SLC0621 Biologia II Profa. Ana Paula 2017
Disciplina SLC0621 Biologia II- 2017 Dia Programa 03/ago Poríferos e Cnidários 10/ago Platelmintos e Rotíferos 17/ago Nematódeos e Moluscos 24/ago Anelídeos 31/ago Artrópodes I (Quelicerados e Crustáceos) 07/set Feriado (Independência) 14/set Artrópodes II (Miriápodos e Insetos) 21/set Semana da Licenciatura 28/set Artrópodes (Insetário) 05/out Prova 1 (Teórica e Prática) 12/out Feriado (N. Sra. Aparecida) 19/out Equinodermos 26/out Cordados I 02/nov Feriado (Finados) 09/nov Cordados II 16/nov Sistema Sensorial e Cardiovascular 23/nov Sistema Digestório e Respiratório 30/nov Sistemas Excretor e Reprodutor 07/dez Prova 2 (Teórica)
AVALIAÇÃO Média final = 0,8 x (Média das 3 provas) + 0,2 x (Média dos relatórios) O aluno deverá ter, no mínimo, média final 5,0 para ser aprovado. A frequência mínima necessária para aprovação é de 70%, tanto nas aulas teóricas como práticas. Os relatórios das aulas práticas deverão ser entregues ao final da aula, impreterivelmente. Não haverá prova substitutiva nesta disciplina. Haverá prova de recuperação no período determinado pelo calendário escolar. A prova de recuperação incluirá o conteúdo de todo semestre.
Introdução ao Reino Animal Profa. Dra. Ana Paula Biologia II (SLC0621) 3373-9834 anapaula@ifsc.usp.br Grupo de Biofísica Molecular - IFSC-USP
Divisão dos seres vivos em 5 reinos proposta por Robert H. Whittaker (1969)
Comparações entre sequências de RNA ribossomal por Carl R. Woese (1978) elevou os 3 tipos de células em 3 Domínios Tortora et al., Microbiologia 6ª Edição, 2000
Comparações entre seqüências de RNA ribossomal por Carl R. Woese (1978) elevou os 3 tipos de células em 3 Domínios Organismos são classificados pelo tipo de célula em 3 domínios; Além da diferença no RNAr, os 3 domínios diferem em: estrutura de membrana lipídica, moléculas de RNA de transferência e sensibilidade aos antibióticos
Reino Animal pertence ao Domínio Eucarya 2 grandes grupos Invertebrados (95%) 1,5 milhão de espécies animais descritas Vertebrados (5%) Sem espinha dorsal! Nosso estudo: invertebrados mais primitivos para compreender a ascendência dos vertebrados
Características Gerais dos Animais Reino Animal: organismos eucariotos, multicelulares, heterótrofos (por ingestão/absorção). Filogenia do Reino Animal é baseada em características como: Níveis De Organização Do Corpo Simetria Disposição Das Estruturas Relacionadas À Digestão Número De Folhetos Germinativos Presença Do Celoma
1. Níveis de Organização do Corpo zigoto organismo multicelular mitoses Sub-reino PARAZOA: (do grego para, ao lado de ou junto a + zoon, animal) subreino de animais sem tecidos definidos - único filo: Porifera Sub-reino EUMETAZOA (eu = verdadeiro): sub-reino que inclui todas as espécies animais de formas multicelulares caracterizadas por um sistema digestivo e camadas separadas de células que são diferenciadas em vários tecidos.
2. Simetria Assimétrico Simetria Radial (Radiados) Simetria Bilateral (Bilatéria) Simetria na fase: Embrionária = Primária Adulta = Secundária
Sem simetria (Placozoa)
3. Disposição das estruturas relacionadas à digestão Rede de canais (exclusivo das esponjas) Tubo uma abertura (trato digestivo incompleto) Típico dos Cnidários e platelmintos duas aberturas (completo) - demais bilatérias PROTOSTÔMIOS (do grego proto: "primeiro" / stoma: "boca") X DEUTEROSTÔMIOS (do grego deuteros, posterior + stoma, boca)
Primeira abertura do tubo digestivo surgida durante o desenvolvimento embrionário
4. Número de folhetos germinativos e presença de celoma Diblásticos ou Triblásticos Ectoderme e endoderme + mesoderme Celoma: cavidade interna do corpo que é totalmente delimitada pela mesoderme (peritônio) Entre os triblásticos podemos encontrar: ACELOMADOS PSEUDOCELOMADOS CELOMADOS
Celoma
Reino Animal Porifera e Cnidários Profa. Ana Paula IFSC, 2017
bilatérias, triblásticos Radiados, diblásticos
Filo PORIFERA + de 5000 sp do latim: porus=poro; ferre=possuir Animais mais primitivos Não há tecidos verdadeiros, diblásticos Ausência de órgãos e baixo nível de diferenciação celular Simetria radial ou assimétricos Vida solitária ou em colônias Sésseis e na maioria marinhos Aristóteles os considerava plantas!!!!!!!! 1765: descobertas correntes de água internas
Filo PORIFERA
Filo PORIFERA Estrutura Dimensões variadas: Padrão de crescimento de acordo com substrato e correntes. Cores variadas e fortes (sugestivo de proteção contra radiação solar ou advertência) Mas o que há em comum???!! SISTEMA DE CANAIS para a circulação de água.
Filo PORIFERA
flagelo colarinho ósculo coanócito núcleo Poro inalante Espícula átrio Pinacócito amebócito Mesênquima porócito Fluxo de água: Meio externo à poro inalante à átrio à ósculo à meio externo
Coanócitos Células que caracterizam o grupo; Apresentam um flagelo circundado por um colarinho contrátil; Localizada do lado interno do animal, revestindo a cavidade do átrio Função: promover uma corrente de água dentro do átrio
flagelo colarinho ósculo coanócito núcleo Poro inalante Espícula átrio Pinacócito amebócito Mesênquima porócito Fluxo de água: Meio externo à poro inalante à átrio à ósculo à meio externo
Pinacócitos Células achatadas que formam a superfície externa do corpo; As margens dos pinacócitos podem ser expandidas ou contraídas de forma que o animal pode aumentar ligeiramente de tamanho; Secretam um material que fixa a esponja ao substrato Esqueleto Espículas calcáreas ou silicosas (formas variadas); Fibras protéicas de espongina (esponjas de banho!)
Espículas Formas variadas à formam o esqueleto e são importantes para identificação e classificação das espécies
Células amebóides no mesênquima Arqueócitos Células fagocitárias (digestão) e são totipotentes Esclerócitos - secretam espículas Células fixas Colêncitos - ancoradas por longas fitas citoplasmáticas, responsáveis pela secreção das fibras de colágeno dispersas
Tipos estruturais segundo o arranjo interno de canais Asconóides Siconóides ou tipo Sycon Leuconóides
ASCONÓIDES (ou tipo Ascon) Esponjas mais simples e primitivas (não há canais); Pequenas; Superfície perfurada (poros inalantes); Àrea recoberta por Coanócitos é pequena e a circulação de água é prejudicada Quanto maior a esponja, mais intenso é o problema do movimento da água
Siconóides ou tipo Sycon ósculo Átrio Apresentam dobramento do corpo; Produz bolsas externas estendendose para dentro ; Evaginações que se estendem para fora a partir do átrio.
Leuconóides Mais alto grau de dobramento do corpo; Canais flagelares formam câmaras arredondadas; Átrio reduzido ou desaparece
FISIOLOGIA DAS ESPONJAS Correntes de água trazem: oxigênio/alimentos removem: detritos transportam: óvulos e espermatozóides Uma esponja leuconóide com: 10 cm de altura x 1 cm de diâmetro pode bombear 22,5 litros de água/dia
80% material particulado fino Alimentação 20% bactérias, dinoflagelados, pequenos seres planctônicos partículas poros câmaras coanócitos amebócitos detritos eliminados digestão intracelular por correntes de água
Fisiologia das esponjas Trocas gasosas: simples difusão água/célula Regulação da água nas esponjas de água doce: vacúolos contráteis Excretas nitrogenadas (Amônia) saem do organismo junto com a corrente de água à não há sistema circulatório. Não há sistema nervoso reações principalmente locais Coordenação é em função da transmissão de substâncias mensageiras (difusão no mesênquima ou por células amebóides se locomovendo)
Reprodução Em Poríferos Sexuada e assexuada Assexuada Regeneração (fragmentos regeneram-se) Arqueócitos são essenciais Brotamento (expansões laterais = brotos) Gemulação (formam estruturas reprodutoras chamadas gêmulas)
Reprodução Em Poríferos Assexuada: gemulação Formam-se gêmulas grupo de amebócitos/arqueócitos indiferenciados + envoltório espícula micrópila Massa de arqueócitos
Reprodução Sexuada em Poríferos Maioria é hermafrodita Gametas gerados a partir de amebócitos ou coanócitos espermatozóides saem pelo ósculo penetram pelos poros em esponja capturados pelos coanócitos amebócitos encontram o óvulo no meso-hilo Fecundação larva ciliada outra
AS CLASSES DE ESPONJAS Cerca de 10.000 espécies de esponjas descritas Divididas em 4 classes: 1) Classe Calcarea 2) Classe Hexactinellida 3) Classe Demonspogiae 4) Classe Sclerospongiae
AS CLASSES DE ESPONJAS 1. CALCÁREA Tem espículas de CaCO 3 Tem os 3 graus de estrutura: Ascon, Sycon e Leucon. A maioria é pequena (< 10 cm) e de águas rasas
AS CLASSES DE ESPONJAS 2. HEXACTINELLIDA esponjas-de-vidro Espículas silicosas com 6 pontas; Forma dominante: siconóide; Habitam águas profundas (450 a 900 m); Marinhas Ósculo pode ser coberto por placa crivada formada por espículas fundidas Ex. Euplectella sp
2. HEXACTINELLIDA esponjas-de-vidro Euplectella e Spongicola
AS CLASSES DE ESPONJAS 3. DEMOSPONGIAE (90% das esponjas incluem-se nessa classe) Todas tipo Leuconóides; Amebócitos com pigmentos coloração brilhante; Diferentes espécies e cores esqueleto variável: espículas silicosas, fibras de espongina ou ambos.
bilatérias, triblásticos Radiados, diblásticos
Termo Coelenterata (Celenterados) = Filos: Cnidaria + Ctenophora presença do celenteron = cavidade digestiva
Ctenophora (menos de 120sp) Ctenophora (do grego ktenes, pente + phoros, portador) cerca de 120 espécies descritas. ("águas-vivas-de-pente" ou "carambolas-do-mar ). Fileiras de pentes tentáculos
Filo Cnidaria Águas vivas Anêmonas Corais Hidras
FILO CNIDARIA + de 9000 sp Características gerais: ü Diblásticos ü Simetria primária radial ü Tentáculos ao redor da boca ü Tecidos verdadeiros (epiderme e gastroderme) ü Corpo saculiforme ü Presença de cnidócitos contendo nematocistos ü Sistema nervoso em rede difusa presente
Dimorfismo e Polimorfismo em Cnidária Matriz extracelular gelatinosa PÓLIPO Vive fixo em substrato MEDUSA vida livre
Parede do corpo epiderme mesogléia gastroderme Cnidocílio Cnidócito nematocisto Céls. epitélio-musculares Núcleo Cél. Sensorial fibrilas contráteis long. fibrilas contráteis circ. Céls. Epitélio-digestivas Secreção glandular Célula glandular
Locomoção Pólipos não sésseis por mede-palmos e cambalhotas (Hydra) Medusas por jato-propulsão possível devido a células musculares
Filo Cnidaria Cnidaria = (do grego knidos, irritante, e do latim aria, sufixo plural) Maioria é carnívora Capturam e incapacitam as presas ou desencorajam seus agressores com túbulos urticantes ou pegajosos, disparados de células exclusivas: cnidócitos Defesa e captura de alimentos
Cnidócito e nematocisto nematocisto Predominam nos tentáculos São utilizados uma única vez Podem ser mais de um tipo
Sistema Nervoso e respiração Sistema Nervoso: difuso e primitivo!!! Células arranjadas em rede irregular, sob a epiderme. Respiração: simples difusão! Filo possui 3 Classes: Ø Hydrozoa Ø Scyphozoa Ø Anthozoa
CLASSE HYDROZOA Única com representantes de água doce Indivíduos na forma MEDUSÓIDE e/ou POLIPÓIDE quando ambas: ALTERNÂNCIA de GERAÇÕES Não possuem células na mesogléia Cnidócitos e gônadas na epiderme Medusas (hidromedusas) pequenas (até 6 cm) Ex.: Hydra sp, Obelia sp Solitários ou coloniais nestas há polimorfismo
Hydra Gênero de água doce Não há forma medusóide https://www.youtube.com/watch?v=tfaafxnnjly
Aequorea Produz GFP - (Green Fluorescent Protein) https://www.youtube.com/watch?v=9_yeywqbo68
Physalia (caravela-portuguesa) Crista para abaixar e levantar Pólipos especializados: alimentação, reprodução e defesa.
Gastrozóides sexuada Gonozóides assexuada Larva plânula Pólipo jovem Ciclo de vida de Obelia
CLASSE SCYPHOZOA Cerca de 200 sp Forma medusóide é predominante no ciclo vital. grande!!!!!! Maioria entre 2 e 40cm de diâmetro Contém células amebóides na mesogléia Pólipo reduzido ou ausente. Há alternância de gerações. Ex. Aurelia aurita
Cyanea capillata (sifomedusa gigante, até 2m de diâmetro)
Scyphozoa
Scyphozoa
Chironex fleckeri
Aurelia aurita
éfira plânula
CLASSE ANTHOZOA Mais de 6 mil sp! Só formas polipóides: solitários (anêmonas) ou coloniais (corais) Gônadas gastrodérmicas NÃO há alternância de gerações!!!!!!!!!!!
CLASSE ANTHOZOA Disco oral tentáculos farige Diferem dos pólipos hidrozoários: -boca faringe cav. gastrovascular Disco pedal boca Dividida em septos com cnidócitos;
CLASSE ANTHOZOA