CIRCULAR TÉCNICA N o 90. Fevereiro/1980

Documentos relacionados
CIRCULAR TÉCNICA N o 104. Junho/1980 INFLUÊNCIA DAS PRÁTICAS SILVICULTURAIS NA PRODUÇÃO DE CARVÃO VEGETAL

CIRCULAR TÉCNICA N o 130. Fevereiro/1981. NOVAS TECNICAS DE ESPAÇAMENTOS PARA Eucalyptus spp.

CIRCULAR TÉCNICA N o 100. Abril/1980. EFEITO DA LUMINOSIDADE E PROFUNDIDADE DE SEMEADURA DE Eucalyptus cloeziana

CIRCULAR TÉCNICA N o 102. Maio/1980. PERSPECTIVAS DA UTILIZAÇÃO DO BENEFICIAMENTO DE SEMENTES DE Eucalyptus

CIRCULAR TÉCNICA N o 108. Julho/1980

CIRCULAR TÉCNICA N o 62 AGOSTO/79 AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DOS RESÍDUOS DE EXPLORAÇÃO FLORESTAL DO EUCALIPTO PARA FINS ENERGÉTICOS

CIRCULAR TÉCNICA N o 95. Março/1980 ESTUDO PRELIMINAR SOBRE A VIABILIDADE ECONÔMICA DA SUBSTITUIÇÃO DO ÓLEO COMBUSTÍVEL POR MADEIRA DE EUCALIPTO

CIRCULAR TÉCNICA N o 133. Maio/1981

CIRCULAR TÉCNICA N o 44 Abril/79 PELETIZAÇÃO DE SEMENTES DE EUCALIPTO *

CIRCULAR TÉCNICA N o 119. Novembro/1980

CIRCULAR TÉCNICA N o 148. Agosto/1982. MÉTODO RÁPIDO PARA ESTIMAR A PRODUÇÃO DE RESINA EM ÁRVORES DE Pinus

CIRCULAR TÉCNICA N o 129. Fevereiro/1981

CIRCULAR TÉCNICA N o 150. Outubro/1982 ESTIMATIVA DA DENSIDADE A GRANEL DO CARVÃO VEGETAL A PARTIR DE SUA DENSIDADE APARENTE

CIRCULAR TÉCNICA N o 136. Agosto/1981

CIRCULAR TÉCNICA N o 117. Outubro/1980. DETERMINAÇÃO DO INÍCIO DA DORMÊNCIA NO DESENVOLVIMENTO DA SEMENTE DE Delonix regia (Raf.

CIRCULAR TÉCNICA N o 115. Setembro/1980. VARIAÇÃO GENÉTICA ENTRE E DENTRO DE POPULAÇÕES DE Araucária angustifolia (Bert) O. Ktze *

CIRCULAR TÉCNICA N o 114. Setembro/1980

PROJETO: Resultados parciais dos experimentos de manejo da brotação de Eucalyptus spp. da Acesita Energética na região do Vale do Jequitinhonha

CIRCULAR TÉCNICA N o 64 SETEMBRO/79 O CARVOEJAMENTO DA MADEIRA E SEUS REFLEXOS NA QUALIDADE DO CARVÃO: QUALIDADE DA MADEIRA *

CIRCULAR TÉCNICA N o 80. Dezembro/1979. AVALIAÇÃO DE PROGÊNIES DE ÁRVORES SUPERIORES DE Eucalyptus grandis (NOTA PRÉVIA)

A qualidade de mudas clonais de Eucalyptus urophylla x E. grandis impacta o aproveitamento final de mudas, a sobrevivência e o crescimento inicial

CIRCULAR TÉCNICA N o 141. Janeiro/1982 CUSTO-PREÇO: UMA ALTERNATIVA FINANCEIRA NA AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO FLORESTAL

CIRCULAR TÉCNICA N o 120. Novembro/1980. FATORES DE CONVERSÃO PARA O CÁLCULO DE VOLUME DA Acácia mearnsii WILD (1)

CIRCULAR TÉCNICA N o 82. Dezembro/1979. MANUFATURA DE PAINÉIS COMPENSADOS COM MADEIRA DE Eucalyptus spp: RESULTADOS PRELIMINARES

IPEF n.15, p , 1977

CIRCULAR TÉCNICA N o 143. Março/1982. O EFEITO DO FOGO SOBRE A QUEBRA DE DORMÊNCIA EM SEMENTES DE BRACAATINGA (Mimosa bracaatinga Hoehne)

CIRCULAR TÉCNICA N o 53 JULHO/1979 O HIPSÔMETRO DO IPEF/CEF-ESALQ

CIRCULAR TÉCNICA N o 135. Julho/1981

RESULTADOS PRELIMINARES SOBRE A FERTILIZAÇÃO FOSFATADA NO PLANTIO DE EUCALIPTO (NOTA PRÉVIA)

CIRCULAR TÉCNICA N o 123. Dezembro/1980. ESTUDO COMPARATIVO DO COMPORTAMENTO DE ALGUNS HÍBRIDOS DE Eucalyptus spp. (1)

SILAZ ZEN CIA. SUZANO DE PAPEL E CELULOSE RUA GENERAL FRANCISCO GLICÉRIO, SUZANO-SP

CIRCULAR TÉCNICA N o 4 INFORMAÇÕES GERAIS

CIRCULAR TÉCNICA N o 127. Janeiro/1981

CIRCULAR TÉCNICA N o 173 JUNHO 1990 TESTE DE IMPLEMENTO PARA REBAIXAMENTO DE TOCOS EM ÁREAS DE REFORMA DE POVOAMENTOS DE EUCALIPTO (1)

CIRCULAR TÉCNICA N o 71. Outubro/79. TECNOLOGIA DE INOCULAÇÃO MICORRÍZICA EM VIVEIRO DE Pinus spp

CIRCULAR TÉCNICA N o 131. Março/1981. AÇÃO DANOSA DE PRAGAS DESFOLHADORAS SOBRE AS FLORESTAS DE Eucalyptus

CIRCULAR TÉCNICA N o 110. Agosto/1980. A POTENCIALIDADE DE RESINAGEM DE QUATRO ESPÉCIES DE Pinus TROPICAIS, NA REGIÃO DE SACRAMENTO - MG

CIRCULAR TÉCNICA N o 48. Maio/1979 SITUAÇÃO DA PRODUÇÃO DE SEMENTES FLORESTAIS NO BRASIL

Acidez do solo em plantios de Eucalyptus grandis sob efeito residual da adubação com diferentes lodos de esgoto

CIRCULAR TÉCNICA N o 137. Setembro/1981

CIRCULAR TÉCNICA N o 147. Julho/1982

CLONAGEM NO GRUPO GERDAU HISTÓRICO DA PROPAGAÇÃO VEGETATIVA NA FAZENDA DO GAMA

CIRCULAR TÉCNICA N o 167 ABRIL O SEMEADOR MÚLTIPLO PARA Eucalyptus

CIRCULAR TÉCNICA N o 170 SETEMBRO 1989 ANÁLISE DE FATORES QUE AFETAM A PRODUÇÃO DIÁRIA DE OPERADORES DE MOTO-SERRAS

CIRCULAR TÉCNICA N o 113. Setembro/1980

Avaliação da altura do Cedro Australiano (Toona ciliata var. australis) após diferentes níveis de adubação de plantio

ESTUDO DA VIABILIDADE DO INTERPLANTIO EM POVOAMENTO DE Eucalyptus grandis EM SEGUNDA ROTAÇÃO

MORTALIDADE DE PLANTAS ADULTAS DE E. grandis e E. saligna NA REGIÃO CENTRAL DO ESTADO DE SÃO PAULO. Edson Antonio Balloni * I - INTRODUÇÃO

CIRCULAR TÉCNICA N o 142. Fevereiro/1982. TOMADA DE DECISÃO FACE À DIFERENTES ALTERNATIVAS DE MANEJO DE UMA FLORESTA DE Eucalyptus spp.

MANEJO DE RESTOS CULTURAIS DE MILHO PARA PLANTIO DIRETO DE TRIGO. Resumo

EFEITO DO TRÁFEGO DE MÁQUINAS SOBRE ATRIBUTOS FÍSICOS DO SOLO E DESENVOLVIMENTO DA AVEIA PRETA. Instituto Federal Catarinense, Rio do Sul/SC

Implantação e Manejo Florestal

Efeito da adubação potássica em plantios de E. grandis conduzidos em segunda rotação em solos com diferentes teores de potássio trocável

CIRCULAR TÉCNICA N o 158. Maio 1988

Influência do Preparo de Solo no Crescimento de Híbridos de Eucalyptus na Chapada do Araripe, Pernambuco

4 PROJETOS NA EUCATEX FLORESTAL LTDA.

CIRCULAR TÉCNICA N o 146. Junho/1982. CARVÃO VEGETAL DE MADEIRA DE DESBASTE DE Pinus *

SUBSOLAGEM NA CULTURA DO CAFÉ

Comparação entre instrumentos tradicionais de medição de diâmetro e altura com o criterion 400

ESTUDO DO SISTEMA RADICULAR DA SOJA (GLYCINE MAX (L.) MERRIL) EM SOLO LATOSSOLO ROXO ADU BADO OU SEM ADUBO ( 1 ) SINOPSE 1 INTRODUÇÃO

CRESCIMENTO DE CLONES DE

BR PETROBRAS 30 ANOS DE RECUPERAÇAO DE ÁREAS MINERADAS

Palavras-chave: cultivares de milho, efeito residual de adubos.

3 PROJETOS NA ACESITA ENERGÉTICA S/A.

CIRCULAR TÉCNICA N o 174 AGOSTO 1990

Palavras-chave: química do solo, mobilização mecânica, práticas conservacionistas

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CENTRO DE CIÊNCIA BIOLÓGICA E DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AGRONÔMICA SISTEMA DE PREPARO DO SOLO E PLANTIO

PROJETO: Estudo da viabilidade técnica do interplantio de florestas de Eucalyptus em segunda rotação

CRESCIMENTO DA CULTURA DO PINHÃO MANSO EM DIFERENTES DENSIDADES DE PLANTAS.

CIRCULAR TÉCNICA N o 83. Dezembro/1979 SISTEMAS DE COMBATE E CONTROLE DE FORMIGAS NA FLORESTA ACESITA S/A.

CIRCULAR TÉCNICA N o 59 A ÁGUA DO SOLO E O CRESCIMENTO DA FLORESTA

INFLUÊNCIA DO ESPAÇAMENTO NA DENSIDADE DA MADEIRA DE Bagassa guinnensis Aubl. (Tatajuba) NO PLANALTO DE BELTERRA PARÁ

CIRCULAR TÉCNICA N o 96. Março/1980 EXPLORAÇÃO E RENDIMENTO DE FLORESTAS DE CICLO CURTO OBJETIVANDO A PRODUÇÃO DE CARVÃO E ENERGIA

AVALIAÇÃO DE MÉTODOS DE CUBAGEM COM NÚMERO IGUAL DE SEÇÕES DO TRONCO DE ÁRVORES DE EUCALIPTO

AVALIAÇÃO DE 4 PONTEIRAS DE HASTES SULCADORAS NA SEMEADURA DIRETA EM SOLOS MAIS COMPACTADOS

Preparo do solo para o plantio de florestas

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE BIOSSISTEMAS

Espaçamento e Plantio

Manejo de solos na Suzano Papel e Celulose

REDUÇÃO DA SALINIDADE E DA SODICIDADE EM SOLOS IRRIGADOS: AÇÃO DA IRRIGAÇÃO, LAVAGEM, CORRETIVOS QUÍMICOS E INSUMOS ORGÂNICOS

DESENVOLVIMENTO INICIAL DE ESPÉCIES DE EUCALIPTO DE MÚLTIPLO USO EM MATO GROSSO DO SUL

Resposta da Cultura do Milho Cultivado no Verão a Diferentes Quantidades de Calcário e Modos de Incorporação

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE BIOSSISTEMAS. Prof. Walter F.

APTIDÃO DOS DIFERENTES AMBIENTES EDAFOCLIMÁ TICOS DO ESTADO DE MINAS GERAIS PARA O PLANTIO DO MILHO "SAFRINHA"

LCF Recursos Florestais em Propriedades Agrícolas. SILV 06 - BIOMETRIA e INVENTÁRIO FLORESTAL

Mecanização e Silvicultura de Precisão na Eldorado

Análise da Produção Energética e de Carvão Vegetal de Espécies de Eucalipto

CIRCULAR TÉCNICA N o 109. Julho/1980. EFEITO DO APARELHAMENTO E DO TRATAMENTO PRESERVATIVO SUPERFICIAL NA SECAGEM DA MADEIRA DE Pinus spp *

BOLETIM TÉCNICO SAFRA 2014/15

BOLETIM TÉCNICO SAFRA 2014/15

LCF Recursos Florestais em Propriedades Agrícolas. SILV 06 - BIOMETRIA e INVENTÁRIO FLORESTAL

PRODUTIVIDADES DE MILHO EM SUCESSIVOS ANOS E DIFERENTES SISTEMAS DE PREPARO DE SOLO (1).

5 PROJETOS NA DURATEX FLORESTAL S/A.

1º Seminário sobre Cultivo Mínimo do Solo em Florestas

BOLETIM TÉCNICO SAFRA 2014/15

CIRCULAR TÉCNICA N o 94. Fevereiro/1980 ENRAIZAMENTO DE ESTACAS: ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS PARA CONSTRUÇÃO DO MÓDULO DE PROPAGAÇÃO

6 PROJETOS NA CIA. SUZANO DE PAPEL E CELULOSE

UNITRI MECÂNICA E MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA PRIMEIRA AULA DE MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA. Professor: Adriano Franzon

CIRCULAR TÉCNICA N o 76 NOVEMBRO/79 COMBATE À FORMIGA NA CAF *

Transcrição:

IPEF: FILOSOFIA DE TRABALHO DE UMA ELITE DE EMPRESAS FLORESTAIS BRASILEIRAS PBP/.. CIRCULAR TÉCNICA N o 90 Fevereiro/980 ISSN 000353 EFEITOS DE DIVERSOS MÉTODOS DE PREPARO DE SOLO SOBRE O DESENVOLVIMENTO DE Eucalyptus grandis HILL (EX. MAIDEN) PLANTADO EM SOLOS COM CAMADAS DE IMPEDIMENTO SUMÁRIO Walter Suiter Filho * Gustavo Cerqueira de Rezende * Carlos José Mendes * Paulo Fernando de Castro * O preparo do solo para o plantio de eucalipto é um fator primordial para o bom desenvolvimento das mudas e conseqüente uniformidade e produção da floresta. No presente trabalho, procurouse avaliar a influência da subsolagem no preparo do solo destinado ao reflorestamento, em áreas com camadas de impedimento e conseqüentes problemas de drenagem e desenvolvimento das raízes pivotantes das árvores. Usouse os seguintes tratamentos:. Subsolagem a cada 3 mestros e grade Rome; TCH 6 x.. Subsolagem a cada 3 metros e grade Bedding; 3. Subsolagem de metro em metro e grade Bedding;. Aração gradagem Verificouse a influência dos diversos preparos de solo no que tange a homogeneidade, sobrevivência e desenvolvimento do eucalipto, até a idade de meses. * Companhia Agrícola e Florestal Santa Bárbara

A subsolagem mostrou ser uma prática que favorece o desenvolvimento do eucalipto em solos pesados. Estudos econômicos devem ser feitos para averiguar as possibilidades da utilização, em grande escala, da subsolagem no reflorestamento.. INTRODUÇÃO Visando atender as determinações da Portaria DC0 do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal, as grandes Siderúrgicas a carvão vegetal, como é o caso da BelgoMineira, intensificaram seus projetos de reflorestamento, ampliando sua atuação principalmente na região dos cerrados de Minas Gerais. Após algum tempo de atividade, as áreas daquela região tornaramse escassas e os preços elevaramse de tal forma que novas aquisições são inviáveis. A Cia. Siderúrgica Belgo Mineira possui nos municípios de Várzea da Palma e Jequitaí, uma área de aproximadamente 50,000 há, dos quais apenas 500 há foram reflorestados até 977. O desenvolvimento do eucalipto plantado na área não alcançou o mínimo estabelecido pela empresa e os talhões plantados, até então, apresentaram vários problemas, chegando a ocorrer a morte de várias árvores com idade de dois anos. Vários especialistas foram levados ao local e concluiuse que o motivo das mortes era a falta de água causada pelas propriedades físicas do solo, que, naquelas áreas, apresenta uma espessa camada de impedimento. Os solos predominantes na região são as Areias Quartzosas Vermelhas e Amarelas e Litossolos (RANZANI 97). Especificamente nas áreas trabalhadas pela empresa, predominam as manchas de ocorrência do Latossolo Vermelho Amarelo que, naquelas condições, apresenta uma espessa camada de impedimento. Esta camada de impedimento prejudica o desenvolvimento do sistema radicular e, conseqüentemente, o desenvolvimento da planta. A fim de tornar as áreas daquela região aptas ao reflorestamento, foram testados diversos métodos de preparo de solo, cujos resultados estão contidos neste trabalho.. MATERIAIS E MÉTODOS.. Local de teste Fazenda do Coqueiro, município de Várzea da Palma MG... Espécie utilizada e método de produção de mudas A espécie escolhida foi o Eucalyptus grandis, procedente da Rodésia do Sul. As mudas foram produzidas através de semeadura direta em sacos de polietileno com 6 cm de diâmetro por 3 cm de altura (recipiente cheio). Utilizouse como material de enchimento, terra de subsolo, na qual foi adicionada,0 g de NPK (6) em mistura, antes do enchimento. O tempo de permanência das mudas do viveiro foi, aproximadamente, 75 dias..3. Análise do solo

As amostras foram coletadas a várias profundidades, até,5 m do nível do solo. O quadro que se segue mostra os resultados das análises. Quadro. Análise do solo Profundidade Mat. Org. % 00 0 0 5 5 55 55 50 0,, 0,93 0,93 ph em água,8,5,3 5,0 Al (eq. mg),70,80,00,60 Ca + Mg (eq. mg) 0,60,80 0,70,0 K (ppm) 6,0,0 6,0 39,0 P (ppm) < Areia grossa 9,6,6,3 8,60 Análise física (%) Areia Limo fina 38,57 9,0 35,,53 6,09 0,85 8,63 8,87 Argila,87 38,87 5,7 53,90.. Tratamentos Foram feitos quatro tratamentos em áreas diferentes. O primeiro ocupou uma área de 0 ha; o segundo = 0 ha, o terceiro = 80 ha e o quarto = 700 ha. Em cada área foram instaladas quatro parcelas de 3 m (8m x m), onde foram realizadas as medições.. Gradagem com grade TCH6 x + subsolagem de 3 em 3m. Plantio com plantadeira, sobre o sulco do subsolador;. Subsolagem de 3 em 3 m + gradagem com Bedding, sobre o sulco do subsolador plantio com plantadeira; 3. Susolagem de em m + gradagem com Bedding, sobre o sulco do subsolador Plantio com plantadeira;. Testemunha Aração + gradagem Plantio com plantadeira. OBS.: Os equipamentos utilizados nos diversos tratamentos foram: Grade Rome (tratamento ) tipo TCH com 6 discos de polegadas, pesando 380kg. O modelo original pesa 0kg e possui 0 discos de polegadas, porém, para esse tratamento, forma retirados aos últimos discos (pontas). Tracionada por trator CTB 05. Ripper (subsolador) Modelo D7, com capacidade máxima de penetração de 7 cm e tracionado por trator CATERPILLAR D7, usado para subsolagem. Grade Bedding Equipada com rolo + 6 discos de 30 polegadas, pesando 3000 kg e tracionado por trator CATERPILLAR (D6C DD). Arado (tratamento ) SANS E.R., com discos de 8 polegadas, pesando 500 kg e tracionado por um trator CBT 05. Grade (tratamento ) ROME, tipo TCH, com 0 discos de polegadas, pesando 0 kg e tracionado por um trator CBT 05. 3. RESULTADOS A medição foi realizada aos meses de idade. Foram medidos os diâmetros (DAP) e as alturas de todas as árvores de cada parcela.

De posse desses dados, foi calculado o volume cilíndrico (m 3 /ha), o coeficiente de variação das alturas, a porcentagem de sobrevivência e a altura média das cinco árvores mais altas. Quadro. Volume médio (volume cilíndrico), por repetição, em cada tratamento (m 3 /ha). 3 Repetições I II III IV 7,67,866,3,558 3,6,70 0,50 8,98 7,58 8,3 38,036 6, 6,385,68 3,686,37 Médias 8,9,9 37,63 7,55 Quadro 3. Coeficiente de variação das alturas, por repetição, em cada tratamento. 3 Repetições I II III IV, 8,9 30,96 30,96 5,63 0,0,5,5 5,0 3,0,7,0 3,6,9,9,35 Médias 7,,65 3,7 3,0 Quadro. Altura média das 5 árvores mais altas, por repetição, em cada área 3 Repetições I II III IV 7,8 7, 7,8 6,9 7,9 7,0 7,36 7,90 9,30 8, 8,9 8, 6,78 7,8 7,86 6,96 Médias 7,38 7,65 8,7 7,36 Quadro 5. Percentagem de sobrevivência, por repetição, em cada área. 3 Repetições I II III IV 83 8 78 78 00 96 90 83 86 9 83 93 8 8 86 93 Médias 80, 9,7 88,5 85,7. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS O exame dos quadros de médias (, 3, e 5) mostra que todos os parâmetros levantados, ou seja, volume cilíndrico, coeficiente de variação das alturas, altura média das 5 árvores mais altas e porcentagem de sobrevivência foram aparentemente afetados pelos tratamentos aplicados. Considerando o volume cilíndrico (Quadro ), verificase que o volume médio obtido no tratamento 03 (subsolagem com Ripper de em m + gradagem com Bedding

sobre o sulco do Subsolador e plantio com plantadeira) é % superior ao volume obtido para o tratamento 0 (Testemunha aração + gradagem tradicional). Comparandose ainda o volume do tratamento 03 com o tratamento 0 (subsolagem com Ripper de 3 em 3 m + gradagem com Bedding sobre o sulco do subsolador e plantio com plantadeira), verificase que é o segundo melhor resultado, observandose uma diferença de 5%. Da mesma forma, coeficiente de variação das alturas, que de certa forma exprime a homogeneidade em altura de um povoamento, é menor no tratamento 03 (3,7%). Este é um valor que pode ser considerado baixo, ainda mais quando se leva em conta os valores obtidos para a mesma espécie e idade em plantios de Carbonita (30,%), Bom Despacho (9,3%) e Santa Bárbara (0,8%). O maior coeficiente de variação encontrado foi para o tratamento 0, seguido de perto pelos tratamentos 0 e 0. Um outro parâmetro estudado foi a altura das cinco árvores mais altas. Também neste caso, o melhor tratamento foi o 0,3, com média de 8,7 m, e o pior, o tratamento 0, com média de 7,36 m, mostrando uma diferença de 8,5%. Quanto à porcentagem de sobrevivência, o melhor resultado foi o tratamento 0 que foi 6,% melhor que o tratamento 03, portanto, pequena diferença. O pior resultado foi o encontrado para o tratamento 0 que é,5% inferior ao tratamento 0. Devese levar em conta que, nesta idade ( meses) é muito cedo para que se possam tirar conclusões definitivas. Os resultados apresentados fornecem apenas as primeiras tendências, por isso mesmo não devem ser feitas extrapolações. Outro fator a ser destacado é quanto a ocorrência de chuvas na região, em 78/79, que foi excepcional, tnedo, em 3 ou meses, chovido uma quantidade sensivelmente maior aquela que ocorre normalmente durante todo ano, cerca de 900 mm. Como o maior problema para a instalação de florestas na região é a falta d água, esta precipitação anormal pode ter influenciado os resultados. Ainda, resta agora tecer algumas considerações sobre o desempenho dos implementos e o custo de cada tratamento. No quadro seguinte, temse os rendimentos dos diversos implementos em cada tratamento. Quadro 6. Produtividade dos implementos em cada tratamento 0 0 03 0 Produtividade (ha/hora) Ripper Bedding Arado Grade Plantadeira 0,76,95,6 0,76,3 0,33 0,8,3 0,33 0, 0,76 0,89 Podese observar que o rendimento da plantadeira na área que recebeu o tratamento 0 (subsolagem de 3 em 3 m + grade TCH) é 6% maior que o rendimento da parcela testemunha (tratamento 0) e 333% maior que o rendimento obtido nos tratamentos 0 (subsolagem de 3 em 3 m + gradagem com Bedding) e 03 (subsolagem de em + grade Bedding). O motivo dessas diferenças é que, no caso do tratamento 0, o terreno foi apenas gradeado com grade leve (380 kg), ficando o solo pouco revolvido (5 a 0 cm de profundidade). Tal fato facilita o desempenho do trator que traciona a plantadeira, evitando que as rodas deslizem no terreno molhado. Por outro lado, o sulcador da plantadeira não encontra resistência, pois desliza sobre o sulco feito pelo Ripper.

Para o caso dos tratamentos 0 e 03, a queda de rendimento da plantadeira é devido ao camaleão formado pela grade Bedding, para o qual a plantadeira não está adaptada. Tanto a altura do sulcador como a altura da ponta da esteira que distribui as mudas não são dimensionadas para este tipo de serviço. Também o rendimento da gradagem foi alterado no tratamento 0. Existe uma diferença de 5% entre o rendimento da gradagem deste tratamento e o rendimento dessa operação na parcela testemunha (tratamento 0). O motivo disto é que no tratamento 0, a grade TCH foi aplicada sobre o terreno já revolvido pelo subsolador, enquanto que no tratamento 0 o equipamento foi aplicado sobre terreno arado. O arado naquelas condições de solo penetra no máximo 0 cm e isto prejudica a atuação da grade. O desempenho da grade Bedding é o mesmo, tanto para áreas com subsolagem de,0 em,0 m como para áreas com subsolagem de 3,0 em 3,0 m, o desempenho do subsolador, quando passado de 3,0 m em 3,0 m, é 7% maior do que quando passado de,0 em,0 m. Isto ocorre porque, para o primeiro caso, o trator traciona apenas subsolador, passandoo de 3,0 em 3,0 m, enquanto que no segundo caso, o mesmo trator (D.7) traciona 3 subsoladores. No quadro que se segue está um levantamento dos custos de cada conjunto de equipamento. Os custos existentes eram de janeiro de 978 e foram corrigidos aplicandose a taxa de 0%. Quadro 7. Custo horário por operação Implementos Trator D7 + subsolagem Trator D6 + Bedding Trator CBT + Arado Sans Trator CBT + Grade TCH Trator CBT + Plantadeira + 9 homens Custo (Cr$/h).050,00 85,00 37,00 37,00 503,00 Se forem considerados os custos por tratamento, temse: Quadro 8. Custos por tratamento (Cr$/ha) Testemunha Custo (Cr$/ha) Percentual em relação a testemunha = 00.Grade TCH + Subsolador de 3 em 3 m + plantio com plantadeira. Grade Bedding + Subsolador de 3 em 3 m + plantio c/ plantadeira 3. Grade Bedding + Subsolador de em m + plantio c/ plantadeira. Grade TCH + Arado Sans + plantio c/ plantadeira.85,00.978,0 5.88,0.95,30 9,77 5,77 30,00 00,00 Quando se considera o custo do tratamento (testemunha) igual a 00, o custo do tratamento é igual a 9,77; o do tratamento é de 5,77 e o 3 é de 30,00. Assim sendo, para se ter vantagem em efetuar o tratamento 3 (Grade Bedding + Subsolagem de em m

e plantio com plantadeira), o desenvolvimento do eucalipto nesse tratamento deve ser bem superior ao dos outros. Devido a baixa idade em que se encontra o ensaio experimental ( meses), ainda não é possível tecer maiores considerações sobre os dados econômicos. 5. CONCLUSÕES De acordo com o exposto, podemse tirar as seguintes conclusões: O método de preparo de solo afeta, sobremaneira, o desenvolvimento, a homogeneidade e a sobrevivência do eucalipto, até a idade de meses, plantado naquelas condições de solo e clima. A Grade Bedding influencia favoravelmente o desenvolvimento, a homogeneidade e a % de sobrevivência do eucalipto plantado naquelas condições (comparar resultados dos tratamentos 0 e 0). O uso do subsolador influencia positivamente os parâmetros citados anteriormente, sendo que, quando se usa o equipamento de,0 em,0 m, os resultados são melhores do que os dos tratamentos 0 e 0 onde a subsolagem foi de 3,0 em 3,0 m. O melhor tratamento foi o número 03, onde a subsolagem foi feita de,0 em,0 m, a gradagem com a Bedding, sobre o sulco do subsolador e o plantio com plantadeira, sendo este também o tratamento que apresentou o maior custo por ha. A limitação que existe para a adoção da subsolagem nas áreas de Várzea da Palma é a grande variabilidade dos solos, da região, existindo manchas de solo argiloso aptos à subsolagem, intercalandose com manchas do solo arenoso onde a subsolagem seria desnecessária e ineficiente. Para utilização do subsolador nos solos da área, seria necessário um mapeamento detalhado do local, visando localizar as áreas aptas a subsolagem e, ainda, estudar a distribuição dessas áreas argilosas dentro das áreas arenosas, a fim de se estudar o deslocamento dos equipamentos. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BUCKMAN, H.O. & BRADY, H.C. Natureza e propriedade dos solos. São Paulo, Freitas Bastos, 968. GOODLAND, R. Oligotrofismo e alumínio no Cerrado. Simpósio sobre o Cerrado, 3, São Paulo. 97. REZENDE, G.C. & SUITER FILHO, W. Relatório sobre os solos. Departamento de Várzea da Palma. Belo Horizonte, Cia Agrícola e Florestal Santa Bárbara, 978.

Esta publicação é editada pelo Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais, convênio Departamento de Silvicultura da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo. É proibida a reprodução total ou parcial dos artigos publicados nesta circular, sem autorização da comissão editorial. Periodicidade irregular Permuta com publicações florestais Endereço: IPEF Biblioteca ESALQUSP Caixa Postal, 9 Fone: 33080 3.00 Piracicaba SP Brasil Comissão Editorial da publicação do IPEF: Marialice Metzker Poggiani Bibliotecária Walter Sales Jacob Comissão de Pesquisa do Departamento de Silvicultura ESALQUSP Prof. Hilton Thadeu Zarate do Couto Prof. João Walter Simões Prof. Mário Ferreira Diretoria do IPEF: Diretor Científico Prof. João Walter Simões Diretor Técnico Prof. Helládio do Amaral Mello Diretor Administrativo Nelson Barbosa Leite Responsável por Divulgação e Integração IPEF José Elidney Pinto Junior