Fonte: MTE. Elaboração: Fipe. salariômetro mercado de trabalho e negociações coletivas Boletim de setembro/2017 Principais destaques Reforma Trabalhista e inflação baixa travam negociações Quantidade de negociações concluídas até 20/09, com data-base em agosto é 56% menor que a do ano passado, no mesmo período Em 2016: 167 negociações salariais fechadas; em 2017, apenas 71 (veja gráfico ao lado e Boletim de agosto/2016) Acordos de redução de jornada e de salários crescem em agosto Pisos medianos mantêm distância (17% acima) do Salário Mínimo Estabilidade do nível de emprego formal Massa de rendimentos reais do trabalho continua crescendo Acordos Convenções 71 76 482 447 47 51 24 25 35 Ajuste salarial Piso salarial Total Todos os dados e informações são extraídos dos acordos coletivos e das convenções coletivas depositados na página Mediador do Ministério do Trabalho e Emprego : http://www3.mte.gov.br/sistemas/mediador/
Principais indicadores da negociação coletiva Resultados no mês de agosto no ano de 2017 em 12 meses Ajuste mediano 3,4% 5,5% 6,6% Ajuste médio 0,6% 5,6% 6,5% Proporção de ajustes acima do INPC 73,2% 78,7% 58,9% Piso mediano 1.100 1.110 1.120 Piso médio 1.285 1.186 1.197 Acordos com redução de jornada e salário 12 78 152
Maiores e menores reajustes Ajustes reais medianos Categorias - 5 maiores Categorias - 5 menores UFs - 5 maiores UFs - 5 menores no mês de agosto no ano de 2017 em 12 meses Indústria do vidro 6,4% Reparação de eletro-eletrônicos 3,3% Artefatos de borracha 1,6% Seguros privados 3,9% Artefatos de borracha 2,6% Condomínios e edifícios 1,4% Serviços a terceiros 3,9% Hospitais e serviços de saúde 1,6% Feiras, eventos e divulgações 1,4% Agronegócio da cana 3,9% Bancos e serviços financeiros 1,4% Hospitais e serviços de saúde 1,3% Hospitais e serviços de saúde 2,9% Confecções / Vestuário 1,4% Indústria cinematográfica e fotografia 1,0% Artefatos de borracha 0,5% Refeições coletivas 0,2% Conflito de palavras 0,0% Indústrias extrativas 0,5% Energia elétrica / Utilidade pública 0,1% Reparação de eletro-eletrônicos 0,0% Limpeza urbana, asseio e conservação -4,3% Agronegócio da cana 0,0% Outros serviços 0,0% Comércio atacadista e varejista -11,2% Venda, compra, locação de imóveis 0,0% Publicidade e propaganda -0,6% Gráficas e editoras -22,1% Telecomunicações e tecnologia da informação 0,0% Extração e refino de petróleo -4,6% Ceará 3,9% Espírito Santo 1,0% Espírito Santo 0,9% Paraíba 3,9% Rio Grande do Sul 1,0% Tocantins 0,8% Amazonas 2,9% São Paulo 1,0% Rio Grande do Sul 0,6% Mato Grosso 2,9% Roraima 1,0% Pará 0,5% Rio Grande do Norte 2,9% Amazonas 1,0% Mato Grosso 0,5% Santa Catarina 0,2% Rondônia 0,4% Pernambuco 0,0% Rio de Janeiro 0,2% Paraíba 0,4% Rio de Janeiro 0,0% Paraná 0,0% Bahia 0,3% Rondônia 0,0% Mato Grosso do Sul -11,2% Sergipe 0,3% São Paulo 0,0% Rio Grande do Sul -13,5% Acre 0,1% Amazonas -0,5%
Maiores e menores pisos Pisos medianos Categorias - 5 maiores Categorias - 5 menores UFs - 5 maiores UFs - 5 menores no mês de agosto no ano de 2017 em 12 meses Hospitais e serviços de saúde 4.173 Extração e refino de petróleo 1.553 Outros serviços 1.533 Seguros privados 2.372 Outros serviços 1.533 Artefatos de borracha 1.491 Indústrias extrativas 1.529 Artefatos de borracha 1.500 Artefatos para pesca e esporte 1.388 Administração pública 1.371 Distribuição cinematográfica 1.270 Reparação de eletro-eletrônicos 1.344 Artefatos de borracha 1.316 Indústria cinematográfica e fotografia 1.260 Indústria metalúrgica 1.310 Indústrias de alimentos 1.041 Estacionamentos / Garagens 1.024 Confecções / Vestuário 1.023 Construção Civil 1.040 Confecções / Vestuário 1.023 Publicidade e propaganda 1.009 Comércio de derivados de petróleo 986 Fiação e tecelagem 1.002 Radiodifusão e televisão 1.007 Agronegócio da cana 950 Hospitais e serviços de saúde 998 Hospitais e serviços de saúde 1.000 Condomínios e edifícios 919 Despachantes e Auto escolas 987 Despachantes e Auto escolas 987 Goiás 5.846 São Paulo 1.276 São Paulo 1.310 Tocantins 3.890 Paraná 1.212 Paraná 1.212 Ceará 1.645 Rio Grande do Sul 1.203 Santa Catarina 1.205 Sergipe 1.591 Santa Catarina 1.202 Rio Grande do Sul 1.202 Distrito Federal 1.469 Rio de Janeiro 1.140 Rio de Janeiro 1.110 Espírito Santo 1.030 Pernambuco 980 Alagoas 984 Amapá 1.024 Amapá 977 Paraíba 982 Rio Grande do Sul 1.004 Paraíba 973 Amapá 979 Pernambuco 996 Acre 967 Acre 967 Rio Grande do Norte 950 Rio Grande do Norte 960 Rio Grande do Norte 958 salariômetro mercado de trabalho e negociações coletivas setembro de 2017
Variação do emprego CLT - Comparação 2017/2016 ( janeiro a julho) Setores 2016 2017 Agricultura 87,0 118,0 Demais setores -731,3-47,0 Total -644,3 71,0-174.7 Agricultura Serviços 51.1 87.0 118.0-149.1 Indústria de Transformação 37.8 Administração Pública 16.5 17.3 Serviços Industriais de Utilidade Pública Extrativa Mineral -0.4-4.5-1.6-6.0-144.6 Construção Civil -36.7-269.7-113.7 Comércio -300-250 -200-150 -100-50 0 50 100 150 salariômetro 2017 2016 mercado de trabalho e negociações coletivas setembro de 2017
Acordos e Convenções Ajustes salariais medianos/últimos 12 meses Indicador set/16 out/16 nov/16 dez/16 jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 INPC acumulado (12 meses) - % 9,6 9,1 8,5 7,4 6,6 5,4 4,7 4,6 4,0 3,4 2,6 2,1 Total 9,6 9,2 8,5 7,4 6,6 7,0 5,0 5,0 5,0 5,0 4,5 3,4 Ajuste mediano negociado (%) Acordos 9,6 9,2 8,5 7,4 6,7 7,0 5,3 5,0 5,0 5,0 5,0 3,2 Convenções 9,6 9,2 8,5 7,4 6,6 6,5 5,0 4,6 4,5 4,0 4,0 3,4 14% 12% 10% 8% 6% 4% 2% 0% 9.6% 9.2% 8.5% 9.6% 9.1% 7.4% 8.5% 6.6% 7.0% 7.4% 6.6% 5.0% 5.0% 5.0% 5.0% 4.5% 5.4% 3.4% 4.7% 4.6% 4.0% 1.6% 3.4% 1.6% 1.9% 1.0% 1.3% 2.6% 0.0% 0.0% 0.0% 0.3% 0.4% 2.1% set/16 out/16 nov/16 dez/16 jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 Reajuste nominal INPC(12 meses) Reajuste real Fonte: MTE/Mediador e IBGE. Elaboração: Fipe. salariômetro mercado de trabalho e negociações coletivas setembro de 2017
Proporção de ajustes salariais abaixo do INPC nos últimos 12 meses (setembro/2016 a agosto/2017) Indicador set/16 out/16 nov/16 dez/16 jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 Proporção de ajustes Total 33,4 37,8 33,0 29,3 29,2 13,6 8,3 12,0 2,8 3,9 3,7 18,3 salariais abaixo do Convenções 33,3 32,7 37,4 50,0 29,6 14,6 4,0 9,9 2,4 3,2 3,1 4,2 INPC (%) Acordos 33,5 39,1 32,0 21,6 29,1 13,5 10,4 12,9 3,0 4,1 3,9 25,5 70% 60% Proporção no mês Proporção acumulada em 12 meses 50% 40% 30% 20% 10% 19,7 18,3 0% Fonte: MTE/Mediador e IBGE. Elaboração: Fipe. salariômetro mercado de trabalho e negociações coletivas setembro de 2017
Ajustes salariais e INPC acumulado nos 12 meses anteriores à data-base jan/08 abr/08 jul/08 out/08 jan/09 abr/09 jul/09 out/09 jan/10 abr/10 jul/10 out/10 jan/11 abr/11 jul/11 out/11 jan/12 abr/12 jul/12 out/12 jan/13 abr/13 jul/13 out/13 jan/14 abr/14 jul/14 out/14 jan/15 abr/15 jul/15 out/15 jan/16 abr/16 jul/16 out/16 jan/17 abr/17 jul/17 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Reajustes e INPC acumulado em 12 meses Abaixo do INPC Igual ao INPC Acima do INPC
abr/07 ago/07 dez/07 abr/08 ago/08 dez/08 abr/09 ago/09 dez/09 abr/10 ago/10 dez/10 abr/11 ago/11 dez/11 abr/12 ago/12 dez/12 abr/13 ago/13 dez/13 abr/14 ago/14 dez/14 abr/15 ago/15 dez/15 abr/16 ago/16 dez/16 abr/17 ago/17 Mediana dos ajustes salariais nominais Série histórica - abril/2007 a agosto/2017 12% Ajuste Mediano x Inflação (INPC) 10% 8% 6% 4% 2% 0% INPC (12 meses) Ajustes Fonte: MTE/Mediador e IBGE. Elaboração: Fipe.
INPC esperado para os próximos meses INPC acumulado nos 12 meses anteriores às datas base indicadas. O INPC da data-base de setembro/2017 mede a inflação acumulada entre setembro/2016 e agosto/2017. Fonte: IBGE e Focus. 5.0 4.2 4.3 4.0 3.7 3.6 3.0 2.9 3.0 3.2 3.3 2.5 2.0 1.7 1.9 2.1 1.0 0.0 set/17 out/17 nov/17 dez/17 jan/18 fev/18 mar/18 abr/18 mai/18 jun/18 jul/18 ago/18 Fonte: IBGE até setembro/2017 e estimativas de 15/09/17 do BCB para os meses posteriores
Acordos coletivos com redução de jornada e de salário nos 8 primeiros meses de 2016 e 2017 Mês Sem PPE/PSE Com PPE/PSE Total jan/16 22 39 61 fev/16 24 17 41 mar/16 12 10 22 abr/16 32 8 40 mai/16 21 9 30 jun/16 24 6 30 jul/16 20 21 41 ago/16 29 3 32 jan-jun 2016 184 113 297 jan/17 11 2 13 fev/17 6 4 10 mar/17 6 1 7 abr/17 6 3 9 mai/17 15 2 17 jun/17 6 0 6 jul/17 3 1 4 ago/17 9 3 12 jan-jun 2017 62 16 78 De janeiro a agosto de 2017, houve 78 acordos com redução de jornada e de salários. No mesmo período de 2016, houve 297 acordos desse tipo. salariômetro mercado de trabalho e negociações coletivas setembro de 2017
fev/2009 jun/2009 out/2009 fev/2010 jun/2010 out/2010 fev/2011 jun/2011 out/2011 fev/2012 jun/2012 out/2012 fev/2013 jun/2013 out/2013 fev/2014 jun/2014 out/2014 fev/2015 jun/2015 out/2015 fev/2016 jun/2016 out/2016 fev/2017 jun/2017 Mediana dos pisos salariais nos últimos 12 meses (setembro/2016 a agosto/2017) A mediana dos pisos negociados em agosto/2017 foi R$1100 (17,4% maior que o Salário Mínimo, de R$ 937). Nas convenções coletivas, o piso mediano foi R$1.092, enquanto nos acordos coletivos foi R$1.110. R$ 1,200 R$ 1,000 R$ 800 R$ 600 R$ 400 R$ 200 R$ 0 Piso Salarial x Salário Mínimo 3 $1100 2 1,17 1 Salário Mínimo Piso Mediano/SM Piso Mediano Indicador set/16 out/16 nov/16 dez/16 jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 Salário Mínimo (R$) 880 880 880 880 937 937 937 937 937 937 937 937 Total 1223 1095 1137 1131 1033 1006 1100 1059 1186 1176 1111 1100 Piso mediano negociado (R$) Convenções 1024 1100 1102 1069 1000 1079 1066 1023 1137 1176 1100 1092 Acordos 1260 1094 1150 1173 1063 1000 1113 1082 1205 1176 1129 1110 Piso/SM 1,39 1,24 1,29 1,29 1,10 1,07 1,17 1,13 1,27 1,26 1,19 1,17 Fonte: MTE/Mediador. Elaboração: Fipe.
Folha salarial dessazonalizada (CLT) Em junho/2017 - último mês com esta informação disponível a folha salarial chegou a R$103,7 bilhões, cifra 0,1% menor do que a observada em maio/2017 (R$ 103,8 bilhões), e 2,7% maior que o valor de junho de 2016 (R$ 100,9 bilhões). 110 Valor real da folha salarial dessazonalizado (R$ bi)* 100 103,7 90 80 70 60 50 40 jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 jan/16 jan/17 Fonte: CEF, Elaboração: Fipe, Nota (*): valores atualizados pelo IPCA para R$ de julho de 2017
Massa real de rendimentos do trabalho (PNAD) 195 Massa real de rendimentos habitualmente recebidos PNAD/IBGE jan-fev-mar/2012 a mai-jun-jul/2017 (R$bilhões) 190 185 186,1 180 175 170 165 160 Fonte: PNAD Contínua/IBGE. salariômetro mercado de trabalho e negociações coletivas setembro de 2017
salariômetro mercado de trabalho e negociações coletivas O boletim Salariômetro é uma iniciativa da Fipe para disponibilizar informações e análises sobre o mercado de trabalho brasileiro. Para sua elaboração, são coletados e analisados os resultados negociações coletivas, incluindo reajustes e pisos salariais; bem como a evolução da folha de salários do conjunto das empresas brasileiras. Os informes são elaborados no 20º. dia de cada mês e incluem todos os acordos e convenções com início de vigência até o mês anterior. Equipe técnica Hélio Zylberstajn (Coordenador) Augusto Chaparin Luisi Bruno Teodoro Oliva Caio Gorgulho Eduardo Zylberstajn Giovanni Barone Guilherme Siebert Henrique Farinelli Isabelle Toyoda Marina Yau Mateus Machado Godinho Mateus Santos Rodrigues Paulo de Freitas Pedro Fiuza Rodrigo Beiro Dias Informações e contato www,salarios,org,br contato@salarios,org,br
Notas metodológicas Algumas considerações a respeito do SALARIÔMETRO: O acompanhamento das negociações coletivas é realizado por meio dos acordos e convenções depositados na página Mediador do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A Fipe coleta os dados e informações na Internet, tabulando os valores observados para reajustes e pisos salariais. As médias e as medianas dos reajustes e pisos salariais não são ponderadas pela quantidade de trabalhadores cobertos, uma vez que essa informação não é disponibilizada no texto dos acordos e das convenções. Além disso, os valores referente aos reajustes e pisos, divulgados nos informes, podem ser modificados em edições futuras, já que as novas edições podem incluir acordos e convenções que ainda não tinham sido depositados no site do Mediador. O acompanhamento da folha salarial do setor celetista se baseia nas informações disponibilizadas pela Caixa Econômica Federal (CEF). A CEF disponibiliza a informação um mês após o recolhimento e este se dá no mês seguinte ao mês gerador do salário. Por essa razão, a atualização dessa informação nos informes do Salariômetro ocorre sempre com uma defasagem de 2 meses.