22/06/2016. Profª: Martha Aguiar 1

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Transcrição:

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: Profª: Martha Aguiar E-mail: profmarthaaguiar@gmail.com 1 III apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório; (FUNÇÃO OPINATIVA) 2 A extensa redação do inciso III do art. 71 costuma gerar dúvidas! Para que isso não ocorra, faremos o estudo do artigo da apreciação, para fins de registro, dividido em duas partes : Atos de admissão de pessoal; (1ª parte) Concessões de aposentadorias, reformas e pensões. (2ª parte) III [apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, [excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão], bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões], [ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório]; O dispositivo alcança os servidores públicos federais, civis e militares ou seus beneficiários. A APRECIAÇÃO realizada pela Corte de Contas consiste em conceder ou negar o REGISTRO DO ATO. 3 1ª parte: apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal Importante notar que as contratações do poder público se dividem em três grupos basicamente: 1. as contratações de servidores (estatutários) e a de empregados (celetistas) admitidos em concurso público; 2. as admissões em caráter temporário previstas na Lei nº 8.745/93 que regula as contratações por tempo determinado para atender necessidade temporária de excepcional interesse público. 3. as nomeações para cargo em comissão. Ao TC cabe apenas a análise, para fins de registro, das nomeações decorrentes de concurso público (1) e para as decorrentes de processo seletivo simplificado (2) (nomeação de servidores por tempo determinado). O TC NÃO analisa as nomeações para cargo de provimento em comissão. (3) 4 2ª parte: apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos das concessões de aposentadorias, reformas e pensões O TCU verifica a legalidade da aposentadoria e determina a efetivação, ou não de seu registro. Constatada a ocorrência de vício de legalidade no ato concessivo de aposentadoria, torna-se lícito ao TCU, especialmente ante a ampliação do espaço institucional de sua atuação fiscalizadora, recomendar ao órgão ou entidade competente que adote as medidas necessárias ao exato cumprimento da lei, evitando, desse modo, a medida radical da recusa de registro. Se o órgão de que proveio o ato juridicamente viciado recusar-se a dar execução a diligência recomendada pelo TCU, reafirmando seu entendimento quanto à plena legalidade da concessão da aposentadoria, caberá à Corte de Contas, então, pronunciar-se definitivamente, sobre a efetivação do registro. 5 É relevante registrar que a apreciação do registro das APOSENTADORIAS, REFORMAS E PENSÕES pelas Cortes de Contas alcança apenas os SERVIDORES ESTATUTÁRIOS, NÃO incluindo as de contratados pelo regime celetista, concedidas e pagas pela Previdência Social, obedecendo a regime próprio. O importante é observar quem paga as aposentadorias, ou seja, se o recurso sai dos cofres do Tesouro Nacional. Se sim, o TCU vai atuar. Este é o foco. Se o servidor for estatutário, portanto tendo sua aposentadoria paga à conta do Tesouro Nacional, o seu ato de aposentadoria será apreciado pelo Tribunal de Contas. Caso seu regime seja celetista, sua aposentadoria será paga à conta do INSS. Nesta caso, o TCU não atuará. 6 1

2ª parte: apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos das concessões de aposentadorias, reformas e pensões Quanto às aposentadorias, reformas e pensões, o TC analisa apenas o ato inicial concessório, mas NÃO eventuais melhorias posteriores que NÃO venham a alterar o fundamento legal do ato concessório, como por exemplo, os reajustes anuais, as reclassificações de carreira (que porventura tenham reflexos na aposentadoria, por exemplo). Sobre a exceção da segunda parte do inciso, podemos citar que um reajuste no valor dos proventos de aposentadoria não tem a sua legalidade analisada pelo TCU. Já uma alteração na modalidade de aposentadoria (ex.: aposentadoria por tempo de contribuição, por idade, aposentadoria por invalidez e aposentadoria compulsória), quando é o caso de modificação do fundamento legal, passa pela análise do TCU. 7 APRECIA TCU NÃO APRECIA A legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qq título, na Adm. Direta e Indireta (incluindo as Fundações instituídas e mantidas pelo Poder Púb. A legalidade das concessões de aposentadorias, reformas e pensões civis e militares. As nomeações para cargo de provimento em COMISSÃO. As melhorias posteriores das aposentadorias, reformas e pensões que tiverem o mesmo fundamento legal do ato concessório. 8 Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: Função FISCALIZADORA do TCU IV realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II; 9 As INSPEÇÕES e AUDITORIAS do TCU poderão ter 2 origens: Por iniciativa própria do TCU DEPUTADOS e SENADORES individualmente NÃO podem solicitar INSPEÇÕES e AUDITORIAS ao TCU Atenção Ressalta-se, neste inciso, a autonomia funcional do TCU, para planejamento e realização de suas ações de controle, inclusive, nas unidades do Poder Legislativo, que não poderá intervir nos trabalhos, nem tampouco nos resultados advindos dos mesmos. & Por solicitação do CN Nessa hipótese somente quem pode dirigir solicitação ao TCU são as seguintes autoridades: (Art. 232 RITCU) Presidente do SF; Presidente da CD; Presidente da Comissão técnica ou de inquérito do CN, do SF ou da CD, quando por ela aprovada; 10 AUDITORIAS INSPEÇÕES Obedecem a um planejamento específico e objetivam coletar dados pertinentes aos aspectos contábeis, financeiros, orçamentários e patrimoniais; avaliar do ponto de vista do desempenho operacional suas atividades e sistemas; aferir resultados alcançados pelos programasde governo. Visam a suprir omissões e lacunas de informações, esclarecer dúvidas ou apurar denúncias acerca de fatos administrativos praticados por responsáveis sujeitos a sua jurisdição. 11 Deputado ou Senador individualmente NÃO pode solicitar auditorias e inspeções ao TCU; Se a prova cobrar a literalidade da CF, NÃO há de se falar em CONGRESSO NACIONAL, e sim em CÂMARA DOS DEPUTADOS e SENADO FEDERAL, conforme expresso na CF. (Já foi questão de prova) O TCU pode realizar auditorias nas unidades administrativas de TODOS os poderes. 12 2

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: V fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo; (CF: ART. 71, V) 13 EMPRESAS SUPRANACIONAIS Empresas constituídas com capital de mais de um país. Se houver RECURSOS PÚBLICOS FEDERAIS, na Empresa Supranacional haverá a jurisdição do TCU. No caso de EMPRESA ESTRANGEIRA com parte do capital público federal, o TCU terá jurisdição APENAS sobre as CONTAS NACIONAIS. Não sobre toda a empresa estrangeira. Essa atribuição do TCU decorre do princípio da jurisdição pela fonte de recursos, já que o que atrai a competência de fiscalizar do TCU é a existência de RECURSOS PÚBLICOS. O critério para determinar a jurisdição não é pessoal, mas sim baseado na ORIGEM DOS RECURSOS. 14 O exemplo mais comum é a Itaipu Binacional, cujo capital social pertence aos governo Paraguaio e Brasileiro. O TCU tem jurisdição sobre as contas nacionais. Não importa se a participação da U na empresa não seja majoritária, muito menos a forma dessa participação, se direta ou indireta. A CF afirma que sendo direta ou indireta tal participação, tem o TCU competência para fiscalizá-las. 15 OBS1: Se uma empresa possuir recursos públicos de dois Estados brasileiros diferentes? R: Cada TCE cuidará das contas respectivas que façam parte do seu Estado. OBS2: Para que o TCU possa fiscalizar as contas de uma empresa com recursos federais, é necessário que a U detenha maioria do capital? R: Não. Desde que a U participe, mesmo sendo com capital minoritário vai atrair a fiscalização do TCU, já que há recursos públicos federais. Decorre do Princípio da Jurisdição da fonte do recurso. 16 Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: VI fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município; (CF: Art. 71, VI) A fiscalização não se cuida da totalidade dos recursos da União repassados aos entes federados, mas sim daqueles efetuados mediante TRANFERÊNCIAS VOLUNTÁRIAS, por intermédio de CONVÊNIOS ou OUTROS INSTRUMENTOS CONGÊNERES. CONVÊNIO é um tipo de ajuste entre a União e um órgão estadual, municipal ou até mesmo uma entidade privada, como um organização nãogovernamental. Como a U tem interesse em determinado projeto ela manda recursos e o convenente, a pessoa recebedora dos recursos, executa o projeto. CONVÊNIO, portanto, é uma TRANSFERÊNCIA VOLUNTÁRIA de recursos. Voluntária porque não há obrigatoriedade de se transferir. A União faz porque está interessada em determinado projeto. 17 18 3

Entretanto, a U também repassa recursos aos E e aos M de modo não voluntário (TRANSFERÊNCIAS OBRIGATÓRIAS). É o caso das repartições tributárias de receitas e dos Fundos de Participação dos E e dos M (FPE e FPM). Neste caso, a U não tem opção: deve mandar o recurso. Ela é obrigada porque os recursos são originários dos E ou dos M, conforme o caso. Nesse sentido, NÃO cabe a fiscalização do TCU. Por sua vez, o STF firmou o entendimento de que os recursos repassados pelo SUS (Sistema Único de Saúde) aos E, ao DF e aos M, constituem RECURSOS FEDERAIS e que, dessa forma, estão sujeitos à fiscalização do TCU, quer sejam os mesmos repassados pela U mediante convênio, quer sejam repassados com base em outro instrumento ou ato legal. 19 Questão do sigilo bancário: Tem o TCU competência para determinar a quebra do sigilo bancário, fiscal ou telefônico de pessoas sob a sua investigação? R: Não, o TCU não pode quebrar o sigilo bancário, fiscal ou telefônico de quem quer que seja, tal atribuição é exclusiva do PJ e NÃO extensiva ao TCU. Entretanto, o convenente, ou seja, o recebedor de recurso público federal é obrigado a fornecer ao TCU quando solicitado o extrato da conta específica do convênio. Portanto, não se pode alegar sigilo bancário quando a conta envolvida for de recursos federais. Outrossim, os órgão públicos federais sob a jurisdição do TCU também não podem recusar-se a exibir seus extratos bancários. O STF, em sucessivas decisões, tem negado ao Tribunal de Contas a possibilidade de acessar dados, sob a alegação de proteção aos sigilos bancário e fiscal. Obs: A Lei Complementar 105/2001 conferiu ao Poder Judiciário, Poder Legislativo Federal e as Comissões Parlamentares Profª de Martha Inquérito Aguiar a quebra do sigilo bancário.20 Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: Função informativa pelo TCU VII prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas; (CF: ART. 71, VII) 21 Como o Congresso Nacional é o titular do controle externo, mais do que natural que ele possa solicitar informações sobre auditorias, fiscalizações, etc, realizadas pelo TCU, sobre a FISCALIZAÇÃO Contábil, Financeira, Orçamentária, Operacional e Patrimonial (FOCO PATRIMONIAL). Entretanto, interessante notar que também qualquer comissão pode solicitar essas informações, mas um deputado ou senador INDIVIDUALMENTE NÃO. OBS: Neste inciso, a referência é a QUAISQUER das respectivas COMISSÕES, ao passo que no inciso IV do art. 71 (realização de auditorias e inspeções), já trabalhado, a referência é a COMISSÃO TÉCNICA ou de INQUÉRITO. A redação dada ao inciso VII é mais abrangente, pois inclui eventuais COMISSÕES TEMPORÁRIAS ou ESPECIAIS que não sejam classificadas como TÉCNICAS ou de INQUÉRITO. A solicitação é formalizada por EXPEDIENTE dirigido ao Presidente do TCU e assinado pelo Presidente das instituições e comissões habilitadas. 22 Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: Função sancionatória do TCU VIII aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário; (CF: ART. 71, VIII) 23 O TCU possui a prerrogativa dada pela própria CF para a aplicação de sanções previstas em lei (Lei nº 8.443/1992 Lei Orgânica do TCU é a principal, além do próprio Regimento Interno do Tribunal). Observe que, além de outras multas que estão previstas em lei, a que está prevista na própria CF é a multa proporcional ao dano causado ao erário. Nos termos do Lei Orgânica o TCU pode aplicar as seguintes SANÇÕES: a) inabilitação para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança na administração pública federal pelo prazo de 5 a 8 anos; b) declaração de inidoneidade do licitante fraudador; c) multa (até o valor definido anualmente em regulamento); d) multa proporcional ao dano causado ao erário (no caso de gestor julgado em débito). O TCU pode ainda propor que o débito seja descontado diretamente da remuneração do servidor, caso ele seja federal, nos limites impostos pela Lei 8112/90. Não podem ser descontados do servidor em seu salário os valores correspondentes a multas. 24 4

OBS 1 A multa não transpassa da pessoa condenada pelo TCU em caso de falecimento. Isso por que a CF assegura que a pena não passará da pessoa do acusado. Sendo a multa do TCU uma penalidade ela não se transfere aos herdeiros do falecido. Entretanto, subsiste a obrigação dos herdeiros em reparar o débito até o limite do quinhão transferido. OBS 2 O gestor que tiver suas contas julgadas irregulares terá o seu nome inscrito em uma lista de inelegíveis para cargo eletivo que é enviada regularmente ao TRE. OBS 3 O STF já firmou entendimento de que a aplicação dessas penalidades independe de dano ao erário. OBS 4 Segundo RITCU, Art. 218. Provado o pagamento integral, o Tribunal expedirá quitação do débito ou da multa ao responsável. Parágrafo único. O pagamento integral do débito ou da multa não importa em modificação do julgamento quantoprofª àmartha irregularidade Aguiar das contas. 25 Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: COMPETÊNCIA CORRETIVA DO TCU IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade; (CF: ART. 71, IX) 26 O TCU pode fixar prazo para saneamento de alguma irregularidade verificada em alguma despesa ou em contas apresentadas, independentemente de qualquer aplicação de sanção. O ato viciado (um bom exemplo é um edital de licitação) deverá ser saneado dentro desse prazo fixado pelo Tribunal. O descumprimento de uma determinação, quando verificado posteriormente, enseja a aplicação de multa. O TCU fixa prazo para que a irregularidade seja sanada Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: COMPETÊNCIA INFORMATIVA DO TCU SANOU DENTRO DO PRAZO OK. ENCERRA O PROCEDIMENTO NÃO SANOU/DESCUMPRIU APLICAÇÃO DE MULTA 27 XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados. (CF: ART. 71, XI) 28 ATO Quanto à questão da representação, Maria Sylvia Zanella Di Pietro comenta que a representação é a denúncia de irregularidades feita perante a própria Administração. A representação tratada neste inciso é a própria representação que os servidores do TCU encaminham, não ao TCU, mas ao Poder competente, principalmente quando realizando auditorias ou inspeções. ATENDIDO TC constata ILEGALIDADE Assina prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei (art. 71, IX). NÃO ATENDIDO 29 Encerra o procedimento TC SUSTA a execução do ato impugnado, comunicando a decisão ao PL. 30 5

ATOS Quando o TC se deparar com um ato ILEGAL e havendo possibilidade de saneamento por parte da Administração Pública, a CF determina que o TC conceda a esta um prazo para correção do ato. Perceba que o TCU NÃO ANULA o ato, prerrogativa esta da própria Administração que o praticou ou do Poder Judiciário. Se a Administração Pública não corrigir o seu ato (já que só ela pode fazer isso, pois o TC não pode fazê-lo por conta própria) o TC finalmente SUSTARÁ a sua execução. O que o Tribunal faz é suspender a eficácia do ato, o que é diferente de anulá-lo. A CF determinou também que depois de sustar o ato, o TC deve dar conhecimento dessa decisão à CD e ao SF. 31 SUSTAÇÃO DE CONTRATOS Art. 71. 1º - No caso de CONTRATO, o ato de sustação será adotado diretamente pelo CONGRESSO NACIONAL, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis. Art. 71. 2º - Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de NOVENTA dias, não efetivar as medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal DECIDIRÁ a respeito. Atenção!!! Estas competências contidas nos 1º e 2º são competências conjuntas do TCU e do Congresso Nacional. 32 CONTRATO TC constata ILEGALIDADE Assina prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei (art. 71, IX). NÃO ATENDIDO TC comunica os fatos ao PL. ATENDIDO Encerra o procedimento Se o PL ou PE, no prazo de 90 dias, não PL adota diretamente a efetivar as medidas sustação e solicita, de previstas, TC imediato, ao PE as decidirá a respeito medidas cabíveis 33 CONTRATO Quando o TC verificar ilegalidade em CONTRATOS Administrativos, o ato de sustação será adotado diretamente pelo CONGRESSO NACIONAL, mediante DECRETO LEGISLATIVO, que solicitará, de IMEDIATO, ao Executivo as medidas cabíveis. Caso o Poder Legislativo e Executivo, no prazo de 90 dias, não efetivarem as medidas cabíveis, o TC decidirá a respeito. Quanto a expressão decidirá a respeito, parte da doutrina considera que o: TC pode sustar a execução do contrato; e A outra considera que ele apenas poderá aplicar sanções e determinar o ressarcimento em face da ilegalidade (art. 71, VIII), mas nunca sustar execução. Posicionamento do TCU: O TCU, embora não tenha poder para anular ou sustar CONTRATOS ADMINISTRATIVOS, tem competência, para determinar à autoridade administrativa que promova a anulação do contrato e, se for o caso, dalicitação dequese originou. 34 a) Ato administrativo TCU pode, se não atendido, determinar a sustação, comunicando o feito à CD e ao SF; b) Contrato TCU não pode determinar a sua sustação que cabe exclusivamente ao CN, cujo dever é oficiar ao PE; na inércia de um ou de ambos, o TCU decidirá; c) Jurisprudência do STF entende que embora o TCU não possa determinar a sustação do contrato, pode determinar ao órgão que o suste. 35 Art. 71. 3º: As decisões do TCU de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de TÍTULO EXECUTIVO. Em obediência ao princípio da simetria, iguais características terão as decisões dos Tribunais de Contas Estaduais e Municipais. Título Executivo: já passível de cobrança. Ação de execução, sem necessidade de discutir a dívida no âmbito do PJ. 36 6

Não são todas as decisões do TCU que terão eficácia de título executivo. São apenas as decisões de que resulte imputação de débito ou multa. Atenção! Outra observação é que a eficácia de título executivo é também tratada nas provas como título executivo EXTRAJUDICIAL. É muito lógico, observe: só seria judicial se fosse emitida pelo Poder Judiciário. Como se trata do TCU, um Tribunal de natureza administrativa, diz-se extrajudicial. Todavia, o STF já decidiu que não compete às CORTES DE CONTAS proceder à EXECUÇÃO DE SUAS DECISÕES. Cabe observar que o TCU apenas condena, mas não cobra judicialmente a dívida, cabendo à Advocacia- Geral da União (AGU) proceder à cobrança. 37 Assim, o TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL, oriundo de decisão condenatória proferida pelas Cortes de Contas, deve ser executado pelos órgãos próprios da Adm. Pública, como a ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO e das PROCURADORIAS DOS ESTADOS E MUNICÍPIOS. Logo, não competem as Cortes de Contas procederem à execução de suas decisões. A condenação em débito ou multa é feita pelo Tribunal de Contas, mas a cobrança judicial da dívida compete ao erário ou cofre credor (União, Estados, DF, Municípios ou outras entidades personalizadas), que devem providenciá-los por meio de seus órgãos de defesa jurídica. CF. Art. 37 5º - A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento. OBS As decisões proferidas pelo TC que determine ressarcimento de dano são IMPRESCRITÍVEIS. OBS Já a cobrança da multa está sujeita a prescrição. 38 A natureza jurídica das decisões do Tribunal de Contas é Administrativa. Sendo a decisão de um TC um ato administrativo, poderá ser objeto de controle por parte do Poder Judiciário. A decisão do Tribunal de Contas vincula a Administração Pública, que deverá cumprir as deliberações do TC ou ingressar com a ação própria no Judiciário, caso discordem. A conveniência e oportunidade da despesa pública não são passíveis de fiscalização pelo TC. Pode haver exame das decisões dos Tribunais de Contas pelo Judiciário, exclusivamente nos casos de vício formal ou de ilegalidade manifesta. As decisões de Tribunais de Contas que julgam contas fazem coisa julgada administrativa formal e material. Decisões dos Tribunais de Contas que imputem débito ou multa têm eficácia de título executivo extrajudicial. A prolação da decisão de Tribunais de Contas dispensa o processo de conhecimento no Poder Judiciário e a inscrição do débito na dívida ativa da administração para viabilizar a cobrança executiva. 39 CF/88 - Art. 5º: LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; A cláusula do devido processo legal está relacionada a uma garantia de natureza processual, no qual aquele que será atingido pela privação tenha parte no processo em que se decida a respeito daquele atingimento. A atuação do TC se dá por meio do processo administrativo. São atributos do devido processolegal: AMPLA DEFESA (possibilidade de produzir provas); CONTRADITÓRIO (direito de tomar conhecimento de tudo que se passa no processo); MOTIVAÇÃO DA DECISÃO (direito de saber o porquê da decisão e da prevalência ou não dos argumentos de defesa) e; RECORRIBILIDADE (possibilidade de recorrer ao próprio TC de uma decisão desfavorável). 40 A inobservância do PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL resultará em nulidade da decisão do TC. Os processos realizados pelos TCs chamam-se PROCESSOS ADMINISTRATIVOS DE CONTROLE que são aqueles em que a Administração realiza verificações e declara situação, direito, conduta do servidor, com caráter vinculante para as partes. Quando neles se deparam irregularidades puníveis, exigem-se o contraditório e ampla defesa. Há uma diferença entre o processo administrativo comum e o de controle, pois nesse segundo, na fase investigatória, não há que se falar em contraditório e ampla defesa. Essa fase diz respeito à coleta de dados (inspeções, auditorias, informações e documentos, por parte da equipe técnica do TC) culminando com a elaboração de relatório técnico, o qual poderá concluir pela regularidade da gestão (e seguirá direto para a fase decisória) ou pela constatação de irregularidades. Nesse caso, dá-se inicio a fase dialética onde os responsáveis terão direito a ampla defesa e contraditório. 41 Art. 71. 4º - O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente, relatório de suas atividades. Caberá, no Congresso, à Comissão Mista Permanente de Planos, Orçamento Público e Fiscalização a emissão de um parecer sobre os relatórios trimestrais enviados pelo TCU, nos quais são descritas as atividades do TCU no período. MACETE! Além de uma vez no ano, o TCU (3 letras) também encaminha tais relatórios TRIMESTRALMENTE. 42 7

COMPETÊNCIAS Apreciar as contas ANUAIS do chefe do PE (função consultiva / opinativa). Julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos (função judicante). Apreciar a legalidade dos atos de admissão de pessoal e de concessão de aposentadorias, reformas e pensões (função fiscalizadora). Realizar inspeções e auditorias por iniciativa própria ou por solicitação do CN (função fiscalizadora). Fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais (função fiscalizadora). Fiscalizar a aplicação de recursos da U repassados a E, DF e M (função fiscalizadora). Prestar informações ao CN sobre fiscalizações realizadas (função informativa). Aplicar sanções previstas em lei (função sancionatória). Assinar prazo para o órgão ou entidade adotar as providências necessárias (função corretiva). Sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à CD e ao SF (função corretiva). Representar ao poder competente sobre irregularidades ou abusos (função informativa). DISPOSITIVO Art. 71, I Art. 71, II Art. 71, III Art. 71, IV Art. 71, V Art. 71, VI Art. 71, VII Art. 71, VIII Art. 71, IX Art. 71, X Art. 71, XI Art. 72. - A Comissão mista permanente a que se refere o art. 166, 1º, diante de indícios de despesas não autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não programados ou de subsídios não aprovados, poderá solicitar à autoridade governamental responsável que, no prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos necessários. COMISSÃO MISTA COMISSÃO MISTA DE PLANOS, ORÇAMENTOS PÚBLICOS E FISCALIZAÇÃO CMPOF A CMPOF solicitará à autoridade competente as explicações quanto à DESPESA NÃO AUTORIZADA. 44 CMPOF Art. 72. 1º - NÃO prestados os esclarecimentos, ou considerados estes insuficientes, a Comissão solicitará ao TRIBUNAL pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no prazo de trinta dias. Caso a Autoridade Governamental não apresente os esclarecimentos necessários no prazo de 5 DIAS, A CMPOF solicitará ao TC, no prazo de 30 DIAS, PRONUNCIAMENTO CONCLUSIVO sobre a matéria. PRESTOU Diante de indícios de dps. não autorizadas ou de subsídios não aprovados: Solicita explicações a autoridade responsável (5 dias) NÃO PRESTOU OU PRESTOU INSUFICIENTE Art. 72. 2º - Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comissão, se julgar que o gasto possa causar dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá ao Congresso Nacional sua sustação. 45 OK A CMPOF solicita ao TC pronunciamento conclusivo (30 dias) Se o TC considerar a despesa irregular e a comissão julgar que se trata de dano irreparável ou grave lesão à economia popular, proporá ao CONGRESSO NACIONAL sua sustação. 46 Diante de Indícios de despesas NÃO AUTORIZADAS, ainda que sob a forma de investimentos não programados ou de subsídios não aprovados 4º passo TCU Emitirá pronunciamento CONCLUSIVO sobre a matéria em 30 dias. 1º passo CMPOF 2º passo CMPOF 3º passo CMPOF Solicitará à Autoridade Governamental responsável que, em 5 dias, preste os esclarecimentos necessários Examinará os esclarecimentos, caso tenham sido prestados. Caso os esclarecimentos não forem prestados OU se considerados INSUFICIENTES, a CMPOF solicitará ao TCU pronunciamento CONCLUSIVO sobre a matéria em 30 dias. 47 5º passo CMPOF Caso o TCU entenda que a Despesa é irregular, a CMPOF julgará se o gasto pode causar dano irreparável ou grave lesão à economia pública. 6º passo CMPOF Em caso afirmativo, a CMPOF proporá ao CN a SUSTAÇÃO da Despesa. 7º passo CN Deliberará acerca da SUSTAÇÃO da Despesa. 48 8

ATUAÇÃO DA COMISSÃO MISTA Art. 72 CF/88 Essa competência se denominou VETO ABSOLUTO PROIBITIVO ou IMPEDITIVO. A diferença dessa para a sustação de ato e contrato é: Essa despesa NÃO encontra previsão orçamentária; Na sustação de ato e contrato existe apenas ilegalidade na despesa autorizada por lei. Este inciso trata de competência conjunta da Comissão Mista, Congresso Nacional e TCU. Não temos notícia de nenhuma situação em que a norma tenha sido aplicada desde a promulgação da Constituição. 49 50 Art. 73. O Tribunal de Contas da União, integrado por NOVE MINISTROS, tem sede no DISTRITO FEDERAL, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional, exercendo, no que couber, as atribuições previstas no art. 96. A CF determina que o TCU seja integrado por 9 Ministros. Tais Ministros compõem os Colegiados do Tribunal (as Câmaras e o Plenário). Nesses colegiados são tomadas as decisões do Tribunal. 51 Logo: TCU PALAVRA COM 9 LETRAS INTEGRADO 9 MINISTROS 52 ATENÇÃO!!! A sede do TCU é em Brasília? R: NÃO!!! É no DISTRITO FEDERAL. O caput do art. 73 da CF assinala que o TCU tem sede no DF e JURISDIÇÃO EM TODO TERRITÓRIO NACIONAL. A expressão TODO TERRITÓRIO NACIONAL NÃO quer dizer que o TCU fiscalize sempre U, E e M. Tal expressão foi utilizada pelo legislador em razão de existirem órgãos e empresas em que a União participa em todos os Estados e em grande parte dos Municípios brasileiros. 53 54 9

O caput do art. 73 da CF prevê que o TCU exercerá, no que couber, as atribuições previstas no art. 96 da CF. São as competências privativas dos tribunais, que lhes asseguram AUTONOMIA ADMINISTRATIVA tais como: eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das normas de processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos; organizar suas secretarias e serviços auxiliares, velando pelo exercício da atividade correcional respectiva; prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos, os cargos necessários à sua administração, exceto os de confiança assim definidos em lei; conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos Ministros e servidores que lhes forem imediatamente vinculados; propor ao PL a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares, bem como a fixação do subsídio de seus membros; 55 Art. 73. 1º - Os MINISTROS do Tribunal de Contas da União serão nomeados dentre brasileiros que satisfaçam os seguintes requisitos: I - mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade; (Requisito OBJETIVO) II - idoneidade moral e reputação ilibada; (Requisito SUBJETIVO) III - notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública; (Requisito SUBJETIVO) IV - mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os conhecimentos mencionados no inciso anterior. (Requisito OBJETIVO) 56 Apesar do art. 73 1º possuir 4 incisos, são 5 os requisitos exigidos pela Carta Magna para a NOMEAÇÃO para MINISTRO DO TCU: 1- NACIONALIDADE: ser BRASILEIRO Não há, entre os requisitos para NOMEAÇÃO de MINISTROS, distinção entre BRASILEIROS NATOS ou NATURALIZADOS. (CAI EM PROVAS DE CONCURSOS) Logo o brasileiro NÃO PRECISA ser NATO. Portanto, é possível haver Ministro do TCU que seja brasileiro naturalizado; CRITÉRIO OBJETIVO Apesar do art. 73 1º possuir 4 incisos, são 5 os requisitos exigidos pela Carta Magna para a NOMEAÇÃO para MINISTRO DO TCU: 2- IDADE: Possuir mais de 35 e menos de 65 anos de idade; CRITÉRIO OBJETIVO 57 58 Apesar do art. 73 1º possuir 4 incisos, são 5 os requisitos exigidos pela Carta Magna para a NOMEAÇÃO para MINISTRO DO TCU: Apesar do art. 73 1º possuir 4 incisos, são 5 os requisitos exigidos pela Carta Magna para a NOMEAÇÃO para MINISTRO DO TCU: 3- IDONEIDADE MORAL e REPUTAÇÃO ILIBADA; CRITÉRIO SUBJETIVO 4- FORMAÇÃO: Notórios conhecimentos: JURÍDICOS ou CONTÁBEIS ou ECONÔMICOS ou FINANCEIROS ou de ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. CRITÉRIO SUBJETIVO 59 60 10

Apesar do art. 73 1º possuir 4 incisos, são 5 os requisitos exigidos pela Carta Magna para a NOMEAÇÃO para MINISTRO DO TCU: 5- EXPERIÊNCIA: + de 10 anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os notórios conhecimentos : JURÍDICOS ou CONTÁBEIS ou ECONÔMICOS ou FINANCEIROS ou de ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Requisitos OBJETIVOS: NACIONALIDADE IDADE EXPERIÊNCIA Já os de FORMAÇÃO e principalmente, de IDONEIDADE MORAL e REPUTAÇÃO ILIBADA têm suscitado acesos debates por ocasião de indicações polêmicas. CRITÉRIO OBJETIVO 61 62 Art. 73. 2º - Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão ESCOLHIDOS: (9 MINISTROS) I 1/3 pelo PR, com aprovação do SF, sendo 2 alternadamente dentre AUDITORES e MEMBROS do MP junto ao Tribunal, indicados em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antiguidade e merecimento; Requisitos: atender ao disposto no Art. 73. 1º. (As indicações do PR devem ser aprovadas pelo SF 3 Ministros por RESOLUÇÃO DO SENADO, por voto secreto, após arguição pública. 63 Os nomes indicados pelo PR são submetidos à aprovação do SF (sabatinados pelo SF) em votação secreta, por maioria de votos, após arguição pública. Somente se confirmada a indicação, poderá proceder-se à nomeação. 64 Quanto aos critérios, além dos Requisitos: Art. 73. 1º, um dos nomes deve: 1 dentre os AUDITORES: são escolhidos por lista tríplice elaborada pelo Tribunal. O critério de escolha é que é alternado, entre antiguidade e merecimento. 1 dentre os membros do MPjTC - PROCURADORES: o Procurador-Geral do MPjC forma uma lista sêxtupla e a apresenta ao Plenário do Tribunal que cortará 3 nomes e formará uma lista tríplice de membros do MP junto ao Tribunal (PROCURADORES), também elaborada pelo TCU; e SOMENTE 1 nome será de LIVRE ESCOLHA do CHEFE DO PE. A 1ª vaga a ser preenchida por LISTA TRÍPLICE será a dos AUDITORES; A 2ª, a dos membros do MP de Contas. Segundo o STF, é prerrogativa do PR escolher livremente entre auditores e membros do MPTCU, em lista tríplice. Em cada caso, a 1ª LISTA TRÍPLICE será formada pelo critério de ANTIGUIDADE e a 2ª pelo critério de MERECIMENTO. 65 Art. 73. 2º - Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos: (9 MINISTROS) II 2/3 pelo CONGRESSO NACIONAL. 6 Ministros Requisitos: Art. 73. 1º (por DECRETO LEGISLATIVO) 66 11

Os 6 MINISTROS escolhidos pelo CN devem apenas satisfazer os requisitos mencionados anteriormente. Como já são escolhidos pelo PL, a CF não exige a sabatina no SF. 67 2/3 = 6 escolhidos pelo CN Escolha livre desde que preencha os requisitos: TCU Composto por 9 MINISTROS Submetidos à votação secreta no SF 1. Brasileiro: nato ou naturalizado; 1/3 = 3 indicados 2. notório saber jurídico, pelo P.R contábil, econômico, 1 AUDITOR (Ministro financeiro ou de Adm. Substituto) Púb.; 1 PROCURADOR 3. + 10 anos de exercício 1 LIVRE ESCOLHA de função 4. reputação ilibada/ Seguindo critérios de idoneidade moral; antiguidade e 5. > 35 e < 65 anos; merecimento, além de: ATENÇÃO!!! Em caso de VACÂNCIA, a competência para escolha do MINISTRO do TCU será definida de modo que mantenha a composição prevista na CF. Logo, havendo uma vaga de MINISTRO do TCU, essa deve ser preenchida conforme sua ORIGEM. Se a vaga era ocupada por alguém escolhido pelo PL, o novo membro deverá ser escolhido pelo mesmo processo, e assim por diante. Ex: Aposentadoria de MINISTRO indicado pelo CN a vaga será preenchida por indicação do CN. Aposentadoria de MINISTRO indicado por LIVRE ESCOLHA do PR PR terá o direito de indicar um nome para apreciação do SF. IMPORTANTE! Em TODOS os casos, a NOMEAÇÃO DOS MINISTROS E AUDITORES é feita pelo PR, mas quem dá POSSE é o PRESIDENTE DO TCU. CAI EM PROVA DE CONCURSOS 69 70 CF/88, art. 73, 3º: Os MINISTROS do Tribunal de Contas da União terão as mesmas Garantias, Prerrogativas, Impedimentos, Vencimentos e Vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), aplicando-se-lhes, quanto à APOSENTADORIA e PENSÃO, as normas constantes do art. 40. Art. 40 - Fala da regra geral para os servidores públicos: Assim, nos termos deste artigo, o membro do TC só poderá se aposentar voluntariamente no cargo se possuir, no mínimo, 10 anos de serviço público e 5 anos no cargo de MINISTRO ou CONSELHEIRO. OBS: O ato de aposentadoria de MINISTRO do TCU, assim como o de AUDITOR é um decreto assinado pelo PR. 71 A EC 88/2015 alterou o art. 40, 1º, II da CF. Com essa mudança a idade para aposentadoria compulsória dos Ministros do TCU foi alterada para 75 anos de idade. Inicialmente, para que essa alteração fosse estendida para os Conselheiros dependeria da edição de Lei Complementar que regulasse a matéria. Tal lei já foi editada (LC 152/2015) e, hoje, a aposentadoria compulsória dos Conselheiros dos Tribunais de Contas dos Estados e Municípios também se dá aos 75 anos de idade. 72 12

Os Ministro do TCU tem VaGa VIP = STJ NTAGENS Os MINISTROS do TCU terão as mesmas GARANTIAS, PRERROGATIVAS, IMPEDIMENTOS, VENCIMENTOS E VANTAGENS VaGa VIP --> STJ RANTIAS ENCIMENTOS MPEDIMENTOS STJ MINISTROS DO STJ e não do STF 73 RERROGATIVAS Os Ministros do TCU se aposentam pelas regras do art. 40, da CF, ou seja, o mesmo regime do servidor público civil federal. 74 EXEMPLOS VANTAGENS: Privilégios Férias (60 dias), auxílio moradia. GARANTIA: (Destinam-se a amparar e possibilitar o exercício da função) - Vitaliciedade, Inamovibilidade, Irredutibilidade de vencimentos. VENCIMENTOS: Através de subsídio que se constitui exclusivamente de parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, verba de representação ou outra espécie remuneratória LOTCU, Art. 73: Os MINISTROS do TCU terão as mesmas GARANTIAS, PRERROGATIVAS, IMPEDIMENTOS, VENCIMENTOS e VANTAGENS dos MINISTROS do SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA - STJ e somente poderão APOSENTAR- SE com as vantagens do cargo quando o tiverem exercido efetivamente por mais de CINCO ANOS. IMPEDIMENTOS: Ex.: Exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério; Dedicar-se à atividade políticopartidária. PRERROGATIVAS: (Visam proteger o próprio magistrado) - Ser recolhido a prisão especial, ou a sala especial de Estado-Maior, por ordem e à disposição do Tribunal ou do órgão especial competente, quando sujeito a prisão antes do julgamento final; Portar arma de defesa pessoal. 75 76 É VEDADO AO MINISTRO DO TCU (LOTCU: Art. 74): 1. Exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério; 2. Exercer cargo técnico ou de direção de sociedade civil, associação ou fundação, de qualquer natureza ou finalidade, salvo de associação de classe, sem remuneração; 3. Exercer comissão remunerada ou não, inclusive em órgãos de controle da administração direta ou indireta, ou em concessionárias de serviço público; 4. Exercer profissão liberal, emprego particular, comércio, ou participar de sociedade comercial, exceto como acionista ou cotista sem ingerência; 5. Celebrar contrato com pessoa jurídica de direito público, empresa pública, sociedade de economia mista, fundação, sociedade instituída e mantida pelo poder público ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a normas uniformes para todo e qualquer contratante; 6. Dedicar-se à atividade político-partidária. 77 No Art. 39, VII, do RITCU, acrescenta-se a seguinte VEDAÇÃO: Manifestar, por qualquer meio de comunicação, opinião sobre processo pendente de julgamento, seu ou de outrem, ou emitir juízo depreciativo sobre despachos, votos ou sentenças de órgãos judiciais, ressalvada a crítica nos autos e em obras técnicas ou no exercício de magistério. Também é VEDADO a MINISTRO, AUDITOR e MEMBRO DO MPjTCU intervir em processo de interesse próprio, de cônjuge, ou de parente consanguíneo ou afim, na linha reta ou na colateral, até o segundo grau (LOTCU: Art. 94), ou ainda de amigo íntimo ou inimigo capital, assim como em processo em que tenha funcionado como advogado, perito, representante do MP ou servidor da Secretaria do Tribunal ou do Controle Interno (RITCU: Art. 39, VIII). 78 13

SUBSTITUIÇÃO E VACÂNCIA Nas suas AUSÊNCIAS ou IMPEDIMENTOS por motivo de licença, férias ou outro afastamento legal, os MINISTROS serão SUBSTITUÍDOS, mediante convocação do PRESIDENTE DO TRIBUNAL, pelos AUDITORES (MINISTROS SUBSTITUTOS), observada a ordem de antiguidade no cargo, ou a maior idade, no caso de idêntica antiguidade (LOTCU: Art. 63) SUBSTITUIÇÃO Além disso, os AUDITORES serão também convocados para SUBSTITUIR MINISTROS, para efeito de quorum, sempre que os titulares comunicarem, ao Presidente do Tribunal, a impossibilidade de comparecimento à sessão. Na hipótese de VACÂNCIA do cargo de MINISTRO, em virtude de APOSENTADORIA, MORTE, EXONERAÇÃO, por exemplo, o Presidente do Tribunal convocará AUDITOR para exercer as funções inerentes aocargo vago, ATÉNOVO PROVIMENTO. 79 RITCU, Art. 41: A antiguidade do MINISTRO será determinada consecutivamente: pela posse; pela nomeação e; pela idade. Os MINISTROS, após 1 ano de exercício, terão direito a 60 dias de férias por ano. 80 68- (FUNIVERSA/SEAP-DF/AUDITOR DE CONTROLE INTERNO/2014) Entre as competências do Tribunal de Contas, cita-se a de apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, ou das mudanças ou melhorias em relação aos benefícios ou beneficiários, tal como no caso de a) cargo em comissão de servidor efetivo. b) aumento de remuneração em virtude da revisão geral anual. c) conclusão do estágio probatório. d) cargo em comissão quando não há outro vínculo com a Administração. e) concessão de pensão. 81 82 69- (FGV/MPE-RJ/ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO/2016) Determinado servidor do Ministério Público teve sua aposentadoria deferida pela Administração Superior e recebeu os respectivos proventos por pouco mais de 4 (quatro) anos. Ato contínuo, soube que o respectivo processo administrativo estava prestes a ser examinado pelo Tribunal de Contas. Em relação a esse caso concreto, é correto afirmar que: a) o registro da aposentadoria, no caso de irregularidades detectadas pelo Tribunal de Contas, pode ser negado, não sendo necessária a observância do contraditório; b) o deferimento da aposentadoria, pelo Ministério Público, consubstancia ato jurídico perfeito, que não pode ser alterado; c) o registro da aposentadoria não pode ser negado pelo Tribunal de Contas, isso sob pena deviolar a autonomia administrativa doministério Público; d) a aposentadoria, enquanto direito social, somente pode ser alterada pelo Poder Judiciário, não pelo órgão concedente ou pelo Tribunal de Contas; e) o registro da aposentadoria, pelo Tribunal de Contas, é prática que não encontra sustentação nas regras e nos princípios constitucionais. 70- (FEMPERJ/TCE/RJ/Analista Área Controle Externo/2012) Sobre o controle exercido pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), ao apreciar a legalidade dos atos de admissão de pessoal decorrentes de concurso público para provimento de cargos efetivos no âmbito da Assembleia Legislativa do Estado (ALERJ), é correto afirmar que se trata de: A) controle externo, jurisdicional-administrativo e concomitante; B) controle externo, legislativo e prévio; C) controle interno, parlamentar e posterior; D) controle externo, para fins de registro e posterior; E) controle interno, administrativo e posterior. 83 84 14

71- (CESPE/TC-DF/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/2014) Julgue os itens seguintes, relativos aos tribunais de contas. As competências constitucionais dos tribunais de contas incluem a apreciação da legalidade dos atos de admissão de pessoal, para fins de registro, e as nomeações para cargos de provimento em comissão. 72- (CESPE/Procurador Consultivo/TCE): Considerando que a contratação de pessoas, por parte do IBGE, para a realização de determinado censo, é ato por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, tal ato não deve ter a legalidade apreciada, para fins de registro, pelo tribunal de contas. 85 86 73- (TRT-14ª REGIÃO/JUIZ DO TRABALHO/2014) A respeito do controle externo realizado na fiscalização contábil, financeira e orçamentária, está CORRETO dizer que: a) É realizada pelo Tribunal de Contas da União sob a fiscalização da Câmara dos Deputados; b) Compreende a apreciação da legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração pública direta e indireta, exceto as fundações instituídas pelo Poder Público; c) Compreende a apreciação da legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração pública direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público e as nomeações para cargo em provimento em comissão; d) Na apreciação da legalidade dos atos, serão desconsideradas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório. e) É realizado pelo Congresso Nacional, com auxílio do Tribunal de Contas da União; 87 74- (FCC/TCE-PI/ASSESSOR JURÍDICO/2014) Nos termos da CE/PI, é competência do TCE/PI examinar a legalidade dos atos de concessão de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do atoconcessório. Essa matéria deve ser a) julgada mediante parecer prévio. b) julgada para fins de registro. c) apreciada para fins de registro. d) apreciada mediante parecer prévio. e) julgada mediante relatório de auditoria. 88 75- (FCC/TCE-AP/Analista de Controle Externo - Controle Externo) Nos termos da Constituição Federal, a inspeção de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial em uma unidade do Poder Legislativo, Executivo ou Judiciário pode ser realizada, pelo Tribunal de Contas, por iniciativa de a) sindicato. b) associação de classe. c) associação sem fins lucrativos. d) partidos políticos. e) comissão técnica ou de inquérito. 76- (FCC/TCE-CE/Auditor-Adaptada) São legitimados a instar o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro a realizar auditorias e inspeções: I. a Assembléia Legislativa; II. as comissões técnicas ou de inquérito da Assembléia Legislativa; III. somente as comissões de inquérito, no atinente às comissões da Assembléia Legislativa; IV. os deputados, individualmente; V. o Governador. SOMENTE estão corretas (A) I e II. (B) I e III. (C) I, II e V. (D) I, III e V. (E) I, II, IV e V. 89 90 15

77- (CAIP-IMES/Consórcio Intermunicipal Grande ABC/PROCURADOR/2015) O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, deve ser exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: a) fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo. b) apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em noventa dias a contar de seu recebimento. c) aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções que lhe compete infligir, tais como advertência, suspensão e exoneração do exercício do cargo, emprego ou função. d) julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, excluídas as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de queresulte prejuízo aoerário público. 78- (CESPE/TCE-AC/CIÊNCIAS CONTÁBEIS/2009/ADAPTADA) Acerca das normas constitucionais para o sistema de controle externo, julgue os itens a seguir: A empresa supranacional encontra-se sob a jurisdição dos órgãos de controle externo, desde que a União detenha, de forma direta ou indireta, a maioria do capital social dessa empresa, nos termos do seu tratado constitutivo. 91 92 79- (FCC/TCE-RO/Auditor/2010) Um município do Estado de Rondônia construiu um hospital. Os recursos para o financiamento dessa obra corresponderam a 40% de origem do Estado de Rondônia e 60% da União. O vencedor da licitação foi uma empresa sediada no Estado do Amazonas, mas a execução ficou a cargo de sua filial do Acre. A fiscalização da utilização desses recursos cabe a) ao Tribunal de Contas de Rondônia, uma vez que tanto a licitação como a obra foram realizadas em local de sua jurisdição. b) aos Tribunais de Contas da União e dos Estados de Rondônia, Amazonas e Acre, cada um em relação ao que lhe compete. c) ao Tribunal de Contas da União somente, uma vez que a obra envolveu recursos federais. d) ao Tribunal de Contas do Amazonas, em razão da sede da contratada, e ao Tribunal de Contas da União, quanto à parcela federal. e) ao Tribunal de Contas de Rondônia, em relação aos recursos repassados pelo Estado de Rondônia, e ao Tribunal de Contas da União, quanto à parcela federal. 93 80- (VUNESP/PREFEITURA DE ROSANA-SP/PROCURADOR/2016) O controle externo da Administração Pública do Município de Rosana, a cargo da Câmara Municipal, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, ao qual compete: a) julgar as contas do Prefeito Municipal, dos administradores e dos demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta municipal. b) fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União, mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, para a Municipalidade de Rosana. c) constatada ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas no âmbito Municipal, aplicar as sanções previstas em lei, entre elas, a multa proporcional ao dano causado ao erário e a inelegibilidade pelo prazo de quatro (4) a oito (8) anos. d) assinar prazo para que a Municipalidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade, sustando, se não atendido, os atos ou contratos eivados de ilegalidade. e) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público Municipal, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão. 94 81- (FJG-RIO/CÂMARA MUNICIPAL-RJ/CONSULTOR LEGISLATIVO/2015) De acordo com o art. 71, inciso V da Constituição Federal de 1988, compete ao Tribunal de Contas da União fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo. De acordo com a Carta Magna, pode-se afirmar que: a) empresas supranacionais não são controladas por entes públicos b) serão fiscalizadas todas as contas que se encontram no território brasileiro c) Petrobras International Braspetro B.V. é um exemplo de empresa supranacional d) caso o tratado não mencione o assunto, o TCU não terá como realizar a fiscalização 82- (CESGRANRIO/TCE-RO/AGENTE DE CONTROLE EXTERNO) A competência do Tribunal de Contas da União para fiscalizar a aplicação dos recursos repassados pela União a outros entes federativos NÃO abrange aqueles decorrentes de: (A) convênio firmado com Estado da federação. (B) acordo celebrado com Município. (C) ajuste assinado com o Distrito Federal. (D) transferência do produto da arrecadação de tributos a que tem direito Estado da federação. (E) contrato bilateral assinado com Município no interesse público. 95 96 16