 24 e 48 horas de incubação em aerobiose e microaerofilia. O cimento Endomethasone apresentou os maiores halos de inibição do crescimento bacteriano e o acréscimo de hexametilenotetramina acarretou aumento nos halos proporcionados pelo Sealer 26. O cimento Sealapex e a pasta de hidróxido de cálcio não inibiram os microrganismos testados. O cimento Endomethasone teve a melhor performance e ainda apresentou ação contra todos os microrganismos. Kuga et al. (1998) avaliaram a capacidade seladora de obturações endodônticas, executadas com Sealer 26 ou Endomethasone em função de diversos métodos de irrigação final. O objetivo desse trabalho foi qualificar a interação das substâncias irrigadoras na remoção de smear layer e o selamento promovido pelos cimentos Sealer 26 e Endomethasone. Foram utilizados 80 caninos extraídos e que tiveram seus canais instrumentados e as raízes impermeabilizadas. Foram divididos em grupos: 1) Toalete final com NaOCl a 1% com ultrassonificação e obturação com Sealer 26; 2) Idêntico ao grupo 1, mas obturado com Endomethasone; 3) Toalete final com soro fisiológico, ultrassonificação e obturado com Sealer 26; 4) Idêntico ao grupo 3, mas obturado com Endomethasone; 5) Toalete final com EDTA a 15% e obturação com Sealer 26; 6) Idêntico ao grupo 5, mas obturado com Endomethasone; 7) Toalete final com EDTA a 15%, ultrassonificação e obturação com Sealer 26; 8) Idêntico ao grupo 7, porém obturado com Endomethasone. Após os dentes terem sido submersos em azul de metileno a 2% por 7 dias a 37ºC, as infiltrações foram avaliadas. Observou-se que a ultrassonificação contribuiu para o melhor selamento, até mesmo quando feito com soro fisiológico. Já o cimento Sealer obteve o melhor desempenho no que se refere ao selamento. Avaliando a propriedade dos cimentos no que se refere ao selamento marginal, Valera, Leonardo e Bonetti Filho (1998) testaram os cimentos endodônticos Sealapex, Apexit, Sealer 26 e Ketac Endo. Utilizaram-se 136 raízes,em que os canais foram preparados e obturados

10 pela técnica de condensação lateral ativa. Metade das amostras, imediatamente após as obturações, foi imersa na solução de azul de metileno a 2% e a outra metade, após 6 meses de armazenamento, em plasma sangüíneo humano. Como resultado observou-se que as amostras imersas no corante, imediatamente após a obturação dos canais, apresentaram infiltração média menor do que aquelas mantidas por seis meses em plasma sangüíneo humano. Sendo assim, o fator tempo aumentou significativamente a magnitude das infiltrações, independente do fator cimento. Já estes tiveram nos dois períodos de avaliação o seguinte comportamento: os cimentos Sealapex e Sealer 26 foram estatisticamente iguais entre si e apresentaram menores infiltrações do que as verificadas com os cimentos Apexit e Ketac-Endo. Kuga et al. (2002) analisaram a influência da natureza do cimento endodôntico, medicação intra-canal, qualidade do selamento e localização do acidente em perfurações radiculares. Para o estudo foram utilizados 40 caninos humanos extraídos, devidamente instrumentados e executaram-se 2 perfurações (uma cervical e outra apical). Os dentes foram impermeabilizados e divididos em grupos, em função do tipo de medicação intracanal: grupo 1 medicação calen por 14 dias; grupo 2 paramonoclorofenol canforado por 7 dias. Ambos foram mantidos em ambiente úmido a 37ºC. Após um grupo foi obturado com o cimento Sealer 26 e outro com o cimento Óxido de Zinco e Eugenol. Após 7 dias imersos em solução de azul de metileno foi mensurada a infiltração marginal nas perfurações. O cimento Sealer 26 apresentou o melhor resultado, tanto na perfuração apical como na perfuração cervical, independentemente do material utilizado para curativo intracanal. Pécora et al. (2002) avaliaram a correta manipulação dos cimentos endodônticos: Endomethasone e Grossmann, correlacionando com o escoamento e a obturação do sistema de canais radiculares. Observaram que o cimento de Grossmann, bem manipulado, teve maior capacidade de obturar canais laterais, concluindo que o escoamento de um cimento, bem como sua correta manipulação, são extremamente importantes para a obturação satisfatória do sistema de canais radiculares. Cunha et al. (2002) avaliaram a capacidade seladora dos cimentos Sealapex, AH Plus e Fill Canal, associados à guta-percha em perfurações radiculares. Foram utilizados 30 molares inferiores humanos que tiveram seus canais preparados e, após, feita uma perfuração na altura do canal mésio- vestibular. Os canais foram obturados com guta-percha associada a um dos cimentos endodônticos. Logo após foram impermeabilizados e imersos em solução de azul de metileno a 2%, por 48 horas, os dentes foram seccionados e avaliados quanto à

11 magnitude da infiltração. Conforme os resultados, o cimento Sealapex mostrou-se mais eficiente no vedamento marginal, seguido pelo AH Plus e por último o Fill Canal. Valois e Castro (2002) realizaram um estudo in vitro para avaliar a capacidade de selamento marginal apical dos cimentos endodônticos Kerr Pulp Canal Sealer EWT, EndoFill, Sealer 26 e AH Plus. Foram utilizados 40 pré- molares humanos, instrumentados, obturados, armazenados em 100% de umidade por 2 dias e depois mantidos imersos em um recipiente com tinta nanquim por 5 dias, quando, então, passaram pelo processo de diafanização. A penetração linear do corante foi quantificada por meio do uso de estereomicroscópio. Os autores observaram infiltração em todas as amostras e concluíram ser necessário mais pesquisas para desenvolver uma substância realmente seladora. Reiss Araújo, Monteiro Cordeiro e Aras (2002) realizaram um estudo in vitro da eficácia do AH Plus na qualidade do selamento apical. Para esse estudo foram utilizados 40 dentes humanos, divididos em 4 grupos. As substâncias químicas empregadas foram o hipoclorito a 2,5% e o EDTA a 17%. 1) No grupo 1 (15 dentes) os dentes foram obturados e mantidos em soro fisiológico a 0,9% por 3 meses; 2) No grupo 2 (15 dentes) os dentes foram obturados e colocados em frascos sem a solução do grupo 1; 3) No grupo 3 (5 dentes), grupo controle negativo procedeu-se o preparo mas não foram obturados; 4) No grupo 4 (5 dentes) procedeu-se o preparo dos dentes mas não foram obturados, grupo controle positivo. Nessa observação, os autores constataram que o nível de infiltração no grupo 1(imerso em solução fisiológica) foi maior que o apresentado pelo grupo 2( não imerso em solução fisiológica). Após a obturação, o grupo 1 permaneceu em solução fisiológica por três meses, não tendo sido impermeabilizado. Isso não ocorreu com o grupo 2. A imersão em solução salina teve como finalidade propiciar condições semelhantes ao meio bucal. No caso, o soro fisiológico exerceu o papel de fluído periapical. De acordo com os dados obtidos, em que a infiltração no grupo 1 foi menor que o grupo 2 é provável que a ação solubilizadora do soro tenha dissolvido uma parte do cimento AH Plus e, por isso, favoreceu a infiltração do azul de metileno a 2%. No que diz respeito à eficácia do material obturador, observa-se nesse experimento que a remoção da camada residual é necessária para obtermos maior adesividade dos cimentos às paredes do canal. Diante dos resultados obtidos, convém destacar a importância do correto preparo químico- mecânico e, fundamentalmente, da remoção da smear layer, o que contribui decisivamente para um melhor selamento, oferecendo maior segurança e sucesso na terapia endodôntica.

12 Segundo De Deus et al. (2002), os cimentos endodônticos representam um importante papel no controle da percolação apical, escoando para as ramificações e melhorando a adaptação de obturação nas irregularidades da interface dentina material obturador. A tendência futura em relação às substâncias cimentantes deve idealizar que esses materiais ocupem os túbulos dentinários, unam-se intimamente às fases orgânicas e inorgânicas da dentina, destruam ou neutralizem microrganismos e seus subprodutos, induzam a neoformação cementária e fortaleçam o sistema de canais radiculares. Ainda, De Deus et al. (2002) avaliaram a capacidade de penetração de diferentes cimentos (EndoFill, Sealapex, AH Plus e Pulp Canal Sealer) nos túbulos dentinários em dentes extraídos devidamente modelados e obturados. Foram utilizados 72 incisivos centrais superiores extraídos e todos os dentes foram irrigados com 10 ml de hipoclorito de sódio a 5,25%. Após a limpeza e modelagem foram divididos em quatro grupos, sendo um para cada cimento. Esses grupos foram, então, subdivididos em função do uso ou não do EDTA a 17% previamente à obturação dos canais radiculares para a remoção da lama dentinária. Todos os dentes foram obturados pela técnica da onda de condensação com cone médio calibrado. Após a obturação, as raízes foram seccionadas no sentido mésio-distal e foi escolhida a secção de melhor qualidade visual. Essas foram analisadas em microscopia eletrônica de varredura, sendo o foco de observação sempre a interface dentina/material obturador. Após obtenção das imagens, os pesquisadores mensuram os prolongamentos dos cimentos para o interior dos túbulos dentinários. O cimento de Rickert (Pulp Canal, Sealer) foi o que apresentou maior capacidade de penetração intradentinária e o Sealapex a menor capacidade de penetração. A lama dentinária influenciou negativamente na capacidade de penetração intradentinária dos cimentos testados. Tagger et al. (2002) avaliaram a adesão de nove cimentos: Roth, CRCS, Bioseal, AH26, Sealer 26, Sealapex, Apexit, Ketac- Endo e Pulp Canal. Os cimentos foram manipulados de acordo com as instruções do fabricante e aplicados sobre a superfície dentinária e aguardada a sua presa final. Foram realizados testes para identificar a carga com que cada amostra foi destacada da superfície dentária. Os resultados demonstraram, em ordem crescente, a força de adesão: Sealapex e Roth (ambos com zero), CRCS, Apexit, Pulp Canal, Ketac-Endo, Bioseal, AH26 e Sealer 26. Deonízio e Gobardo (2003) avaliaram as propriedades físico-químicas dos cimentos Óxido de Zinco e Eugenol, Endomethasone, EndoFill, AH Plus e Sealer 26. Os cimentos

13 foram manipulados e, uma vez padronizada a consistência e o tempo de manipulação, foram submetidos aos testes de escoamento, tempo de trabalho, tempo de presa, espessura de película, solubilidade e radiopacidade. Resultados: 1. Escoamento: EndoFill e AH Plus apresentaram maior escoamento devido à presença da resina hidrogenada e da resina epóxica na sua composição, respectivamente. E o cimento Sealer 26 apresenta menor escoamento que os dois cimentos citados anteriormente, possivelmente pela presença do hidróxido de cálcio na sua fórmula. O Óxido de Zinco e Eugenol e o Endomethasone tiveram comportamento similar. Salvo as variações, todos os cimentos testados apresentaram escoamento com valores superiores a 20 milímetros, sugeridos pela ISO/DIS 6876. 2. Tempo de trabalho: o cimento AH Plus apresentou o maior tempo de trabalho seguido pelo Sealer 26, Endomethasone, EndoFill e Óxido de Zinco e Eugenol. 3. Tempo de presa: o cimento Óxido de Zinco e Eugenol apresentou o maior tempo de presa seguido pelo AH Plus, Sealer 26, EndoFill e com o menor tempo o Endomethasone. 4. Espessura de película: os cimentos que apresentaram os menores valores de espessura de película foram o Endomethasone e o EndoFill seguidos pelo AH Plus e com a maior espessura ficaram os cimentos de Óxido de Zinco e Eugenol e o Sealer 26. 5. Solubilidade: o cimento Óxido de Zinco e Eugenol apresentou menor solubilidade em relação aos outros cimentos. Por ordem, o segundo foi o EndoFill, depois o Sealer 26, seguido pelo Endomethasone e por último o AH Plus. 6. Radiopacidade: o cimento Sealer 26 apresentou o maior valor de radiopacidade. Todos os cimentos testados apresentaram radiopacidade superior ao exigido pela norma ISO. A radiopacidade é uma propriedade indispensável para os cimentos obturadores, pois facilita a avaliação da completa obturação do sistema de canais radiculares e as suas possíveis falhas. Conclui-se com esse trabalho que os cimentos testados, Óxido de Zinco e Eugenol, Endomethasone, EndoFill, AH Plus e Sealer 26 apresentaram valores de escoamento, tempo de trabalho, tempo de presa, solubilidade e radiopacidade que satisfazem as exigências da norma ISO/DIS 6876. Conforme Deonízio e Gobardo (2003), a obturação tem a função de eliminar qualquer possibilidade de comunicação entre o sistema de canais radiculares e os tecidos periodontais adjacentes, impedindo a passagem de exsudato, bactérias ou suas toxinas. Uma obturação tridimensional é obtida quando o cimento preenche por completo os espaços existentes entre os cones de guta-percha e as paredes do canal. As partes constituintes dos cimentos

14 obturadores (pó/líquido, pasta/pasta e pó/resina), quando corretamente proporcionadas, resultam em uma consistência ideal, na qual suas propriedades físicas, químicas e biológicas são melhor aproveitadas. Barbosa, Holand e Souza (2003) estudaram a influência de dois diferentes tipos de cimentos obturadores de canal e a efetividade de um plug de diferentes cimentos temporários na proteção do remanescente obturador após o preparo para pino. Os cimentos utilizados foram: Sealer 26 e Roth 801. Os dentes foram obturados, preparados para pino e o remanescente de obturação protegido ou não com o plug dos cimentos Lumicon, Coltosol ou Cavitec. Os espécimes foram submersos em saliva artificial por 15 dias e em seguida, em solução de azul de metileno a 2% sob vácuo. Os resultados analisados após secção longitudinal dos espécimes, mostraram que houve uma menor infiltração marginal coronária para Sealer 26 em comparação ao Roth e que os plugs de cimento temporário melhoraram o selamento coronário, sendo o Lumicon o melhor, seguido pelo Coltosol e pelo Cavitec. Souza (2003) observou o comportamento de um cimento obturador à base de óxido de zinco e Eugenol (Fill Canal) no selamento apical. Foram obturados 20 canais pela técnica de condensação lateral e divididos em 2 grupos. As raízes do grupo 1 foram mantidas imersas em soro fisiológico por 60 dias. Terminado este prazo, foram revestidas com 2 camadas de esmalte, exceto a 1 mm apical e colocadas no azul de metileno a 2% por 7 dias. As raízes do grupo 2 foram de imediato revestidas com esmalte e mantidas no azul de metileno. A análise dos resultados mostra que houve infiltração maior de corante no grupo 1, o que faz crer que o selamento apical altera graças à solubilização do cimento endodôntico. Em outro estudo, Silva, Silveira e Silva (2003) analisaram a influência de um cianoacrilato na impermeabilização dos canais radiculares. Os autores testaram a infiltração marginal em canais radiculares em três diferentes grupos: grupo 1 canais obturados com cones de guta-percha e AH Plus; grupo 2 canais previamente impermeabilizados com Histoacryl e obturados com cones de guta-percha e AH Plus; grupo 3 canais impermeabilizados apenas com Histoacryl e cones de guta-percha. Os espécimes foram mantidos a 37ºC durante 40 dias e imersos em soro fisiológico. Houve diferença significativa no grau de infiltração quando se comparou o grupo 2 com os grupos 1 e 3. Os autores concluíram que o cianoacrilato associado à guta-percha e ao cimento AH Plus apresentou ótimas propriedades de impermeabilização da dentina dos canais radiculares.

15 Outro fator importante para o selamento apical refere-s e à linha de espessura do cimento na obturação do canal radicular. Assim, De Deus et al. (2003) realizaram uma análise da espessura da linha de cimento endodôntico formada por três técnicas de obturação. Foram preparados e obturados 30 dentes incisivos superiores e divididos em 3 grupos: a) grupo 1 condensação lateral; b) grupo 2 compressão hidráulica; c) grupo 3 onda de condensação. Os dentes foram seccionados e analisados nos terços cervical, médio e apical. A compressão hidráulica e a condensação lateral revelaram maior espessura do filme de cimento, enquanto a menor espessura do filme de cimento obtida pela técnica de onda de condensação tende a melhorar a performance clínica dessa técnica em relação às outras testadas. Conforme Nassri, Lia e Bombana (2003), os cimentos de uso endodôntico atuam como coadjuvantes da necessária impermeabilização do sistema de canais radiculares. Permitem, por suas características de adesividade, a união dos núcleos sólidos de guta-percha às paredes dentinárias, complementam o preenchimento da cavidade pulpar e deveriam não interferir na reparação. A importância de conhecer a compatibilidade biológica dos cimentos obturadores se deve ao fato de que, se esses cimentos forem demasiadamente irritantes aos tecidos da região periapical, causarem inflamação de maior porte ou promover necrose tecidual de maior extensão nesta área, todo o tratamento endodôntico será prejudicado e, como conseqüência, a capacidade de reparação da região periapical sofrerá interferências significativas. Os autores analisaram comparativamente dois cimentos à base de hidróxido de cálcio: Sealapex e Apexit em relação às reações provocadas no tecido subcutâneo de ratos, frente à implantação de tubos de polietileno preenchidos pelos materiais, em períodos de sete, 21 e 45 dias. De acordo com a análise dos eventos histopatológicos ocorridos nos diferentes períodos de observação, os autores concluíram que: os materiais testados Sealapex e Apexit mostraram-se irritantes ao tecido subcutâneo de ratos. Entre os grupos experimentais, o cimento Sealapex apresentou menor agressividade e menor dispersão no tecido subcutâneo, obtendo melhores resultados em relação ao cimento Apexit. Tanomaru et al. (2003) avaliaram a atividade antimicrobiana dos cimentos obturadores e retro-obturadores utilizados em tratamento endodôntico convencional e cirurgias parendodônticas. Foram testados os cimentos Sealer 26, Sealer 26 consistente, Sealapex, Sealapex acrescido de óxido e óxido de zinco e eugenol em duas consistências sobre sete diferentes microrganismos. O método empregado foi o de difusão em ágar. Os resultados revelaram que a pré-incubação para difusão dos materiais testados e a otimização do meio de cultura pelo gel de TTC a 1%(cloreto de trifenil-tetrazólico) foram fatores importantes para a

16 avaliação da atividade antimicrobiana, constatando-se que todas as cepas microbianas foram inibidas por todos os materiais avaliados. Lisboa et al. (2003) avaliaram a radiopacidade dos cimentos endodônticos AH Plus, Sealer 26 e EndoFill por meio da imagem digitalizada obtida pelo sistema Accu-Ray. Ao final do estudo constataram que os cimentos endodônticos avaliados apresentaram diferenças entre si, obedecendo à seguinte ordem crescente de radiopacidade: Sealer 26, EndoFill e AH Plus. Leonardo et al. (2003) avaliaram a reparação apical e periapical de dentes de cães com lesão periapical crônica após tratamento endodôntico, utilizando diferentes materiais obturadores. Foram utilizados 44 canais radiculares que, após o preparo químico- mecânico e curativo com pasta de hidróxido de cálcio (por 15 dias), foram obturados empregando-se os cimentos: Sealapex, AH Plus e Sealer Plus. Após 180 dias, os cães foram sacrificados, as peças submetidas ao processamento laboratorial e os cortes histológicos obtidos foram corados com hematoxilina-eosina. Os cimentos Sealapex e AH Plus obtiveram resposta satisfatória na reparação dos tecidos periapicais enquanto o cimento Sealer Plus mostrou ação irritante aos tecidos. Souza et al. (2003) realizaram um estudo abordando o tratamento de 66 canais radiculares de dentes de cães portadores de lesão periapical crônica, induzida experimentalmente. Após o preparo biomecânico, metade dos canais recebeu curativo de demora de paramonoclorofenol associado ao Furacin por 7 dias, antes de efetuar a obturação definitiva e, na outra metade, os canais foram obturados na primeira sessão, sem receberem medicação intracanal. Os cimentos utilizados na obturação foram: Endomethasone, AH26 e Sealapex e, após 180 dias, analisados histologicamente. O tratamento realizado em 2 sessões evidenciou melhores resultados e não ocorreram diferenças significativas entre os cimentos estudados. Conforme Estrela (2004), a união de diferentes propriedades, especialmente a adesividade e a compatibilidade biológica em um mesmo material, ainda representa um ideal promissor. Um material bem tolerado pelos tecidos sem boa capacidade seladora ou aquele que proporcione bom selamento, porém, com ação irritante aos tecidos periapicais, não deve ser considerado o melhor. Tanomaru Filho et al. (2004) realizaram um estudo com o objetivo de avaliar o selamento apical de obturações de canais radiculares com diferentes cimentos endodônticos.

17 Foram utilizados caninos humanos que tiveram seus canais radiculares preparados e obturados com os cimentos em estudo Sealer 26, Sealer 26 consistente, Sealapex tiveram a superfície externa impermeabilizada e depois foram imersos em azul de metileno a 2% sob vácuo por 48 horas. Após analisar o comportamento dos diferentes cimentos, os autores constataram que o cimento Sealer 26, Sealapex e Roeko Seal apresentaram melhor capacidade seladora que o cimento à base de Óxido de Zinco e Eugenol (Endofill). Sandini et al. (2004) realizaram a avaliação in vitro da atividade antimicrobiana de cimentos endodônticos a b a s e d e óx i d o d e zinco e eugenol sobre o microrganismo Enterococcus faecalis (bactéria anaeróbia facultativa gram-positiva), empregando o método de difusão radial em ágar. Os cimentos testados foram: Óxido de Zinco e Eugenol, Endomethasone e EndoFill. Sendo três placas para cada período experimental após a manipulação: imediato 24 horas, 48 horas e sete dias. Os três cimentos testados apresentaram atividade antimicrobiana sobre a bactéria Enterococcus faecalis, sendo que o cimento Óxido de Zinco e Eugenol apresentou um halo de inibição superior aos demais cimentos testados. Ainda foi possível observar que a atividade antimicrobiana, de todos os cimentos foi mais pronunciada entre os tempos imediato, 24 e 48 horas. Leonardo (2005) reconhece nos cimentos endodônticos as propriedades necessárias para uma correta obturação do sistema de canais radiculares. Cita os cimentos a base de óxido de zinco e eugenol em que a correta proporção pó- líquido deve ser observada para não interferir na constância de volume, solubilidade e biocompatibilidade. Já nos cimentos resinosos refere-se ao cimento com propriedades de boa estabilidade dimensional, adesividade, radiopacidade, baixa solubilidade, capacidade seladora e auto escoamento. E como cimentos mais biocompatíveis cita os cimentos a base de hidróxido de cálcio que necessitam de associações para contornar suas deficiências no que se refere ao escoamento, radiopaciade, viscosidade e solubilidade. Pécora e Souza Neto (2005) avaliaram a importância de hidrocortisona. Possui um tempo de presa de aproximadamente 115 minutos. A adição da correta manipulação dos cimentos endodônticos Endomethasone e cimento de Grossman, correlacionando com o escoamento e a conseqüente obturação do sistema de canais radiculares. Foram preparados 24 caninos humanos e confeccionados 6 canais laterais artificiais em cada dente por meio de uma lima 10 acoplada a um motor de baixa rotação. Os dentes foram divididos em 4 grupos e obturados com Endomethasone ou cimento de Grossman em uma consistência clínica ideal e

18 outra incorreta (excesso de Eugenol). Após a obturação pela técnica de condensação lateral, os dentes foram radiografados e avaliados quanto ao número de canais laterais obturados. A análise estatística revelou diferenças significativas entre os cimentos testados, indicando uma maior capacidade do cimento de Grossman, bem manipulado, em obturar canais laterais. Nesse estudo, os autores concluíram que o escoamento de um cimento, bem como sua correta manipulação, são extremamente importantes para a obturação satisfatória do sistema de canais radiculares. Queiroz et al. (2005) avaliaram a produção de óxido nítrico em cultura de macrófagos peritoneais de camundongos Swiss frente a dois cimentos endodônticos, um à base de resina epóxica, Topseal e outro à base de hidróxido de cálcio, Sealer 26. Após a proporção, espatulação, presa e pulverização, alíquotas de 100 ml da suspensão contendo 9 mg/ml dos respectivos cimentos foram adicionados em placa de cultura de tecido. Após 48 horas de incubação determinou-se a concentração de óxido nítrico, o cimento Sealer 26 causou significativamente maior toxicidade aos macrófagos. Araújo (2005) avaliou, in vitro, a aderência de Enterococcus faecalis na superfície dos cimentos endodônticos Sealer 26, N-Rickert, Sealapex, Pulp Canal Sealer e AH Plus. Foram confeccionados 10 corpos de prova de 5 tipos de cimentos endodônticos. Cada corpo de prova foi colocado em imersão em cultura do microorganismo durante 24 horas e, a seguir, foram quantificadas as médias das unidades formadoras de colônias de microorganismos aderidos aos corpos de prova de cada material obturador. Na observação final constatou-se que o cimento Sealer 26 e AH Plus foi o que mais aderiu Enterococcus faecalis na superfície, seguido pelo Sealapex, AH Plus, N-Rickert e Pulp Canal Sealer. Vale e Silva (2005) avaliaram a radiopacidade de alguns cimentos utilizados na obturação de canais radiculares, por meio do sistema de imagem digital Digora. Foram selecionados 10 cimentos endodônticos Endomethasone, Pro Canal, AH Plus, Pulp Fill, Canal Sealer, Sealer 26, EndoFill (Denstply), Sealapex, Top Seal, EndoFill (da Herpo), para a avaliação de radiopacidade. Foram realizados 10 corpos-de-prova para cada cimento e esses foram manipulados de acordo com a recomendação de cada fabricante em placa de vidro à temperatura ambiente, com o auxílio de uma espátula n. 24. Após o preparo, eles foram inseridos em anéis de cobre e radiografados. O mesmo procedimento foi feito com um penetrômetro e uma amostra de dentina humana para servirem de controle. As imagens foram escaneadas e inseridas no programa Digora for Windows. Em seguida obteve-se as medidas

19 das densidades radiográficas com recursos do referido programa, cujos valores foram tabulados e registrados. Todos os cimentos estavam dentro das exigências nº 57 da ADA, com exceção do Sealapex, Endomethasone e Pro-Canal. Nakashima e Terata (2005) avaliaram a influência da remoção da smear layer sobre a adesividade dos cimentos endodônticos Canals, Canals N, Apatite Root Sealer e AH26, em dentina bovina. A dentina foi preparada com lixa 600 para formação de smear layer e tubos de polietileno foram colocados sobre a superfície a fim de serem preenchidos pelos cimentos endodônticos, divididos em 4 grupos de 10 amostras. Foi comparado o grupo com smear layer e os 2 grupos onde houve tratamento da dentina com EDTA a 3% e 15%. Os resultados dos testes de tração mostraram maior adesão nos grupos em que foi utilizado o EDTA. O grupo do AH26 obteve os maiores valores de força de tração. Os autores recomendaram o uso do EDTA a 3% para uso clínico. Kopper et al. (2006) avaliaram a capacidade de selamento de um cimento endodôntico resinoso (AH Plus) e um à base de óxido de zinco e eugenol (EndoFill) em dentes de cães, expostos ao meio bucal por 45 e 90 dias. Após a obturação, o e xcesso do material obturador na porção cervical do canal radicular foi seccionado, restando o comprimento de 10 mm no interior do canal radicular. Os dentes foram selados provisoriamente com cimento de ionômero de vidro por 24 horas. A seguir, o selamento coronário foi removido e os canais ficaram expostos ao meio bucal. Passado o período experimental, os cães foram sacrificados; realizou-se a exodontia e as raízes foram impermeabilizadas com esmalte e imersas em nanquim por 96 horas. Após a avaliação dos resultados constatou-se que os cimentos testados nos 2 períodos experimentais não foram capazes de impedir a infiltração do corante. Dutra et al. (2006) compararam a capacidade de selamento apical dos cimentos EndoFill, AH Plus, EndoRez e Epiphany. Após obturados, os dentes foram imersos em nanquim por sete dias e submetidos ao processo de diafanização e, então, clarificados empregando-se o salicilato de metila. A extensão de penetração via apical do corante foi medida por meio de um microscópio de mensuração em todas as faces do terço apical. Os três cimentos resinosos apresentaram menor microinfiltração que o cimento à base de óxido de zinco e Eugenol, porém promoveram selamento apical semelhante entre si. Veloso et al. (2006) analisaram o comportamento tecidual de ratos após implantar tubos de polietileno preenchidos com cimentos obturadores de canal a base de hidróxido de

20 cálcio (Sealapex, Apexit e Sealer 26). Após a implantação dos tubos com os diferentes cimentos foram divididos em grupos e analisados em intervalos de 48 horas, 7 dias, 21 dias e 60 dias. Na análise histológica, todos os cimentos foram irritantes, porém em intensidade que varia entre si e em função do tempo. Nos períodos iniciais, todos os cimentos apresentaram um quadro de inflamação entre severa e moderada, respectivamente. Nos períodos finais (21 e 60 dias), as reações teciduais aos implantes contendo o cimento Sealapex apresentaram quadro ativo, mas em fase involutiva, portanto, foi considerado o cimento mais biocompatível. Miyagak et al. (2006) avaliaram in vitro a atividade antimicrobiana dos cimentos NRickert, Sealapex, AH Plus e também o Agregado Trióxido Mineral (MTA) e o cimento de Portland. O método utilizado foi a difusão em ágar com os seguintes microorganismos: C. albicans, S. Aureus, E. faecalis, E. coli. A leitura do diâmetro do halo de inibição do crescimento microbiano foi realizada após 24 horas de incubação, em estufa a 37ºC. O cimento N-Rickert foi o que apresentou maior ação antimicrobiana, maior halo de inibição (C. albicans, S. aureus, E. coli). Já os cimentos Sealapex, MTA e Portland não tiveram atividade antimicrobiana. E o E. faecalis foi resistente a todos os cimentos. Tay et al. (2006) avaliaram a capacidade de adesão do Resilon a um cimento obturador, à base de metacrilato. Para o teste foram criados 3 tipos de superfície de Resilon: lisa, rugosidade 180 e rugosidade 320. O cimento foi colocado entre os discos de Resilon e fotopolimerizado por 60 segundos de cada lado. Após 24 horas foi realizada a separação dos discos por meio de tensão de 1 mm/minuto e avaliadas as superfícies. As falhas foram classificadas em adesivas, coesivas e mistas. As superfícies foram analisadas sob MEV. A análise microscópica das superfícies confirmou a existência de falha mista (coesiva-adesiva) no grupo-controle, com falha coesiva entre o disco de Resilon e o cimento e a falha adesiva como característica do Resilon liso. As falhas nos grupos Resilon 180 e 320 foram classificadas como adesivas em relação ao cimento, mas demonstraram vestígios de cimento aderidos à sua superfície. Ungor, Onay, Orucoglu (2006) avaliaram a força de adesão através do teste de pushout, comparando as seguintes combinações: grupo 1, AHPlus + guta percha; grupo 2, AHPlus + Resilon; grupo 3, Epiphany + Resilon; grupo 4, Epiphany + guta-percha; grupo 5 (controle), guta-percha somente. Após a presa dos cimentos, as amostras foram submetidas a testes de push-out e as falhas superficiais observadas com um aumento de 25 vezes, sendo que os

21 resultados foram em ordem crescente: grupo 2 (AH Plus + Resilon); grupo 3 (Epiphany + Resilon); grupo 1 (AH Plus + guta-percha) e com maior força de adesão o grupo 4 onde foi utilizado Epiphany + guta-percha. A falta de adesão à dentina foi a principal causa das falhas de adesão em todos os grupos testados. Kopper et al. (2007) avaliaram in vitro a atividade antimicrobiana dos cimentos endodônticos AH Plus, EndoFill e Sealer 26, imediatamente após a manipulação, em contato com culturas isoladas de E. faecalis, P. aeruginosa, S. aureus e C.albicans. Foram confeccionados nove corpos de prova de cada um dos materiais, dois para cada microrganismo, sendo estes colocados sobre placas de Petri, contendo meio de cultura. O último foi colocado sobre uma placa com meio de cultura estéril (controle de esterilidade). As placas foram levadas à estufa bacteriológica e, 48 horas, após realizou-se a medida dos halos de inibição do crescimento microbiano com o auxílio de paquímetro digital. Todos os cimentos testados apresentaram atividade antimicrobiana em contato com as culturas estudadas. Sly et al. (2007) testaram a força de adesão do Resilon/Epiphany à dentina por meio do teste push-out. Utilizaram 30 caninos humanos, instrumentados com Profile e irrigados com NaOCl 5,25 e RC Prep, EDTA a 17% e, no final, com água destilada. Os dentes tiveram seus canais obturados com AH26/guta-percha e Epiphany/Resilon submetidos ao teste de push-out. A associação AH26/guta-percha obteve força de adesão maior que o Epiphany/Resilon.

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23 3 CONCLUSÃO Frente a uma variada quantidade de cimentos endodônticos (a base de óxido de zinco e eugenol, hidróxido de cálcio, ionômero de vidro, resinas plásticas e silicone) torna-se necessária uma avaliação crítica dos mesmos. A tendência atual é buscar em um cimento endodôntico propriedades essenciais como a adesividade e a compatibilidade biológica. Pela bibliografia consultada constatamos que os cimentos resinosos devem ser considerados uma boa opção para o uso na endodontia. O cimento AH Plus nos parece contemplar um grande número de requisitos: escoamento, adesividade, tempo de trabalho, tempo de presa, espessura de película, radiopacidade, menor microinfiltração e boa ação de reparação dos tecidos apicais e periapicais.

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