Resolução Atricon 01/2014 AGILIDADE NO JULGAMENTO DE PROCESSOS E GERENCIAMENTO DOS PRAZOS

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Transcrição:

Resolução Atricon 01/2014 AGILIDADE NO JULGAMENTO DE PROCESSOS E GERENCIAMENTO DOS PRAZOS

Objetivo Disponibilizar referencial para que os Tribunais de Contas, de modo uniforme, aprimorem seus regulamentos, procedimentos e práticas de controle externo, de modo a conferir-lhes maior agilidade, assegurando o cumprimento do comando constitucional que estabelece a duração razoável do processo e garantindo efetividade à atuação do controle externo.

Planejamento Estratégico: compromissos a) definir prazos de referência para a deliberação dos processos de controle externo, por natureza; b) estabelecer diretrizes para racionalização de processos e eliminação e redução do estoque; c) definir sistemática de gerenciamento de prazos; d) definir indicadores de desempenho; e) identificar e divulgar boas práticas; f) promover o intercâmbio de experiências e soluções.

Declarações dos Tribunais de Contas a) Belém-PA novembro/2011 b) Campo Grande-MS novembro/2012 c) Vitória-ES - dezembro/2013 d) Fortaleza-CE- agosto/2014

Princípios e fundamentos legais a) Supremacia do interesse público; b) Devido processo legal; c) Contraditório e ampla defesa; d) Duração razoável do processo; e) Eficiência; f) Celeridade; g) Economicidade; h) Efetividade do controle; i) Legalidade.

Legislação de referência a) Constituições Federal e Estaduais; b) Leis Orgânicas dos Municípios; c) Leis Orgânicas e Regimentos Internos dos Tribunais; d) Código de Processo Civil; e) Código Civil; f) Leis do Processo Administrativo.

Prazos de referência para apreciação/julgamento de processos a) Contas de governo: até o final do exercício seguinte ao da sua apresentação ao Tribunal; b) Contas de gestão: até o final do exercício seguinte ao da sua apresentação ao Tribunal; c) Tomada de Contas de Exercício ou de Gestão: até o final do exercício seguinte ao da sua tomada pelo Tribunal; d) Tomada de contas especial: até nove meses da autuação no Tribunal; e) Representações: até nove meses da autuação; f) Denúncias: até nove meses da autuação; g) Recursos/pedido de rescisão: até quatro meses da autuação;

Prazos de referência para apreciação/julgamento de processos a) Processos sujeitos a concessão de cautelares: quanto à concessão: imediata, salvo se houver tempo suficiente para ouvir a outra parte, o Ministério Público de Contas e/ou o órgão técnico; quanto ao julgamento de mérito da cautelar: até dois meses da concessão; b) Consultas: até três meses da autuação; c) Concursos públicos: até três meses da autuação; d) Atos de pessoal: até quatro meses da autuação; e) Demais processos: até um ano da autuação do processo.

Medidas para racionalizar a geração de processos (antes da autuação) a) Planejamento das ações de controle externo com fundamento nos princípios da eficiência, eficácia e efetividade, na matriz de risco e na avaliação do custo/benefício do controle; b) Constituição de processos com base nos critérios anteriores; c) Estabelecimento de valor de alçada para a formação de processos; d) Autuação, em apartado, do processo para cobrança de multa; e) Divulgação de prazos e regras para a autuação dos processos pelos jurisdicionados;

Medidas para celeridade na tramitação de processos (após a autuação) a) Definição de critérios para a classificação dos processos conforme o grau de complexidade; b) Definição de prazos para deliberação final dos processos, em função da sua natureza; c) Definição de prazos para cada etapa do processo, considerando o prazo final de deliberação; d) Mapeamento e redesenho dos processos de trabalho, com o objetivo de promover as melhorias contínuas necessárias ao aprimoramento do desempenho (gerenciamento de processos);

Medidas para celeridade na tramitação de processos (após a autuação) e) Definição de padrões de qualidade dos relatórios técnicos, bem como de sistemática periódica de avaliação, de modo a possibilitar a melhoria contínua das análises técnicas; f) Implementação de programa de capacitação dos servidores alinhado às metas institucionais; g) Estabelecimento de padrões e critérios uniformes para as análises, no que couber; h) Atribuição de competência ao Órgão Técnico para realização de diligências para a complementação da instrução processual;

Medidas para celeridade na tramitação de processos (após a autuação) i) Aprimoramento dos meios de comunicação dos atos e trâmites processuais; j) Consolidação do Diário Oficial Eletrônico como principal meio de comunicação dos atos processuais; k) Consolidação do processo eletrônico; l) Estabelecimento de metas institucionais qualitativas e quantitativas para análise e deliberação de processos vinculadas ao Plano Estratégico do Tribunal de Contas.

Medidas que viabilizem a eliminação ou redução do estoque de processos a) Realização de inventário do estoque processual, por natureza, fase processual e ano de autuação; b) Desenvolvimento de projeto e ações para a redução/eliminação do estoque, com a designação de equipe gestora e definição de metas institucionais, tais como: Aplicação dos institutos da prescrição e decadência; Análise conforme critérios de materialidade, relevância e risco e ano da ocorrência dos fatos;

Medidas que viabilizem a eliminação ou redução do estoque de processos Definição de agenda de deliberação dos processos em estoque, com a realização de sessões específicas para os processos autuados há mais de cinco anos, se o volume de processos assim justificar; Adoção de decisões monocráticas, especialmente nos casos de reconhecimento da prescrição e decadência e nos atos sujeitos a registro, desde que haja manifestação técnica e ministerial e o relator com eles concordar. Agrupamento de processos para análise e julgamento em bloco quando as matérias forem correlatas.

Implementação de sistemática de gerenciamento de prazos a) Adoção da celeridade na tramitação dos processos como objetivo estratégico; b) Instituição de sistemática de monitoramento e gerenciamento do cumprimento dos prazos, com apoio de sistema informatizado com: Emissão de alertas eletrônicos para membros, servidores e unidades; Identificação das não conformidades com a adoção de medidas corretivas, tempestivamente; c) Monitoramento do cumprimento dos prazos pela Corregedoria.

Boas práticas a) TCU b) TCE-SP c) TCE-MG d) TCE-RS e) TCE-PI

Comissão temática Caldas Furtado TCE-MA Gislaine Fernandes TCE-MG Jaylson Campelo TCE-PI Maria Irivanda Silva Atricon Narda Silva TCE-MT Soraia Victor TCE-CE Teresa Duere TCE-PE Vasco Jambo TCE-GO Victor Godoy TCE-MT