Indústria em Ribeirão é setor que mais demitiu em agosto

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Transcrição:

Boletim 854/2015 Ano VII 16/10/2015 Indústria em Ribeirão é setor que mais demitiu em agosto Segundo Boletim Ceper/Fundace, foram cortadas 1099 vagas de trabalho, número maior do que as 835 demissões líquidas registradas em julho Ribeirão Preto - Em agosto, o setor da Indústria foi o que mais demitiu na região de Ribeirão Preto. Foram cortadas 1099 vagas de trabalho, número ainda maior do que as 835 demissões líquidas registradas em julho. Os dados são do Boletim Mercado de Trabalho do Centro de Pesquisa em Economia Regional (Ceper), da Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia (Fundace). No saldo geral, a região de Ribeirão Preto registrou, em agosto de 2015, um total de 901 demissões líquidas, montante superior ao registrado no mesmo mês do ano anterior, quando o saldo foi um total de 299 demissões. O município de Ribeirão Preto também registrou saldo de demissões líquidas. Entre os setores, apenas Comércio e Serviços apresentaram contratações líquidas (139 e 108, respectivamente). Os segmentos que exibiram os melhores desempenhos foram Atividades de Correio, Transporte Rodoviário de Carga e Ensino Fundamental. De acordo com o professor Luciano Nakabashi, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), todas as regiões analisadas nesse boletim apresentaram desempenhos desfavoráveis, quando comparados a agosto de 2014, e a análise do acumulado entre setembro de 2014 a agosto de 2015 comprova o cenário de pessimismo econômico. "A taxa de desocupação registrada em agosto de 2015 é muito próxima da taxa vigente em 2008, ano marcado, entre outros, pela piora da economia em função da crise do sistema financeiro internacional", analisa o professor. 1

"Contudo, se no ano de 2008 havia espaço para a realização de política monetária e fiscal expansionista, visando a manutenção do emprego, há espaço praticamente nulo para a execução destas mesmas políticas no contexto atual. A questão principal é que uma melhora parece distante, havendo, pelo contrário, perspectivas de degradação do mercado de trabalho nos próximos meses", conclui. Segundo o estudo, o desempenho da Indústria foi impactado diretamente pelos resultados desfavoráveis da Fabricação de Açúcar em Bruto, Fabricação de Máquinas e Equipamentos para Uso Industrial Específico e Fabricação de Obras de Caldeiraria Pesada. A Agropecuária demonstrou retração do nível de emprego por motivos sazonais. As principais baixas ocorreram nas Atividades de Apoio à Agricultura, no Cultivo do Café, Atividades Paisagísticas, Cultivo da Cana de Açúcar e Cultivo da Soja, embora alguns segmentos tenham apresentado contratações no período, como o Cultivo da Laranja. Outros municípios Sertãozinho encerrou o mês de agosto com o total de 599 demissões líquidas, montante superior ao de vagas destruídas no mesmo mês do ano anterior, quando foram registradas 202 demissões. A Indústria, principal setor do município, segue sendo responsável pela maior parte das demissões: foram 560 no período. Em Franca, todos os setores apresentaram desempenho desfavorável quando comparado ao mesmo mês do ano anterior. O município registrou a destruição líquida de 589 vagas, sendo o pior desempenho também o da Indústria, com destaque para a Fabricação de Calçados de Couro, que sozinha fechou 305 vagas. O boletim mostra que Campinas encerrou o mês de agosto de 2015 com saldo de 98 demissões líquidas, também indicando forte desaceleração do mercado de trabalho. O setor que mais contratou no município foi Serviços (um total de 73 vagas), sendo que o segmento de Locação de Mão de Obra Temporária contribuiu com a criação de 63 novos postos de trabalho. Já São José do Rio Preto contabilizou saldo de criação de 10 postos de trabalho. Embora seja um saldo positivo, todos os setores apresentaram desempenhos desfavoráveis quando comparados com o agosto de 2014. O setor que mais criou vagas foi o setor de Serviços. Bete Cervi 2

STF suspende uso de IPCA em caso trabalhista Em agosto o TST decidiu trocar o índice de correção monetária de todas as ações da Justiça do Trabalho, de forma retroativa a 2009. A mudança aumentaria o valor dos processos em até 35% São Paulo - O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu o uso do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E) como taxa de correção de ações trabalhistas, livrando empresas de pagarem até 35% a mais a ex-empregados. A liminar, concedida pelo ministro Dias Toffoli, paralisa os efeitos de uma decisão tomada em agosto pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). Na ocasião, o tribunal afastou a Taxa Referencial Diária (TR), que está próxima de 1,5%, para aplicar o IPCA-E, hoje em 9,57% ao ano. Apesar de existir chance de que a liminar caia, ou de que o Supremo decida de forma diferente quando o caso for de fato julgado pela segunda turma, há boa perspectiva de a decisão do TST continue suspensa, de acordo com o advogado da área trabalhista do (Barbosa, Müssnich, Aragão (BMA), Mauricio Pessoa. Também na visão do sócio do Siqueira Castro, Rafael Ferraresi Cavalcante, a tendência é que a liminar seja mantida. "Entendo que os argumentos para derrubar essa liminar são bastante difíceis", afirma ele. Outro ponto delicado da decisão do TST, na visão dos advogados, é que houve a chamada modulação dos efeitos da decisão. Com isso, a troca dos índices passou a valer de forma retroativa a junho de 2009 para todas as ações que ainda não haviam sido pagas. Com isso, o passivo das empresas aumentou em até 35%. "O impacto [da decisão do TST] foi muito alto", comenta Cavalcante. Mas agora, com a liminar no Supremo, ele entende que há chance de que a modulação seja revista. Pessoa, que atuou pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) no caso que foi ao STF, afirma que agora a situação voltou à normalidade. "O Brasil não está podendo se dar o luxo de ter mais notícias como aquela: uma decisão retroativa, que aumenta o passivo e ainda afeta o cenário de forma prospectiva", afirma. Futuro O advogado do BMA destaca que a discussão sobre o índice de correção monetária sobre as ações trabalhistas é muito mais complicada do que parece. Na visão dele, o TST falhou nesse sentido, ao tomar como base para sua decisão um recurso do STF que tratava do reajuste dos precatórios. "O Supremo nunca julgou correção monetária para fora do precatório", disse. Pessoa também observa que ainda não existe um caso com 3

repercussão geral no Supremo para tratar da correção monetária sobre ações trabalhistas. Apesar de na liminar o ministro Dias Toffoli fazer menção ao recurso extraordinário de número 870.947, que trata de tema parecido, Pessoa destaca que este caso também é distinto e que eventual decisão não é automaticamente aplicável às ações trabalhistas. "Esse recurso trata de créditos envolvendo o INSS [Instituto Nacional do Seguro Social]", ressalta o advogado. Ele também avalia que possivelmente o primeiro caso sobre a correção de dívidas trabalhistas a chegar ao STF será este que originou a decisão de agosto no TST. Tratavase de valor devido pelo município de Gravataí (RS) a uma agente comunitária de saúde que conseguiu no Judiciário o direito de receber adicional de insalubridade. Na fase de execução, passou-se a discutir o índice de correção apropriado. Cavalcante, do Siqueira Castro, destaca que a decisão do Supremo é uma grande vitória às empresas. Até nova decisão, vale a regra antiga de que a ação trabalhista é corrigida pela TR mais 1% de juros de mora ao mês. "Desde a padaria da esquina até a maior indústria, todos se beneficiam da decisão, ainda mais no momento que o País vive", completa Pessoa, do BMA. Confecção terá de pagar danos materiais a passadeira São Paulo - O Tribunal Superior do Trabalho (TST) condenou a confecções mineira Children a pagar indenização por danos materiais a passadeira que ficou incapacitada, após sofrer lesões por esforço repetitivo devido à função. O colegiado restabeleceu sentença fixando indenização por danos materiais em prestações mensais. De acordo com nota do TST, após nove anos na confecção, a funcionária se afastou da função e foi diagnosticada com epicondilite lateral (cotovelo de tenista), a doença afeta quem faz movimentos repetitivos com o punho e os dedos. Com dor crônica, ela afirma que teve de se afastar da atividade. Na reclamação, ela disse que, mesmo depois da cirurgia realizada em 2008, as limitações decorrentes da doença ocupacional ainda persistiam. A empresa, porém, sustentou que a 4

origem da patologia é degenerativa e que não foi demonstrada sua culpa, sendo que a empregada foi a única responsável pela manutenção da doença, pois não se submeteu a nenhum tratamento ortopédico após o tratamento cirúrgico. De acordo com o Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG), embora o perito tenha atestado a incapacidade laborativa parcial, deixou clara a possibilidade de readaptação da autora no mercado de trabalho, em atividades que não exijam esforços físicos ou movimentos repetitivos. No recurso ao TST, a trabalhadora insistiu no pedido de reparação por danos materiais, com o pagamento em forma de pensionamento vitalício. A trabalhadora alegou não conseguir fazer tarefas que exijam esforço e movimentos repetitivos, e que a "mera possibilidade de readaptação no mercado de trabalho não é justificativa para a exclusão da reparação". Para o ministro Márcio Eurico Vitral Amaro, relator do recurso, "o direito à indenização é medida que se impõe", afirmou, com base no artigo 950 do Código Civil. Na avaliação dele, a decisão do TRT violou o dispositivo ao excluir da condenação o pagamento da indenização por danos materiais. "A indenização é devida quando o trabalhador fica incapacitado para o exercício do seu ofício ou profissão e, também, nas hipóteses de diminuição da capacidade de trabalho", disse o relator, lembrando que a norma não afasta o dever de indenizar se houver possibilidade de readaptação do empregado no mercado de trabalho. Greve dos bancários vai ao 11º dia e fecha 11 mil agências - A greve dos bancários completa 11 dias hoje (15). Até o final da tarde de ontem, 11, 8 mil agências estavam fechadas, além de 44 centros administrativos, disse o sindicato da categoria. Sem negociação com os bancos, os trabalhadores dizem que a parada continuará. A Federação Nacional dos Bancos afirma que aguarda proposta dos bancários para prosseguir nas negociações e firmar um acordo com o sindicato. Textos / Agências (Fonte: DCI dia 16-10-2015). 5

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