Estudo da concentração/diversificação pluviométrica durante a estação chuvosa , em Minas Gerais, utilizando o índice de Gibbs-Martin.

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Transcrição:

Estudo da concentração/diversificação pluviométrica durante a estação chuvosa 29-1, em Minas Gerais, utilizando o índice de Gibbs-Martin. Jorge Luiz Batista Moreira Instituto Nacional de Meteorologia 5º Distrito de Meteorologia / Belo Horizonte-MG jorge.moreira@inmet.gov.br ABSTRACT The aim of this paper is to demonstrate the use of Gibbs-Martin index for determine the concentration or diversification of precipitation, having in sight the improvement of the quality of the information to the society. Data collected during the rainy season of 29-21 were used considering the daily data obtained from INMET weather stations located in the state of Minas Gerais. RESUMO O objetivo deste trabalho é demonstrar o uso do índice de Gibbs-Martin para determinar a concentração ou diversificação da precipitação, visando à melhoria na qualidade da informação prestada à sociedade. Para tal foram utilizados os dados colhidos ao longo da estação chuvosa de 29-21, levando em consideração os dados diários obtidos nas estações climatológicas do INMET no estado. 1. INTRODUÇÃO O estudo do comportamento da precipitação dentro da estação chuvosa tende a apresentar diferentes facetas na climatologia praticada por diferentes organismos dentro do Brasil. Em sua maior parte, visando o atendimento a mídia em suas diversas formas, são apresentados números que, apesar de corretos, distorcem a perfeita compreensão do fenômeno. Em sua maior parte a divulgação das informações apresentam relação com a média histórica da precipitação, seja através de simples diferenças anomalias ou por intermédio de índices variados, ex. SPI. Outro meio muito aproveitado é a comparação da intensidade de precipitação, em determinada data, com a média histórica. Nenhum destes mecanismos de apresentação leva em conta a distribuição da precipitação ao longo da estação chuvosa, levando a equívocos de se apresentar uma determinada região como extremamente afetada pelas chuvas durante um determinado período, em grande parte utilizando-se o período mensal, enquanto que a concentração pluviométrica nesta mesma região foi registrada em intervalo de tempo menor, dias ou horas. A utilização do índice de diversificação de Gibbs- Martin no presente estudo visa apresentar um mecanismo simples que possa ser adotado para análise da precipitação levando-se em conta sua distribuição tanto espacial quanto temporal. 2. DADOS E METODOLOGIA 2.1 Dados utilizados Foram utilizados os dados de precipitação diária, obtidos entre outubro/9 e março/1, de 45 estações climatológicas de superfície, pertencentes à rede do Instituto Nacional de Meteorologia INMET, localizadas em Minas Gerais e apresentadas na figura 1 abaixo.

Figura 1- Distribuição das estações meteorológicas do INMET em Minas Gerais utilizadas no estudo. A seleção destas estações foi feita dentro do critério de mesma quantidade de dados coletados, pois apesar da rede do INMET dispor de mais de 1 estações, entre convencionais e automáticas dentro de Minas Gerais, os dados das demais estações apresentaram algumas falhas em momentos diversos. E como o principal requisito para a utilização do Índice de Gibbs-Martin para efeitos de comparação é que o mesmo número de registros seja obtido dos diversos objetos (estações) a serem comparados, este foi o motivo de se abandonar as demais estações. 2.2 Indice de Gibbs-Martin O índice de Gibbs-Martin parte do pressuposto de que se um determinado fenômeno estiver concentrado ao longo do tempo em determinado período, no caso alguns dias, ele tenderá a zero, enquanto que se tiver uma perfeita distribuição tenderá a um. I.G.M = ( ) onde x é a intensidade do fenômeno estudado para o local e tempo considerado. Foram calculados os diferentes IGM para cada uma das estações escolhidas em cada um dos meses considerados e após foram construídos gráficos comparativos entre as diferentes estações além da espacialização desta informação para cada mês. Para efeito de comparação, com os métodos tradicionais de avaliação da precipitação mensal, foram também construídos os mapas de precipitação total e a diferença entre estes totais e as médias climatológicas para cada localidade. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os mapas e gráficos apresentados na tabela 1 abaixo, apresentam a distribuição espacial do IGM mês a mês e seus valores em relação a cada estação considerada no estudo.,8 1 Outubro Maria da Fé Sete Lagoas Mocambinho Diamantina

,8 1 Novembro Capinópolis Frutal Machado Maria da Fé Passa Quatro Barbacena Belo Gov. Unaí Espinosa Mocambin Salinas Araçuaí,8 1 Dezembro Diamant,8 1 Janeiro,8 1 Fevereiro,8 1 Março Tabela 1 Mapas e gráficos com a distribuição do IGM, mês a mês, dentro da estação chuvosa 29/1, em Minas Gerais.

È possível notar que o IGM apresentou valores mais próximos de um (melhor equidistribuição) nos meses de outubro, dezembro e março e valores mais baixos, representando concentração, nos meses de novembro (exceção feita à região centro -sul do Estado), janeiro e fevereiro. Levando-se em comparação os dados apresentados de totais de chuva mensal e sua anomalia em relação à média histórica, tabela 2 abaixo, o IGM pode apresentar resultados que complementam a informação apresentada pelos mapas de anomalia e detalham a informação contida nos mapas de totais mensais. Tabela 2 Mapas de totais mensal de precipitação e diferença em relação a média histórica entre outubro 29 e março 21 em Minas Gerais

4. CONCLUSÃO O uso do índice de Gibbs-Martin, IGM, pode ser útil na complementação da informação disponibilizada ao público geral, mídia e demais setores da sociedade. Principalmente aqueles responsáveis pela tomada de decisão nas áreas do agronegócio e política publica de assistência a vítimas de estiagem, já que este método pode ser empregado diariamente para o acompanhamento da diversificação da precipitação ao longo da estação chuvosa, não necessitando de softwares mais sofisticados do que uma simples planilha eletrônica. 5. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, R.M.B.; COSTA, M.H.; GODINHO, F.V., Cartas Climáticas de Minas Gerais. Brasília Instituto Nacional de Meteorologia - INMET, 1995. BRASIL, Ministério da Agricultura e Reforma Agrária. Normais Climatológicas 1961-199. Brasília, Departamento Nacional de Meteorologia, 1992. BRASIL, Ministério da Agricultura, Abastecimento e Pecuária, Instituto Nacional de Meteorologia INMET, 5º Distrito de Meteorologia, Belo Horizonte. Análise Mensal da Precipitação em Minas Gerais, outubro/29 março/21. ELY, D.F., Teoria e Método da Climatologia Geográfica Brasileira: Uma Abordagem sobre seus Discursos e Práticas. Tese de Doutorado, UNESP, 28 p. 26. GERARDI, L.H.O., NENTWIG-SILVA,B.C.M. Quantificação em Geografia, São Paulo, Difel, 161 p. 1981. GIBBS, J. P., MARTIN W. T., Urbanization, Technology and the Division of Labor. American Sociological Review 27: 667 77, 1962. MAIA, L.F.P.G. Alguns Aspectos Dinâmicos-Climatológicos em Minas Gerais.. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, Minas Gerais, 164p.1986.