TÍTULO: AVALIAÇÃO DA DOR NOS MÚSCULOS MASTIGATÓRIOS EM MULHERES COM DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR SEGUNDO RDC/TMD.

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Transcrição:

16 TÍTULO: AVALIAÇÃO DA DOR NOS MÚSCULOS MASTIGATÓRIOS EM MULHERES COM DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR SEGUNDO RDC/TMD. CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: FISIOTERAPIA INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO AUTOR(ES): JOSIMARA DE LIMA SANTANA ORIENTADOR(ES): DANIELA APARECIDA BIASOTTO-GONZALEZ COLABORADOR(ES): CAROLINA MARCIELA HERPICH, KARINA RODRIGUÊS DA SILVEIRA

Avaliação da dor nos músculos mastigatórios em mulheres com disfunção têmporomandibular segundo RDC/TMD. Resumo Introdução: Disfunção Temporomandibular (DTM) é caracterizada como um conjunto de distúrbios que englobam os músculos mastigatórios, as articulações temporomandibulares (ATM) e outras estruturas, estando associada a falta de harmonia entre a ação dos músculos do sistema estomatognático e da oclusão Sendo necessária a elaboração de estudos que possam avaliar e graduar os sintomas referidos na palpação nos músculos mastigatórios e assim proporcionar uma abordagem mais objetiva no tratamento clinica. Objetivo: Avaliar a dor nos músculos mastigatórios em mulheres com disfunção têmporomandibular (DTM) segundo questionário do RDC/TMD. Metodologia: Está sendo aplicado o questionário clinico do RDC/TMD em voluntarias com DTM, executados por dois fisioterapeutas treinados, o exame clinico gradua a intensidade da dor na palpação dos músculos mastigatórios. Resultados preliminares: Até o momento foram selecionadas 60 mulheres de acordo com os critérios de elegibilidade sendo encontrada diferença significativa p<0,05 na dor a palpação entre os músculos avaliados, e a região do pterigoideo lateral para ambos os lados é a que mais está se destacando. Descritores: Transtornos da Articulação Temporomandibular, Modalidades da fisioterapia, Síndrome da disfunção Temporomandibular. Introdução Disfunção Temporomandibular (DTM) é caracterizada como um conjunto de distúrbios que englobam os músculos mastigatórios, as articulações temporomandibulares (ATM) e outras estruturas 1,2. A dor é uma das manifestações clínicas mais comuns e limitantes 3-6, também presente na DTM, porém muitos aspectos da sua etiologia não estão claros 7, e há evidências de que seu transtorno seja multifatorial 8-9, abrangendo importantes elementos funcionais, anatômicos e psicossociais 10-13, ilustrando uma interação complexa entre 1

mecanismos biológicos, estados psicológicos, condições ambientais, sobrecarga intrínseca ou extrínseca da ATM, micro ou macrotraumas 7, podendo estar associada inclusive a uma piora da qualidade de vida 14. O diagnóstico dos sinais e sintomas de DTM tem sido realizado por meio do uso de índices e questionários, pois auxiliam na classificação, avaliação da severidade e na mensuração da efetividade das terapias e permitem o estudo de fatores etiológicos 15,16. Dentre eles o Diagnosis based on Research Diagnostic Criteria of Temporomandibular Disorders (RDC/TMD) vem se destacando como o instrumento mais completo para diagnosticar a presença ou não de DTM e por avaliar tanto os aspectos físicos quanto os psicológicos que estão relacionados com a disfunção temporomandibular, permitindo diagnósticos de acordo com o acometimento dos músculos mastigatórios, do disco articular e/ou da ATM 17,18, resultando em um aumento do nível de consistência dos estudos relacionados a essa disfunção. Que pode ser causada por uma falta de harmonia entre a ação dos músculos do sistema estomatognático e da oclusão 19. Assim sendo, se faz necessária a elaboração de estudos que possam avaliar e graduar os sintomas referidos na palpação nos músculos mastigatórios e assim proporcionar uma abordagem mais objetiva no tratamento clinica. O objetivo do presente estudo é avaliar a dor nos músculos mastigatórios em mulheres com disfunção têmporomandibular segundo RDC/TMD. Metodologia Trata-se de um estudo transversal aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Nove de Julho (São Paulo, Brasil) sob número do protocolo CAAE: 18032013.4.0000.5511. Todas as voluntárias estão assinando o formulário de consentimento livre e esclarecido, formulado em conformidade com a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de saúde e com a declaração de Helsinki de 1975. 2

A avaliação consistiu em coletar a história detalhada da doença, aplicação do questionario 12 e exame físico realizado por dois fisioterapeutas. Usando o RDC/TMD 15, participantes femininas foram diagnosticados com diagnóstico de dor miofascial (Ia), dor miofascial com abertura limitada (Ib), deslocamento de disco com redução (IIa), deslocamento de disco sem redução (IIb), deslocamento de disco sem redução e abertura limitada (IIc) e apresentar dor e/ou fadiga nos músculos mastigatórios durante atividades funcionais por mais de seis meses 13 estão sendo incluídos. Convém salientar que estão sendo permitidos diagnósticos concomitantes, tais como o deslocamento do disco e/ou artralgia, como relatado em estudos de precisão conduzidos por Manfredini et al. (2011) 20 e Rodrigues-Bigaton et al. (2014) 21. Só mulheres estão sendo selecionada para o estudo devido à taxa elevada prevalência de DTM em relação a este gênero 22. Das 98 mulheres com sintomas de DTM abordadas para a pesquisa até o momento, 34 foram excluídas pelos critérios de inclusão e exclusão, restando 60 voluntárias para analise dos resultados preliminares. Estão sendo excluídas do estudo: idade menor que 18 anos ou mais de 40 anos; atualmente em fase de Ortodontia, fisioterapêutico ou tratamento medicinais (analgésico, antiinflamatório ou relaxante muscular); faltando dentes/uso de dentaduras parciais ou completas; placa oclusal; história de trauma no rosto ou ATM; história de luxação ou subluxação da ATM; e um diagnóstico de osteoartrite (IIIb) ou osteoartrose (IIIc) usando o RDC/TMD. Este estudo foi realizado em uma clínica de fisioterapia localizada na cidade de São Paulo, Brasil. Os participantes foram recrutados através de cartazes e folhetos em Odontologia e clínicas de fisioterapia da cidade de São Paulo no período entre fevereiro e novembro de 2014. 3

Figura 1: Fluxograma. Mulheres abordadas com sintoma de DTM (n= 98) Excluídas (n=38) - Não se encaixaram nos critérios. Elegíveis para o estudo até o momento(60) Analisadas (n= 60) Desenvolvimento Palpação Para o presente estudo estão sendo selecionados os dados do exame clinico do RDC/TMD, mais precisamente os item 8 e 10, o qual gradua a intensidade da dor durante a palpação como: nenhuma (0 ), leve (1), moderada (2) e severa (3), descrevendo os pontos da seguinte forma: - Dor Muscular extraoral com palpação: a- Temporal posterior (1kg) - parte de trás da têmpora (atrás e imediatamente acima das orelhas) b-temporal médio (1kg) - Meio da têmpora (4 a 5 cm lateral á margem lateral das sobrancelhas) c-temporal anterior (1kg) parte anterior da têmpora (superior a fossa infratemporal e imediatamente acima do processo zigomático) 4

d- Masseter Superior (1kg) - Abaixo do zigomático (comece 1 cm a frente da ATM e imediatamente abaixo do arco zigomático, palpando o músculo anteriormente) e- Masseter médio (1kg) bochecha/linha da mandíbula (1cm superior e anterior ao ângulo da mandíbula) f- Masseter inferior-bochecha /linha da mandíbula (1kg) (1cm superior e anterior ao ângulo da mandíbula) g- Região mandibular posterior (estilo hioideo) (0,5kg) - região posterior do digástrico mandíbula/região da garganta (área entre a inserção do esternocleidomastoideo e borda posterior da mandíbula. Palpe imediatamente medial e posterior ao ângulo da mandíbula) h-região submandibular (0,5kg) - Pterigoideo medial /supra hioideo/região anterior do digástrico, abaixo da mandíbula e 2 cm a frente do ângulo da mandíbula) - Dor muscular intraoral com palpação: a- Área do pterigoideo lateral (0,5kg) Atrás dos molares superiores (coloque o dedo mínimo na margem alveolar acima do último molar superior. Mova o dedo para distal, para cima e em seguida para medial para palpar) b- Tendão do temporal (0,5kg) - Tendão (com o dedo sobre a borda anterior do processo coronóide, mova-o para cima. Palpe a área mais superior do processo) Sendo que para o músculo temporal e masseter foi optado por fazer a media da pontuação das três palpações correspondentes a cada músculo. Análise dos dados As Comparações entre grupos musculares estão sendo feitas usando o teste de Kruskal-Wallis. A escolha do teste foi determinada 5

pela normalidade da natureza dos dados. Adotando nível de significância p < 0,05, sendo todas as comparações e análises estatísticas foram executadas usando o programa SPSS, versão 13.0 (Chicago, IL, EUA). Resultados preliminares Na analise estatística até o momento foi encontrado diferença significativa p<0,05 na dor a palpação entre os músculos avaliados segundo o RDC/TMD. Observando a tabela 1 é possível visualizar que a área do pterigoideo lateral para ambos os lados (direito e esquerdo) foi que mais se destacou em relação aos demais. Tabela 1 Podendo ser afetado por uma hipersensibilidade dolorosa como origem 22, 23 da síndrome da dor miofascial a limitação de abertura bocal (abertura <40 mm) 24 qual pode estar associada a causada por um desarranjo interno da ATM que pode envolver sobrecarga funcional, frouxidão ligamentar, hábitos parafuncionais, doença articular degenerativa, fatores oclusais e muitas vezes hiperatividade do pterigoideo lateral embora com evidência limitada 24,25, sendo o mesmo envolvido diretamente nos movimentos funcionais de lateralidade em ação unilateral e na protrusão mandibular em ação bilateral, exercendo assim um papel modulador nos movimentos da boca. O músculo pterigoideo pode facilitar de acordo com alguns autores no desarranjo articular devido a variação morfológica em sua inserção, estando associado ou não a fatores multifatoriais que prejudicam a harmonia biomecânica da ATM, e por se tratar de um músculo modulador dos movimentos mandibulares seria o mais sintomatológico juntamente com a disfunção do masseter e temporal sendo importante direcionar tratamentos para essa reagião, como Gonzalez-Perez, (2012 e 2015) 26,27 que propuseram um tratamento especifico do MPL com aplicação de agulhamento a seco de pontosgatilho (TPs) na redução da dor e melhorar a função, e em comparação com medicamentos, apresentou bons resultados, no entanto mais 6

terapias direcionadas ao LPM devem ser conduzidas, sendo que o mesmo tem um papel modulador sobre a mandíbula, sendo importante a execução de estudos direcionados a sua sintomatologia, características físicas e mecânicas do mesmo, e sua importante aplicabilidade clinica, uma vez que sua dor pode estar associado a atrofia muscular, deslocamento de disco e o movimento desestabilizado e descoordenado do complexo disco-cápsula em relação ao côndilo presumivelmente sob ação do pterigoideo lateral pode resultar até mesmo em mudanças degenerativa do disco 28. Referências 1- IASP. Classification of chronic pain: descriptors of chronic pain syndromes and definitions of pain terms. 2nd ed. Seattle: IASP, 1994. 2- Manfredini D, Winocur E, Ahlberg J, Guarda-Nardini L, et al: Psychosocial impairment in temporomandibular disorders patients. RDC/TMD axis II findings from a multicentre study. Journal of Dentistry 2010; 38(10): 765-72. 3- Truelove EL, Sommers EE, LeResche L, Dworkin SF, Von KM: Clinical diagnostic criteria for TMD. New classification permits multiple diagnoses. J Am Dent Assoc 1992; 123:47-54. 4- Plesh O, Sinisi SE, Crawford PB, Gansky SA: Diagnoses based on the Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders in a biracial population of young women. J Orofac Pain 2005; 19: 65-75. 5- Orlando B, Manfredini D, Bosco M: Efficacy of physical therapy in the treatment of masticatory myofascial pain: a literature review. Minerva Stomatologica 2006; 55(6): 355-66. 6- Gonçalves DA, Dal Fabbro AL, Campos JA, Bigal ME, Speciali JG: Symptoms of temporomandibular disorders in the population: an epidemiological study. J Orofac Pain 2010; 24:270-8. 7

7- International association for the study of pain. Temporomandibular disorder pain. 2009. Disponível em: <http://www.iasppain.org/am/amtemplate.cfm?section=home &CONTENTID=9294&TEMPLATE=/CM/ContentDisplay.cfm&S ECTION=Home>. Acesso em: 28 de Janeiro de 2016. 8- Oral K, Bal Küçük B, Ebeoğlu B. et al. Etiology of temporomandibular disorder pain. Agri. 2009; 21 (3): 89-94. 9- Munhoz WC, Marques AP, Siqueira JTT. Evaluation of body posture in individuals with internal temporomandibular joint derangement. J. of Craniomandibular Practice. 2005; 23 (4): 269-277. 10- De Leeuw R, American academy of orafacial pain: guidelines for assessment diagnosis and managements. 4th Ed. Quintenssence Publishing, Chigago, 2008; 131-141. 11- Kafas P, Leeson R. Assessment of pain in temporomandibular disorders: the biopsychosocial complexity. Int J Oral Maxilofacial Surg.2006; 35 (2):145-9. 12- Nassif NJ, Al-Salleeh F, Al-Admawi M. The prevalence and treatment needs of symptoms and signs of temporomandibular disorders among young adult males. J Oral Rehabil. 2003; 30: 944-50. 13- Magnusson T, Egermark I, Carlsson GE. A longitudinal epidemiologic study of signs and symptoms of temporomandibular joint disorders from 15 to 35 years of age. J Orofac Pain. 2000; 14 (4): 310-19. 14- Biasotto-Gonzalez DA. Abordagem interdisciplinar das disfunções temporomandibulares. Barueri - SP: Ed. Manole, 2005. 15- De Lucena LBS, Kosminsky M, DA Costa LJ, Góes PSA. Validation of the Portuguese version of the RDC/TMD Axis II questionnaire. Brazilian Oral Research.2006; 20: 312-317. 16- Pereira-Junior FJ, Favilla EE, Dworkin SF, Huggins K. Critérios de diagnóstico para pesquisa das disfunções 8

temporomandibulares (RDC/TMD). Tradução oficial para a língua portuguesa. Jornal Brasileiro de Clínica Odontológica Integrada. 2004; 8(47): 384-395. 17- Dworkin S F, Leresche L. Research diagnostic criteria for temporomandibular disorders: review, criteria, examinations and specifications, critique. Journal of Craniomandibular Disorders, 1992; 6 (4): 301-55. 18- Look JO, Schiffman EL, Truelove EL, Ahmad M. Reliability and validity of Axis I of the Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (RDC/TMD) with proposed revisions. J Oral Rehabil. 2010 Oct;37(10):744-59. doi: 10.1111/j.1365-2842.2010.02121.x. Epub 2010 Jul 20. 19- Okeson JP. - Diagnóstico diferencial e Considerações sobre o Tratamento das Desordens Temporomandibulares. Dor Orofacial. Guia de Avaliação, Diagnóstico e Tratamento. São Paulo. Quintessence ed., 4ª Edição, 1998; 113-85. 20- Manfredini D, Cocilovo F, Favero L, et al., Surface electromyography of jaw muscles and kinesiographic recordings: diagnostic accuracy for myofascial pain. J. Oral Rehabil. 2011; 38(11): 791e799. 21- Rodrigues-Bigaton D, Dibai-Filho AV, Packer AC, et al., Accuracy of two forms of infrared image analysis of the masticatory muscles in the diagnosis of myogenous temporomandibular disorder. J. Bodyw. Mov. Ther. 2014;18 (1): 49e55. 22- Ohrbach R. AADR TMD statement is timely and necessary. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod. 2011;111:133-4. 23- Truelove EL, Sommers EE, LeResche L, Dworkin SF, Von Korff M. Clinical diagnostic criteria for TMD. New classification permits multiple diagnoses. J Am Dent Assoc. 1992; 123:47-54. 9

24- Manfredini D, Landi N, Romagnoli M, Cantini E, Bosco M. Etiopathogenesis of parafunctional habits of the stomatognathic system. Minerva Stomatol, 2003; 52:339 345 25- Wanman A, Agerberg G. Etiology of craniomandibular disorders: evaluation of some occlusal and psychosocial factors in 19-year-olds. J Craniomandibular Disorders: Facial Oral Pain. 1990; 5:35 44 26- Gonzalez-Perez LM, Infante-Cossio P, Granados-Nuñez M, Lopez FJU. Treatment of temporomandibular myofascial pain with deep dry needling Med Oral Patol Oral Cir Bucal. 2012 Sep 1;17 (5):e781-5.doi:10.4317/medoral.17822 http://dx.doi.org/doi:10.4317/medoral.17822 27- Gonzalez-Perez LM, Infante-Cossio P, Granados-Nuñez M, Lopez FJU, Lopez- Martos R, Ruiz-Canela-Mendez P. Deep dry needling of trigger points located in the lateral pterygoid muscle: Efficacy and safety of treatment for management of myofascial pain and temporomandibular dysfunction. Med Oral Patol Oral Cir Bucal. 2015 May 1;20 (3):e326-33. doi: http://dx.doi.org/doi:10.4317/medoral.20384 28- Fujita S, lizuka T. Dauber W. Variation of heads of lateral pterygoid muscle and mo~phologyo f articular disc of human temporomandibular joint-anatomical and histological analysis. J Oral Rehabil 2001:28(6):560-71. 10

Tabela 1- Comparação da dor a palpação segundo avaliação realizada pelo RDC/TMD. Nível de significância p <0,05. REGIÃO TENDÃO REGIÃO MANDIBULAR DO SUBMANDIBULAR TEMPORAL MASSETER POST. TEMPORAL D E D E D E D E D E ÁREA DO PTERIGÓIDEO LATERAL 0,05 0,001 ns ns 0,001 0,001 0,001 0,001 0,001 0,001 MÉDIA DO TEMPORAL ns ns ns ns 0,001 0,001 ns ns MEDIA DO MASSETER 0,001 0,001 0,001 0,001 0,01 0,01 REGIÃO MANDIBULAR POSTERIOR ns ns ns ns REGIÃO SUBMANDIBULAR ns ns 11

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