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Transcrição:

Archives of Veterinary Science ISSN 1517-784X v.22, n.1, p.64-70, 2017 www.ser.ufpr.br/veterinary ANÁLISE DO PARASITISMO POR NEMATOIDES DA FAMÍLIA ANISAKIDAE EM PEIXES MARINHOS PROVENIENTES DO LITORAL PARANAENSE, BRASIL (Analysis of parasitism by Anisakidae family nematodes in marine fish from the Parana coast, Brazil) Marcelo Beltrão Molento, João Carlos Rocha Almeida, Waldir Hamann, Fernanda Silva Fortes Braz, Daniele Bier, Douglas Luís Vieira 1 Correspondência: molento@ufpr.br RESUMO: A anisaquíase é uma zoonose causada por nematóides da família Anisakidae, com destaque para as espécies Anisakis simplex e Pseudoterranova decipiens, cuja transmissão está associada ao consumo de pescado cru ou pouco cozido contaminado por larvas desse parasito. No Brasil, ainda não há notificação de casos humanos, mas estudos mostraram a existência de peixes contaminados com o parasita. O objetivo desse estudo foi realizar a pesquisa de formas larvares de nematoides da família Anisakidae em peixes teleósteos de grande comercialização no litoral do Paraná. Foram adquiridos 460 peixes em estabelecimentos de pescado nos municípios de Paranaguá, Pontal do Paraná e Guaratuba, sendo 100 Robalos-peva (Centropomus paralellu), 200 Linguados (Paralichtys brasiliensis), 50 Peixe-espada (Trichiurus lepturus), 100 Betaras (Menticirrus americanus) e 10 Cavalas (Scomberomus cavala). Os peixes foram medidos, necropsiados, filetados e sua cavidade geral e musculatura avaliadas quanto à presença de parasitos. Do total de exemplares de peixes, nenhum (0%) apresentou o parasita pesquisado. Esse é o primeiro registro da pesquisa de larvas de anisaquídeos em peixes comercializados no litoral do Estado do Paraná. Os resultados obtidos não dispensam a preocupação de novas pesquisas desses parasitos, uma vez que estes constituem importante risco para a saúde pública, já tendo sido relatados em diversos estudos no Brasil. Além disso, pesquisas devem ser feitas em outras espécies de peixes presentes no litoral paranaense, buscando refletir de forma adequada o risco de anisaquíase e alertar, assim, o possível aparecimento de casos em humanos no Brasil. Palavras-chave: Anisakis sp.; anisaquíase; parasitose alimentar; pescado; zoonose ABSTRACT: Anisakiasis is a zoonotic disease caused by the nematode Anisakidae family, mainly the Anisakis simples and Pseudoterranova decipiens species where the transmission is associated with the ingestion of raw or undercooked contaminated meat. There are no human cases in Brazil, but studies have demonstrated the existence of contaminated fish with the parasite. The objective of this study was to determine the existence of larvae of the Anisakidae nematode in teleostean fish that are commercialized in the coast of Parana State. A total of 460 fish were obtained in the fish market of Paranagua, Pontal do Parana and Guaratuba, being 100 Robalos-peva (Centropomus paralellu), 200 Linguados (Paralichtys brasiliensis), 50 Peixe-espada (Trichiurus lepturus), 100 Betaras (Menticirrus americanus) and 10 Cavalas (Scomberomus cavala) from January, 2004 to November, 2005. The fish were measured, necropsied and open in their cavity and the muscles were evaluated for the presence of the parasites. None (0%) of the samples was positive from all the fishes. This is the first report searching for the larvae of Anisakis parasites in commercialized fish from the State of Parana. The results do not reduce the preoccupation regarding the search of the parasites, as it constitutes an important risk for public health, being annotated in many studies in Brazil. More data has to be collected in different fish species in the coast of Parana, to represent the adequate risk of Anisakiasis, and to alert the possible chance of the first human case of this parasitosis in Brazil. Key Words: Anisakis sp; Anisakiasis; food-borne infection; fish; zoonosis Recebido em 11/03/2016 Aprovado em 03/06/2017

Molento et al.. (2017) INTRODUÇÃO A ocorrência de parasitismo em produtos pesqueiros representa um risco sanitário devido à patogenicidade de algumas espécies ao homem. Parasitos da família Anisakidae, com destaque para as espécies Anisakis simplex e Pseudoterranova decipiens (Adams et al., 1997) têm relevante importância em saúde pública, por causarem a anisaquíase ou anisaquiose em seres humanos. Essa enfermidade está associada à ingestão acidental de pescados crus ou submetidos a processos que não afetem a viabilidade das larvas infectantes como, por exemplo, cocção e salga inadequados, e ocorre, principalmente, em regiões próximas ao litoral devido à facilidade de consumo de produtos do mar (São Clemente et al., 1994; Oliveira et al., 2003). Existem relatos de infecções por larvas de Anisakis sp. em pacientes humanos, resultando em perfurações gastrintestinais, quadros obstrutivos e reações alérgicas (López-Serrano et al. 2000). Embora as afecções do trato gastrintestinal ocorram com maior frequência, as larvas podem migrar através da parede gastrintestinal para localizações ectópicas (Audicana et al., 2000). O aumento progressivo da incidência da doença nos últimos anos, até mesmo em países onde se consome pouco pescado, tem gerado uma crescente preocupação pelo tema e levado a questionamentos quanto à eficácia das medidas preventivas em alguns países (De La Torre et al., 2000). Até o presente momento, não existem relatos de anisaquíase humana no Brasil (Souza et al., 2016). No entanto, a presença de larvas de anisaquídeos já foi relatada por diversos autores em diferentes espécies de peixes marinhos no Brasil (Saad e Luque, 2009; Dias et al., 2010; Rodrigues et al., 2015; Fontenelle et al., 65 2015; Santos e Alves, 2016). De 50 espécies de peixes teleósteos da costa brasileira analisados, 44 espécies apresentavam-se parasitadas por esses nematóides (Luque e Poulin, 2004). Sabe-se, ainda, que o parasitismo por anisaquídeos na musculatura somática de peixes marinhos, seguramente, aumenta o potencial zoonótico desses parasitos (Acha e Szyfres, 2003), e relatos recentes da presença de larvas na musculatura de peixes marinhos no Brasil evidenciaram a gravidade desses parasitos associado à sua localização no peixe (Fontenelle et al., 2015; Santos e Alves et al., 2016). Tendo em vista a escassez de informações a respeito da fauna parasitária de peixes do litoral paranaense, é fundamental o desenvolvimento de pesquisas a fim de determinar a importância sanitária e de saúde pública de peixes comercializados e/ou beneficiados na região, buscando padronizar técnicas eficientes na inspeção do pescado, protegendo o consumidor e beneficiando exportadores. Para atender a demanda desta área de conhecimento e tendo em vista o potencial zoonótico e a importância socioeconômica que os parasitos da família Anisakidae possuem, o presente trabalho teve por objetivo pesquisar larvas de Anisakidae em peixes comercializados no litoral do Estado do Paraná, esse é o primeiro trabalho do gênero com peixes capturados no litoral paranaense. MATERIAL E MÉTODOS Foram examinados 460 exemplares de cinco espécies de peixes marinhos de valor comercial e de maior consumo na culinária japonesa, capturados no litoral do Paraná, sendo 100 robalos-peva (Centropomus paralellus), 200 linguados (Paralichtys brasiliensi), 50 espadas (Trichiurus

66 Analysis of parasitism by Anisakidae family nematodes in marine fish from the Parana coast, Brazil lepturus), 100 betaras (Menticirrus americanus) e 10 cavalas (Scomberomus cavala). Os peixes foram adquiridos através da doação pelas indústrias de pescados instaladas nos municípios de Paranaguá, Pontal do Paraná e Guaratuba com registro no Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Paraná SIP/POA. Os peixes recém-chegados dos barcos de pesca eram individualizados em sacos plásticos e transportados ao Laboratório de Doenças Parasitárias, Departamento de Medicina Veterinária, da Universidade Federal do Paraná, Curitiba em caixas de isopor com gelo. Os peixes foram pesados e mensurados em seu comprimento padrão. A identificação dos peixes foi realizada de acordo com Figueiredo e Menezes (1978). Para a obtenção de dados referentes a índices parasitários, foram analisadas três regiões corporais das amostras obtidas: musculatura do corpo (massa muscular de cada lado da coluna vertebral), musculatura abdominal (musculatura ventral que reveste a cavidade abdominal) e serosa abdominal parietal. Realizou-se a abertura da cavidade visceral e exposição dos respectivos órgãos para a observação macroscópica de parasitos aderidos à superfície dos órgãos e na própria cavidade visceral. Este processo foi realizado sobre bancada iluminada com o auxílio de um estéreo-microscópio (Olympus, Modelo AO 101). Em seguida, para a pesquisa na musculatura, foram obtidos filés através de uma incisão que se iniciou próximo aos opérculos e terminou na inserção da nadadeira caudal, preservando-se a serosa abdominal parietal e inspecionados sob negatoscópio. RESULTADOS E DISCUSSÃO Dos 460 exemplares das cinco espécies de peixes examinados, destaca-se a ausência de larvas de nematódeos da família Anisakidae em todas elas. Na Tabela 1 se apresentam os pesos médios dos exemplares de cada espécie submetidos ao exame. Larvas de anisaquídeos têm sido encontradas em centenas de espécies de peixes destinados ao consumo humano (Pelloux, 1992; Fontenelle et al., 2015; Santos e Alves et al., 2016). A prevalência e o grau de parasitismo da família Anikasidae em peixes marinhos são muito variáveis (2,6 a 100%) (Alarcos et al., 2016) e dependem de diferentes fatores como a espécie de peixe pesquisada, as características individuais de cada exemplar, a época do ano, a zona geográfica, a presença de mamíferos marinhos que atuam como hospedeiros definitivos e de hospedeiros intermediários, entre outros (Torres et al., 2000). No presente trabalho, a ausência de endoparasitos pode estar relacionada com os hábitos alimentares dos hospedeiros. Luque et al. (1996) relataram que o contato com vários potenciais hospedeiros intermediários, devido ao amplo espectro trófico da dieta, potencializa a presença de endoparasitos. Assim, é possível que os componentes da dieta das espécies de peixes marinhos pesquisadas neste estudo não envolvam exemplares correspondentes aos hospedeiros

Molento et al.. (2017) intermediários do ciclo de vida dos nematódeos da família Anisakidae. Na América do Sul, os estudos ictioparasitológicos marinhos podem ser considerados ainda incipientes devido à grande diversidade ictiológica e ao potencial de inúmeras espécies de hospedeiros para cultivo marinho, sendo a maioria dos estudos de importância taxonômica desenvolvidos principalmente no Brasil, Argentina, Chile e Peru (Luque, 2004). Vale destacar que, no Brasil, as espécies de peixes mais frequentemente citadas com parasitismo por Anisakis sp. são Trichiurus lepturus (São Clemente et al., 1995; Luque e Poulin, 2004), Caranx latus (Luque e Alves, 2001; Luque e Poulin, 2004), Selene setapinnis (Cordeiro e Luque, 2004; Luque e Poulin, 2004), Scomber japonicus (Abdallah et al., 2002, Luque e Poulin, 2004), Brevoortia aurea, Euthynnus alleteratu, Mullus argentinae, Pagrus pagrus, Paralichthys isosceles, Percophis brasiliensis, Pomatomus saltator, Prionotus punctatus, Scomber scombrus, Sphyraena guachancho, Urophycis mystaceus (Luque e Poulin, 2004); Prionotus punctatus (Bicudo et al., 2005), Genypterus brasiliensis (Knoff et al., 2007), Aluterus monoceros (Dias et al., 2010). Rego e Santos (1983) registraram pela primeira vez a presença de larvas de A. simplex (8%) em 50 cavalas (Scomberomus cavala) no litoral do estado do Rio de Janeiro. Mais tarde, no mesmo local, foi relatada prevalência de 4% para larvas de Anisakis spp. em 100 cavalinhas (Scomber japonicus) necropsiadas (Abdallah et al., 2002), sendo demonstrada a existência de dominância dos digenéticos (endoparasitos adultos) sobre os estágios larvares de endoparasitos (acantocéfalos, larvas de cestóides e nematóides) na fauna parasitária de S. japonicus. Tal evidência pode justificar a ausência de larvas de Anisakidae nos 67 exemplares de S. cavala no presente estudo. As pesquisas de parasitas Anisakis sp. em várias espécies de peixes no país ainda são escassas, incluindo as estudadas no presente trabalho: Paralichthys brasiliensis, Centropomus parallelus e Menticirrus americanus. Barros e Amato (1993) descreveram larvas de Anisakis sp. e Contracaecum sp. em peixes-espada Trichiurus lepturus Linnaeus, 1758, no litoral do estado do Rio de Janeiro. No mesmo local, pesquisas realizadas em 70 peixes-espada (Trichiurus lepturus) revelaram 20% dos exemplares parasitados por formas larvares de A. simplex, 70% por Pseudoterranova sp. e 100% por Contracaecum spp. (São Clemente et al., 1995). Em pesquisa recente com 38 (Cabo Frio) e 40 (Niterói) amostras de linguados (Paralichthys isosceles) capturados na costa sudeste do Brasil foram encontradas Hysterothylacium sp. (Anisakidae) em 100% e 73,1% das amostras, respectivamente. Em Anisakis sp. 2,6% e 11,5% das amostras foram positivas (Alarcos et al., 2016) Barros e Cavalcanti (1998) examinaram 113 exemplares de sete espécies de peixes provenientes do litoral nordeste do Brasil e somente duas espécies, pargo (Lutjanus purpureus) e dourado (Coryphaena hippurus), estavam parasitadas por anisaquídeos. Silva e São Clemente (2001) analisaram a musculatura de 41 dourados (C. hippurus) e 146 ariocós (Lutjanus synagris) no Rio de Janeiro e detectaram apenas uma larva de Contracaecum sp., num total de 888 filés examinados, e Okumura et al. (2001) pesquisaram em sushis e sashimis comercializados na grande São Paulo, obtendo resultado negativo, demonstrando a baixa detecção desses parasitos mesmo em uma grande quantidade de exemplares.

68 Analysis of parasitism by Anisakidae family nematodes in marine fish from the Parana coast, Brazil A anisaquíase vem adquirindo grande importância médica na população humana (Raga et al., 2002) e a popularização do consumo de comida japonesa, como sushi e sashimi, tem sido considerada um fator contribuinte para a disseminação da doença (Morgan, 2000). Acredita-se que a inexistência de relatos de casos humanos no Brasil aconteça pela falta de diagnóstico adequado dessa zoonose, a qual pode vir a tornar-se emergente no país (Germano e Germano, 1998). CONCLUSÃO Os resultados obtidos pelo presente trabalho, no litoral paranaense, onde nenhum dos exemplares das cinco espécies de peixes analisados apresentava anisaquídeos, não dispensa a preocupação de novas pesquisas desses parasitos, uma vez que estes constituem importante risco para a saúde pública. Além disso, pesquisas devem ser feitas em outras espécies de peixes presentes no litoral paranaense, buscando refletir de forma adequada o risco de anisaquíase e retardar, assim, o possível aparecimento dos primeiros casos dessa parasitose em humanos no Brasil. REFERÊNCIAS ABDALLAH, V.D.; LUQUE, J.L.; ALVES, D.R. et al. Aspectos quantitativos das infrapopulações de metazoários parasitos da cavalinha, Scomber japonicus (Osteichthyes: Scombridae); do litoral do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Revista Universidade Rural, Série Ciências da Vida, Seropédica: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, v. 22, n. 2, p. 103-107, 2002. ACHA, P.N.; SZYFRES, B. Zoonoses and Communicable Diseases Common to Man and Animals. 3rd ed. Vol. III. Scientific and Technical Publication Nº 580, Parasitoses. PAHO. Washington: D.C., 2003. 395p. ADAMS, A.M.; MURREL, K.D.; CROSS, J.H. Parasites of fish and risk to public health. Revue scientifique et technique (International Office of Epizootics), v.6, p.652-660, 1997. ALARCOS, A. J.; PEREIRA, A. N.; TABORDA, N. L. et al. Parasitological evidence of stocks of Paralichthys isosceles (Pleuronectiformes: Paralichthyidae) at small and large geographical scales in South American Atlantic coasts. Fisheries Research, v.173, p. 221-228, 2016. AUDICANA, M.; GARCIA, M.; DEL POZO, M.D. et al. Clinical manifestations of allergy to Anisakis simplex. Journal of Allergy and Clinical Imunology, v.55, supl.59, p.28-33, 2000. BARROS, G.C.; AMATO, J.F.R. Larvas de anisakídeos de peixe-espada, Trichiurus lepturus L., da costa do estado do Rio de Janeiro, Brasil. Revista Brasileira de Biologia, v.53, n.2, p.241-245, 1993. BARROS, G.C.; CAVALCANTI, J.W. Larvas infectantes de anisakídeos em peixes de elevado consumo, provenientes do litoral nordeste do Brasil. Higiene Alimentar. São Paulo: v.12, n. 58, p 71-75, 1998. BICUDO, A.J.A.; TAVARES, L.E.R.; LUQUE, J.L. Larvas de Anisakidae (Nematoda: Ascaridoidea) parasitas da cabrinha Prionotus punctatus (Bloch, 1793) (Osteichthyes: Triglidae) do litoral do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária, v.14, n.3, p.109-118, 2005. CORDEIRO, A.S.; LUQUE, J.L. Community ecology of the metazoan parasites of Atlantic Moonfish, Selene setapinnis (Osteichthyes: Carangidae)

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