Filo Anelídeos. Animais de corpo vermiforme, Metamerizados, Simetria bilateral Triblásticos, Celomados

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Transcrição:

Filo Anelídeos Animais de corpo vermiforme, Metamerizados, Simetria bilateral Triblásticos, Celomados

Anelídeos Hirudíneos ou Aquetas Oligoquetas Poliquetas

* Poliquetos, do grego polys (muitos) + chaeta (pêlo, espinho, cerda), geralmente de vida marinha ou costeira, é a maior classe do filo; Ex.: Nereis, poliquetos; *Oligoquetos, do grego oligos (poucos), são animais que possuem poucas cerdas por segmentos, compreendendo as minhocas e formas afins que habitam os solos úmidos e a água doce; Ex.: minhoca; *Hirudíneos (ou Aquetas), sanguessugas, sem cerdas, providas de ventosas, de vida aquática, doce na sua quase totalidade, ou de terrenos úmidos; são parasitas ou predadores de outros animais, inclusive da minhoca; Ex.: Sanguessugas.

Metamerização Observando-se a minhoca, verifica-se que o corpo é formado por uma série de anéis ou segmentos, separados por um sulco que contorna o corpo. Esses segmentos assemelham-se a pequenos anéis, daí eles serem denominados genericamente de anelídeos. A cada anel, visto externamente, corresponde uma divisão interna do corpo dos anelídeos, como se tivéssemos uma série de compartimentos ocos e justapostos, unidos uns aos outros.

Anatomia Comparada Corte transversal de minhoca Corte transversal de sanguessuga

Tipos de Cerdas

Oligoquetos Não possuem cabeças e parapódios, sendo as cerdas pouco numerosas e pequenas. Muitos vivem na água doce, mas os seus representantes mais típicos são as minhocas, que habitam o solo. algas verdes teriam originado as Lumbricus terrestris Oligoquetos aquáticos vivem nas margens de rios e lagos. Vermes do gênero Tubifex, pequenas minhocas avermelhadas, vivem em tubos construídos junto ao lodo do fundo.

Minhoca túnel casulos reprodução

As minhocas vivem em galerias que escavam ingerindo terra e aproveitando os resíduos vegetais contidos no solo. São animais úteis para a agricultura, arejando o solo através das galerias e distribuindo detritos vegetais que fertilizam o terreno. À esquerda, viveiros de criação de minhocas para a produção de húmus, que consiste em terra misturada a detritos orgânicos e substâncias nitrogenadas produzidas pelos vermes. O húmus é usado como adubo natural, em substituição aos fertilizantes químicos.

Hirudíneos Sanguessugas vivem em lagos e charcos de água doce, parasitando diversos vertebrados (peixes, anfíbios, etc.) dos quais extraem sangue, seu alimento. Anelídeos sem cerdas ou parapódios. Corpo achatado dorsoventralmente, com duas ventosas aderentes para fixação Exemplos: Hirudo medicinalis

CLASSE HIRUDINEA Boca e ventosa anterior Metâmeros Ventosa posterior

A classe das sanguessugas é representada por animais adaptados ao ectoparasitismo. O corpo não apresenta apêndices locomotores: apenas as duas ventosas, uma em cada extremidade.

São ectoparasitas hematófagos. Através das ventosas fixam-se na pele, prefurando-a através de dentículos existentes na ventosa. Injetando um anticoagulante associado a um anestésico, a sanguessuga provoca ferimentos indolores que sangram abundantemente.

Hirudíneos Ventosa

Hirudíneos

Poliquetos Nephtis

Poliquetos arenículas

Poliquetos tubículas

Pseudopotamilla reniformis Platynereis dumerillii

Eunice vitatta

Aparelho Reprodutor Aberturas e estrutura interna do sistema reprodutor da minhoca.

Ciclo reprodutivo da minhoca. A fecundação é externa, no interior do casulo e o desenvolvimento é direto, sem estágio larval.

Pheretima hawayana O corpo da minhoca é revestido por uma cutícula fina e transparente, sob a qual encontra-se a musculatura do animal.na minhoca adulta o corpo é formado por 85 a 95 segmentos (metâmeros). A boca aparece no primeiro segmento e o ânus, no último. Nos animais sexualmente adultos aparece o clitelo, um espessamento que une dois animais em cópula, além de formar, posteriormente um casulo que protege os ovos.

Sistema digestório : um tubo com segmentos diferenciados (faringe, moela, intestino), onde ocorre a digestão extracelular. Mais ou menos na altura do 30 0 segmento o tubo apresenta duas expansões: os cecos intestinais. Após os cecos existe uma prega longitudinal interna, o TIFLOSSOLE, que juntamente com os cecos, aumentam a superfície de absorção.

Sistema nervoso: é ganglionar: há um par de gânglios cerebrais sobre a faringe, gânglios subesofágicos e um cordão nervoso ventral, com um par de gânglios por segmento.

Sistema circulatório fechado. Junto aos tecidos, os vasos se ramificam profusamente, formando os capilares sangüíneos, onde o sangue circula em grande proximidade com as células e possibilita as trocas de nutrientes, gases e excreções. Possuem 5 pares de corações

O sistema excretor dos anelídeos é constituído por NEFRÍDEOS localizados aos pares em cada segmento corporal. O nefróstoma de cada nefrídeo abre-se no celoma de um determinado segmento, enquanto sua seqüência, um túbulo enovelado e o nefridióporo, localizam-se no segmento seguinte.

Os poliquetos são predominantemente marinhos. Vivem em galerias, que cavam na areia, flutuando próximos da superfície ou no interior de tubos por eles construídos. Cada anel do corpo possue 2 parapódios, expansões laterais sobre as quais se encontram numerosas cerdas, que atuam como patas, promovendo a locomoção do animal. Apresentam uma cabeça diferenciada, onde há vários apêndices (como palpos, tentáculos, cerdas) sensoriais. A boca pode ser protraída, como uma tromba. A faringe apresenta na extremidade um par de mandíbulas quitinosas.

Lembra uma centopéia e chega a medir 40 cm de comprimento. Passa o dia escondido entre as rochas à beira-mar, saindo à noite, quando pode ser encontrado rastejando na areia ou nadando. Nereis virens Um conhecido representante é a nereida (Nereis), verme marinho e predador com atividade noturna. O corpo, que chega a atingir 45 centímetros, apresenta uma cabeça contendo boca e 4 pares de tentáculos, além de olhos primitivos.