salariômetro mercado de trabalho e negociações coletivas
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- Natália Borges Martini
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1 Fonte: MTE. Elaboração: Fipe. salariômetro mercado de trabalho e negociações coletivas Boletim de março/2016 Fevereiro: a recessão está quebrando a indexação salarial Este boletim traz a primeira estimativa dos resultados das negociações coletivas com início de vigência em fevereiro de 2016 e atualiza as estimativas dos meses anteriores. Até o fechamento deste boletim, a Fipe analisou 567 negociações com início de vigência em fevereiro. Apenas 175 trataram de ajustes salariais e 142 de pisos salariais. Documentos analisados Acordos Convenções Aumento salarial Piso salarial Total Todos os dados e informações são extraídos dos acordos coletivos e das convenções coletivas depositados na página Mediador do Ministério do Trabalho e Emprego :
2 Destaques de março/2016 Reajustes salariais A mediana dos ajustes salariais com vigência em fevereiro/2016 foi 10,5%, ficando 0,8 pontos percentuais abaixo da inflação acumulada nos 12 meses anteriores (INPC = 11,3%). Nas convenções coletivas, a mediana foi 11,3% e nos acordos coletivos foi 10,0%. 63,9% das negociações resultaram em ajustes salariais abaixo do INPC (em Fevereiro/2015 foram apenas 18,8%). Dos 154 acordos coletivos que trataram de ajustes salariais, 19 estabeleceram redução de jornada acompanhada de redução de salários, e destes, 10 utilizaram o PPE (Programa de Proteção ao Emprego). Piso salarial A mediana do piso salarial com vigência em fevereiro/2016 foi R$ 931 (5,8% maior que o Salário Mínimo, de R$ 880). Nas convenções, o piso mediano foi R$ 945, enquanto nos acordos, foi R$ 931. Folha salarial A folha de salários é estimada a partir do volume de depósitos vinculados ao FGTS. O último dado dessazonalizado refere-se ao mês de dezembro e equivale a R$ 95,4 bilhões, cifra 2,0% menor que a observada no mês anterior (R$ 97,3 bilhões) e 5,6% menor que em dezembro de 2014 (R$ 101 bilhões). O valor anualizado da folha salarial de dezembro/2015 corresponde a uma folha anual de aproximadamente R$ 1,14 trilhão. Esta é a massa salarial anual do setor coberto pela CLT, que não inclui os rendimentos dos funcionários públicos estatutários e dos trabalhadores informais. salariômetro mercado de trabalho e negociações coletivas março de 2016
3 0.0% -0.3% -1.0% -1.0% -0.8% Acordos e Convenções 0.3% 0.0% 0.2% 0.2% 0.0% 0.0% 0.0% 8.0% 7.7% 8.5% 8.4% 8.5% 8.3% 9.0% 8.8% 9.3% 9.3% 9.8% 9.8% 9.9% 9.9% 9.9% 9.9% 10.0% 10.3% 10.0% 11.0% 10.3% 11.3% 10.5% 11.3% Ajustes salariais Ajustes salariais de convenções coletivas e acordos coletivos, mês-a-mês (últimos 12 meses): Indicador Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev INPC acumulado (12 meses) - % Ajuste mediano negociado (%) Total Convenções Acordos Fonte: MTE e IBGE. Elaboração: Fipe. Ajustes salariais medianos e INPC - últimos 12 meses 13% 11% 9% 7% 5% 3% 1% -1% -3% -5% mar/15 abr/15 mai/15 jun/15 jul/15 ago/15 set/15 out/15 nov/15 dez/15 jan/16 fev/16 Reajuste nominal INPC (12 meses) Reajuste real Fonte: MTE e IBGE. Elaboração: Fipe. salariômetro mercado de trabalho e negociações coletivas março de 2016
4 jan/07 abr/07 jul/07 out/07 jan/08 abr/08 jul/08 out/08 jan/09 abr/09 jul/09 out/09 jan/10 abr/10 jul/10 out/10 jan/11 abr/11 jul/11 out/11 jan/12 abr/12 jul/12 out/12 jan/13 abr/13 jul/13 out/13 jan/14 abr/14 jul/14 out/14 jan/15 abr/15 jul/15 out/15 jan/16 Ajustes salariais abaixo do INPC Proporção de ajustes salariais abaixo do INPC: Indicador Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Fonte: MTE e IBGE. Elaboração: Fipe. 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% Proporção de ajustes salariais abaixo do INPC (%) Total Convenções Acordos % Proporção de ajustes salariais abaixo do INPC (Convenções e Acordos) Proporção no mês Proporção acumulada nos 12 meses Fonte: MTE e IBGE. Elaboração: Fipe. salariômetro mercado de trabalho e negociações coletivas março de 2016
5 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 jan/15 fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 jun/15 jul/15 ago/15 set/15 out/15 nov/15 dez/15 jan/16 fev/16 Mediana dos ajustes salariais nominais A mediana dos ajustes salariais negociados para fevereiro/2016 foi 10,5%, situando-se 0,8 pontos percentuais abaixo da inflação acumulada nos 12 meses anteriores (INPC = 11,3%). 12% Ajuste Mediano x Inflação (INPC) 10% 8% 6% 4% 2% 0% INPC (12 meses) Reajustes Fonte: MTE e IBGE. Elaboração: Fipe. salariômetro mercado de trabalho e negociações coletivas março de 2016
6 Acordos coletivos com redução salarial A seguir, mais detalhes dos 341 acordos coletivos com redução salarial negociados entre janeiro/2015 e fevereiro/2016 (98 negociados no âmbito do Programa de Proteção ao Emprego PPE). Por início de vigência Mês Sem PPE (1) Com PPE (1) Total jan/ fev/ mar/ abr/ mai/ jun/ jul/ ago/ set/ out/ nov/ dez/ jan/ fev/ Total salariômetro Categoria Por categoria econômica (2015 e 2016) Fonte: MTE. Elaboração: Fipe Quantidade Mediana Quantidade Mediana Agronegócio da cana Telecomunicações, telemarketing, processamento de dados e tecnologia da informação Assessoria, consultoria e contabilidade Indústria química, farmacêutica e de plásticos Venda, compra, locação e administração de imóveis Transporte, armazenagem e comunicações Organizações não governamentais Agricultura, pecuária, serviços agropecuários e pesca Indústria metalúrgica Comércio atacadista e varejista Indústria do vidro Indústrias de alimentos Construção Civil Fiação e tecelagem Indústrias extrativas Indústria de joalheria Papel, papelão, celulose e embalagens Artefatos de borracha Gráficas e editoras Confecções, vestuário, calçados e artefatos de couro Serviços a terceiros e fornecimento de mão-de-obra Bares, restaurantes, hotéis, similares e diversão e turismo Limpeza urbana, asseio e conservação do meio ambiente Total mercado de trabalho e negociações coletivas março de 2016
7 Mediana dos ajustes salariais reais Mediana dos maiores e menores ajustes salariais reais, nos últimos 12 meses por categoria por UF Confecções / Vestuário 1.2% Paraná 0.2% Bancos e serviços financeiros 0.7% Santa Catarina 0.2% Vigilância e segurança privada 0.7% Rio Grande do Sul 0.2% Distribuição cinematográfica 0.5% São Paulo 0.1% Indústria cinematográfica e fotografia 0.4% Bahia 0.0% Atividade com trabalhador inorganizado -0.6% Rio Grande do Norte -0.3% Outros serviços -0.9% Amapá -0.3% Indústria do vidro -1.3% Amazonas -0.4% Agronegócio da cana Extração e refino de petróleo -4.9% -1.7% Espírito Santo Roraima -0.8% -1.3% Fonte: MTE e IBGE. Elaboração: Fipe. salariômetro mercado de trabalho e negociações coletivas março de 2016
8 mar/2014 abr/2014 mai/2014 jun/2014 jul/2014 ago/2014 set/2014 out/2014 nov/2014 dez/2014 jan/2015 fev/2015 mar/2015 abr/2015 mai/2015 jun/2015 jul/2015 ago/2015 set/2015 out/2015 nov/2015 dez/2015 jan/2016 fev/2016 Mediana dos pisos salariais A mediana dos pisos com vigência em janeiro/2016 foi R$ 930 (5,8% maior que o Salário Mínimo, de R$ 880). Nas convenções coletivas, o piso mediano foi R$945, enquanto nos acordos coletivos foi R$931. R$ 1,200 R$ 1,100 R$ 1,000 R$ 900 R$ 800 R$ 700 R$ 600 Piso Salarial x Salário Mínimo R$ 500 Salário Mínimo Pisos Indicador Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Salário Mínimo (R$) Total , ,009 1, ,056 1, Piso mediano negociado (R$) Convenções , , ,015 1, Acordos , , , Fonte: MTE. Elaboração: Fipe. salariômetro mercado de trabalho e negociações coletivas março de 2016
9 Mediana dos pisos salariais por categoria e por UF Maiores e menores pisos salariais nos últimos 12 meses (R$): por categoria por UF Distribuição cinematográfica 1,264 São Paulo 1,148 Artefatos de borracha 1,210 Santa Catarina 1,065 Bancos e serviços financeiros 1,151 Paraná 1,061 Vigilância e segurança privada 1,130 Rio Grande do Sul 1,031 Indústria metalúrgica 1,127 Rio de Janeiro 980 Lavanderias e tinturarias 906 Alagoas 880 Confecções / Vestuário 903 Amapá 874 Feiras, eventos e divulgações 890 Acre 859 Reparação de eletro-eletrônicos 885 Roraima 855 Estacionamentos / Garagens 846 Rio Grande do Norte 830 Fonte: MTE. Elaboração: Fipe. salariômetro mercado de trabalho e negociações coletivas março de 2016
10 Folha salarial (CLT) O último dado dessazonalizado refere-se à folha salarial do mês de dezembro, com valor de R$ 95,4 bilhões, a cifra 2% menor do que a observada em novembro de 2015 (R$ 97,3 bilhões), e 5,6% menor que o valor de dezembro de 2014 (R$ 101 bilhões) Valor real da folha salarial dessazonalizado (R$ bi)* -2,0% (novembro/15x dezembro/15) ,6% (dezembrio/14 x dezembro/15) nov/14 dez/14 jan/15 fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 jun/15 jul/15 ago/15 set/15 out/15 nov/15 dez/15 Fonte: CEF. Elaboração: Fipe. Nota (*): valores atualizados pelo IPCA para R$ de novembro de 2015 salariômetro mercado de trabalho e negociações coletivas março de 2016
11 salariômetro mercado de trabalho e negociações coletivas O boletim Salariômetro é uma iniciativa da Fipe para disponibilizar informações e análises sobre o mercado de trabalho brasileiro. Para sua elaboração, são coletados e analisados os resultados negociações coletivas, incluindo reajustes e pisos salariais; bem como a evolução da folha de salários do conjunto das empresas brasileiras. Os informes são elaborados no 20º. dia de cada mês e incluem todos os acordos e convenções com início de vigência até o mês anterior. Equipe técnica Hélio Zylberstajn (Coordenador) Bruno Teodoro Oliva Eduardo Zylberstajn Flávia Teixeira Motta Gabriela Scorza Gabriel Cardoso Lilian Karen de Souza Matheus Sérgio Custódio de Aquino Pedro Possani Raí Chicoli Rodrigo Beiro Dias Victoria Gerenutti Informações e contato contato@salarios.org.br
12 Notas metodológicas Algumas considerações a respeito do SALARIÔMETRO: O acompanhamento das negociações coletivas é realizado por meio dos acordos e convenções depositados na página Mediador do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A Fipe coleta os dados e informações na Internet, tabulando os valores observados para reajustes e pisos salariais. As médias dos reajustes e pisos salariais não são ponderadas pela quantidade de trabalhadores cobertos, uma vez que essa informação não é disponibilizada no texto dos acordos e das convenções. Além disso, os valores referente aos reajustes e pisos, divulgados nos informes, podem ser modificados em edições futuras, já que as novas edições podem incluir acordos e convenções que ainda não tinham sido depositados no site do Mediador; O acompanhamento da folha salarial do setor celetista se baseia nas informações disponibilizadas pela Caixa Econômica Federal (CEF). A CEF disponibiliza a informação um mês após o recolhimento e este se dá no mês seguinte ao mês gerador do salário. Por essa razão, a atualização dessa informação nos informes do Salariômetro ocorre sempre com uma defasagem de 2 meses.
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