PARÂMETROS ÚTEIS Meus bem-amados, não creais em qualquer Espírito; experimentai se os Espíritos são de Deus, porquanto muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. (João, 1ª Epístola, 4:1.)
No desdobrar das experiências que conduzem o Espírito imortal à perfeição relativa, vamos observar que o processo de modelagem do comportamento tomou proporções diversas, desde remotos tempos do processo evolutivo até o presente momento.
O decálogo mosaico iluminou os parâmetros úteis, oferecendo uma visão mais solidificada da existência Divina, revelando a Unicidade de Deus e Suas determinações divinas, expressas nas Leis interpretadas por Moisés como canal das altas esferas e que transmitiu os pensamentos elevados ao povo hebreu.
O pensamento e convicção na existência de um Deus único foram instalados no pensamento terrestre e esse parâmetro modificou os pilares dos tempos, sendo expressivo postulado para a instalação do pensamento da vida imortal nas religiõesdequasetodosospovosda cultura ocidental, principalmente judaico cristã.
Jesus evolucionou todos os parâmetros existentes na Terra. Com Jesus, todos os preceitos temporais estabelecidos pelas necessidades culturais de milênios de história hebraica são ressignificados e muitos deles revelados desnecessários por serem parâmetros humanos, transitórios e nocivos, presos a costumes de um período ou de crenças arraigadas no egoísmo.
Os fariseus, tendo sabido que Ele tapara a boca aos saduceus, reuniram se; e um deles, que era doutor da lei, para o tentar, propôs lhe esta questão: Mestre, qual o mandamento maior da lei? Jesus respondeu: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito; este o maior e o primeiro mandamento. E aqui tendes o segundo, semelhante a esse: Amarás o teu próximo, como atimesmo.todaaleieosprofetasseacham contidos nesses dois mandamentos. (Mateus, 22: 34 a 40)
O Espiritismo veio reviver os parâmetros DivinospormeiodasLeisSoberanasdaVida que estão no arcabouço do Espírito imortal, em sua consciência. Aos adeptos de fé imortal, sob o compromisso de reviver o cristianismo em toda sua pulcritude espiritual e comportamental, cabe o dever de analisar se estão progredindo pelas Leis Divinas ou estacionando em crenças arraigadas do passado e que ainda trazem arquivadas nas condutas atuais.
Q. 614 Que se deve entender por lei natural? A lei natural é a Lei de Deus. É a única verdadeira para a felicidade do homem. Indica lhe o que deve fazer ou deixar de fazer e ele só é infeliz quando dela se afasta. Q. 615 É eterna a Lei de Deus? Eterna e imutável como o próprio Deus.
Q. 616 Será possível que Deus em certa época haja prescrito aos homens o que noutra época lhes proibiu? Deus não se engana. Os homens é que são obrigados a modificar suas leis, por imperfeitas. As de Deus, essas são perfeitas. A harmonia que reina no universo material, como no universo moral, se funda em leis estabelecidas por Deus desde toda a eternidade.
Q. 633 A regra do bem e do mal, que se poderia chamar de reciprocidade ou de solidariedade, é inaplicável ao proceder pessoal do homem para consigo mesmo. Achará ele, na lei natural, a regra desse proceder e um guia seguro? Quando comeis em excesso, verificais que isso vos faz mal. Pois bem, é Deus quem vos dá a medida daquilo de que necessitais. Quando excedeis dessa medida, sois punidos. Em tudo é assim. A lei natural traça para o homem o limite das suas necessidades. Se ele ultrapassa esse limite, é punido pelo sofrimento. Se atendesse sempre à voz que lhe diz basta, evitaria a maior parte dos males, cuja culpa lança à Natureza.
Q. 636 São absolutos, para todos os homens, o bem e o mal? A Lei de Deus é a mesma para todos, porém o mal depende principalmente da vontade que se tenha de o praticar. O bem é sempre o bem e o mal é sempre o mal, qualquer que seja a posição do homem. Diferença só há quanto ao grau da responsabilidade.
Crer nos parâmetros das religiões ancestrais, baseadas em culturas e momentos históricos ultrapassados não nos cabe nos dias atuais. Esforcemos por sair das ideias atávicas do ontem e adentremo nos na visão evolucionária da qual somos portadores hoje pela veneranda codificação espírita.
Necessário é aprendermos a mobilizar as energias para reconhecermos em nós onde ainda residem as liturgias psíquicas e os paradigmas ancestrais que carregamos em nossos atuais comportamentos, em matéria de espiritualidade, pois, sejamos espíritas ou não, os parâmetros úteis das Leis Divinas são para todos.
A tríade para a evolução do ser