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AGROMENSAL CEPEA/ESALQ Informações de Mercado

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TRIGO Período de 27 a 30/07/2015

Fechamento dos Mercados Segunda-feira 07/11/16 granoeste.com.br (45) Atual Ant. Dif.

Milho: safra maior e entrada da primeira safra trazem queda nos preços Aumento na safra norte-americana em 2007/08

BOLETIM CUSTO E PREÇO Balanço Janeiro 2011

Fechamento dos Mercados Quinta-feira 13/10/16 granoeste.com.br (45) Atual Ant. Dif.

Figura 1 Principais índices de inflação, em variação % abr/13 mai/13 jun/13 jul/13 ago/13 set/13 out/13 nov/13 dez/13 jan/14 fev/14 mar/14 abr/14

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Associação Brasileira dos Produtores de Soja

Fechamento dos Mercados Terça-feira 10/04/18 granoeste.com.br (45)

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CONJUNTURAL AGROPECUÁRIO SOJA- CHICAGO

CONJUNTURAL AGROPECUÁRIO

Associação Brasileira dos Produtores de Soja

AGRICULTURA. Novembro de 2017 DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

CONJUNTURAL AGROPECUÁRIO

Boletim do Complexo soja

AGRICULTURA. Janeiro de 2018 DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Realização: Apresentação. Seja parceiro:

CONJUNTURAL AGROPECUÁRIO SOJA - CHICAGO

REGIÕES DE MAIOR CONCENTRAÇÃO NA PRODUÇÃO DE SOJA NO BRASIL

Conjuntura Econômica. Figura 1 Aumento dos preços no acumulado de 12 meses em Campo Grande - MS (%) 7,82 7,09 6,27 5,69 6,83 6,1 4,38 4,16 3,6 3,34

BOLETIM CUSTOS E PREÇOS Agosto de 2012

CONJUNTURAL AGROPECUÁRIO

Transcrição:

DACEC Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e da Comunicação - UNIJUÍ Comentários referentes ao período entre 24/08/2012 a 30/08/2012 Prof. Dr. Argemiro Luís Brum 1 Emerson Juliano Lucca 2 1 Professor do DACEC/UNIJUI, doutor em economia internacional pela EHESS de Paris-França, coordenador, pesquisador e analista de mercado da CEEMA. 2 Economista, Mestre em Desenvolvimento, Analista e responsável técnico pelo Laboratório de Economia Aplicada e CEEMA vinculado ao DACEC/UNIJUÍ.

Cotações na Bolsa Cereais de Chicago CBOT Data Produto GRÃO DE SOJA (US$/bushel) FARELO DE SOJA (US$/ton. curta) ÓLEO DE SOJA (cents/libra peso) TRIGO (US$/bushel) MILHO (US$/bushel) 24/08/2012 17,37 533,40 56,24 8,64 8,02 27/08/2012 17,29 531,80 55,91 8,62 7,94 28/08/2012 17,32 534,20 55,73 8,54 7,89 29/08/2012 17,63 543,30 56,64 8,85 8,10 30/08/2012 17,70 548,10 56,59 8,83 8,11 Média 17,46 538,16 56,22 8,70 8,01 Bushel de soja e de trigo = 27,21 quilos bushel de milho= 25,40 quilos Libra peso = 0,45359 quilo tonelada curta = 907,18 quilos Fonte: CEEMA com base em informações da CBOT. Médias semanais* (compra e venda) no mercado de lotes brasileiro - em praças selecionadas (em R$/Saco) Var. % relação SOJA média anterior RS - Passo Fundo 84,30 1,93 RS - Santa Rosa 83,45 1,83 RS - Ijuí 83,45 1,83 PR - Cascavel 84,75 0,71 MT - Rondonópolis 79,40 1,85 MS - Ponta Porã 84,40 1,26 GO - Rio Verde (CIF) 85,70 5,28 BA - Barreiras (CIF) 75,90 1,61 Argentina (FOB)** 300,20 0,60 Paraguai (FOB)** 195,00 0,00 Paraguai (CIF)** 249,50 0,40 RS - Erechim 33,50 0,90 SC - Chapecó 34,50 1,32 PR - Cascavel 30,25 2,02 PR - Maringá 30,60-0,81 MT - Rondonópolis 23,35-3,31 MS - Dourados 25,72-1,30 SP - Mogiana 30,50 0,00 SP - Campinas (CIF) 35,70 3,63 GO - Goiânia 25,65-0,39 MG - Uberlândia 28,50-0,70 RS - Carazinho 570,00 0,00 RS Santa Rosa 565,00 0,00 PR - Maringá 619,00 0,65 PR - Cascavel 610,00-0,16 *Período entre 24/08 e 30/08/12 Fonte: CEEMA com base em dados da Safras & Mercado. Preços em reais/saco. ** Preço médio em US$/tonelada. *** Em reais por tonelada Média semanal dos preços recebidos pelos produtores do Rio Grande do Sul 30/08/2012 Produto milho (saco 60 Kg) soja (saco 60 Kg) trigo (saco 60 Kg) R$ 27,57 73,63 27,45 Fonte: CEEMA, com base em informações da EMATER-RS. Preços de outros produtos no RS Média semanal dos preços recebidos pelos produtores do Rio Grande do Sul Produto Arroz em casca (saco 50 Kg) 32,46 Feijão (saco 60 Kg) 102,92 Sorgo (saco 60 Kg) 21,53 Suíno tipo carne (Kg vivo) 2,37 Leite (litro) cotaconsumo (valor bruto) 0,73 Boi gordo (Kg vivo)* 3,17 (*) compreende preços para pagamento em 10 e 20 dias Fonte: CEEMA, com base em informações da EMATER-RS.

MERCADO DA SOJA As cotações da soja bateram dois novos recordes históricos nesta semana ao atingirem o valor de US$ 17,63/bushel, para o primeiro mês cotado, no dia 29/08 e US$ 17,70/bushel no fechamento desta quinta-feira (30/08). Assim, tivemos quatro quebras de recorde nos últimos três meses. Isso dá a dimensão do processo especulativo existente naquela Bolsa, potencializado pelas perdas provocadas pela seca nos EUA. Todavia, a diferença em relação ao futuro mês de maio continua semelhante às semanas anteriores, com o fechamento deste dia 30/08 ficando em US$ 15,80/bushel. Registre-se que o farelo voltou a disparar em Chicago, com fechamento em US$ 548,10/tonelada curta, enquanto o óleo de soja atingiu a 56,59 centavos de dólar por libra-peso. Em relação ao primeiro dia de agosto, o ganho do grão, ponta a ponta, é de 5,2%, enquanto o farelo e do óleo chegam a ganhos respectivos de 2,0% e 9,4%. O mercado ainda sofreu pressão dos números de registros de exportação de soja por parte dos EUA. Os mesmos indicaram que, na semana encerrada em 16/08, o volume bateu em 718.700 toneladas, ficando dentro da expectativa do mercado. Desse total, 585.800 toneladas são relativas a safra nova. Com isso, essa safra já acumula, no ano comercial, um volume de 16,8 milhões de toneladas ou 53% acima do verificado no mesmo período do ano anterior. Além disso, o referido volume é 56% da expectativa total anunciada pelo USDA para a nova safra, que é de 30,2 milhões de toneladas. Como não poderia deixar de ser, a China tem sido o principal comprador. Já os embarques de soja, na semana encerrada em 23/08, apontaram um volume de 473.700 toneladas, acumulando desde setembro/12 um total de 36,7 milhões de toneladas, contra 40,3 milhões um ano antes. Quanto aos efeitos da seca, 51% da área de milho e 48% da área de soja estariam, nesse final de agosto, sob efeito de seca extrema ou excepcional, contra 49% e 46% respectivamente, na semana anterior. Para completar o quadro conjuntural de alta, o relatório final do crop tour realizado pela empresa privada Pro-Farmer apontou uma safra de soja nos EUA de apenas 70,8 milhões de toneladas, contra 73,3 milhões anunciadas no relatório de oferta e demanda do USDA em 10/08. Com isso, o mercado já começa a projetar que o próximo relatório do USDA, previsto para a primeira quinzena de setembro, deverá reduzir o volume estimado para a atual safra, acompanhando os números do crop tour. No milho, o relatório privado indicou uma safra de apenas 266,2 milhões de toneladas, contra 283,8 milhões indicados pelo USDA no dia 10/08. Realmente, as condições das lavouras nos EUA voltaram a piorar na semana do 26/08, com 38% entre ruins a muito ruins, 32% regulares e 30% entre boas a excelentes. Para o milho as mesmas ficaram em 52% entre ruins a muito ruins, 26% regulares e 22% entre boas a excelentes. O estágio das lavouras de soja, em 23/08, era de 96% em floração e 8% em frutificação. Nesse sentido, é possível que as chuvas deste final de agosto, provocadas pela chegada do furacão Isaac ao sul do país, podem melhorar o quadro final em algumas regiões.

Nessas condições, não há como, no curto prazo, Chicago recuar dos atuais níveis recordes que se assiste desde o final de junho. Entretanto, para 2013, o mercado já começa a assimilar aquilo que se previa há mais tempo. Ou seja, em clima normal, a América do Sul terá uma safra recorde, compensando em parte a atual escassez do produto e mesmo a atual quebra estadunidense. Segundo Safras & Mercado, em projeção inicial, a área com soja nessa região das Américas irá crescer 11%, chegando a 52,4 milhões de hectares. Nessas condições, se o El Niño realmente confirmar presença positiva, a produção de soja da América do Sul, em 2013, chegará a 152,6 milhões de toneladas, contra 115,6 milhões alcançadas na frustrada safra passada. Ou seja, um aumento de 37 milhões de toneladas. Esse volume é superior, inclusive, ao que o relatório do USDA indicou em 10/08, que foi de 148,3 milhões de toneladas. Para o Brasil, a produção está projetada em 82,3 milhões de toneladas, enquanto a Argentina ficaria com 57,7 milhões, o Paraguai com 8,1 milhões, a Bolívia com 2,56 milhões e o Uruguai com 1,9 milhão de toneladas. Pelo lado da demanda, a China anuncia que sua capacidade de esmagamento cresceu para 125 milhões de toneladas de soja, tendo tal capacidade crescido, nos últimos dois anos, em 30 milhões de toneladas. Para 2012/13 os chineses esperam esmagar 63 milhões de toneladas, o que indica que existe localmente uma ociosidade ao redor de 50%. Do total esmagado, 57 milhões de toneladas serão de soja importada. (cf. Safras & Mercado) Enfim, os prêmios nos diferentes portos terminaram a semana com o Golfo do México (EUA) registrando valores entre 85 e 97 centavos de dólar por bushel para setembro. No Brasil, para o mesmo mês, valores entre US$ 2,50 e US$ 3,30/bushel, porém, para abril/maio do próximo ano valores negativos entre 10 e 17 centavos de dólar por bushel. Isso dá a dimensão exata da mudança futura no perfil de preços da soja em nosso país, caso a safra for cheia. Em Rosário (Argentina) o prêmio para abril/maio de 2013 igualmente está negativo entre 5 e 10 centavos de dólar por bushel. Nesse contexto, o mercado brasileiro fechou a semana com o preço de balcão gaúcho voltando a subir, na medida em que o câmbio melhorou um pouco, chegando a R$ 2,05 por dólar. Assim, o balcão bateu na média de R$ 73,63/saco no Rio Grande do Sul, enquanto os lotes oscilaram entre R$ 83,00 e R$ 84,50/saco. Nas demais praças, os lotes giraram entre R$ 76,35/saco em Sapezal (MT) e R$ 86,00/saco no oeste e norte do Paraná. Já na BM&F/Bovespa o contrato para setembro/12 fechou em US$ 44,30/saco, enquanto o novembro ficou em US$ 43,04/saco e o março/13 recuou para US$ 36,45/saco. A julgar pelo fato de que, nas condições atuais de Chicago para maio/13, do prêmio nos portos nacionais para a mesma época, e de um câmbio ao redor dos atuais valores (R$ 2,00), o preço médio de balcão, no Rio Grande do Sul, nesse momento aponta para valores entre R$ 54,50 e R$ 59,50/saco em abril/maio de 2013, os preços futuros continuam muito interessantes. No interior gaúcho a compra da safra futura está cotando o saco de soja a R$ 67,50. para maio/13 nesse momento. No Paraná, o março/13 esteve a US$ 34,00/saco em Paranaguá (porto). No Mato Grosso, valores de R$ 58,00/saco para março/13 em Rondonópolis. No Mato Grosso do Sul a compra

Cents/Libra Peso US$/bushel ficou em R$ 58,00/saco para o mesmo mês. Em Goiás a indicação para abril/13 foi de R$ 62,00/saco, o mesmo se registrando para a região de Brasília. Em Minas Gerais a média alcançou R$ 62,00/saco para abril/13 na região de Uberlândia. Na Bahia, a região de Barreiras apontou preço de R$ 61,00/saco para maio/13, enquanto no Maranhão o valor ficou em R$ 60,00 para o mesmo mês. No Piauí, a região de Uruçuí bateu em R$ 61,00/saco para julho/13 e no Tocantins o valor ficou em R$ 58,50/saco para maio/13. (cf. Safras & Mercado) Abaixo seguem os gráficos da variação de preços da soja e seus derivados no período de 03/08 a 30/08/2012. Gráfico da Variação das Cotações da Soja entre 03/08 e 30/08/12 (CBOT) 17,70 17,40 17,10 16,80 16,50 16,20 15,90 15,60 Período Semanal Gráfico da Variação das Cotações do Óleo de Soja entre 03/08 e 30/08/12 (CBOT) 57,00 55,50 54,00 52,50 51,00 49,50 Período Semanal

US$/Tonelada Curta Gráfico da Variação das Cotações do Farelo de Soja entre 03/08 e 30/08/12 (CBOT) 540,00 534,00 528,00 522,00 516,00 Período Semanal MERCADO DO MILHO As cotações do milho em Chicago estagnaram nesta última semana, fechando a quinta-feira (30) em US$ 8,11/bushel, após US$ 8,08 uma semana antes. A diferença de preço em relação ao primeiro dia de agosto é de apenas 1,4%. E isso apesar das péssimas informações relativas à safra dos EUA. Tal comportamento confirma que a soja em Chicago está sobrevalorizada, pois proporcionalmente sua quebra não é tão intensa, fato que aponta para uma severa correção baixista futuramente. Em especial se a safra sul-americana vier a contento. Dito isso, 51% da área de milho nos EUA estariam, nesse final de agosto, sob efeito de seca extrema ou excepcional, contra 49% na semana anterior. Por sua vez, o crop tour da Pro-Farmer confirmou uma safra estadunidense do cereal muito menor do que a indicada pelo USDA em seu relatório do dia 10/08. O volume agora seria de 266,2 milhões de toneladas, contra 283,8 milhões indicados pelo USDA. Quanto às condições das lavouras estadunidenses de milho, no dia 26/08 as mesmas estavam com 52% entre ruins a muito ruins, 26% regulares e 22% boas a excelentes. Nessas condições, é praticamente certo que haverá modificações para menos na produção de etanol e nas exportações de milho nos EUA. Falta ainda a definição oficial de tais modificações. Vale ainda destacar que a colheita de milho já iniciou nos EUA, tendo atingido a 6% da área plantada até o dia 26/08, contra 2% na mesma época de 2011. E, nesse sentido, as fortes chuvas e ventos provocadas pelo furacão Isaac se tornam prejudiciais ao cereal, podendo aumentar os prejuízos em algumas regiões.

US$/bushel Na Argentina e no Paraguai, a tonelada FOB fechou a semana na média de US$ 293,00 e US$ 195,00, o que indica um recuo em relação há semanas anteriores. Já no Brasil, os preços se mantiveram firmes. A média gaúcha de balcão ficou em R$ 27,57/saco, enquanto os lotes oscilaram ao redor de R$ 33,50/saco. Nas demais praças nacionais, os lotes giraram entre R$ 18,75/saco em Sorriso (MT) e R$ 34,50/saco nas regiões catarinenses de Videira, Concórdia, Chapecó e Campos Novos. Nota-se que o mercado recuou um pouco em alguns locais e estagnou em outros nesse final de agosto, deixando o sentimento de que a tendência de alta possa ter se esgotado, pelo menos por enquanto. Enquanto isso, as exportações continuam muito positivas. Até o dia 24 havia sido negociado com o exterior 1,9 milhão de toneladas de milho em agosto, confirmando a tendência de o volume ultrapassar facilmente os 2 milhões de toneladas nesse mês. Esse comportamento externo, resultado da crise de oferta nos EUA, está sustentando os preços internos do cereal, apesar da excelente safrinha. Enfim, na importação CIF indústrias brasileiras, a semana fechou com o produto dos EUA valendo R$ 50,32/saco, enquanto o argentino ficou em R$ 43,24, ambos para agosto. Já o milho argentino para setembro ficou cotado a R$ 43,49/saco. Na exportação, o transferido via Paranaguá, alcançou R$ 33,98/saco em agosto; R$ 34,48 para setembro; R$ 35,13 para outubro; R$ 35,92 para novembro; R$ 36,23 para dezembro; R$ 35,69 para janeiro/13; R$ 35,26 para fevereiro; e R$ 35,92/saco para março de 2013. Abaixo segue o gráfico da variação de preços do milho no período de 03/08 a 30/08/2012. 8,60 8,30 8,00 7,70 7,40 7,10 6,80 6,50 6,20 5,90 5,60 Gráfico da Variação das Cotações do Milho entre 03/08 e 30/08/12 (CBOT) Período Semanal

MERCADO DO TRIGO As cotações do trigo em Chicago subiram nesta última semana de agosto, fechando o dia 30/08 em US$ 8,80/bushel, após US$ 8,85 na véspera. O valor é praticamente o mesmo registrado no primeiro dia do mês de agosto. O mercado deste cereal, apesar da produção ser normal nos EUA, está sob pressão das perdas em outras regiões produtoras, como a Rússia, da redução de área importante na Argentina, e do movimento altista dos grãos vizinhos negociados na Bolsa de Chicago, no caso milho e soja. Nos EUA, a colheita do trigo de primavera chegou a 89% da área no dia 26/08, contra a média histórica de 57% nesta época do ano. Ou seja, a mesma está bastante adiantada, trazendo uma oferta maior de trigo mais cedo. Enquanto isso, as vendas líquidas estadunidenses de trigo, referentes ao ano comercial 2012/13, iniciado em 01/06, chegaram a 468.800 toneladas, na semana encerrada em 16/08. O Japão foi o maior comprador com 88.500 toneladas. Por sua vez, as inspeções de exportação de trigo por parte dos EUA atingiram a 513.915 toneladas na semana encerrada em 23/08. No acumulado do ano comercial, iniciado em 1º de junho, o volume inspecionado chega a 6,3 milhões de toneladas, contra 7,5 milhões na mesma época do ano passado. Paralelamente, o Conselho Internacional de Grãos reduziu sua estimativa de produção mundial de trigo para 2012/13. A mesma está agora em 662 milhões de toneladas, ou seja, três milhões a menos do que a estimativa anterior. A safra russa está estimada em apenas 41 milhões de toneladas, sendo que o mercado especula que o governo local proíba as exportações, embora os russos desmintam. Pelo lado das importações, o Egito, através de sua estatal GASC, anunciou a compra de 180.000 toneladas de trigo da Rússia. 60.000 toneladas foram compradas a um preço de US$ 319,00/tonelada, outras 60.000 a US$ 320,94/tonelada e mais 60.000 toneladas a US$ 323,94/tonelada. O embarque está previsto para o período de 1º a 10 de outubro deste ano. Outra notícia altista para o trigo veio da Argentina que informa uma área semeada com o cereal, em 2012/13, de apenas 3,6 milhões de hectares. Isso significa que o recuo da mesma, em relação ao ano anterior, não é mais de 17% e sim de 21,7%. Nessas condições, o volume a ser colhido, se nada ocorrer de ruim com o clima, deverá ser de apenas 11,5 milhões de toneladas, ou seja, 27% abaixo do colhido no último ano. Somando o caso argentino, com outras situações regionais, o saldo dos estoques junto aos países do Mercosul (Argentina, Uruguai e Paraguai, irá recuar de 66% em 2012/13, ficando em apenas 1,5 milhão de toneladas, após 4,4 milhões um ano antes. A produção total destes países será de 14,7 milhões de toneladas, com um recuo de 18,2% sobre o ano anterior. Temos aí mais um fator de alta para o trigo brasileiro. Já na Austrália, a maior região produtora de trigo está enfrentando forte seca. As projeções locais indicam perdas de até 50% na produção, com a mesma recuando para

6 milhões de toneladas, após 11,6 milhões do ano anterior. Se a região não receber chuvas até o próximo mês a realidade irá piorar ainda mais. Julho teria sido um dos meses mais secos da história local. No Mercosul, o trigo para embarque entre setembro e outubro chegou entre US$ 340,00 e US$ 350,00/tonelada, se valorizando 3,3% em relação ao mês anterior e 8,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. O trigo da nova safra a ser colhida está oscilando entre US$ 315,00 e US$ 325,00/tonelada. Já o trigo do Uruguai tem indicação para setembro a US$ 325,00/tonelada, com um recuo de 6,1% em relação ao mesmo período do mês anterior e ganho de 18,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. O produto paraguaio, no FOB Foz do Iguaçu/PR está em apenas US$ 270,00/tonelada na venda. Já o trigo brasileiro para compra, com entrega entre dezembro e janeiro próximos fica em US$ 290,00/tonelada e para venda entre US$ 320,00 e US$ 325,00/tonelada. (cf. Safras & Mercado) No Brasil, os preços do cereal se mantiveram firmes, porém, sem grandes aumentos na semana. O balcão gaúcho fechou a semana na média de R$ 27,45/saco, enquanto os lotes registraram valores entre R$ 565,00 e R$ 570,00/tonelada. No Paraná, os lotes ficaram entre R$ 610,00 e R$ 619,00/tonelada. Na prática, a estabilidade se deve a poucos negócios que se realizam no momento, pois à uma disparidade de preços entre o comprador e o trigo que começa a ser colhido no Paraná. Em Cascavel (PR), por exemplo, a indicação de compra está em R$ 580,00 por tonelada e a venda em R$ 640,00, assinalando uma alta mensal de 7,41% e ganhos anuais de 18,37%. Já em Santa Catarina o valor da tonelada de trigo está em R$ 570,00 para compra e R$ 635,00 para venda. Efetivamente, no Paraná boa parte das lavouras está pronta para ser colhida. Em função disso, a Conab não realizou nenhum leilão de venda nesta semana e, no Paraná, os mesmos não deverão mais ocorrer devido a chegada da colheita nesse mês de setembro de forma mais intensa. Já no Rio Grande do Sul, onde a colheita se dará particularmente em novembro, mais leilões poderão ocorrer ainda. Tanto é verdade que a Conab agendou para o dia 04/09 um leilão de trigo a granel e ensacado nos Estados de Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e São Paulo. Na oportunidade, o total ofertado deverá alcançar o volume de 50.932 toneladas. Apenas indústrias moageiras poderão participar dos leilões. Paralelamente, pelo lado comprador, os moinhos que adquiriram o cereal dos estoques públicos não estão dispostos a entrar no mercado aos patamares pedidos pelos vendedores, iniciando um processo de pressão para baixa dos preços. Com estoques recompostos, aguardam que o aumento da oferta, no pico da colheita, ofereça melhores oportunidades de negócios. Com isso, a indicação nominal de interesse de compra no Paraná fica por volta de R$ 580,00. Por outro lado, as indústrias com necessidades de aquisições imediatas encontram um mercado com preços superiores a estes. O preço do produto, nesse caso, fica por volta de R$ 640,00 e R$ 650,00 por tonelada. (cf. Safras & Mercado) Abaixo segue o gráfico da variação de preços do trigo no período entre 03/08 e 30/08/2012.

US$/bushel Gráfico da Variação das Cotações do Trigo entre 03/08 e 30/08/12 (CBOT) 10,15 9,65 9,15 8,65 8,15 7,65 7,15 6,65 6,15 5,65 Período Semanal