PONTOS DO LIVRO RESUMO DE DIREITO CONSTITUCIONAL DESCOMPLICADO QUE FORAM MODIFICADOS NA 7ª EDIÇÃO DA OBRA, EM COMPARAÇÃO COM A 6ª EDIÇÃO. OS TEXTOS EM VERMELHO REPRESENTAM SUPRESSÕES E OS TEXTOS EM AZUL CORRESPONDEM A INCLUSÕES. OS TEXTOS EM FONTE PRETA NÃO SOFRERAM ALTERAÇÃO E SERVEM APENAS PARA FACILITAR A LOCALIZAÇÃO DOS TRECHOS MODIFICADOS, ACRESCENTADOS OU SUPRIMIDOS. CAPITULO 2 1) No item 4.33, foi feito, ao final, o acréscimo abaixo indicado: 4.33. Princípio da presunção da inocência (art. 5.º, LVII)... Ainda com fundamento no postulado da presunção da inocência, o Supremo Tribunal Federal firmou posição segundo a qual, no julgamento de matéria criminal, havendo empate na votação, a decisão beneficiará o réu (que, portanto, restará absolvido). Por fim, consoante orientação de nossa Corte Suprema, regra legal que proíba, genericamente, a concessão de liberdade provisória a presos é inconstitucional, por violar, entre outros, os postulados da presunção da inocência e do devido processo legal. 2) No item 4.43, foi feita a substituição abaixo indicada: 4.43. Habeas corpus (art. 5.º, LXVIII)... A legitimação ativa no habeas corpus é universal: qualquer do povo, nacional ou estrangeiro, independentemente de capacidade civil, política ou profissional, de idade, de sexo, profissão, estado mental, pode ingressar com habeas corpus, em benefício próprio ou alheio (habeas corpus de terceiro). Não há impedimento algum para que uma pessoa menor de idade, analfabeta, doente mental, mesmo sem representação ou assistência de terceiro, ingresse com habeas corpus. A jurisprudência admite, inclusive, a impetração de habeas corpus por pessoa jurídica, em favor de pessoa física a ela ligada (um diretor da empresa, por exemplo). A legitimação ativa no habeas corpus é universal: qualquer do povo, independentemente de capacidade civil, política ou profissional, de idade, sexo, profissão,
estado mental, pode ingressar com habeas corpus, em benefício próprio ou alheio (habeas corpus de terceiro). Não há impedimento algum para que uma pessoa menor de idade, analfabeta, doente mental, mesmo sem representação ou assistência de terceiro, ingresse com habeas corpus. A jurisprudência admite, inclusive, a impetração de habeas corpus por pessoa jurídica, em favor de pessoa física a ela ligada (um diretor de empresa, por exemplo). Para o ajuizamento do habeas corpus é irrelevante, também, a nacionalidade do impetrante, podendo qualquer estrangeiro se valer da ação em defesa do seu direito de locomoção em território nacional. Entretanto, exige-se que a ação seja redigida em língua portuguesa, sob pena de não conhecimento pelo Poder Judiciário, por força do art. 13 da Constituição Federal. Não há necessidade de advogado para a impetração de habeas corpus. 3) No item 7.6.2.1, foi feito o acréscimo indicado abaixo: 7.6.2.1. Motivos funcionais... Percebe-se, assim, que o legislador constituinte, ao passar a permitir a reeleição para um único período subsequente, está vedando a reeleição para um terceiro mandato sucessivo. Por força dessa vedação constitucional, não se admite terceiro mandato consecutivo de prefeito, ainda que em municípios distintos. Assim, não pode o prefeito que já esteja exercendo o segundo mandato sucessivo candidatar-se novamente ao cargo de prefeito, ainda que, dessa vez, em município diferente (hipótese do chamado prefeito itinerante ou prefeito profissional). Impende destacar que a Constituição Federal não proíbe que uma mesma pessoa venha a exercer a chefia do Executivo por mais de duas vezes (três, quatro, cinco vezes); o que se veda é a eleição sucessiva ao terceiro mandato para o mesmo cargo.... CAPITULO 3 1) No item 6.6, foi feito, ao final, o acréscimo abaixo indicado: 6.6. Formação dos estados...
Em decorrência da criação do novo estado, é vedado à União, direta ou indiretamente, assumir encargos referentes a despesas com pessoal inativo e com encargos e amortizações da dívida interna ou externa da administração pública, inclusive da indireta (CF, art. 234). Ademais, o novo ente federado deverá observar, nos dez primeiros anos de sua criação, as regras estabelecidas pelo art. 235 da Constituição Federal, como, por exemplo, a de que a Assembleia Legislativa será composta de dezessete deputados se a população do estado for inferior a seiscentos mil habitantes. CAPITULO 9 1) No item 10.1, ao final, foi feito o acréscimo abaixo indicado: 10.1. Competências... É importante destacar que, mesmo diante de uma dessas hipóteses, para que o recurso extraordinário seja conhecido pelo Supremo Tribunal Federal, o recorrente deverá, ainda, demonstrar a chamada repercussão geral. Com efeito, dispõe a Constituição que, no recurso extraordinário, o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o STF examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros (art. 102, 3º). 2) No item 21 ( Precatórios judiciais ), foram feitas alterações e supressões, acarretadas pelo julgamento das ADI 4.425 e 4.357, ocorrido em 14 de março de 2013 (noticiado no Informativo 698 do STF), ocasião em que foi declarada a inconstitucionalidade de boa parte da EC 62/2009. Assim, foram suprimidos integralmente os subitens 21.3 ( Atualização monetária e juros ) e 21.6 ( Compensação de créditos ) e os subitens 21.2, 21.4, 21.5 e 21.7 sofreram as alterações abaixo indicadas (esses quatro subitens estão apresentados abaixo com todo o seu texto reproduzido e com marcação das alterações feitas): 21.2. Ordem de pagamento Conforme vimos, os débitos oriundos de sentenças judiciais, constantes de precatórios apresentados até 1.º de julho, deverão ser pagos pela Fazenda Pública até o final do exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente (art. 100, 5.º). Segundo o regime de pagamento instituído pela EC 62/2009, a Fazenda Pública deverá
efetuar o pagamento de seus débitos inscritos em precatórios observando-se a seguinte ordem: a) primeiro, os débitos de natureza alimentícia cujos titulares tenham 60 (sessenta) anos de idade ou mais na data de expedição do precatório, ou sejam portadores de doença grave, até o valor equivalente ao triplo do fixado em lei para obrigação de pequeno valor, admitido o fracionamento para essa finalidade; primeiro, os débitos de natureza alimentícia cujos titulares tenham 60 (sessenta) anos de idade ou mais, ou sejam portadores de doença grave, até o valor equivalente ao triplo do fixado em lei para obrigação de pequeno valor, admitido o fracionamento para essa finalidade; b) segundo, os demais débitos de natureza alimentícia; c) por último, os débitos de natureza não alimentícia. É oportuno observar que, segundo a redação dada pela EC 62/2009 ao 2º do art. 100, a preferência descrita na letra a só alcançaria a pessoa que tivesse sessenta anos de idade ou mais na data de expedição do precatório, mas não valeria para quem completasse sessenta anos depois de expedido o precatório, mesmo que ainda não tivesse recebido valor algum. O Supremo Tribunal Federal considerou contrária ao princípio da isonomia essa discriminação e declarou inconstitucional a expressão na data de expedição do precatório (ADI 4.425/DF e ADI 4.357/DF). Para o fim de preferência no pagamento dos precatórios, consideram-se débitos de natureza alimentícia aqueles decorrentes de salários, vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e indenizações por morte ou por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude de sentença judicial transitada em julgado (art. 100, 1.º). 21.3. Atualização monetária e juros SUPRIMIDO 21.4. Sequestro de valor As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados diretamente ao Poder Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão exequenda determinar o pagamento integral e autorizar, a requerimento do credor e exclusivamente para os casos de preterimento de seu direito de precedência ou de não alocação orçamentária do valor necessário à satisfação do seu débito, o sequestro da quantia respectiva (art. 100, 6.º). Anote-se que o art. 100 da Constituição Federal autoriza o sequestro de quantia necessária ao pagamento de créditos inscritos em precatórios em duas hipóteses: Vale frisar, o art. 100 da Constituição Federal somente autoriza o sequestro de quantia necessária ao pagamento de créditos inscritos em precatórios em duas hipóteses, a saber:
a) preterimento do direito de precedência; b) não alocação orçamentária do valor necessário à satisfação do débito. Nenhuma outra situação, por mais grave que seja, autoriza o sequestro de verbas públicas para o pagamento de precatórios, ressalvada a hipótese, de cunho transitório, prevista no art. 97 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias ADCT. 21.5. Vedação ao fracionamento Para evitar fraude à regra de que a única exceção ao sistema de precatórios são os pagamentos das obrigações de pequeno valor, definidas em lei, o 8.º do art. 100 proíbe a expedição de precatórios complementares ou suplementares de valor pago, bem como o fracionamento, repartição ou quebra do valor da execução que pudesse acarretar o pagamento da dívida pela Fazenda, em parte, diretamente, fora do sistema de precatórios, e, em parte, mediante expedição de precatório. Essa vedação ao fracionamento, porém, não alcança a hipótese de pagamento preferencial, sob o regime de precatórios, dos débitos de natureza alimentícia aos titulares que tenham 60 (sessenta) anos de idade ou mais na data de expedição do precatório, ou que sejam portadores de doença grave, prevista no 2.º do art. 100 da Constituição Federal. Com efeito, nesse caso, poderá ocorrer o fracionamento do valor da execução, para o fim de efetuar-se o pagamento, em parte, com preferência sobre todos os demais débitos (até o triplo daquele fixado em lei, pelo respectivo ente federado, como obrigação de pequeno valor ), e o restante na ordem cronológica de apresentação do precatório. Essa vedação ao fracionamento, porém, não alcança a hipótese de pagamento preferencial, sob o regime de precatórios, dos débitos de natureza alimentícia aos titulares que tenham 60 (sessenta) anos de idade ou mais, ou que sejam portadores de doença grave, prevista no 2.º do art. 100 da Constituição Federal. Com efeito, nesse caso, poderá ocorrer o fracionamento do valor da execução, para o fim de efetuar-se o pagamento, em parte, com preferência sobre todos os demais débitos (até o triplo daquele fixado em lei, pelo respectivo ente federado, como obrigação de pequeno valor ), e o restante na ordem cronológica de apresentação do precatório. 21.6. Compensação de créditos SUPRIMIDO 21.7. Uso e cessão de valor consignado em precatório É facultada ao credor, conforme estabelecido em lei da entidade federativa devedora, a entrega de créditos em precatórios para compra de imóveis públicos do respectivo ente federado (art. 100, 11). O credor poderá ceder, total ou parcialmente, seus créditos em precatórios a terceiros,
independentemente da concordância do devedor (art. 100, 13). Entretanto, caso seja efetivada a cessão, o cessionário não se beneficiará do recebimento preferencial dos débitos de natureza alimentícia a que se refere o 2.º do art. 100 da Constituição Federal (ordinariamente aplicável ao maior de sessenta anos ou portador de doença grave), tampouco do pagamento direto, sem sujeição ao regime de precatórios (na hipótese de a cessão referir-se a quantia que seria ordinariamente enquadrada como obrigação de pequeno valor ). Entretanto, caso seja efetivada a cessão, o cessionário não se beneficiará da regra de preferência da pessoa com sessenta anos ou mais ou com doença grave para recebimento de débitos de natureza alimentícia (art. 100, 2º), tampouco do pagamento direto, sem sujeição ao regime de precatórios (na hipótese de a cessão referir-se a quantia que seria ordinariamente enquadrada como obrigação de pequeno valor ). CAPÍTULO 10 1) No item 2.11, ao final, foi feita a substituição abaixo indicada: 2.11. Prerrogativa de foro... Os membros do Ministério Público da União que atuam perante os Tribunais do Poder Judiciário e, também, os membros dos Ministérios Públicos estaduais que atuam perante os Tribunais de Justiça são processados e julgados pelo Superior Tribunal de Justiça STJ. Os membros do Ministério Público da União inclusive os membros do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, ramo do Ministério Público da União que atuam perante os juízos de primeiro grau são julgados pelo respectivo Tribunal Regional Federal TRF. Os membros dos Ministérios Públicos estaduais que atuam perante os juízos de primeiro grau são julgados pelo respectivo Tribunal de Justiça TJ. Os membros do Ministério Público da União que atuam perante os Tribunais do Poder Judiciário são processados e julgados pelo Superior Tribunal de Justiça STJ (CF, art. 105, I, a ). Os membros do Ministério Público da União inclusive os membros do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, ramo do Ministério Público da União que atuam perante os juízos de primeiro grau são julgados pelo respectivo Tribunal Regional Federal TRF, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral (crimes eleitorais), hipótese em que são julgados pelo Tribunal Regional Eleitoral TRE (CF, art. 108, I, a ).
Os membros dos Ministérios Públicos estaduais são julgados pelo respectivo Tribunal de Justiça TJ, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral (crimes eleitorais), hipótese em que são julgados pelo respectivo Tribunal Regional Eleitoral TRE (CF, art. 96, III). CAPÍTULO 14 1) No item 3, ao final, foi feito o acréscimo abaixo indicado: 3. CULTURA (ARTS. 215 E 216)... No intuito de reforçar a participação dos diferentes entes federativos na promoção da cultura, o texto constitucional passou a dispor sobre o Sistema Nacional de Cultura (SNC), a ser organizado em regime de colaboração, de forma descentralizada e participativa, instituindo um processo de gestão e promoção conjunta de políticas públicas de cultura, democráticas e permanentes, pactuadas entre os entes da Federação e a sociedade, tendo por objetivo promover o desenvolvimento humano, social e econômico com pleno exercício dos direitos culturais (CF, art. 216-A, incluído pela EC 71/2012). FIM