MANIFESTO 1 SÓ A CHAMA DA VERDADE MOTIVA MUDANÇAS PROFUNDAS NO MUNDO

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Transcrição:

MANIFESTO 1 SÓ A CHAMA DA VERDADE MOTIVA MUDANÇAS PROFUNDAS NO MUNDO AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES REUNIDOS NO III CONGRESSO MUNDIAL DOS DIREITOS DA INFÂNCIA E DA ADOLESCÊNCIA. CONSCIENTES DE QUE: Este encontro deve garantir-nos a nós, crianças e adolescentes, a faculdade de exprimir as nossas ideias, opiniões, observações, propostas e vivências, que motivem a melhoria, o intercâmbio e a relação e que permitam que todos juntos, dentro de um mesmo ideal, proponhamos e nos comprometamos para conseguir UM MUNDO DO TAMANHO DOS NOSSOS SONHOS. PREOCUPADOS POR: Estabelecer a continuidade dos CONGRESSOS MUNDIAIS, nos quais nós, as crianças e adolescentes, num âmbito dinâmico, participativo, interactivo e adequado de trabalho, possamos desenvolver, propor, debater e consolidar propostas em benefício das crianças e adolescentes de todo o mundo. DESTE MODO: Nós, as crianças e adolescentes participantes do III CONGRESSO MUNDIAL DOS DIREITOS DA INFÂNCIA E DA ADOLESCENCIA, no qual se reflectiu a aceitação e o compromisso através da assistência maioritária por nós mesmos. 1 Traduzido por Raquel Rei 1

Fomos participantes e protagonistas do mesmo, expressando o nosso sentir e agir frente à problemática que hoje em dia atravessamos. Enquanto se levavam a cabo as actividades do congresso referido apresentaram-se situações que ao mesmo tempo nos incomodaram mas que geraram uma serie de reacções que dificultaram o normal desenvolvimento do evento. Partindo daqui e para evitar futuros incidentes tomou-se a decisão de realizar uma análise e uma avaliação construtiva sobre aqueles aspectos positivos e negativos que distorcem ou contribuem para a transparência e realização do presente e futuros congressos. Uma vez realizada a avaliação através da participação exclusiva das crianças e adolescentes, apresentamos o presente documento com os resultados obtidos: NÓS PEDIMOS E QUEREMOS QUE No próximo Congresso: I. Existam dinâmicas de trabalho em espaços participativos, divertidos e concretos. II. Exista organização dos trabalhos e de logística que permita evitar a perda de tempo, de forma infrutífera. III. Se supere a discriminação, que sofremos, em relação às facilidades dadas aos adultos participantes (houve mais importância para os adultos que para as crianças). IV. Se dê prioridade ao desenvolvimento dos temas de trabalho, sem faze-lo de modo muito stressante e sem esquecer a diversão. 2

V. Se mantenha a sequência lógica e ordenada de trabalho dos temas, permitindo a compreensão dos mesmos. VI. Existam espaços de inter relação e comunicações diárias entre adultos e crianças, ao terminar cada jornada, de tal maneira que se garanta o compromisso de trabalhar juntos por uma infância e adolescência segura e com o livre exercício dos seus direitos. VII. Apoio logístico, de facilitação e coordenação capacitada no tema dos direitos. VIII. Que se respeite ao máximo as opiniões das crianças e adolescentes participantes, de tal maneira que os responsáveis não influam nas nossas ideias e na nossa forma de expressar, mas sim contribuam para a sua eficácia. IX. Que os temas de trabalho se resolvam por meio de uma distribuição aos participantes desde o momento das inscrições (Desde a inscrição dizer antecipadamente aos assistentes do Congresso que tema corresponderá nas sessões do trabalho). X. Se considere a inauguração como um acto de união onde estejamos presentes as crianças e adolescentes e os adultos participantes. XI. Exista tradução simultânea com auriculares tradutores para nós, de modo que permita facilitar a compreensão das sessões de trabalho e assim evitar a perda de tempo e situações incómodas para os companheiros de diferentes idiomas. XII. Garantir a continuidade do processo para poder estabelecer os avanços e continuar com um trabalho organizado correctamente. 3

Como parte da solução pensamos que para os próximos encontros se convoque, pelo menos, uma das crianças e adolescentes que participaram no Congresso anterior. XIII. Se garanta a difusão de diferentes resultados deste processo, de maneira a que nos futuros Congressos seja possível uma análise e debate, sobre os avanços e retrocessos sucedidos nos períodos de tempo transcorridos. XIV. Existam compromissos que garantam o fortalecimento, execução, continuidade e realização adequada dos processos por parte de nós, os participantes, organizadores e adultos assistentes (pontualidade, respeito, compromisso, responsabilidade, democracia e livre expressão). XV. Exista melhor distribuição do tempo nos temas em debate de tal maneira que permita encontrar resultados e uma participação maioritária. XVI. Se garanta um aumento de participação e presença de todos os países do mundo. XVII. Definir horários e actividades no próximo Congresso, que não deverão estar sujeitos a modificações. XVIII. Exista a consulta aos participantes para qualquer decisão que esteja directamente relacionada connosco e nos possa afectar a todos. XIX. Se consiga a reprodução da DECLARAÇÃO DE BARCELONA e as demais declarações existentes em todos os países do mundo e organismos internacionais. 4

XX. A Declaração dos próximos Congressos deverá continuar a ser escrita por crianças e adolescentes com a supervisão dos adultos. XXI. Se permita que, até uma data limite, se possa propor durante as inscrições os possíveis temas a serem tratados nos Congressos seguintes. XXII. Se tome o aquecimento global como tema principal para poder debate-lo no próximo Congresso. XXIII. Se erradique o problema gerado pela questão da obtenção dos Vistos que ocasionou a não assistência de algumas delegações e que as autoridades representativas do país organizador proporcionem as facilidades necessárias para alcançar a presença maioritária de todos os países do mundo. XXIV. Nós devemos propor e ter voz na hora de decidir onde se deveria organizar o próximo Congresso. XXV. A Organização deve encarregar-se de que os convites cheguem a tempo às instituições participantes e assegurar-se de que cheguem até nós os actores (Devem mandar-se os convites com um mínimo de cinco meses de antecedência do Congresso). XXVI. Nós, as crianças e adolescentes, participantes devemos ser a prioridade do Congresso, pelo que devemos ser tratados como tal e em condições apropriadas de alimentação, mobilidade/transportes e bom trato, entre outros. XXVII. Se estabeleça um limite quanto á quantidade de delegados, para que não existam diferenças entre as delegações assistentes e desigualdade de oportunidades. 5

PARA TERMINAR SUGERIMOS QUE I. Todos os países tenham a oportunidade de participar nos próximos Congressos Mundiais. II. Criar uma rede mundial de informação, para manter o contacto entre as delegações participantes. Estas opiniões foram expressas pelos moderadores dos grupos, propostas pelos participantes crianças e jovens do III Congresso Mundial e escritas pelos secretários (as). Barcelona, 17 de Novembro de 2007 6