Figura 3.1 - O litoral entre Espinho e Nazaré pode ser dividido em dois sectores naturais bem definidos (Espinho-Cabo Mondego e Foz do Mondego-Nazaré), separados pela zona Cabo Mondego-Figueira da Foz. O sector natural Espinho-Cabo Mondego foi artificialmente dividido pelos molhes do porto de Aveiro em dois sub-sectores artificiais (Espinho-Aveiro e Aveiro-Cabo Mondego). 27
Figura 3.2 - Espinho. Foi para defender este núcleo urbano que foram construidas as primeiras estruturas modernas de defesa em Portugal, no princípio do século. À medida que este século foi decorrendo, este núcleo urbano foi defendido por várias gerações de estruturas pesadas de engenharia costeira. As actuais defesas, construidas no início da década de 80, são constituídas por 2 esporões longos e um forte paredão protegido por enrocamento. (Foto A.Dias 6.JUN.89) Figura 3.3 - Espinho. Aspecto das estruturas actuais de defesa de Espinho. A meio da marginal é visível uma grua que desmantela um esporão da anterior geração de estruturas de defesa. A praia de espinho (entre esporões) restringe-se normalmente a 2 pequenos areais, existentes junto aos esporões. (Foto A.Dias 13.MAR.90) 28
Figura 3.4 - Espinho. Aspecto da pequena prais existente a Sul do esporão Norte. (Reprodução de postal, data indeterminada) Figura 3.5 - Espinho. Aspecto da linha de costa frente à cidade. (Reprodução de postal, data indeterminada) 29
Figura 3.6 - Espinho e litoral a Sul. O actual aspecto mais saliente deste litoral são os longos esporões (Espinho N, Espinho S, Silvalde, Paramos N, Paramos S, etc.) construídos na década de 80 para tentar reduzir o recuo da linha de costa. Nesta fotografia, que apenas apanha a base do esporão norte de Espinho, são ainda visíveis as 2 pequenas praias existentes junto às bases dos esporões de Espinho e, a grua que procede ao desmantelamento de um esporão da anterior geração de defesas. (Foto A.Dias 13.MAR.90) Figura 3.7 - Paramos - Espinho. Além dos longos esporões é visível, em primeiro plano, a pequena capela de Nossa senhora da Aparecida e respectivos enrocamentos de protecção. Actualmente, os enrocamentos longilitorais foram bastante prolongados, extendendo-se praticamente em contínuo até à base do esporão N de Paramos. Note-se a posição de Espinho em nítida saliência actual relativamente ao resto do litoral. (Foto A.Dias 13.MAR.90) 30
Figura 3.8 - Esmoriz. Notem-se as obras pesadas de engenharia costeira (esporões e enrocamentos longilitorais) que defendem os núcleos urbanos. Em primeiro plano é visível a parte externa da "barrinha" de Esmoriz e um afloramento silto-argiloso exposto durante a maré vazia. (Foto A.Dias 27.MAR.90) Figura 3.9 - Esmoriz - Espinho. O aspecto mais saliente deste litoral são os longos esporões construídos na década de 80. Note-se o enrocamento longilitoral aderente que protege Esmoriz e os prédios em construção.(foto A.Dias 13.MAR.90) 31
Figura 3.10 - Cortegaça. A frente oceânica deste núcleo urbano está defendida por maciço enrocamento longilitoral. (Foto A.Dias 14.JAN.94) Figura 3.11 - Maceda - Espinho. Notem-se os longos esporões que actualmente constituem o aspecto mais ressaltante deste litoral, e as ondas a atacar a base das arribas vivas talhadas em formações arenosas. A actual posição muito saliente de Cortegaça relativamente à restante linha de costa é bem visível. Para Sul de Cortegaça a faixa costeira está pouco ocupada, motivo porque para Sul do esporão de Maceda não existem obras pesadas de engenharia costeira. (Foto A.Dias 13.MAR.90) 32
Figura 3.12 - S. Pedro de Maceda. A forte erosão que se verifica a sul do esporão (de onde foi tirada a fotografia) é bem visível, estando materializada pela arriba viva com elevado comando aí existente. A estrada, perpendicular ao litural, que chega ao topo da arriba (assinalada pela seta) é, em cada inverno, encurtada de vários metros. (Foto A.Dias 5.AGO.90) Figura 3.13 - S. Pedro de Maceda. A forte erosão e consequente recuo da linha de costa que se verifica a Sul do esporão promove anualmente um recuo de alguns metros da arriba aí existente. (Foto A.Dias 2.ABR.94 33
Figura 3.14 - Maceda. O estradão que dá acesso ao litoral recua, em cada inverno, alguns metros. (Foto A.Dias 7.AGO.91) Figura 3.15 - Litoral a Sul de Maceda. A arriba viva talhada em formações arenosas prolonga-se por vários quilómetros. (Foto A.Dias 13.MAR.90) 34
Figura 3.16 - Furadouro. Devido aos problemas de erosão costeira foram construídos, para proteger o núcleo urbano, 3 esporões e uma obra de defesa longilitoral. (Foto A.Dias 4.AGO.89) Figura 3.17 - Furadouro. Frequentemente, não existe praticamente praia no Furadouro. Os banhistas utilizam os enrocamentos dos esporões e das obras longilitorais como "praia". (Foto A.Dias 8.AGO.90) 35
Figura 3.18 - Furadouro Sul. A sotamar das obras pesadas de engenharia costeira que defendem a frente oceânica do Furadouro verifica-se intensa erosão costeira. Nesta fotografia é visível o forte grau de degradação das dunas, as quais geralmente apresentam escarpa de erosão na base (a) e são interrompidas por frequentes cortes eólicos (b) e cortes de galgamento oceânico (c). (Foto A.Dias 14.JAN.94) Figura 3.19 - Praia dos Marretas. A praia é ampla, não denotando erosão costeira significativa, viabilizando mesmo a continuação das práticas tradicionais de pesca, o que cada vez é mais difícil no litoral mais a norte. (Foto A.Dias 31.AGO.91) 36
Figura 3.20 - Torreira. Não existem aqui graves problemas de erosão costeira. Todavia, o núcleo urbano está implantado em zona de risco muito elevado. Note-se a escarpa de erosão (a), bem nítida, indiciadora de que o perfil da praia estava, nesta altura, a passar de perfil de calmaria para perfil de temporal. (Foto A.Dias 13.MAR.91) Figura 3.21 - Torreira. Nesta fotografia tirada para Sul da localidade é visível o esporão (assinalado com setas) e o grande desfazamento existente entre o alinhamento das dunas e a frente oceânica da povoação (marcada pelo murete). (Foto A.Dias 5.AGO.89) 37
Figura 3.22 - Torreira. Vista do esporão existente a sul da localidade. (Foto A.Dias 13.MAR.90) Figura 3.23 - S. Jacinto. Aspecto da exploração das areias que se acumulam contra o molhe norte da barra de Aveiro. (Foto A.Dias 31.AGO.91) 38
Figura 3.24 - Aspecto parcelar da laguna de Aveiro. (Reprod. de postal, data indeterminada) Figura 3.25 - Barra de Aveiro. O cordão arenoso que separa a laguna de Aveiro e o oceano é estreito e constitui zona de elevado risco. No entanto, nalguns locais, está densamente ocupado. (Reprod. de postal, data indeterminada) 39
Figura 3.26 - Obras de defesa implantadas no litoral a sul de Aveiro. Em primeiro plano vê-se o enrocamento longilitoral e, mais longe, os esporões. Estas estruturas encontravam-se, na altura, bastante degradadas, existindo mesmo várias rupturas no enrocamento. Actualmente, estas estruturas foram reconstruídas. (Foto A.Dias 12.MAR.90) Figura 3.27 - Costa Nova (Sul). Imediatamente a Sul do enrocamento longilitoral da Costa Nova existe pronunciada reentrância. As dunas estão completamente degradadas e os vestígios de galgamentos oceânicos são frequentes. (Foto A.Dias 14.MAR.90) 40
Figura 3.28 - Os vestígios de galgamentos oceânicos existentes entre o enrocamento da Costa Nova e Vagueira são nítidos e muito frescos. Nesta fotografia são evidentes leques de galgamento sobrepostos, nomeadamente um maior e mais antigo (marcado pelo contraste entre o branco da areia e o escuro da vegetação) a que se sobrepôs um muito recente, verificado possivelmente na última maré cheia viva (marcado pela linha mais escura constituída por detritos deixados pela maré). (Foto A.Dias 14.MAR.90) Figura 3.29 - Vagueira. Na zona da Vagueira as dunas frontais apresentam estado de degradação muito elevado, sendo por vezes quase inexistentes dado a frequência de cortes eólicos e de galgamentos oceânicos. Nesta fotografia vê-se também o núcleo urbano da Vagueira e o esporão aí existente. Note-se o nítido desalinhamento entre a frente oceânica da povoação e o alinhamento da arriba talhada nas dunas, a sotamar do esporão. (Foto A.Dias 14.MAR.90) 41
Figura 3.30 - Vagueira (a seguir aos pequenos temporais de Janeiro de 1994). Notem-se os grandes edifícios, construídos a cotas extremamente baixas e apenas separados do mar pela estrutura longilitoral de defesa, e o esporão de Vagueira Sul. Note-se, ainda, a grande escarpa de erosão na adjacência da obra de defesa e vestígios vários de estragos causados por estes pequenos temporais. Caso ocorra um grande temporal que conduza a cedência da estrutura longilitoral, a situação pode ser catastrófica. (Foto A.Dias 14.JAN.94) Figura 3.31 - Areão. Grande corte nas dunas correspondente ao acesso à praia. (Foto A.Dias 14.JAN.94) 42
Figura 3.32 - Areão. As marés vivas do final de Março/início de Abril de 1994 provocaram forte erosão da arriba talhada nas dunas e a derrocada dos dois apoios de praia. (Foto A.Dias 2.ABR.94) Figura 3.33 - A Sul da Praia do Areão continua a degradação das dunas frontais (com múltiplos cortes eólicos) e arriba viva na base do cordão dunar. (Foto A.Dias 14.MAR.90) 43
Figura 3.34 - Praia de Mira, onde existe um pequeno corpo lagunar. (Reprod de postal, data indeterminada) Figura 3.35 - Praia de Mira. Ocupação humana concentrada, em zona de risco muito elevado. Vista parcial do pequeno corpo lagunar. (Reprod. de postal, data indeterminada) 44
Figura 3.36 - A costa a barlamar do Cabo Mondego tem-se apresentado aproximadamente estável nas últimas décadas. (Foto A.Dias 6.AGO.89) Figura 3.37 - Quiaios. Devido ao efeito do Cabo Mondego não se registam aqui problemas sérios de erosão costeira e a praia é larga e saudável. (Foto A.Dias, 7.JUN.89) 45
Figura 3.38 - Cabo Mondego. São evidentes as consequências das actividades mineiras que aí se desenvolvem. (Foto A.Dias 13.MAR.90) Figura 3.39 - Buarcos. A fábrica de cimento da Figueira da Foz induz, na zona, notórios impactes ambientais negativos. Por exemplo, na área envolvente, e devido à dominância de ventos de NW, a vegetação é fortemente afectada. (Foto M.J.Pedruco, 1994) 46
Figura 3.40 - Buarcos. A praia de Buarcos sofreu emagrecimento progressivo até à década de 50. A construção dos molhes do porto da Figueira da Foz no início da década de 60 veio inverter a situação, registando-se até finais dos anos 80 acreção estimada em 7m/ano. (Reprod. postal, data indeterminada) Figura 3.41 - Buarcos. Apesar da acumulação de areia verificada em Buarcos, a marginal é ainda esporadicamente atingida por ocasião de temporais. Há poucos anos efectuou-se a reconstrução do enrocamento de protecção à marginal. (Foto A.Dias, 7.JUN.89) 47
Figura 3.42 - Buarcos. Vista geral para NE. Note-se a largura da praia. indeterminada) (Reprod. de postal, data Figura 3.43 - Figueira da Foz. O grande emagracimento sofrido pela praia da Figueira até à década de 50 foi interrompido e invertido com a construção do molhe N do porto. (Reprod. postal, data indeterminada) 48
Figura 3.44 - Figueira da Foz - Buarcos. O estuário do Mondego está fortemente artificializado. A construção do molhe N do porto veio interromper a deriva litoral, promovendo acreção estimada de 17m/ano nas proximidades do molhe, e de 7m/ano em Buarcos. (Reprod. postal, década de 90) Figura 3.45 - Costa a Sul do porto da Figueira. Imediatamente a Sul da barra do porto da Figueira, na Praia da Cova, e após a construção dos molhes, o recuo da linha de costa chegou a ser significativamente superior a 10m/ano, tendo aí sido construídas estruturas longilitorais e um campo de 5 esporões. Para Sul, nos locais onde existe ocupação da costa (Lavos, Leirosa) foi necessário construir outros esporões para proteger as localidades. (Foto A.Dias, 13.MAR.90) 49
Figura 3.46 - Costa de Lavos. Para Sul da barra da Figueira da Foz só existem problemas significativos de erosão costeira nos poucos locais onde existe ocupação da faixa costeira. O recuo da linha de costa, se bem que não seja grande (em média, inferior a 1m/ano), começou a ameaçar edificações pelo que, para as proteger, se construiu, na costa de Lavos, uma estrutura aderente e um esporão. Apesar do esporão não ser visível na foto, é bem visível a acumulação de areia por ele promovida e que o esconde. Note-se o desfazamento da linha de costa a Sul e na frente oceânica da povoação. (Foto A.Dias, 6.AGO.89) Figura 3.47 - A erosão costeira tem-se propagado, ainda que a ritmo moderado, para Sul de Leirosa, sendo possível constatar a existência de arribas vivas talhadas nas dunas, devido à acção do mar, durante vários quilómetros. (Foto A.Dias, 13.MAR.90) 50
Figura 3.48 - Praia de Osso da Baleia. Mesmo a alguns quilómetros a Sul de Leirosa é possível verificar a existência de arribas talhadas nas dunas. (Foto A.Dias, 6.AGO.89) Figura 3.49 - Vieira de Leiria - Pedrógão. A foz do rio Liz era do tipo divagante, estando desde há muito estabilizada por 2 pequenos esporões. A fundo é visível o núcleo urbano de Pedrógão implantado em afloramentos carbonatados do Jurássico. (Foto A.Dias, 13.MAR.90) 51
Figura 3.50 - S. Pedro de Muel. O núcleo urbano está localizado em afloramentos carbonatados do Jurássico que formam saliência natural. (Reprod. postal, data indeterminada) Figura 3.51 - S. Pedro de Muel. O núcleo urbano está localizado em afloramentos carbonatados do Jurássico que formam saliência natural. (Reprod. postal, data indeterminada) 52
Figura 3.52 - A norte da Nazaré o litoral é caracterizado por arribas vivas talhadas em rochas mesozóicas, frequentemente com praia subjacente. (Foto A. Dias, 13.MAR.90) Figura 3.53 - Nazaré. A acumulação de areias de encontro ao promontório da Nazaré promove a existência de praia relativamente larga na parte Norte (Praia do Norte). Este cabo é responsável por um desfazamento notável da linha de costa a norte e a sul do promontório. (Reprod. postal, data indeterminada) 53
Figura 3.54 - Nazaré. O promontório da Nazaré constitui o ponto de inflexão de 2 troços costeiros bem definidos. (Reprod. postal, data indeterminada) 54